quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Castigos e despenalizações - o sistema continua a gozar na cara do Benfica



No ano passado, depois da derrota com o Porto na Luz, o campenato parecia perdido. No entanto, um empate do Porto logo na jornada seguinte com a Académica voltou a reabrir a discussão, tanto mais que aquele clube tinha ainda que visitar Braga. Vem então a deslocação do Benfica a Olhão - habitualmente difícil. E entra em campo um "habilidoso", chamado João Capela.
Na primeira volta, este árbitro, certamente muito bem instruído, tinha cometido a espantosa proeza de expulsar Cardozo, num jogo importantíssimo na Luz contra o Sporting, sem que aquele nosso jogador tivesse cometido qualquer falta. Como? Exactamente: Cardozo viu um amarelo num canto em que apenas se viu Wolfswinkel a empurrar o jogador do Benfica e um segundo amarelo por bater com a mão na relva.
Ora este mesmo árbitro em Olhão, depois de uma entrada de sola de Toy à virilha de Javi Garcia que não mereceu qualquer punição, consegue ver numa disputa de bola mais ríspida entre Aimar e um adversário não apenas uma falta de Aimar mas uma agressão e expulsar o nosso jogador. Mãos na cabeça e incredulidade por parte dos benfiquistas, os próprios olhanenses meio espantados e um campeonato que definitivamente se ia embora. (Eu pergunto-me como é que estes senhores árbitros dormem à noite com a consciência tão pesada).
Na altura, pensei que Aimar seria com toda a certeza despenalizado, pois foi por demais óbvio que não houve qualquer razão para o vermelho e que o árbitro tinha (na mais benevolente das hipóteses) cometido um erro de análise.
O que aconteceu é sabido: não apenas Aimar não foi despenalizado como levou o maior castigo de toda a Liga Portuguesa, época 2011/2012: 2 jogos de suspensão.
Não há duas formas de olhar para isto: tratou-se de uma acção deliberada, tomada por um orgão que deveria ser independente, para prejudicar o Benfica. Aimar não jogaria com o Braga na Luz e com o Sporting em Alvalade, jogo que perdemos graças a um penalty não existente, a não ter sido assinalado um penalty escandaloso sobre Gaitan, a João Pereira não ter sido expulso como devia e que ainda acabámos com 10 graças a uma expulsão ridícula de Luisão.
Este ano, ainda só vamos na primeira jornada e já temos novo caso: Douglão, expulso com o segundo amarelo por falta que não cometeu, é despenalizado pela Liga. A decisão, tomada isoladamente, é correcta.
O problema é que esta decisão não pode ser analisada isoladamente. Tem que ser analisada à luz de outras que a mesma comissão tem tomado. Ora eu não me recordo de nenhuma decisão de despenalização.
Dito de outra forma, para que fique claro, estou convencido de que esta decisão visa apenas uma coisa: sugerir, de forma ínvia, que o Benfica foi beneficiado. Isto num jogo em que vimos um golo ser anulado sem qualquer razão objectiva. Eu gostaria de saber se a Liga também vai "despenalizar" Cardozo pela falta que não cometeu e dar a vitória ao Benfica nesse jogo.

Assim vai o futebol português. E ainda só vamos na primeira jornada...

4 comentários:

  1. Já sabemos que vamos jogar contra 14 e que outros jogam com 14. e ainda querem meter 5 árbitros... Em Portugal não por favor

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  2. Se você perguntar ao Sr.º Vieira, ele dirá "temos de jogar mais" Porque dá jeito: quem não joga mais vai embora e a seguir vamos gastar mais dinheiro em contratações, dinheiro que ficamos a dever aos bancos.

    De qualquer modo deve ser dito que: os orgãos disciplinares podem corrigir cartões mal mostrados, mas não podem exercer disciplina pelas imagens da TV. Isto é: podem tirar um cartão mostrado erradamente a quem não fez falta, mas não podem tirar um cartão a quem indevidamente foi penalizado pela avaliação do árbitro.

    Em campo o árbitro é soberano e pode gozar, como fazem em particular nos ultimos 12 anos, com os jogadores do Benfica.

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  3. Eu gostava de saber é onde está o Urreta... este desprezo de JJ cheira-me a golpada. Não pode ser só burrice...

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  4. Eagle01: os orgãos podem efetivamente retirar cartões a quem não fez falta (recebeu erradamente um cartão por infração de um colega). O problema que eu levanto é que isto só se fez, tanto quanto eu me lembro, neste caso. Por outro lado, se não se baseiam nas imagens televisivas para corrigir quem foi o jogador que efetivamente fez a falta, baseiam-se em quê? No relatório do árbitro? Então ele dá cartão a um jogador e diz no relatório que afinal quem fez a falta foi outro? Se assim fosse porque não corrigira a situação durante o jogo? Há aí uma incongruência.
    Sobre o Urreta respondi no post sobre fecho de mercado.

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