terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Nacional 0 Benfica 1: Intensidade e controlo de jogo

Foi um jogo de grande intensidade, contra um adversário difícil. O Benfica ganhou bem e demonstrou um controle de jogo bastante razoável. Desta vez soubemos defender, apesar da ausência de vários habituais titulares. Markovic jogou mais por onde gosta e teve mais bola, tendo desta vez mostrado querer e atitude. Também gostei de Siqueira que mostrou muita solidez. Em geral todos os jogadores estiveram concentrados e tiveram uma entrega ao jogo que deu gosto ver. Espero muito sinceramente que seja para continuar. É também óbvio que o equilíbrio da equipa tem muito a ver com este 4-3-3 ou 4-2-3-1.

Uma última nota para criticar esta longuíssima pausa no campeonato de mais de três semanas. Não faz qualquer sentido mas explica-se (em parte) pelo facto de termos um campeonato com apenas 30 jornadas. Quem defende uma redução ainda maior do número de equipas, insistindo que não temos futebol para tantas deveria pensar nisso.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Inglaterra: City-Liverpool às 17.30 h

O Liverpool tem hoje um teste de fogo à sua liderança: vai a um terreno onde ainda nenhuma equipa pontuou esta época, o Etihad do Manchester City. O Tottenham e o Arsenal já de lá saíram com 6 golos, o Newcastle e o United com 4 e o Norwich com 7 no "cabaz", para usar uma expressão natalícia.

No início desta liga inglesa dei o City como favorito à sua conquista. Depois de ter estado 6 pontos atrás e ter andado por posições mais baixas na tabela em virtude de uma grande incapacidade nos jogos fora, o City está a acertar passo e a conseguir a consistência de que precisará para poder ser campeão.

Para o Liverpool será um tremendo desafio. A sua liderança de uma semana é posta em cheque no estádio mais difícil da Premier League. Até agora o Liverpool tem surpreendido tudo e todos sobretudo graças à prestação soberba de Luiz Suárez. Tem sido um outsider na corrida mas chegado a esta altura em 1º lugar tem que assumir outro estatuto, ou seja tem que se assumir como candidato. Acontece calhar que tal coincida com duas jornadas muito difíceis: primeiro o City e depois o Chelsea, ambos os jogos fora de portas.

Passando agora para o Arsenal, que comandou o campeonato desde a 5ª jornada, mais uma vez a equipa de Wenger voltou a desiludir. Três jogos difíceis e desde logo 7 pontos perdidos e a incapacidade de bater equipas de topo. Primeiro foi o Everton de Martinez que emperrou e anulou a habitual máquina atacante da equipa londrina. Depois foi o City que abafou e depois massacrou o Arsenal. E finalmente o Chelsea de Mourinho controlou quase sempre o derby da última jornada, aliás um dos piores jogos que me lembro de assistir na Premier League. Foi uma verdadeira desgraça. Mourinho voltou ao seu estilo ultra defensivo anti-futebol, nem sequer se tendo coibido de nos últimos minutos, tirar o único ponta de lança para colocar em campo David Luiz e Wenger foi completamente incapaz de alterar o rumo dos acontecimentos, parecendo bloqueado: nem sequer fez uma única substituição!

O Arsenal tem esta jornada uma segunda oportunidade, pois se ganhar o seu jogo e o Liverpool não vencer regressa ao comando. E bem precisa porque muita da sua aura advém do facto de ter estado no comando. Caso a equipa caia na tabela é bem possível que as coisas se comecem a desmoronar. Daí ser tão importante vencer esta jornada. De assinalar que Podolsky está de regresso, o que são excelentes notícias para o Arsenal, pois o alemão tem uma grande capacidade física que faz falta à equipa.

Finalmente o Chelsea de Mourinho, goste-se ou não, continua na luta e com a possibilidade de a qualquer momento poder ascender à liderança. É um ano muito incaracterístico para o agora "happy one": muitos pontos perdidos, muitos golos sofridos, muitas mudanças na equipa e muita irregularidade exibicional. 

