segunda-feira, 20 de maio de 2013

No País do frutabol

No País do frutabol vale tudo para ganhar.

No País do frutabol quem ganha é sempre o "melhor" e um "vencedor justo".

No País do frutabol ganha sempre o mesmo. E quando não ganha houve túneis ou capelas.

No País do frutabol é normal um clube ser beneficiado pela arbitragem em pelo menos dois terços dos jogos e prejudicado em 0.

No País do frutabol o clube que ganha sempre e é quase sempre beneficiado pelas arbitragens passa a época a queixar-se das arbitragens.

No País do frutabol todos os agentes desportivos olham para o lado para não terem que ver ou comentar esta situação.

No País do frutabol quando alguém se atravessa à frente do clube que ganha sempre é trucidado.
Se for árbitro a sua carreira está arruinada, se for jornalista leva pancada, é demitido ou passa à prateleira, se for jogador nunca mais ninguém lhe pega, se for clube pequeno vai, sem contemplações, parar à segunda divisão.

No País do frutabol quando um comentador é incómodo leva uns sopapos dos seguranças de Pinto da Costa, mas depois tudo passa e tudo é esquecido.

No País do frutabol qualquer árbitro pensa duas, três e quatro vezes antes de tomar uma decisão que o clube que ganha possa considerar prejudicial aos seus interesses - é que se arrisca a não voltar a apitar ao mais alto nível.

No País do frutabol quando o único clube que tem poder e dimensão para fazer frente ao clube que ganha é beneficiado por uma arbitragem cai o carmo e a trindade: semanas depois desse "escândalo" imprensa e comentadores ainda não falam noutra coisa.

No País do frutabol quando o Benfica vai ao Porto são precisos mil polícias armados para evitar a tragédia.

No País do frutabol quem comprovadamente corrompe é absolvido em tribunal, continua a dirigir o clube que ganha, a gozar na cara os adversários e a usar os mesmos métodos, agora ainda mais seguro de si mesmo e mais endeusado por uma legião de fanáticos e de aduladores.

No País do frutabol aqueles que perdem desta maneira desleal, são constantemente insultados em todos os jogos do clube que corrompe e não apenas ainda são gozados como não têm ninguém que verdadeiramente defenda o seu emblema.

No País do frutabol para além dos comentadores que são silenciados e agredidos, restam poucos independentes, pois a maioria, por medo, cobardia ou desonestidade faz activa ou passivamente o jogo do clube do sistema.

No País do frutabol os comentadores de serviço são constantemente portistas (Manuel Queirós, Freitas Lobo, Bruno Prata) ou sportinguistas (Fernando Correia) ou até madrilistas (Dani) pois quando um é benfiquista (João Gobern) demitem-no, colocando-o ao lado de fanáticos nos programas de paineleiros.

No País do frutabol, quem ganha tem sempre razão. Adula-se quem ganha e cospe-se em quem perde.

No País do frutabol não há vergonha na cara.

No País do frutabol todos sabem disto mas ninguém faz nada.

No País do frutabol mete nojo ver futebol.

2 comentários:

  1. Belo Post que ilustra a realidade do futebol Tuga! VIVA o SLB!!!

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  2. esqueceste uma: No pais do frutabol, em vez de dizer ao longo dos anos que o Benfica luta somente pelo segundo lugar porquê o primeiro està "reservado", o presidente dà apoios inequivocos a quem gosta de gozar da sua cara de charlie Chaplin e do Glorioso Clube que 83 % de desatentos decidiram lhe dar em gestão hà 13 anos à esta parte...

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