sexta-feira, 31 de maio de 2013

O Benfica da próxima época

Daquilo que me pude aperceber e do que fui lendo, o Benfica já contratou grandes jogadores para a próxima época. Djuricic e Sulejmani são reforços importantes e Markovic é um jogador extremamente promissor.

Djuricic é um médio criativo de 21 anos, um jogador de grande talento que, se afirmar plenamente a sua categoria, será sem dúvida um sucessor à altura de Pablo Aimar. Pode vir mesmo a ser um caso sério. Convém porém recordar que o esquema táctico do Benfica não tem contemplado um "número 10" puro, um organizador do futebol atacante. Essa tarefa tem sido repartida por Matic e Enzo, que porém têm que fazer todas as tarefas defensivas do meio-campo. Não me parece que Djuricic esteja particularmente vocacionado para este papel pelo que estou curioso para ver como será encaixado. Recorde-se que na primeira época havia apenas Javi Garcia nas costas de Aimar, mas esse desequilíbrio era compensado por Ramirez que tem características quase únicas no futebol mundial.

Sulejmani é um avançado de 24 anos, um jogador tipo Saviola (um pouco mais encorpado mas, tal como o argentino, bastante técnico, talentoso e com capacidade de fazer muitas assistências), para jogar provavelmente como segundo avançado. Chega a custo zero e procura de alguma forma relançar a carreira depois de ter sido a contratação mais cara do futebol holandês e de se ter apagado na última época no Ajax. Creio que o clube pretendia que o jogador renovasse, tendo-o "castigado" por isso não ter sucedido. Não é um goleador nato, enfatizo esta ideia, mas um jogador técnico de combinações.

Quanto a Markovic, que o Benfica ainda não confirmou mas a imprensa dá como adquirido, possivelmente nos moldes do negócio de Ramirez (sair para o Chelsea um ano depois de ingressar no Benfica), é considerado, apesar da juventude (19 anos), o maior talento da Sérvia dos últimos anos. É um jogador forte, rápido, com bom remate, que tanto pode jogar nas alas como na área. Marca golos e penso que Jesus tenderá a colocá-lo como atacante móvel mais do que como extremo, até porque neste momento existem muitas soluções para as alas. Penso que, a confirmar-se, seria uma excelente aquisição.

Uros Matic (médio, tal com o seu irmão, 23 anos) e Mitrovic (central, 22 anos) são ainda jogadores em fase de afirmação a precisar de bastante trabalho.

Fica a faltar aquilo que é evidentemente mais urgente: um defesa esquerdo de categoria e um médio defensivo para ser alternativa a Matic (a não ser que o seu irmão seja esse jogador); perceber se Maxi e André Almeida chegam para o lugar de defesa direito (e caso contrário encontrar um lateral de raiz para o lugar); um guarda-redes e eventualmente um central de categoria caso Garay saia mesmo. Caso Cardozo saia também, penso que será necessário um goleador para alternar com Lima.

Com estas contratações, que não tenho dúvida que virão a ser feitas uma vez que Jesus já disse que não quer voltar a ter que "inventar", o Benfica será com toda a probabilidade mais forte na próxima época.

Fica a faltar obviamente alterar algumas coisas ao nível da organização do futebol do Benfica mas disso falarei noutra altura.


quinta-feira, 30 de maio de 2013

Jorge Jesus continua

A decisão já terá sido tomada por JJ e Vieira. Falta colocar o preto no branco, quer dizer assinar o contrato.


Aguardemos com serenidade o anúncio. A mim parece-me apesar de tudo a decisão acertada e devo admitir que me surpreende pois achei que Vieira não resistiria à pressão (quer dos adeptos, naturalmente desgostados e revoltados pelos desaires e muito especialmente pela vergonhosa exibição no Jamor, quer de vários elementos da SAD que - foi mais ou menos público - se opunham a este desfecho).

Caso não existam mais reviravoltas neste processo, o acordo deverá ser anunciado em breve, imagino que ainda hoje ou o mais tardar amanhã.

A decisão indica que Jesus se sente com força anímica para continuar, premissa fundamental.

Mas é preciso perceber que a paciência já se esgotou e que nova época de insucessos não será tolerada pelos sócios. Este é pelo menos o meu sentimento.

É preciso também mudar várias coisas, mas isso será objecto de análise da minha parte no futuro.

Campeonato falsificado - Josué

Josué, do Paços de Ferreira, assinou pelo Porto.

Se esta contratação era já por si só pouco recomendável e mesmo suspeita, pois suscita dúvidas quanto à verdade desportiva do jogo Paços-Porto, o que pensar dela quando vemos que o jogador (burro) veio dizer o seguinte: "Tinha duas certezas, uma que iria regressar e que nunca ia jogar no Benfica, por isso é que hoje estou aqui. Sou do FC Porto, de coração, e toda a gente que é do clube ninguém gosta do Benfica e eu não fujo à regra"?
 
Mas, mais ainda do que isto, há uma outra coisa que torna esta contratação altamente suspeita. Trata-se de algo que terá sido confidenciado por Josué na semana que anteceu o jogo com o Porto e que chegou à blogosfera benfiquista por esses dias (há cerca de duas semanas). Note-se que nessa altura ninguém do Benfica sabia que Josué viria realmente a ingressar no Porto e a confirmar (como fez ontem) que é do Porto e que não gosta do Benfica.

Leiam e tirem as vossas ilações:
 
* Josué, jogador preponderante na equipa do Paços e membro dos "Superdragões" desde há muitos anos, garantiu no seu circulo de "amigos" que estava tudo controlado. Têm sido constantes os encontros entre neste atleta e alguns dos mais conhecidos membros da claque portista. Segundo palavras do mesmo "não há razão para preocupações, o porto será campeão ou… Campeão".
Josué tem também aconselhado colegas a não se armarem a heróis porque "aquela malta não brinca". Este talentoso médio tem servido como uma espécie de infiltrado daquele grupo de marginais no balneário Pacense. Domina os mais fracos, demove os indecisos e denuncia os íntegros. Estes últimos os principais alvos do terror psicológico em relação às familias.

http://planetaslbenfica.blogspot.pt/2013/05/josue-diz-estar-tudo-controlado-porto.html
 
 
MEUS AMIGOS ESTAMOS PERANTE A MAIOR E MAiS DESCARADA FALSIFICAÇÃO DA VERDADE DESPORTIVA JAMAIS PRATICADA EM PORTUGAL. NEM NOS TEMPOS ÁUREOS DO APITO DOURADO SE ATINGIU ESTA DESVERGONHA.
 
 

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Este campeonato foi como a venda de Moutinho

Não me refiro a fruta podre. Refiro-me a gato escondido com o rabo de fora.

Pretender que Moutinho vale 25 milhões e James 45 é já levar a farsa a um outro nível: ao da chacota dos enganados.



Seria como emprestar o seu estádio a uma equipa uma semana depois de contra ela ter jogado o jogo decisivo do campeonato. Seria como desatar a contratar jogadores de outra equipa que foram capazes de empatar o seu único adversário. Seria como... tantas outras coisas (in)dignas não apenas do frutabol que temos mas de uma autêntica república das bananas.

A razão por que Freitas Lobo tem tanto respeitinho ao Porto


Aqui há uns anos o Guilherme Aguiar avisou-o... Depois Freitas foi para a Sporttv...

Quando os do Porto falam é para dar recados. E os destinatários (jornalistas ou árbitros) é bom que os ouçam. Caso contrário...

Por este aviso de Guilherme Aguiar (e outros que depois lhe terão feito) Lobo se tornou num "apreciador" do Porto e do seu "rigor".
Por isso este ano Lobo se indignou quando os adeptos do Nacional, depois de um jogo vergonhoso da sua equipa e da de arbitragem (3 golos irregulares do Porto* - ver fim do post), cantaram "Glorioso SLB". Mas quando são os do Porto a cantarem a versão ultra ordinária desse cântico, mesmo em jogos internacionais, Lobo cala-se bem caladinho.

Por isso Lobo agora não fala de arbitragens e prefere falar "do jogo", encontrando sempre no "jogo" explicações para o resultado.

Já agora, vejam também neste vídeo, curiosamente de um Paços Ferreira-Porto, o golo anulado ao Paços. O frutabol é tão previsível e repetitivo que podemos quase ao calhas ir buscar jogos de qualquer ano que a história é quase sempre a mesma.

O frutabol dá  volta ao estomago de qualquer pessoa bem formada!


* - o primeiro golo do Porto surge na sequência de uma recuperação de bola de Varela, ficando dúvidas sobre se a bola sai ou não pela linha final. Examinando as imagens (recurso que os árbitros não podem usar), verifiquei que a bola de facto não sai. Depois o lance acaba da forma que a imagem ilustra, com 4 defesas do Nacional, mais o guarda-redes, a não serem capazes de cobrir um único do Porto. Aqui, não há de facto irregularidade, só mesmo negligência por parte dos nacionalistas, que agora parece que estão no Brasil.

O segundo golo do Porto está em fora-de-jogo: o jogador está à frente do último jogador do Nacional e da bola, esta é passada para a frente.
O terceiro golo do Porto resulta de um penalty inexistente. Há efetivamente um contacto (ligeiríssimo) entre Varela e o jogador do Nacional, quando aquele está parado, sem progressão. Há tanto contacto entre o pé do nacionalista e Varela como entre o pé do nacionalista e a bola. Penalty à Porto.


terça-feira, 28 de maio de 2013

A decisão

A decisão é sempre solitária.

Vieira fez até hoje um trabalho muito importante de recuperação do Benfica, a nível financeiro, de credibilidade, de estabilidade, de competitividade, de qualidade dos plantéis.  Mas tem-lhe faltado o mais importante: títulos. Dois campeonatos em 12 anos não chega.

No anterior post identifiquei o que para mim foram os erros mais crassos que cometeu esta época, que mais uma vez (e contra todas as expectativas) redundou num rotundo fracasso.