A situação de David Luiz é estranha. Ainda que se compreenda que Cahil é um jogador de grande qualidade e que custou muitos milhões ao Chelsea e que Terry seja um símbolo do clube, ter um titular da selecção brasileira sentado no banco desde Setembro é pouco menos que insustentável. Inversamente, as trocas na frente parecem exageradas, assim como as declarações de Mourinho de que os seus avançados não marcam golos.

Seja como for, a verdade é que o Chelsea voltou a estar na corrida pelo título e isso é um progresso em relação aos anos imediatamente anteriores.





segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Hoje às 20.00h Arsenal-Chelsea na Benfica TV

Grande jogo hoje na Benfica TV.

Depois de empatar em casa com o Everton e da derrota copiosa em Manchester (6-3), o Arsenal viu-se já nesta jornada ultrapassado pelo Liverpool, que continua a fazer uma campanha impressionante, insistindo em desmentir as minhas previsões que não o consideravam candidato. 

Para voltar ao primeiro lugar, o Arsenal deverá vencer o Chelsea, até para repor sobre o rival de Londres uma vantagem de 5 pontos. Se acontecer a inversa e a equipa de Wenger perder, pode-se voltar a abater sobre o Arsenal novo espectro de derrotismo. Depois de se manter tantas jornadas na frente, cair agora para 3º, quando a competição aperta e principalmente em consequência de derrotas face a rivais directos seria muito mau para a autoestima da equipa. 
Para manter e renovar o seu élan, o Arsenal precisa de vencer hoje o Chelsea em sua casa, tanto mais que para além do Liverpool, também o Everton (que continua a fazer um campeonato impressionante) e o Manchester City venceram os seus jogos.

Quanto ao Chelsea, está a fazer uma época abaixo das expectativas, beneficiando do facto de todos os candidatos estarem a perder muitos pontos para não apenas se manter na corrida como ter mesmo a possibilidade de, ganhando hoje, subir ao primeiro lugar. Os 35 pontos do Liverpool, que comanda à condição, comparam-se aos 42 que o United tinha no ano anterior ou os 44 há 2 anos atrás. 
Uma última palavra para referir que já não há palavras para descrever Suárez. Ficam apenas os números: 19 golos em apenas 12 jogos, e 10 nos últimos 4 jogos! Isto sem nenhum penalty. Assombroso. 

Se o ridículo matasse...



Se o ridículo matasse o Sporting já não existia. E isso seria uma pena porque deixaríamos de ter motivos para nos rir como mais uma vez tivemos no passado sábado. Com certeza absoluta!

Antes de chegar a sábado porém há que rebobinar um pouco este melodrama.

O Sporting tem vindo a jogar bem, a  mostrar qualidade, dinâmica e querer. Isso é relativamente consensual e parece-me realmente um facto. Depois da época passada catastrófica, o Sporting está a encetar uma recuperação notável. E bem vinda, porque um campeonato a 3 é mais emocionante que um com apenas dois candidatos ao título.

No entanto, há também que referir que, durante estas jornadas, várias arbitragens foram na  "onda" e que o Sporting beneficiou quase sempre de decisões favoráveis nos lances mais duvidosos. Exemplo flagrante foi o jogo com o Benfica: o Sporting marcou o seu golo em  fora de jogo e teve ainda um penalty claro contra si perdoado. Mas para além desse jogo, o Sporting beneficiou de outras decisões em vários jogos, tendo Montero já marcado alguns golos em posição duvidosa ou irregular. 

O caso mais caricato passou-se porém apenas há uma semana: com cerca de 30 minutos de jogo e o resultado em 0-0, é marcado penalty num lance em que: 1) não há falta, 2) o contacto que existe (carga de ombro) é fora da área, 3) o jogador do Sporting atira-se (ou cai) para o chão fora das linhas de jogo, fora do campo.

Na segunda-feira, nos habituais programas de rescaldo futebolístico, ouço o inimputável Eduardo Barroso dizer coisas que entram certamente para o anedotário nacional. Por exemplo (mas não apenas) que o árbitro tinha marcado penalty... para prejudicar o Sporting!!!!!! Que o árbitro queria vexar o Sporting! O comentador da TVI seguiu depois para o "outro" penalty, sobre Montero, que seria "o mais flagrante de toda a Liga até ao momento"!! Um lance igual a tantos outros em que de facto se admitia que fosse marcado penalty, embora o jogador tenha rematado na mesma. Penalties daqueles tinha o Benfica da época passada aos 2 e 3 por jogo sem que nunca nenhum fosse marcado... Mas, de acordo com o isento Barroso, não apenas deveria ter sido penalty, um "penalty escandaloso", como o jogador do Belenenses teria que ter sido expulso! Veja-se bem, expulso por colocar a mão nas costas do avançado do Sporting! Isto numa jogada que, embora pudesse e devesse, não me custa admiti-lo, ter sido penalty, não deixa de ser um lance perfeitamente normal dentro da área.

A conclusão: o Sporting tinha sido prejudicado nesse jogo! Coisa espantosa. Marcando golo num penalty inexistente fora do terreno de jogo, golo esse que desbloqueou o jogo, o Sporting fora porém prejudicado por não ter sido marcado um outro que já não teve influência nenhuma sobre o desfecho do mesmo. Estranha - e bem facciosa - esta lógica sportinguista.

Esta ladainha foi repetida por vários sportinguistas: aquele (fora do campo) não foi mas foi um outro que até deveria dado cartão vermelho. E fica a coisa assim resolvida e ainda se ficam a sentir prejudicados. 

Isto mostra bem o que é o Sporting: por muito mal que esteja, basta-lhe ganhar dois ou três jogos para logo vir ao de cima a arrogância, a falta de educação, a pesporrência. Um clube que quando é beneficiado não vê aí nada de anormal mas que à primeira vez em que acha que é prejudicado (e não é preciso muito para isso) arma uma escandaleira. 

Outra coisa que não tem sido muito referida é a agressividade, muitas vezes excessiva, de alguns jogadores do Sporting, com destaque especial para Rojo e Adrien Silva. Este último usa e abusa das entradas perigosas (tendo por exemplo já lesionado Rúben Amorim) e à margem das leis. Se fosse jogador do Benfica acabava expulso em várias ocasiões, assim passa incólume. 

Pois bem, estes jogadores que jogam agressivo e nos limites (ou para lá) do que a lei permite, ficam muito chocados quando alguém lhes faz o mesmo, como foi o caso do Nacional no sábado. 

E o Sporting assemelha-se àqueles miúdos que gostam de dar umas palmadas aos outros na escola mas que ficam muito admirados quando algum lhe devolve a cortesia.

A cena de Bruno Carvalho no sábado é do mais ridículo que se tem visto ultimamente mas vem bem na linha daquilo a que o Sporting nos habituou. Um lance em que há uma falta descarada de Montero e que portanto tem que ser interrompido de imediato é transformado pelos sportinguistas num roubo escandaloso que, dir-se-ia pela reacção, praticamente acabou com a existência do seu clube. 

Bruno de Carvalho superou-se na tonteria e no dislate. Felizmente para ele o ridículo não mata.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

O melhor plantel em Portugal

Tenho defendido que temos o melhor plantel dos últimos anos e indiscutivelmente o melhor em Portugal na actualidade. Se existe algum problema com este plantel ele reside apenas na qualidade em excesso, que por vezes pode levar a situações de conflitos no balneário ou insatisfação e desmotivação de alguns jogadores.

Uma entidade de consultoria vem hoje confirmar com o seu estudo essa apreciação. O Benfica será o 15º plantel mais valioso do mundo. Está à frente do Porto, que aparece em 20º e último da lista.






quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Avizinham-se jogos cruciais

Não levem a mal mas neste post vou-me citar muito a mim próprio.