Não quer dizer que tenha feito tudo mal. Também identifiquei algumas coisas boas.

Eu não sou anti nem pro-Vieira. Eu sou e serei sempre Benfica. Enquanto Vieira for o Presidente nunca terá a minha oposição. Nunca andarei a minar o caminho mas também não deixarei de dizer o que penso, nos momentos que considero certos. Por isso ponderei fechar o blog quando me começou a ser impossível calar críticas muito fortes ao que já na altura me parecia um caminho errado, arrepiei caminho quando foi tomada uma decisão que me pareceu na direção certa (romper com a Sporttv) e só falei agora, quando a época já está decidida.

A vida faz-se de escolhas, faz-se de decisões entre diferentes opções ou alternativas.

Até ao momento não apareceu um rumo alternativo credível para o Benfica. O Benfica é uma instituição colossal, um barco muito difícil de pilotar.

Muito do que disse de Vieira, aplica-se a Jorge Jesus.

Elevou muito a qualidade da equipa, trouxe-a a patamares de competitividade não vistos no Benfica há MUITOS ANOS, identificou talentos que rentabilizou para a equipa e em proventos de vendas para a SAD. Mas faltam-lhe títulos!

JJ tinha o campeonato na mão e deixou-o fugir entre os dedos! A Liga Europa podia ter sido ganha, o que teria sido um feito histórico, extraordinário, mas Jorge Jesus também o deixou fugir.

Sim, JJ é tão responsável pela forma como jogámos - e que surpreendeu e encantou não só os benfiquistas como a Europa do futebol - como pela forma como o perdemos. O primeiro golo do Chelsea é o resultado do talento de Torres mas também de uma forma de jogar por vezes quase suicida (que já vem desde a primeira época), de um quase amadorismo em termos defensivos. O segundo golo resulta de uma ingenuidade dolosa, quase "criminosa", na forma como o canto é concedido que depois resulta num golo também inaceitável em termos defensivos. Consta que Enzo Peres estava revoltado com Jesus no fim do jogo porque tinha-o advertido de que o Chelsea costumava bater o canto para o segundo poste com Ivanovic a aparecer naquele espaço, tendo por isso sugerido uma marcação homem a homem ao sérvio, no que teria sido ignorado. E não esqueçamos também que o Chelsea era a equipa da Europa com mais jogos nas pernas.

Nesta medida, o jogo da Taça era ABSOLUTAMENTE DECISIVO. SALVAVA A ÉPOCA, ao contrário do que foi dito! Não salvava o campeonato, que estava perdido, mas salvava a época. Ficaria o registo de um campeonato perdido com infelicidade nos descontos do penúltimo jogo da época, uma honrosa prestação em Amsterdão e uma Taça!

Esse título (são os títulos, estúpido!) era fundamental para manter uma boa média, como assinalei em Janeiro. Perdido esse jogo, JJ perdeu praticamente toda a sua margem de manobra. Ficou abaixo da média do Benfica nos últimos 20 anos (se contabilizarmos conjuntamente Campeonatos e Taças de Portugal). Não ganhou nada este ano.

O jogo da Taça, até pela forma como decorreu, era um jogo facílimo de ganhar. O Benfica jogou a passo, sem atitude, sem determinação, sem espírito vencedor, sem garra, sem qualidade nenhuma. Cada vez que mexeu, Jorge Jesus piorou a equipa.

A conclusão lógica é a de que Jorge Jesus deve deixar o Benfica.


Mas atenção, deve deixar para vir quem? Essa é que é para mim a verdadeira questão.


Rui Vitória? Sinceramente parece-me um erro tremendo. Vitória não me parece ter arcaboiço, unhas para esta guitarra. A pressão no Benfica é uma coisa tremenda, não é para qualquer um. O mesmo se aplica a Paulo Fonseca e mais ainda ao treinador do Estoril. O Benfica não é o Porto onde o verdadeiro "treinador" e líder é Pinto da Costa. Onde qualquer um é campeão. Onde as arbitragens fazem o jeitinho e a "estrutura" ampara os golpes (para além de manter os jogadores em sentido não permitindo indisciplinas).

É tudo isto que Vieira terá que ponderar muito bem. Neste momento a sua credibilidade está no ponto mais baixo. Os benfiquistas estão fartos de perder, fartos de ilusões e desilusões e já não acreditam em mais promessas. Uma aposta falhada reflectir-se-á muito na presidência de Vieira. Voltará a contestação e a instabilidade interna. Uma aposta desastrosa poderá levar o clube à semi-ingovernabilidade ao estilo sportinguista. E não estou sequer a equacionar como poderão reagir os benfiquistas à eventual ida de JJ para o Porto...

Estamos em águas agitadas e cheias de perigos. A derrota na final da Taça foi o momento chave que fez precipitar toda esta situação. É isso que mais me custa e que de alguma forma me revoltou contra Jorge Jesus que até aí eu sempre defendera. É que o espectro do Porto e de Pinto da Costa (mesmo já depois de nos tirarem o campeonato), verdadeira praga do Benfica nos últimos anos, pairou logo sobre o Jamor.

Esta é talvez a decisão mais difícil e importante de Vieira desde que é Presidente do Benfica. E que marcará sempre a sua passagem pelo Benfica.

Época perdida - o papel de Vieira

Este ano o Benfica tinha tudo para ser feliz.
Com expectativas baixas face às saídas de Witsel e Javi Garcia, bem como por um empate em casa, logo na primeira jornada, com o Braga, a equipa não apenas aguentou esse embate como surpreendeu toda a gente, atingindo patamares quase impensáveis em Agosto/Setembro.

Foi um Benfica demolidor o que chegou ao fim do mês passado em condições de ganhar tudo. Houve alguns momentos menos bons, como o empate em casa com o Porto no fim da primeira volta (mantenho que se tivéssemos vencido esse jogo, como podíamos, teríamos sido campeões) ou o jogo contra o Sporting em casa, em que apesar do golo de antologia não conseguimos ser a equipa que normalmente somos.
Mas outros houve que foram sensacionais, como a segunda parte contra o Newcastle na Luz ou a segunda mão contra o Fenerbahçe. Houve exibições seguríssimas, como as vitórias claras em Coimbra e em Paços para a Taça de Portugal, ou as vitórias na Madeira contra o Marítimo e em Guimarães contra o Vitória. Isto para não recuar ao início do campeonato, em que demos goleadas e alguns festivais de futebol.

Já nem nos lembramos destas coisas...

O que correu então mal?

É simples e escreve-se com 6 letras: Vieira.

Vieira terá trabalhado nos bastidores para que vergonhas como a de Coimbra não se repetissem. E teve sucesso nessa tarefa, nomeadamente "saneando" árbitros que claramente têm como objectivo perseguir e prejudicar o Benfica.

Tivemos assim para os nossos jogos nomeações de árbitros jovens ou sem historial de prejuízo ao nosso clube, o que se reflectiu, até ao último terço do campeonato, numa época quase sem casos, em que não fomos prejudicados pelas arbitragens.

O campeonato parecia ganho, pois era evidente que sem invenções, sem xistremas, o Benfica era a melhor equipa.

O Porto dava sinais de desespero.

Mas foi aqui que Vieira (e a estrutura que o acompanha, pois há lá mais gente que tem a obrigação de manter os olhos abertos) errou: achou que as coisas estavam ganhas e subestimou o poder do FC Porto e a influência de Pinto da Costa, que os benfiquistas já davam quase como morto (em sentido figurado, obviamente). 

Deixou-se Vitor Pereira fazer demasiado alarido, demasiada pressão sobre os árbitros sem resposta adequada. Quase todas as semanas o treinador do Porto falava de jogadores do Benfica que deviam levar cartões: ora era Maxi, ora era Matic.

Assim, quando entramos na fase final do campeonato, quando o Benfica podia finalmente criar a décalage decisiva, alargando a sua vantagem para 6 ou 8 pontos e deixando o Porto irremediavelmanente atrasado, este Porto é aguentado pelos árbitros à custa de penalties (a seu favor ou perdoados).

Pinto da Costa sabia que parar o Benfica seria muito difícil (até porque Vieira aí controlou bem Vitor Pereira, o dos árbitros, no sentido de não termos Xistras, Soares Dias nem miguéis semana sim semana não) pelo que optou por controlar as arbitragens do seu clube, praticamente assegurando os pontos todos do Porto até à visita do Benfica ao dragão. Qualquer deslize da nossa equipa até lá tornaria esse no jogo do título.

Há que o dizer, a estratégia foi bem pensada e bem executada se formos capazes de nos abster de um juízo moral, que tem que ser condenatório, desse controlo das arbitragens do Porto. Que foi por demais evidente.

LFV falou e bem a dada altura acerca de um jogador de andebol do Porto, dizendo que eles jogavam com dois guarda redes. Só que isso foi em Dezembro. 

Ora este "ataque final" ocorreu em Março/Abril e aí o Porto contou com um caminho aberto resultante do completo silêncio da parte do Benfica.

Vieira achou que o mais importante era o Benfica concentrar-se em si mesmo. Ganhando, conseguindo ser campeão mesmo apesar das arbitragens teria ainda mais sabor.

Infelizmente não foi a estratégia mais correcta (embora a possa compreender e ela tenha algum apelo). Não foi a mais correcta porque obrigou a equipa a um desgaste que se reflectiria no rendimento da equipa nas "finais".

Tudo aquilo que até disse atrás não justifica porém o título deste post. Se Vieira tivesse apenas cometido os "erros", se é que o são, que aponto atrás, considerando que fez por outro lado um trabalho invisível e muito importante de acabar com os roubos descarados ao Benfica, o balanço seria altamente positivo.

O problema é que os erros estavam ainda por chegar.

E chegaram na semana fatídica que antecedeu o jogo com o Estoril em que tudo se perdeu - e aí o principal responsável é Vieira.

Bastava ganhar ao Estoril para o Benfica ser campeão. Repito, bastava ao Benfica ganhar ao Estoril para ser campeão. Dificilmente perderíamos no Porto (o empate já dava matematicamente o título) e poderíamos rodar alguns jogadores para ter mais frescura física em Amsterdão. Pelo que se viu nesse jogo, com essa frescura adicional poderíamos mesmo ter ganho (muitas vezes quando os jogadores falham golos é porque fisicamente estão muito desgastados - a finalização é o movimento que exige mais rapidez de execução e portanto melhor condição física) a Liga Europa.

O que aconteceu então? Um remake do ano passado! O ano passado, com o Benfica 5 pontos na frente e nos quartos de final da Champions, Vieira deu uma entrevista à RTP na qual parecia já convencido de que o mais difícil já estava feito e que, além de ser campeão nacional, o Benfica poderia mesmo vencer a Champions.

Desde aí foi o descalabro.

Este ano, Vieira, que tinha estado calado toda a época, aparece nessa semana fatídica a dar nova entrevista, desta vez à Benfica TV. Era a consagração! Quando nada estava ganho, como tantas vezes aqui alertei!!

Mas pior, uma vez que alguns poderão achar que estou a ser supersticioso (que não é o caso) e que a entrevista não influiu sobre o rendimento da equipa (apesar do exemplo do ano anterior), Vieira, que até então não falara do tema, veio introduzir a questão da renovação de Jorge Jesus! Na véspera de um jogo decisivo!!!! QUE INCOMPETÊNCIA! QUE AMADORISMO!

Alguns falam da viagem ao Brasil mas aí, se calhar erradamente, não dou uma importância muito grande ao facto. Vieira não passa os jogos no banco ou ao lado da equipa, pelo que a sua ausência não terá sido assim tão notada pelos jogadores. Eles têm é que estar concentrados no seu trabalho e não em quem está à volta.

O pior foi quebrar o silêncio, que naquela altura era de ouro, e introduzir um factor de perturbação, de distração, quando a concentração no jogo com o Estoril devia ser total e absoluta

Penso e muitos dizem que Pinto "atacou" e prometeu prémios aos jogadores do Estoril, percebendo que era a última oportunidade de poder tentar tirar o título ao Benfica e sabendo que havia cansaço de uma eliminatória fortíssima, disputada em ritmo frenético, com o Fenerbahçe. Se é verdade, mais uma vez ele foi esperto e nós fomos burros!

As coisas correram como correram. Mas ainda havia uma forma de salvar a situação: era LFV anunciar a renovação com Jorge Jesus na semana antes do jogo com o Porto, reforçando a confiança de todos antes daquele embate decisivo. NADA.

E depois perde-se a Liga Europa, da maneira que foi, e Vieira vem dizer (talvez ainda acreditando no milagre do móvel) que JJ era o seu treinador até ao fim do seu mandato.

Para quê? Das duas uma: ou renovava antes das decisões (como deveria ter feito), ou esperava até ao fim da época. No meio é que NÃO PODIA ter dito nada. Só criou instabilidade, distração.

Finalmente, o tal epílogo de que eu falei aqui há duas semanas foi a final da Taça. Nova derrota e desta vez com uma exibição miserável que levou alguns adeptos no Jamor a interrogar-se sobre se não haveria aqui um espectro do Porto a pairar e um anuncio, sob forma do resultado do jogo, acerca do futuro de JJ. Sentiu-se (até pelas expectativas criadas e pelo apoio incondicional dos adeptos) que havia algo de traição naquele desfecho e naquela exibição. As substituições foram algo de indescritível, anunciando logo que iríamos mesmo perder a final.

Porém o mal já estava feito e já vinha de trás. A partir daí, da sucessão de erros de Vieira que identifiquei, tudo se desmoronou como um castelo de cartas. Jesus, já de si bastante emotivo, perdeu o controle emocional e começou a cometer erros a um ritmo cada vez mais acelerado. 

Faltam apenas dois episódios desta peça. Um deverá ser anunciado já hoje, o outro também muito em breve. A não ser que eu esteja muito enganado e que Vieira agora me surpreenda. 

Então e agora?

Luís Filipe Vieira: “Jorge Jesus é o meu treinador”
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03-05-2013 18:41

Presidente à Benfica TV

Luís Filipe Vieira: “Jorge Jesus é o meu treinador”

O presidente do Sport Lisboa e Benfica afirmou esta sexta-feira, em entrevista à Benfica TV, que há pessoas que estão muito preocupadas com a permanência da sua pessoa e do treinador Jorge Jesus no Clube.

“Temos sempre romances no final das épocas. Lembro-me que, no ano passado e no ano anterior, a saída do Jorge Jesus era pedida por muita gente. No ano passado, face ao fracasso da época, perguntaram-me concretamente sobre a continuidade de Jorge Jesus e disse que era o meu treinador. Se é o meu treinador e se vou continuar como presidente do Benfica, logicamente que vai continuar, não vale a pena fazer especulações”, afirmou Luís Filipe Vieira.

O presidente do Sport Lisboa e Benfica fez questão de serenar a nação benfiquista, referindo que a seu tempo tudo será comunicado. “Não somos obrigados a dizer, nem eu, nem o Jorge Jesus, o que fazemos. Dá ideia que as pessoas estão muito preocupadas que o Jorge Jesus e o Luís Filipe Vieira continuem juntos. Os benfiquistas podem ficar serenos, que na altura própria irão saber o que vai acontecer no futuro, neste momento estamos em pleno Campeonato, em plena final da Liga Europa e da Taça de Portugal. Conheço suficientemente bem o Jorge Jesus e vice-versa e de certeza que o Jesus sabe o meu pensamento, bem como o contrário. Praticamente é só passar para um papel, mas não vale a pena especular”, revelou.

Luís Filipe Vieira lembrou ainda que houve quem criticasse o técnico da equipa e que agora tudo mudou. “Para aqueles que falam hoje muito do Jorge Jesus, se calhar são os mesmos que disseram que devia sair do Benfica. A memória dessas pessoas é às vezes curta”, mencionou.

O Benfica está ainda em três frentes e Luís Filipe Vieira realçou que a ideia que nada foi conquistado. “Este é o quarto ano que o Jorge Jesus está no Benfica e é natural que, com alguns erros que cometemos e que corrigimos, podíamos de certeza continuar a sonhar e a ter objectivos bem claros. Este ano é o corolário desse trabalho todo, ainda que não tenhamos ganho nada”, afirmou.

A valorização do plantel benfiquista
Em termos de plantel, o líder máximo das “águias” começou por salientar a forma como o Benfica conseguiu colmatar as ausências de Javi García e Witsel. “Sabíamos que iríamos encontrar soluções e isso que é sempre aliciante e é para isso que o treinador Jorge Jesus está no Clube e vai continuar de certeza, para fazer esse tipo de trabalho. O plantel do Benfica está supervalorizado em termos internacionais”, apontou.

A saída de Óscar Cardozo foi muito falada durante algum tempo, curiosamente envolvendo o nome do Fenerbahçe, adversário que o Benfica veio encontrar nas meias-finais da Liga Europa. Sobre esse assunto, o presidente foi peremptório: “Não negociámos com ninguém. As pessoas podem chegar ao pé do Benfica e tentar aliciar qualquer jogador, mas nesse caso concreto a resposta foi sempre não.”

Questionado se têm existido actualmente propostas para os jogadores, Luís Filipe Vieira afirmou que “a porta está fechada neste momento”. “Temos objectivos para cumprir e só pensamos nisso. Não sabemos o que vem a seguir, mas o que os benfiquistas podem saber é que estamos na Liga dos Campeões na próxima época e a final é no Estádio da Luz, por isso, queremos ter uma equipa competitiva como esta, para conseguirmos o nosso sonho”, acrescentou.

Fotos: Arquivo / SL Benfica

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Chega de derrotas, chega de perdedores

Parece-me evidente que as coisas ontem foram demasiados más para JJ poder continuar no Benfica.
Não sinto nenhum prazer em dizê-lo e será até de certa forma injusto que assim aconteça, pois se excluírmos o jogo de ontem, a época fica marcada por muita infelicidade. Por 3 ou 4 minutos, por 2 ou 3 centimetros tudo teria sido diferente.
Mas não foi.

E a crueza dos números é esta: JJ tem um campeonato em 4 anos. Tem taças da Liga? Tem, mas essas contam pouco. Tem uma final da Liga Europa? Tem e isso tem muito mérito e é um marco que fica, mas que infelizmente fica como a 7ª derrota consecutiva numa final europeia.

JJ teria feito campeonatos extraordinários se estes começassem à 2ª jornada e acabassem à 26ª. E - não esquecer - se em 8 jogos com o Porto não tivesse 5 derrotas e apenas uma vitória. Assim...

Bom, assim, a crueza dos números diz que o balanço é medíocre.

Porque, e eu tive esta discussão muitas vezes, há números que não interessam em termos de campeonatos, como os recordes de vitórias seguidas ou percentagens de vitórias. Nos campeonatos uma e só uma coisa importa: ganhar. E isso JJ, apesar de todas as suas boas intenções, conseguiu-o apenas uma vez, logo no primeiro ano, sendo nos seguintes trucidado pelo Porto. JJ ganha um campeonato em que o adversário é o Braga e perde três para o Porto, em dois deles com o Porto invicto, feito que até há 4 anos pertencia apenas ao Benfica.

JJ deu o seu melhor? Não tenho dúvidas de que sim, embora as histórias recorrentes de contactos com o Porto não sejam muito abonatórias. Mas a estratégia que montou para vencer foi consecutivamente derrotada.

Há uma coisa que não pode ser esquecida. No ano seguinte a sermos campeões, foi o ano de "vingança" do Porto. E aí fomos cilindrados por 5-0. JJ perde depois 2 meias finais (Taça e Liga Europa) de uma forma quase inacreditável. E o Porto é campeão em nossa casa, com rega e apagões.