A 21 de Maio, numa altura em que muitos já diziam que o resultado da Taça era indiferente pois já não alterava substancialmente o desfecho da época, "não salvava a época", discordei em absoluto e considerei obrigatório vencer a Taça.

Depois desse triste jogo considerei que Jesus tinha deixado de ter condições para continuar no Benfica.

O Presidente do Benfica teve obviamente outro entendimento e inclusivamente reforçou o plantel mas o rendimento da equipa tem estado muito abaixo do exigível. O objectivo de uma boa campanha na Liga dos Campeões que alimentasse o "sonho" foi completamente falhado, mantendo-se entretanto o Benfica "vivo" nas outras competições. Na Taça estamos numa boa posição para passar aos quartos de final e no campeonato estamos a 2 pontos do 1º, o que não é uma posição muito confortável mas ainda assim não desesperada. 

As críticas na blogosfera quer a JJ quer a Vieira têm sido constantes e muito duras, muitas das vezes com razão, outras vezes com manifesto exagero e a despropósito.

Permitam-me continuar a citar anteriores posts como forma de chegar ao ponto que quero fazer. Há pouco mais de 15 dias, considerei:

"O Sporting é mesmo candidato e o mais natural é o Porto começar a ganhar os seus jogos e deixar de perder pontos desta forma, com ou sem Paulo Fonseca."


"O Sporting tem uma equipa jovem e ambiciosa e um treinador competente e equilibrado que faz uma boa leitura dos jogos. O Sporting é uma equipa perigosa quando tem um avançado concretizador e embala para sequências de vitórias para lá do ciclo do Natal, pelo que não deve ser subestimado como adversário, apesar das más épocas que tem feito no passado recente."

 Nesta medida, a margem de erro de Jorge Jesus é neste momento nula. Qualquer deslize poderá permitir que os nossos adversários se distanciem de forma muito perigosa e potencialmente irrecuperável. Até pela questão das arbitragens, de que falarei noutro artigo. E vêm aí jogos absolutamente cruciais. Sexta-feira em Setúbal o Benfica enfrentará um desafio difícil. É sempre difícil jogar naquele estádio e nesta fase e com a falta de confiança existente (em contraste com o que se passa em Setúbal) as coisas agravar-se-ão. Na jornada seguinte, a 15ª, jogada a 11 ou 12 de Janeiro, o Benfica recebe o Porto. É obrigatório vencer. Na 18ª jornada, a 8 ou 9 de Fevereiro, o Benfica recebe o Sporting

Não tenho dúvidas de que do desfecho destes jogos dependerá não apenas o destino do Benfica neste campeonato mas também o futuro imediato de Jorge Jesus. Não tenho, admito-o, grande expectativa em relação a eles: as más exibições do Benfica não deixam antever nada de bom. A qualidade do plantel (superior ao dos nossos adversários) é porém uma realidade pelo que a dúvida se mantém. 

Nas próximas 5 jornadas, espaçadas em pouco menos de 8 semanas, um dos três candidatos embalará para o título. Veremos qual será. Se não for o Benfica chega ao fim o ciclo de Jorge Jesus. As provas de fogo começam porém já depois de amanhã e são todas cumulativas - não basta ganhar uma, é preciso ganhar todas. Estamos proibidos de falhar. 

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Sorteio da Liga Europa - mais gregos e, possivelmente, ingleses.