Eu já disse e repito - desde essa humilhação absolutamente vergonhosa que esperei ouvir alguma coisa, alguma explicação, alguma desculpa, alguma justificação aos adeptos por parte de algum responsável, acompanhada da promessa de que as coisas mudariam. De Jesus talvez, mas sobretudo de Vieira. Até hoje estou à espera.

Veio a época seguinte, a que eu pensei seria da nossa "vingança". 5 pontos de avanço à entrada da segunda volta, os jornais a explicarem que nunca uma equipa tinha perdido o campeonato com tal avanço, e o descalabro a acontecer, acabando no golo de Maicon em fora de jogo na Luz. Mais uma vez, os adeptos do Benfica tiveram que engolir.

E veio ainda mais uma, esta, que agora sim ia ser a de sonho e que acaba desta forma.

Chega. Os benfiquistas estão fartos de derrotas e, há que o dizer, humilhações. Porque perder desta forma - hoje com o Guimarães, o único troféu que podiamos ganhar na época - é vexante.

Isto não é o Benfica.

Andamos nos blogs a empreender uma luta anti-sistema, andam os adeptos a apoiar a equipa pelos 4 cantos do mundo, para depois sermos "traídos" por uma derrota vergonhosa como a de hoje? Sim, porque depois do que se passou hoje (e mesmo tendo havido um golo ilegal do Guimarães) já nem nós temos vontade de falar de arbitragens. Perdemos peso, perdemos autoridade para falar de arbitragens. Porque não falámos quando devíamos (quando outros falaram e pressionaram, retirando daí dividendos óbvios) hoje somos uns derrotados.

A derrota da Taça é vergonhosa porque o adversário, apesar de toda a seriedade e de merecer todo o respeito, era muito fraquinho, muito limitado.

Um Guimarães parecido levou 6-2 neste mesmo estádio há 2 anos.

Numa outra "estrutura" JJ seria bi, ou quem sabe tetra campeão. Estes dois últimos campeonatos nunca teriam sido perdidos, nunca!

O problema é que JJ não está noutra estrutura, está nesta.

Por favor não falem do Bayern porque não há comparação possível. O Bayern é um colosso que nos últimos 11 anos ganhou 6 campeonatos, 5 Taças e 1 Liga dos Campeões!
Jupp Heinckes perdeu as 3 competições no primeiro ano. E venceu no segundo.

O Benfica transformou-se nos últimos anos num clube perdedor. Custa-me dizê-lo mas é verdade. Jorge Jesus tentou inverter esse ciclo e parecia bem encaminhado, ao ganhar logo no primeiro ano. No entanto no futebol português há demasiadas forças obscuras a actuar e JJ precisava do apoio de uma estrutura que nunca teve. Simplesmente é a que há.

E como ela não se vai alterar, até porque não se perfilou até hoje nenhuma alternativa credível para liderar o Benfica, a coisa vai partir - como sempre - pelo elo mais fraco.

Jorge Jesus entrou no Benfica com um discurso motivador e uma atitude vencedora. Ontem no Jamor foi o espelho do medo, da descrença, numa palavra, da derrota. Vivemos num mundo cão. As cenas do fim da partida são demasiado tristes. Eu estive no Estádio até aos jogadores recolherem aos balneários (coisa que não podiam fazer até ao Guimarães receber a Taça).

Ao subir a escadaria, Luisão parecia comandar um cortejo fúnebre. Mal organizado, com Lourenço Pereira Coelho a gritar não se percebeu bem o quê e Luisão a fazer ainda um compasso de espera, decidindo-se depois a avançar. O ambiente era muito mas muito pesado. Ninguém merecia este desfecho, nenhum o desejava e sei que todos terão feito o que pensavam melhor para as coisas correrem de outra forma. Infelizmente não foi assim. Neste mundo cão que é o nosso, nem sempre o trabalho é recompensado. Mas as responsabilidades não podem ser alijadas.
Com orçamentos tão elevados há que ter mais do que um campeonato para apresentar ao fim de tantos anos. Ou 2 se recuarmos a 2005.
O Benfica começa a ser um clube cronicamente perdedor. E o drama é que não se vê saída à vista.
Não com estes protagonistas.

Não foi

"Aconteça o que acontecer, esta época será brilhante" - Jorge Jesus, 10 de Abril de 2013.

Era para perder, Jorge Jesus?

Porquê André Almeida no lugar de Melgarejo? Porque não substitui-lo ao intervalo quando estava a ser claramente o pior jogador do Benfica em campo?

Que entrada foi aquela na segunda parte?

Tirar Cardozo, claramente o mais perigoso jogador do Benfica nesta fase final da época, a mais de 20 minutos do fim?

Urreta? Quantos jogos fez Urreta esta época?

Defender o resultado e recuar, quando já se demonstrou que o Benfica não o sabe fazer, frente a um adversário de outra forma tão frágil e inofensivo, não será convidar o adversário a acreditar?

"Pensámos que o 1-0 bastaria"???

O que aconteceu a André Gomes?

Porquê tirar Gaitan, o mais inconformado e o mais imprevisível quando precisávamos de atacar?

O que foi fazer Aimar para dentro de campo?

Não é evidente que Aimar deixou há muto de ter condições para jogar? É esta a despedida que oferece ao jogador?

"Este resultado não influencia a decisão acerca da continuidade"??? Então o que é que influencia?

São perplexidades a mais Jorge Jesus.

Custa-me vê-lo chorar, custa-me ver adeptos do Benfica tentarem agredi-lo e cuspirem-lhe. Mas a verdade é que fez tudo errado e a derrota tem a sua cara.

Vai ficar tudo na mesma?

Ou alguém vai assumir responsabilidades por desilusões atrás de desilusões que se seguem a humilhações e mais humilhações?

Será que vão continuar a fazer elogios aos árbitros?

Será que as lágrimas dos míudos que vêm o Benfica a perder, a dor dos emigrantes que sofrem ao longe, o sofrimento dos adeptos do Norte e especialmente do Porto não merecerão que alguém assuma que falhou rotudamente?
Será que para o ano é que é?

Será que apagar as luzes e lançar a rega, sair do Jamor antes da equipa adversária receber a Taça ou praticamente jogar um campeonato sem jogadores portugueses honram a história do Benfica?

Será que perder sistematicamente os melhores jogadores para o Porto é normal? É normal negociar Falcao, Alex Sandro, Danilo entre outros e estes depois assinarem pelo adversário?

Já dei, juntamente com muitos, muito para este peditório.

Já não acredito nesta liderança.

O falhanço está à vista.

JJ vai sair, penso que é inimaginável outro desfecho, mas os problemas vão continuar.

E o problema é tanto maior quanto não se vislumbra nenhuma alternativa credível a esta liderança que nos últimos 3 anos nos trouxe tantas e tão amargas tristezas.

domingo, 26 de maio de 2013

Imperdoável

Patético. Anedótico.

São os adjectivos que me vêm à mente para caracterizar este encerrar de época do Benfica. O pior Sporting não faria melhor (ou pior, conforme se olhe para a coisa).
 
Triste é outra forma de caracterizar o que aconteceu depois do apito final. Vi coisas tristes, como Cardozo a confrontar JJ ou adeptos de cabeça perdida a tentarem bater e cuspir em Jorge Jesus. É a raiva descontrolada por uma desilusão impensável há 3 semanas atrás.
 
Este final de época será dos piores de sempre da história do Benfica e é evidente que as responsabilidades têm que ser assumidas.
 
Jogámos lindamente até ao jogo com o Estoril? Sem dúvida!
 
Mostrámos querer e qualidade? É indiscutível.
 
Mas não se pode esperar que as coisas aconteçam por si mesmas só porque se chegou à fase das decisões.

Nesse momento tem que aparecer liderança, tem que aparecer mentalidade vencedora, têm que aparecer campeões.

E isso não aconteceu.

O impensável aconteceu mesmo. Quando, para nos desestabilizar, os nossos rivais diziam que ainda iríamos perder tudo, ninguém (nem os próprios!) acreditava num descalabro desses.

E a verdade é que aconteceu. Por isso alguém tem que assumir responsabilidades.
 
Porque a equipa que entrou hoje no Jamor foi uma autêntica VERGONHA para o Benfica. Face a um adversário muito fraquinho, o Benfica fez uma exibição frouxa, apática, sem determinação, sem categoria nenhuma.
 
Jorge Jesus é o responsável por esta lamentável, RIDÍCULA exibição. Errou desde logo ao não jogar com Melgarejo e jogar com André Almeida que fez um jogo lastimável. Mas isso JJ não podia saber, foi uma opção que o jogo revelou errada.
 
Mas é INDESCULPÁVEL a entrada da equipa na segunda parte. Sobretudo sabendo-se da tendência para sofrer golos nos últimos minutos, era imprescindível marcar o segundo para tranquilizar e AO MENOS REALIZAR UMA BOA EXIBIÇÃO PARA terminar a época.
 
É INDESCULPÁVEL tirar Cardozo com muito tempo para jogar!
 
É AINDA MAIS INDESCULPÁVEL tirar Gaitan que era dos mais inconformados!!
 
JORGE JESUS, EM QUE ESTAVAS A PENSAR?
 
QUE JOGO FOI ESTE?
 
QUE TÁCTICA FOI ESTA?
 
QUE ESTRATÉGIA FOI ESTA?
 
POUPAR NO ÚLTIMO JOGO? DEFENDER O RESULTADO CONTRA UMA EQUIPA QUASE INEXISTENTE? DANDO-LHE CRENÇA PARA PROCURAR O RESULTADO?
 
O que se passou com o Estoril foi mau. O que se passou com o Porto foi de uma grande infelicidade. O que passou contra o Chelsea foi cruel, mas relativamente normal considerando que jogávamos contra o campeão europeu.
 
O que aconteceu hoje É IMPERDOÁVEL.
 
Jogámos contra uma equipa muito inferior e perdemos por culpa própria. POR CULPA PRÓPRIA. Fizemos o necessário para perder. Lamentável.

Depois do que se passou, Jorge Jesus tem condições para continuar?
 
Para mim não.
 
Mas há mais coisas que estão mal.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Taça de Portugal - vamos fazer a festa!

Domingo joga-se o último jogo da época, o mais importante jogo do calendário nacional, a Final da Taça de Portugal.

É uma festa bonita, que não pode nunca ser estragada por nenhum acontecimento extra-futebol, por nenhum comportamento menos próprio fora do campo, como infelizmente já aconteceu no passado. Espera-se desportivismo e civilidade de todos. 

A final joga-se num dos estádios mais bonitos do País, num ambiente sempre especial.

Há muito, há demasiado tempo que o Benfica não marcava presença no Jamor. A seguir ao campeonato, esta é a competição nacional mais importante. Como tal é sempre um objectivo prioritário para o Benfica e um que o seu treinador em particular vem procurando há algum tempo. 


Lembro-me de estar presente no Jamor numa vitória sobre o Sporting por 2-1, com golos de Diamantino. Foi um dia de festa como devem ser sempre as finais da Taça. 


Domingo lá voltaremos a estar, com a plena determinação de vencer e poder finalmente celebrar. Estes jogadores, treinadores e sobretudo adeptos do Benfica já merecem.

Campeonato falsificado - começam a aparecer indícios

Caros benfiquistas, quando digo que o campeonato foi falsificado não estou a falar de um erro arbitral, nem sequer de uma predisposição dos árbitros (que já sabemos existir sempre) para prejudicar o Benfica e beneficiar o Porto.

Quando digo que o campeonato foi falsificado, estou a falar de uma autêntica golpada, estou a falar de batota deliberada e cozinhada entre vários intervenientes. Estou a falar de matérias que, a serem provadas, levariam à irradiação de pessoas e à descida de divisão de clubes. Estou a falar de situações ao nível do mais grave que se passou nos anos do Apito Dourado.

É possível que Pinto da Costa tenha ontem falado "demais". Não vi a entrevista evidentemente. Mas já tive ecos e já vi hoje alguns excertos. E reitero esta ideia: Pinto poderá ter dito o que não devia.

E nem sequer estou a falar da frase: "Eu espero que nos próximos 20 anos se atribuam os campeonatos aos árbitros".

A todos os benfiquistas peço para estarem alerta. Há coisas que se fazem que deixam sempre marcas aqui e ali. A forma como não apenas portistas mas também muitos sportinguistas nos têm tentado calar, com a conversa de que estamos com um "melão" e que perdemos por culpa própria, devendo estar calados porque até é "ridículo" queixarmo-nos, mostra como também sentem que há algo aqui que não bate certo, que há algo aqui que cheira demasiado a esturro. Daí andarem por tudo quanto é rede social e blogs a deixarem comentários, a tentarem desviar atenções, a tentarem ridicularizar as nossas legítimas queixas e perplexidades em relação a algumas das coisas que se passaram nas últimas jornadas.

Por enquanto é tempo de nos concentrarmos na Taça de Portugal, troféu importantíssimo que é fundamental ganhar.

Depois disso voltarei ao tema. Há mais dados que importa investigar até ao fim. Todos podemos dar um contributo, na medida daquilo que vamos sabendo ou ouvindo, para que a verdadeira história do que se passou seja conhecida.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Concentração total na Taça

De 3 já só podemos ganhar uma. Temos que a vencer.

Para o Benfica, a Taça terá sempre que ser um objectivo prioritário da época, independentemente do que tenha acontecido no seu decurso.

Não há aqui lugar para cansaço, falta de motivação ou desalento por ter visto os outros objectivos da época esfumarem-se. A Taça vale por si mesma.

Domingo aplicar-se-á o mesmo que a todos os outros jogos: ganhará quem for capaz de mostrar mais, quem for mais inteligente, quem conseguir aplicar todo o seu talento, quem tiver mais querer nas bolas divididas.

Acredito plenamente que será o Benfica e desejo não apenas que vençamos mas que acabemos bem a época, com uma grande exibição.


Não se trata de salvar coisa nenhuma, trata-se de ganhar o segundo troféu mais importante do calendário nacional.

Nos últimos dias tenho falado bastante sobre o que se passou esta época em termos de campeonato; sobre o que considero uma total falsificação da verdade desportiva, face à indiferença de um País que parece completamente anestesiado face aos evidentes e descarados atropelos à mesma.

http://justicabenfiquista.blogspot.pt/2013/05/campeonato-falsificado.html
http://justicabenfiquista.blogspot.pt/2013/05/campeonato-falsificado-parte-ii.html
http://justicabenfiquista.blogspot.pt/2013/05/no-pais-do-frutabol.html
http://justicabenfiquista.blogspot.pt/2013/05/continuamos-ser-comidos-por-parvos.html

Sinto que é minha obrigação como benfiquista e que devo à verdade denunciar tudo o que vi passar-se nestas últimas semanas. 

Há ainda mais para dizer, mas neste momento creio que devemos concentrarmo-nos em absoluto no Jamor e em vencer essa final. Não podemos deixar que o que se passou nos afecte em relação a esse jogo. Aí sim, a corrupção sairia vencedora.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Campeonato falsificado (parte II)

Infelizmente aquilo que eu previa já há meses acabou por se verificar.

A seguir ao jogo da Luz com o Porto, os seus treinador e presidente, ainda em Lisboa e no nosso Estádio, fizeram-nos todo o tipo de ataques, acusando a arbitragem de os ter "impedido" de ganhar o jogo e dizendo que o Benfica jogava através de pontapé para a frente.

Mais do que por via do resultado do jogo, o campeonato começou-se a definir no seu rescaldo.

A arbitragem tinha sido razoável - dois pisões de Fernando e uma entrada duríssima de Mangala sobre Cardozo (que lhe partiu a cabeça) a merecerem cartão alaranjado e diversas faltas de Moutinho para amarelo tinham escapado à punição disciplinar, ao passo que uma entrada clara para vermelho de Maxi Pereira, nos instantes finais do jogo, tinha sido punida apenas com amarelo. Houve lances de fora de jogo mal tirados a jogadores do Porto (dois deles perigosos) logo no início do jogo e um penalty bastante claro sobre Garay no fim da partida, "transformado" em falta contra o Benfica. No fim do jogo, pesadas as coisas, houve algum equilíbrio na arbitragem. No entanto o Porto queixou-se - e muito.

Estava dado o mote - até porque o Benfica optou por elogiar a arbitragem e assim deixar passar a imagem de que estava contente.

Os ataques continuaram, apesar do Porto continuar a ser beneficiado.

A 10 de Fevereiro avisei que era importante agir.

http://justicabenfiquista.blogspot.pt/2013/02/mais-uma-vergonha-no-futebol-portugues.html

No dia seguinte "ameacei" acabar com o blog se nada acontecesse, quer dizer, se o Benfica não reagisse.

http://justicabenfiquista.blogspot.pt/2013/02/benfica-continua-calado.html

E, como era de esperar, para além de Rui Gomes da Silva (que não é levado muito a sério porque demasiadas vezes exagera) o Benfica manteve-se em silêncio. O blog parou mesmo mas acabei por recuar e voltar a publicar, não apenas devido à paixão benfiquista mas porque Vieira entretanto anunciou o fim da sporttv, o que me pareceu um rombo muito grande e importante no sistema.

Uma época imaculada levou-nos a chegar à jornada 26 em 1º lugar com 4 pontos de avanço. E aí houve o Benfica-Sporting.

Até então, de acordo com a lista elaborada por João Querido Manha (que não contabiliza vários, nomeadamente o referido de Otamendi sobre Garay), tinham ficado por marcar 7 penalties contra o Porto. Tinham sido marcados vários inexistentes ou duvidosos, que tinham "desbloqueado" vários jogos, nomeadamente 2 penalties contra o Rio Ave (jogo em que pelo contrário foi negado um, existente, à equipa de Vila do Conde) e um penalty em Setúbal, que foi ainda acompanhado de duas expulsões de jogadores de jogadores sadinos (uma aliás por pretensa simulação num lance muito duvidoso na área do Porto), para não falar de lances de fora de jogo mal tirados aos adversários. No mínimo dos mínimos, o Porto teria perdido 6 pontos (2 contra o Setúbal, 2 contra o Braga e 2 contra o Rio Ave). E note-se que nem sequer estou a contabilizar perdas de pontos em dois dos jogos cujas imagens abaixo ilustram!

Imagem do Facebook do Benfica Lovers



Já o Benfica tinha sido espoliado em Coimbra (2 penalties contra, ambos inexistentes), prejudicado contra o Braga (golo mal anulado) e prejudicado na Choupana (uma expulsão ridícula e uma duvidosa, para além de um possível penalty não assinado). No mínimo, o Benfica foi prejudicado em 4 pontos (2 Braga e 2 Académica). A seu favor, o Benfica teve uma decisão, ainda assim considerada acertada pela generalidade dos comentadores, no jogo em casa contra a Académica: penalty sobre Gaitan no fim do jogo, que alguns alegaram ter sido precedido de falta do nosso jogador. Façamos as contas mais negativas para nós, digamos mesmo que o penalty contra a Académica não deveria ter sido marcado, esqueçamos o Nacional, e temos ainda o Benfica prejudicado em 2 pontos.

À 26ª jornada, o Benfica deveria portanto ter mais 2 pontos e o Porto menos 6. A diferença de 4 pontos seria de 12. Uma vitória sobre o Sporting faria do Benfica virtual campeão (ficaria a faltar um ponto nas  restantes 4 jornadas).

E foi nessa altura que surgiu a arbitragem de João Capela, árbitro que na época passada prejudicou muito o Benfica e que neste jogo terá eventualmente beneficiado. Já falei sobre isto: o árbitro adoptou um critério no início do jogo que aplicou uniformemente durante toda a partida. Não teve dualidade de critérios em nenhum caso. Foi o Sporting que acabou por ser prejudicado por este critério uma vez que teve mais lances duvidosos na área do Benfica? Certamente! - mas isso não quer dizer que não tenha havido coerência.