  • 1. Dnipro
    -
    Tottenham
  • 2.
    Betis
    -
    Rubin Kazan
  • 3.
    Swansea
    -
    Nápoles
  • 4.
    Juventus
    -
    Trabzonspor
  • 5.
    Maribor
    -
    Sevilha
  • 6.
    Viktoria Plzen
    -
    Shakhtar Donetsk
  • 7.
    Chernomorets Odessa
    -
    Lyon
  • 8.
    Lazio
    -
    Ludogorets
  • 9.
    Esbjerg
    -
    Fiorentina
  • 10.
    Ajax
    -
    Salzburgo
  • 11.
    Maccabi Telavie
    -
    Basileia
  • 12.
    FC Porto
    -
    Eintracht Frankfurt
  • 13.
    Anzhi
    -
    Genk
  • 14.
    Dínamo Kiev
    -
    Valencia
  • 15.
    PAOK
    -
    Benfica
  • 16.
    Slovan Liberec
    -
    AZ Alkmaar



O Benfica volta a encontrar um clube grego. Depois do Olympiakos de má memória, agora apanhamos novamente gregos nos 16ºs de final da Liga Europa, neste caso o PAOK de Miguel Vítor. O Benfica joga a primeira mão fora a 20 de Fevereiro e recebe o seu adversário uma semana depois a 27. 

Quanto aos oitavos de final, o Benfica, caso passe, jogará com o vencedor do jogo 1. Ou seja com o Tottenham. Com um treinador a sério, esta equipa pode ser muito perigosa. 

O Porto joga com o Eintracht de Frankfurt e o vencedor deste duelo jogará com o vencedor do Swansea-Nápoles. Sorteio mau para o Porto. 

Note-se que a final se disputa em Itália, mais particularmente em Turim, no Estádio da Juventus que por sinal está na competição. Convirá não esquecer isso quando se começa a falar em favoritos.

Em relação ao sorteio da Liga dos Campeões, pode consultá-lo aqui, no post anterior.



Última hora (actualizado)

  • Man. City
    -
    Barcelona
  • Olympiacos
    -
    Man. United
  • AC Milan
    -
    At. Madrid
  • B. Leverkusen
    -
    Paris SG
  • Galatasaray
    -
    Chelsea
  • Schalke 04
    -
    Real Madrid
  • Zenit
    -
    B. Dortmund
  • Arsenal
    -
    B. Munique



São os jogos dos oitavos da Champions.
Os favoritos para os quartos são: Man. Utd, Paris SG, Chelsea, Real Madrid, Dortmund e B. Munique. Nos outros jogos é mais difícil destacar o favorito, embora Man City e Atlético de Madrid me pareçam também um bocadinho à frente. 

Já em seguida virá o sorteio da Liga Europa. Pode ser seguido em directo na SIC Notícias.


Outra notícia bem fresquinha: Villas-Boas já não é treinador do Tottenham. Foi despedido pelo seu péssimo trabalho e resultados humilhantes do Tottenham esta época. 

PS - Está no "Record" um artigo que diz que "o melhor dos últimos 114 anos já não é treinador do Tottenham". Ora bem, estas notícias sensacionalistas e estas estatísticas já não nos surpreendem mas ainda assim merecem ser contestadas com factos. 

Villas-Boas com efeito conseguiu enquanto treinador do Tottenham um bom ratio de vitórias por jogos. Mas esta estatística, embora real e denote alguma coisa, é um pouco enganadora. De facto não é esta estatística que determina quem é o melhor. O melhor é o que ganha ou fica melhor classificado. Nessa medida, dizer que é o melhor dos últimos 114 anos, alguém que ficou em 5º na única época completa que fez, quando ainda no ano anterior a equipa ficara em 4º, é realmente insólito. Recordemos que o Tottenham tem cerca de 30 títulos, entre domésticos e internacionais, incluindo 2 UEFA e uma Taça das Taças. 

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Inglaterra - a grande carreira do Everton

Há cerca de uma semana, considerei que o lote de candidatos ao título em Inglaterra se restringia agora a 3 equipas: Arsenal, Manchester City e Chelsea. Equivale isto a deixar de fora o Liverpool (que por sinal está em 2º), o United e, numa segunda ou terceira linha, o Tottenham e o Everton.