Os portistas porém perceberam que tinham ali um filão - e agarraram-se a ele com unhas e dentes. Era o único caso que tinham para apresentar. E com ele limpavam toda uma época de benefícios em barda ao seu clube.

Estou convicto que o Benfica ganharia o jogo com o Sporting mesmo que fosse assinalado algum penalty. É absurdo falar em 4, primeiro porque no máximo existem 2, segundo porque há também dois lances duvidosos na área do Sporting, terceiro porque se o árbitro não tivesse sido coerente com o critério que adoptou desde o início do jogo e fosse mais rigoroso em relação a lances dentro da área do que a lances fora, obviamente que ao primeiro penalty os jogadores passariam a ser mais cautelosos e o jogo seria diferente.

Mas mesmo que, por absurdo, tivesse havido 4 penalties a favor do Sporting, nenhum a favor do Benfica e o Sporting os marcasse todos e o Benfica perdesse o jogo, manteríamos 9 pontos de vantagem a 4 jornadas do fim do campeonato.

Esta foi a primeira falsificação do campeonato, feita à vista de toda a gente e com total cobertura por parte de imprensa - e perante o silêncio dos dirigentes benfiquistas.

A segunda surgiu nas últimas 3 jornadas.

Encontrado o "caso Capela" e "rebaptizado" o campeonato, já se tinha criado a ideia de que o Benfica seria um campeão sem mérito, que precisara da "ajuda" de Capela no momento "decisivo" (como se todos os jogos não valessem 3 pontos).

Tudo estava portanto justificado: os ataques do treinador do Porto tornaram-se cada vez mais soezes e inflamados, cada vez mais violentos e baixos. E começou a falar dos jogos do Benfica todas as semanas, pressionando as arbitragens e dando a entender aos adversários do Benfica que teriam que fazer tudo para tirar pontos à nossa equipa.

Entretanto, surge a jornada 28, em que o Benfica se podia sagrar campeão caso o Porto perdesse na Choupana (onde o Benfica empatara, recorde-se) e o Benfica vencesse o Estoril.

E mais uma vez, o treinador do Porto lança atoardas em todas as direcções: "há 0% de possibilidades do Benfica perder pontos com o Estoril". "Se não for de uma maneira é outra". "Se houver dificuldades surgirá um penalty". Isto depois de Pinto da Costa ter deixado uma mensagem cujo alcance alguns não perceberam bem: "depois do que tenho visto, já não acredito tanto".

Estas declarações configuram em si mesmo violações dos regulamentos (vidé fim deste post) pois são claras tentativas de condicionar as arbitragens. Algo que eles já vinham fazendo desde o jogo da Luz...

A outra leitura a fazer disto é que para o Porto, os pontos na Madeira já eram dados como adquiridos. A sua preocupação era o Estoril.

E, vendo o jogo, percebe-se como é que estavam garantidos. O primeiro golo do Porto é inacreditável: os jogadores do Nacional parecem autênticos infantis, de tão patético é o lance. O segundo é em claro fora de jogo. O terceiro é de um penalty em que há efetivamente um toque do jogador do Nacional mas que nunca seria suficiente para derrubar o jogador do Porto (que aliás estava parado sobre a linha de grande área, numa jogada sem qualquer perigo).

E assim aos 22 minutos o Porto ganhava por 3-0. Uma autêntica vergonha, um atentado à verdade desportiva, quer pela arbitragem, quer pela equipa escalonada pelo treinador do Nacional, quer pela falta de atitude dos jogadores do Nacional. Com o jogo resolvido, passou-se a ritmo de treino e até um penalty se marcou contra o Porto, para resolver o problema "estatístico".

http://www.tvgolo.com/jogo-showfull-1367695019---39

E depois surge o Estoril a fazer aquele jogaço segunda-feira à noite na Luz; a comer relva para não perder o jogo, como se disso dependesse a sua vida.

Curiosamente, este mesmo Nacional, tenrinho, tenrinho, tenrinho contra o Porto, foi na jornada seguinte ganhar a Braga por 3-1. Seria a mesma equipa?

Esse resultado foi altamente surpreendente - ou talvez não. Em virtude disso, o Paços de Ferreira garantiu matematicamente o 3º lugar - e já não tinha nada por que jogar na última jornada.

Os jogadores do Porto sabiam assim à partida que vencendo o Benfica eram campeões, pois o último jogo eram favas contadas. Ele há cada coincidência...

Aliás, o facto do Porto-Benfica não se jogar no mesmo dia e hora do Paços e do Braga violou o espírito da lei pois os resultados de Braga e Paços TIVERAM IMPLICAÇÕES NA LUTA PELO TÍTULO.

NOMEADAMENTE, O PORTO-BENFICA JÁ SE JOGOU NUM CONTEXTO EM QUE O PORTO SABIA QUE O PAÇOS TINHA A SUA SITUAÇÃO JÁ RESOLVIDA E NÃO PRECISARIA DE PONTUAR NO ÚLTIMO JOGO. ESTA SITUAÇÃO ERA MAIS CONFORTÁVEL DO QUE UMA DE INCERTEZA.

Se os jogos todos tivessem sido ao mesmo tempo, o Porto não teria tido essa segurança e jogaria pelo contrário na convicção de que na última jornada teria mais um jogo muito difícil, o que só lhe aumentaria a pressão.

ORA UM JOGO QUE (EM VIRTUDE DE UM ESQUISITO BRAGA-1 NACIONAL-3) SE TORNOU NUM MERO CUMPRIR DE CALENDÁRIO PARA O PAÇOS, PELO CONTRÁRIO ERA DETERMINANTE PARA BENFICA E PORTO  PARA A ATRIBUIÇÃO DO TÍTULO.

Os dirigentes do Benfica tinham que estar atentos a estas jogadas! Mas andaram a dormir!!

MAIS UMA VEZ HOUVE BATOTA!

MAS MESMO ISSO NÃO CHEGAVA PARA ESTAR O PORTO ABSOLUTAMENTE DESCANSADO. Foi por isso preciso nomear Hugo Miguel e este fazer o que fez, mais uma vez com influência no desfecho do jogo e por arrasto na decisão do campeão. Como diz Bagão Félix, nos outros países os campeonatos de 16 equipas têm 30 jogos. Em Portugal têm 29 jogos e 22 minutos. Miguel aos 22 minutos, correndo com o vermelho na mão e marcando penalty por uma simulação que ocorre fora da área assegurou o campeonato ao Porto. E para que o 2-0 não se transformasse em 2-1, provocando calafrios nos minutos finais, ainda deixou de ver um penalty contra o Porto.

Alguém ainda tem dúvidas de que este campeonato foi falsificado?

Então apresento-vos (ou recordo) mais uma. Uma pista: tem a ver com o nosso "amigo" Pedro Proença. Ele esteve em ambas: o adiamento de um jogo porque choveu e a arbitragem desse mesmo jogo quando ele se realizou (até marcou um penalty e expulsou dois sadinos). Simplesmente o jogo não se realizou dentro dos 30 dias seguintes regulamentares! Foi mais um atropelo das regras, sem que ninguém explicasse porquê e sem o Benfica apresentar qualquer reclamação ou protesto.


Meus amigos, andamos a dormir - e eles não. Mais uma vez, fomos levados. A batota voltou a vencer.
 
 
O QUE PASSOU NESTAS ÚLTIMAS 3 JORNADAS FOI A MAIOR GOLPADA DESPORTIVA EM PORTUGAL DAS ÚLTIMAS DÉCADAS. Antero Henrique deve novamente ter dito: "Olhe que eu já lhe tinha visto muitas, mas esta...Presidente, você é um génio"


Abaixo transcrevo os artigos relevantes dos regulamentos disciplinar e de competições da Liga. Claro que em Portugal nada é para cumprir, sobretudo quando se trata de um certo clube.

PS - pelos vistos a relação do Porto com o Estoril afinal é muito próxima (Carlos Eduardo). Eu só me pergunto: será que caso se prove que houve uma "mala" aquando da visita dos canários à Luz, alguns benfiquistas me continuarão a dizer que o Estoril fez apenas a sua obrigação? Ou será que perceberão finalmente que as equipas têm que jogar todos os jogos com a mesma determinação e atitude e não jogar um deles como se fosse o decisivo? É que o jogo era realmente decisivo - mas não para o Estoril. Estou farto de satélites, sobretudo à nossa porta!


Artigo 28.º
Adulteração da verdade desportiva

Nos casos de combinação, predeterminação ou alteração do resultado de um jogo em 
consequência de suborno, corrupção, coacção, ou simples acordos, utilização dolosa de jogadores em situação irregular e, em geral, todos aqueles em que a infracção integra uma alteração grave da verdade desportiva, a Secção Disciplinar poderá, independentemente das sanções que a cada caso corresponda, modificar o resultado do jogo viciado, nos termos e limites estabelecidos no presente Regulamento. 

Artigo 66.º
Coacção
1. Os clubes que exerçam violências físicas ou morais sobre delegados da Liga, observadores de árbitros, dirigentes, jogadores, treinadores, secretários ou auxiliares técnicos, médicos, massagistas e delegados ao jogo do clube adversário, que ocasionem inferioridade na sua Página 23 de 92 representação aquando dos jogos oficiais e contribuam para o desenrolar deste em condições anormais, serão punidos nos termos do n.º 2 do artigo 62.º
2. Se os factos referidos no número anterior forem cometidos sobre qualquer elemento da equipa de arbitragem com o fim de, por qualquer forma, ocasionar condições anormais na direcção do encontro com consequências no resultado ou levem o árbitro a falsear, por qualquer modo, o conteúdo do boletim do encontro, o clube serão punidos nos termos do n.º 1 do artigo 62.º
3. Os factos referidos nos n.os 1 e 2, quando na forma de tentativa, serão punidos com sanção de derrota e, acessoriamente, com a sanção de multa de montante a fixar entre o mínimo de 125 UC e o máximo de 250 UC.
4. Os clubes são considerados responsáveis, nos termos dos números anteriores, pelos factos cometidos, directa ou indirectamente, por qualquer dos seus dirigentes ou representantes, ainda que de facto, e funcionários, e bem assim pelos agentes desportivos a si vinculados.

Artigo 67.º
Declarações sobre arbitragem antes dos jogos
1. O clube que, publicamente, através de meio de comunicação social, por divulgação de escrito ou de outro meio de reprodução técnica, faça declarações ou emita juízos pondo em causa a imparcialidade ou competência técnica dos árbitros, árbitros assistentes e observadores designados para o jogo que vai disputar, bem como a nomeação desses agentes por parte dos órgãos responsáveis pela arbitragem das competições organizadas pela Liga é punido com a sanção de multa de montante a fixar entre o mínimo de 50 UC e o máximo de 250 UC.
2. Os clubes são responsáveis pelas infracções previstas no número anterior quando cometidas por titulares dos seus órgãos ou, no caso de sociedade desportiva, dos órgãos do clube fundador, bem como por outros seus representantes, ainda que de facto.
3. Em caso de reincidência a sanção referida no anterior n.º 1 é elevada para o dobro, nos seus limites mínimo e máximo.


Artigo 129.º
Coacção e comparticipação na falta de comparência
1. São punidos com a sanção de suspensão a fixar entre o mínimo de um e o máximo de oito anos e, acessoriamente, com multa de montante a fixar entre o mínimo de 25 UC e o máximo de 250 UC os dirigentes dos clubes que cometerem as infracções previstas no n.º 2 do artigo 66.º.
2. Os dirigentes que cometerem as faltas previstas no n.º 1 do artigo 66.º e no n.º 1 do artigo 77.º do presente Regulamento são punidos com a sanção de suspensão a fixar entre o mínimo de um e o máximo de sete anos e, acessoriamente, com a sanção de multa de montante a fixar entre o mínimo de 25 UC e o máximo de 250 UC.
3. No caso previsto no n.º 3 do artigo 66.º os dirigentes são punidos com a sanção de suspensão a fixar entre o mínimo de seis meses e o máximo de dois anos e, acessoriamente, com a sanção de multa prevista no número anterior reduzida a um quarto nos seus limites mínimo e máximo.

Artigo 130.º
Declarações sobre arbitragem antes dos jogos e sobre a organização das competições
1. O dirigente que praticar as infracções previstas no n.º 1 do artigo 67.º e no n.º 1 do artigo 68.º é punido com a sanção de suspensão a fixar entre o mínimo de 15 e o máximo de 90 dias e, acessoriamente, com a sanção de multa de montante a fixar entre o mínimo de 10 UC e o máximo de 50 UC.
2. Em caso de reincidência, os limites mínimo e máximo das sanções previstas no número anterior são elevados para o dobro.

Artigo 62.º
Corrupção da equipa de arbitragem

1. O clube que através da oferta de presentes, empréstimos, promessas de recompensa, ou de qualquer outra vantagem patrimonial para qualquer elemento da equipa de arbitragem ou terceiros, directa ou indirectamente, solicitar a esses agentes, expressa ou tacitamente, uma actuação parcial e atentatória do desenvolvimento regular de jogos integrados nas competições desportivas, em especial com o fim de os jogos decorrerem em condições anormais, alterar ou falsear o resultado de jogos ou ser falseado o boletim de jogos, será punido com a sanção de descida de divisão e, acessoriamente, com a sanção de multa de
montante a fixar entre o mínimo de 500 UC e o máximo de 2000 UC.
2. Se o ilícito for cometido na forma de tentativa, o clube será punido com a sanção de subtracção de pontos a fixar entre o mínimo de cinco e o máximo de oito pontos e, acessoriamente, com a sanção de multa de montante a fixar entre o mínimo de 250 UC e o máximo de 1000 UC.
3. Se a prova em que os factos forem praticados for disputada por eliminatórias, o clube, para além das sanções previstas nos números anteriores, será punido:
a. No caso do n.º 1, com a sanção de desclassificação da prova em curso e, acessoriamente, com a sanção de exclusão dessa mesma prova por um período a fixar entre o mínimo de uma e o máximo de três épocas desportivas;
b. No caso do n.º 2, com a sanção de desclassificação da prova em curso.
4. Os clubes são considerados responsáveis, nos termos dos números anteriores, pelos factos cometidos, directa ou indirectamente, por qualquer dos seus dirigentes ou representantes, ainda que de facto, e funcionários, e bem assim pelos demais agentes desportivos a si vinculados.
5. Não cabem nas previsões dos números anteriores as simples ofertas de objectos meramente simbólicos.

Artigo 63.º
Corrupção dos clubes e jogadores
1. Os clubes que façam ou intervenham em acordos com vista à obtenção de um resultado irregular, quer seja pela actuação anómala de uma ou ambas as equipas contendoras ou de algum dos seus jogadores, quer pela dolosa utilização irregular de qualquer um destes, quer pela apresentação de uma equipa notoriamente inferior ao habitual ou outro procedimento conducente ao mesmo propósito, serão punidos com as sanções previstas no n.º 2 e na alínea b. do n.º 3 do artigo anterior.
2. Quando os acordos referidos no número anterior tiverem por fim a viciação de apostas desportivas, ainda que organizadas ilegalmente ou no estrangeiro, e bem assim quando forem celebrados com associações criminosas ou no contexto de actividade criminosa altamente organizada a sanção será de exclusão das competições profissionais de futebol.
3. O jogo em que hajam ocorrido os factos previstos nos números anteriores será declarado nulo e mandado repetir, desde que não haja sido homologado, e caso resultem prejuízos para o clube interveniente não culpado ou para terceiros igualmente não responsáveis.
4. Os clubes que derem ou aceitarem recompensa ou promessa de recompensa, para os fins
referidos no n.º 1, serão punidos com as sanções nele previstas.
5. Os clubes que pratiquem os factos ocorridos nos números anteriores, quando na sua forma
de tentativa, serão punidos com:
a. Subtracção de pontos a fixar entre o mínimo de dois e o máximo de cinco pontos na
classificação geral;
b. Derrota no jogo de prova disputada por eliminatórias ou, se o jogo se encontrar homologado, derrota em jogo ou subtracção de três pontos na prova em curso na época desportiva correspondente à data em que a decisão condenatória se tornar definitiva;
c. A multa prevista no n.º1 deste artigo reduzida a metade nos seus limites mínimo e máximo.
6. Os clubes são considerados responsáveis, nos termos dos números anteriores, pelos factos cometidos, directa ou indirectamente, por qualquer dos seus dirigentes ou representantes, ainda que de facto, e funcionários, e bem assim pelos demais agentes desportivos a si vinculados.

Artigo 64.º
Corrupção de outros agentes desportivos
Os clubes que derem ou prometerem recompensa a qualquer agente da equipa adversária, com vista à obtenção dos fins assinalados nos artigos anteriores, serão punidos com as sanções previstas no n.º 2 do artigo 62.º









Artigo 19.º (Regulamento de competições)

Calendários
1. A Liga estabelecerá, em coordenação com a Federação Portuguesa de Futebol, até ao dia 15 de Junho de cada ano, as datas das provas oficiais, incluindo as referentes às dos jogos das competições internacionais de clubes e das Selecções Nacionais, durante a época, salvo nos anos de realização das fases finais do Campeonato da Europa e do Mundo.

2. Os jogos das competições oficiais adiados no decurso da primeira volta têm de ser realizados obrigatoriamente no decurso das quatro semanas que se seguirem à data inicialmente fixada para o jogo, salvo casos de força maior devidamente comprovados e reconhecidos por deliberação da Comissão Executiva.

3. Depois do início da segunda volta os jogos adiados têm de ser realizados no decurso da mesma semana ou, caso um dos clubes tenha de realizar nessa semana outro jogo das competições oficiais nacionais ou internacionais da UEFA ou da FIFA e ainda no caso de se realizar um jogo da Selecção Nacional e qualquer dos clubes intervenientes tenha jogadores convocados, dentro das duas semanas seguintes.
 

Campeonato falsificado

Mais do que um campeonato sujinho, este é um campeonato falsificado.

Que aliás acaba de uma forma bem simbólica: com uma simulação fora da área a dar penalty e expulsão para o Porto (resolvendo o campeonato aos 20 minutos de jogo) e os seus adeptos em delírio e a festejar, repetindo à exaustão: "limpinho".