Em relação ao Liverpool, o que se passa é que considero que, apesar do bom momento, falta regularidade à equipa para sustentar até ao fim da época uma candidatura ao título. Está a 5 pontos do primeiro mas vejo-o a perder muitos mais, sobretudo quando Suárez não puder, por uma razão ou outra, resolver os jogos, como tem acontecido ultimamente. 

Já o Manchester United confirmou em absoluto que não é candidato ao título, com nova sequência de péssimos resultados e exibições horríveis. A equipa não tem nenhuma identidade, fez 8 pontos nos últimos 6 jogos e já está a 13 do Arsenal!

Manchester City e Chelsea voltaram a desperdiçar pontos. A equipa de Mourinho mais uma vez não se encontrou e o próprio treinador parece algo perdido, oscilando demasiado nas suas escolhas e falando demasiado do rendimento dos seus jogadores (ora para elogiar ora para deixar críticas implícitas). Já o City voltou ao "vício" de não vencer fora.

Mas para mim a grande notícia da jornada passada é o Everton de Roberto Martinez que foi a Londres e impôs um empate ao Arsenal. A equipa está em 5º mas importa assinalar que já jogou com todos os grandes tubarões (United, City, Arsenal, Liverpool e Chelsea) e perdeu apenas um jogo (fora com o City). Se não fosse o mau início de época, com 3 empates, a equipa poderia estar bem mais próxima do Arsenal. 

No fim-de-semana haverá dois jogos importantes: um escaldante City-Arsenal (sábado às 12.45h) e um Tottenham-Liverpool.

O City não perdeu ainda pontos em casa esta época: em 7 jogos tem 7 vitórias, 29 golos marcados e 2 sofridos! Se há ocasião ideal para relançar o campeonato é esta e o City não a quererá desperdiçar.
Já o Arsenal teve oportunidade de descolar na jornada do fim-de-semana, estabelecendo uma distância de 7 pontos para os segundos, mas a excelente réplica do Everton e alguma falta de rasgo ou inspiração levaram a que não capitalizasse da derrota do Chelsea e do empate do City. Se assim tivesse acontecido, com uma vantagem de 7 pontos na tabela, poderia enfrentar este jogo com mais tranquilidade.


quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

O melhor Benfica da época - mas já era tarde

O Benfica fez ontem talvez a melhor exibição da época.
Foi um jogo à medida do que vimos a nossa equipa fazer no passado e que este ano tinha conseguido apenas a espaços no jogo da Taça contra o Sporting. 
A um jogo horrível e de difícil desculpabilização, seguiu-se um jogo bastante bom, contra um adversário de nomeada e com grandes estrelas, que jogou sem grande motivação nem pressão.
Seria muito preocupante e pouco profissional se o rendimento tão díspar da equipa tivesse a ver com factores de motivação ou falta dela conforme o adversário e a competição. No Benfica todos os jogos têm que ser levados a sério, e se alguém ali não o percebe têm que os dirigentes o explicar com clareza. 
O Benfica voltou a demonstrar dinâmica e a pressionar o adversário em praticamente todos os momentos - duas características que constituíram o grande trunfo do Benfica nas últimas épocas.
Maxi, que por razões que não consigo compreender, alguns benfiquistas teimam em criticar, é uma peça absolutamente fundamental na nossa dinâmica. Claro que sendo um lateral tão atacante, acaba por ficar por vezes desposicionado. Mas isso é uma consequência natural do tipo de jogo do Benfica e dos riscos que assumimos. A verdade é que dificilmente se encontra um lateral que crie tantos desequilíbrios na frente como Maxi, que tenha tanta força, tanta raça e tanta dinâmica como o pequeno uruguaio. Claramente um dos meus jogadores favoritos do Benfica. O que não quer dizer que, face à sua presença assídua na selecção uruguaia, Maxi não precise por vezes de ir ao banco para descansar - precisa certamente. 
Também Sílvio esteve muito bem e deu imensa profundidade à equipa. Sílvio é um benfiquista que dá o que tem pela equipa e que ontem esteve particularmente bem.
Outra peça que me pareceu fundamental foi Fedja, aliás um dos jogadores mais desastrados contra o Arouca. Na partida de ontem Fedja esteve em todo o lado (inclusivamente no apoio ao ataque) e praticamente sempre bem. Um meio campo com Fedja, Matic e Enzo Perez é fortíssimo e tem que ser a base desta equipa. Penso que já restarão poucas dúvidas acerca disso.
Mais uma vez gostei de Sulejmani, sobretudo pela qualidade do seu último passe, que é realmente superior e dá uma resposta ao que constitui uma pecha da nossa equipa. Markovic, para além de alguns fogachos teve pouca efectividade. 