PARA QUE NÃO RESTEM DÚVIDAS, AQUI ESTÁ O LANCE:
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Eles habituaram-se a ganhar assim e já acham normal. Porventura até gostam mais.
O que no fundo é coerente.
É um lugar comum dizer-se que não se confunde a instituição e os adeptos com "certas pessoas" que o representam ou dirigem. No entanto, neste caso há uma identificação total entre as partes. Vejamos.
O sucesso do Porto assenta em Pinto da Costa. De um clube raramente ganhador e quase derrotado cada vez que vinha a Lisboa, Pinto da Costa fez um grande clube, hegemónico em Portugal a um ponto sem paralelo em nenhum outro país. É uma hegemonia que se começou a desenhar há 30 anos, desde que Pinto da Costa assumiu a liderança e que é hoje quase absoluta. 8 títulos em 10 anos é algo que nem no Iraque de Saddam ou na actual Coreia do Norte deve acontecer.
Pinto da Costa "inventou" este Porto. Foi buscar para símbolo o dragão (no Ocidente sempre conotado com o mal), criou uma guerra com o "Sul" e elevou o Porto a patamares de competitividade nunca vistos.
Pinto da Costa tem grandes qualidades: é um líder nato, tem visão, sabe jogar estrategicamente, sabe muito bem o que diz e os efeitos que as suas palavras têm, tem qualidades interpessoais excepcionais, sabe muito de futebol.
O problema é que Pinto da Costa é desonesto, é manipulador, não olha a meios para alcançar fins, recorre à batota, à coacção, à violência e ao suborno.
Nesta medida, Pinto da Costa devia estar preso. As provas reunidas pela PJ foram absolutamente esclarecedoras e irrefutáveis. Simplesmente, Portugal é um País que vive de compadrios e pequena corrupção, onde a justiça chega tarde, se é que alguma vez chega. Um País de brandos costumes no que diz respeito à punição da criminalidade. Política, justiça e futebol tudo se misturou e confundir para que o processo redundasse em quase nada. 
Mas a culpabilidade estava irreversivelmente estabelecida e à vista de todos, o que colocou um problema aos adeptos do Porto: ou renegavam Pinto da Costa por acharem inaceitáveis os seus métodos (a batota, a corrupção, os favores, a coação) - e com isso deixavam de apoiar o Porto; ou fingiam que nada disso alguma vez acontecera, vivendo em pura negação.
Porque ninguém de bom senso poderá acreditar que Pinto da Costa, depois de ter feito o que fez e nunca ter mostrado o mais pequeno arrependimento, tivesse agora, já praticamente na velhice, mudado radicalmente. As coisas que ficaram demonstradas que fazia eram demasiado graves (subornar, ordenar espancamentos, bater em mulheres, angariar prostitutas para árbitros, pagar viagens, mentir deliberadamente, inventar histórias para manipular e obter certos efeitos, etc, etc) para acreditar numa tal mudança. Além disso, a sua entourage é a mesma dos velhos dias.
Num País normal, seria impensável Pinto não ter sido preso, quanto mais continuar à frente de um clube de futebol. Mas Portugal não é um País normal. É, digo-o com todas as letras, uma choldra.
Ainda em relação aos adeptos do Porto, não apenas eles optam por fingir que nada se passou (e continua a passar, mas aí já chegaremos) como adulam Pinto da Costa como se ele fosse um santo. É mais do que um culto da personalidade - é praticamente uma idolatria.
Passando ao presente, se alguém acreditasse na súbita auréola de Pinto da Costa, bastaria olhar para as arbitragens do Porto para perceber que algo continua mal.
Mais uma vez, nesta choldra as arbitragens do Porto podem parecer normais mas num País normal a indignação generalizada já teria posto termo ao que se passa quase ininterruptamente há 30 anos.
São raros os jogos do Porto em que esta equipa não seja beneficiada. Eu repito, são raros os jogos do Porto em que não há benefícios, por vezes com influência real no desfecho do jogo.
Quando o Porto joga há sempre uma interpretação das leis que lhe é favorável: mãos dos adversários dão invariavelmente penalty, mas mãos dos jogadores do Porto nunca são deliberadas; contactos dos adversários são muitas vezes penalty mas dos jogadores do Porto quase nunca (este ano houve um penalty assinalado, num jogo já resolvido e porque a coisa estava já a dar demasiado nas vistas), nos foras de jogo muitos lances legais são invalidados aos adversários ao passo que nenhum ao Porto - e às vezes até marcam em claro fora de jogo, sem que o fiscal tenha visto.
É uma farsa completa, descarada, perpetrada à vista de todos.
Mas que é bem mascarada. O Porto tem o exclusivo das transmissões da Liga Portuguesa, através da Sporttv que escolhe muito bem os lances para não evidenciar esta realidade. Depois temos o infame "tribunal d'o Jogo" onde três ex-árbitros muito bem escolhidos fazem nova lavagem cerebral aos que se deixam (ou querem deixar) enganar. A RTP é totalmente dominada, na secção de desporto que lá está sediada, pelos "estúdios do Porto", de onde Gobern foi demitido por ser benfiquista. E finalmente temos ainda a TVI, que com a sua parceria com o "mais futebol", do anti-benfiquista Luis Sobral e do fanático portista Manuel Queirós, ajudam à festa, para já não falar da abencerragem sportinguista Fernando Correia. Manuel Queirós então está em todo o lado: é na TVI, é no "mais futebol", é no Diário de Notícias, é na Antena 1.
A SIC, durante muito tempo a televisão mais pro-Benfica do panorama português, está também agora "minada", com Luis Marçal a dominar o desporto e Ribeiro Cristóvão a aparecer a fazer comentários absolutamente lamentáveis. Depois há Jorge Batista que é benfiquista mas anti-Jorge Jesus e que critica o treinador do Benfica mesmo depois das vitórias.
Um panorama lastimável mas que demonstra mais uma vez a força do Porto e a sua capacidade de influência. Que também se faz à chapada: quando alguém faz perguntas ou comentários incómodos apanha. Resultado: pouco tempo depois desaparece da antena.

A mensagem é sempre a mesma, para árbitros ou jornalistas: ou é como nós queremos ou comes pela medida grande.
Às vezes pergunto-me se alguém no Benfica está atento a estas manobras (que fazem toda a diferença) ou se acham que a BenficaTV chega para inverter esta intoxicação dos media. Se acham estão totalmente enganados porque não chega e nalguns casos até pode ter um efeito contrário.

(continua)

terça-feira, 21 de maio de 2013

Gobern - demitido! E Carlos Abreu Amorim?

João Gobern era, até há um ano, um comentador de um programa de futebol. Num momento em que pensou que a câmara estava num outro plano (e estava) levantou o braço em comemoração de um golo do Benfica. 

Esse gesto - que NÃO PODE DE FORMA NENHUMA OFENDER NINGUÉM - foi considerado imperdoável pela RTP. Gobern foi demitido. Agora voltou à RTP mas noutras funções, as de adepto "residente".

Um deputado da Nação OFENDE todos os benfiquistas. Achincalha, fala em magrebinos, promovendo a artificial divisão do País entre Norte e Sul, manda-os "curvarem-se".

O que acontece? NADA.

Conclusão: o cargo de comentador de futebol é de muito mais responsabilidade e exigência do que o de deputado da nação e vice-Presidente de um partido como o PSD. Ou é isso ou então ESTE PAÍS É UMA BRINCADEIRA. Ou se calhar são as duas coisas juntas.


JÁ NÃO HÁ VERGONHA

Campeonato foi perdido na Luz contra o Porto

Ao contrário do que temos dito, este campeonato não foi perdido só contra o Estoril.

Este campeonato começou a ser perdido quando o Benfica, na altura da época em que estava mais forte, não foi capaz de derrotar o Porto em sua casa. Foi a jornada 14.
Este é um estigma que o Benfica (e Jesus, se continuar como tudo indica) terão que ultrapassar rapidamente. E rapidamente é já na próxima época, vindo já com pelo menos dois anos de atraso.

O Benfica estava muito melhor do que o Porto e entrou no jogo a medo, tendo sofrido logo um golo nos primeiros minutos.

Foi um remake do que aconteceu na época passada, quando o Benfica tinha 5 pontos de avanço, deixou-os fugir (também graças ao inenarrável Hugo Miguel e a um penalty escandaloso sobre Aimar em Coimbra, que o árbitro propositadamente não marcou) e ainda foi "capaz" de perder com o Porto na Luz a 9 jogos do fim. Ainda houve muito mais batota até ao fim: por exemplo o jogo com o Sporting em Alvalade, perdido muito graças aos penalties que Soares a Dias não viu a nosso favor e ao que inventou contra nós; o escândalo da penúltima jornada contra o Rio Ave perpetrado pelo inefável Olegário e a capelada (sim, foi esse mesmo!, o da Liga Capela) de Olhão.

Em campeonatos que se discutem a 2, o Benfica precisa de ganhar ao Porto - pelo menos em casa. São mais 3 pontos, acabam-se os ciclos infinitos de invencibilidade e dá-se um rude golpe na confiança do adversário. Se o Benfica vencer os seus jogos em casa terá muito mais facilidade em pelo menos empatar nas antas. E mesmo se perder já não será por aí que está em desvantagem.

Em 4 anos de Jorge Jesus no Benfica, o Benfica tem uma vitória, dois empates e 5 derrotas com o Porto para o campeonato. Isto é demasiado mau e obriga a muita reflexão.

Este ano o Benfica foi claramente infeliz mas será que o Porto tem sempre sorte? E se tem, porque é que a tem?

Existe - parece-me claro - um bloqueio psicológico. Há medo em jogar com o Porto. É aliás por isso que normalmente perdemos pontos nos jogos que antecedem confrontos com o Porto.

Há uma questão de mentalidade. Já o vi escrito noutros blogs e concordo: para o Porto estes não são jogos normais, nem são apenas clássicos: são capítulos de uma guerra santa. O ódio dos portistas é evidente. E os nossos jogadores pelo contrário tentam encarar estes jogos (penso que essa será mesmo a mensagem de Jesus) como iguais aos outros que importa ganhar como os outros. Ora estes não são jogos iguais aos outros e se os abordarmos dessa forma nunca os ganharemos.

O Benfica tem que se impor desde o primeiro minuto, a pressão tem que ser constante, o ambiente à volta do campo (em todas as suas vertentes) tem que ser muito forte, tem que tirar o Porto da sua zona de conforto. O Benfica tem que mostrar a sua força, tem que assumir a sua identidade e remeter o Porto a uma dimensão provinciana. Lisboa tem que voltar a ser um trauma para os nortenhos e a Luz tem que ser uma fortaleza inexpugnável para o Porto. Como já foi e como tem que voltar a ser.

Jesus tem que perceber isto. No seu primeiro ano venceu o Porto e foi campeão. Desde então não voltou a vencer e nunca mais celebrou. Isto tem que ser inculcado nos jogadores. O ambiente tem que ser muito mais hostil, muito mais desfavorável ao Porto. Este clube tem-se usado da hospitalidade e do cosmopolitismo de Lisboa e da tradição desportivista do Benfica para vir a Lisboa passear, sem grande pressão adicional extra-futebol, retribuindo com recepções feéricas e selváticas ao nosso clube, onde tudo vale para desestabilizar e intimidar a nossa equipa. Não admira que os resultados sejam o que são.

É altura de mudar este estado de coisas.