Agora, como assinalei ontem, está falhado o primeiro objectivo da época. A responsabilidade é a meu ver do treinador que mais uma vez não percebeu como funciona esta competição: é obrigatório vencer os jogos em casa! Ao dizer, na véspera do jogo contra o Olympiakos na Luz, que o mesmo não era decisivo, algo aliás bem patente na forma como os jogadores do Benfica entraram em campo, dando 45 minutos de avanço ao adversário, JJ comprometeu a qualificação. Depois ficámos dependentes do que acontecesse na Grécia e infelizmente aconteceu o que acontece muitas vezes: fomos infelizes e os gregos tiveram uma sorte do tamanho do maracanã. A partir daí, só um milagre nos qualificaria, como assinalei em devido tempo. Não que o Benfica não tivesse qualidade para vencer os jogos restantes (que tinha como se confirmou). O problema é que o Olympiakos que já mostrara ser uma equipa cínica dificilmente deixaria de bater o Anderlecht. 

O ano passado o Benfica perdeu a qualificação para o Celtic de forma contrária: fizemos 4 pontos contra os escoceses mas uma vitória completamente improvável destes contra o Barcelona (e uma derrota do Benfica contra o Spartak) baralhou completamente as contas e levou à nossa eliminação. É curioso que tal como agora, na altura o Benfica estivesse dependente do resultado do jogo do Celtic em casa contra o adversário mais fraco do grupo e também é curioso que na altura tenha sido um penalty altamente duvidoso a decidir a partida aos 81 minutos. O árbitro era alemão, tal como ontem alemão era o árbitro que expulsou 3 jogadores do Anderlecht e marcou 3 penalties a favor do Olympiakos. Certamente são só coincidências, depois do que se passou entre Luisão e um árbitro também alemão na pré-época passada. 

Seja como for, entre os factores que dependem exclusivamente de si (a concentração, a motivação, a abordagem aos jogos) o Benfica voltou a ter falhas comprometedoras na competição e foi assim eliminado sem surpresa mas com muito amargo de boca. Mais uma vez sentimos que fomos eliminados por uma equipa mais fraca.

O primeiro objectivo da época está falhado. Venha o campeonato e a Taça e, quando for altura disso, em Fevereiro, a Liga Europa. Para já o Olhanense é o próximo adversário. Se jogasse sempre como ontem não tenho dúvidas de que o Benfica seria campeão. Veremos o que se passa daqui para a frente.





terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Quantos estarão hoje na Luz?

Penso que ninguém saberá ao certo, mas a verdade é que não se encontra informação sobre o assunto em lado nenhum. Noutras alturas os jornais davam conta das enchentes e de como havia poucos bilhetes disponíveis. Por estes dias nem uma palavra, o que em si é indicativo de que a assistência estará muito abaixo do que seria expectável em condições normais.
Não apenas a venda de bilhetes deverá ser muito reduzida (os preços são pouco menos que proibitivos) como inclusivamente alguns possuidores de bilhetes (nomeadamente packs comprados antes do início da época) optarão por não estar presentes.
As razões prendem-se, claro está, com o sub-rendimento da equipa e com o facto do Benfica não depender de si mesmo para assegurar o apuramento. 
Veremos quantos estarão presentes logo à noite para a primeira decisão da época

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

1º objectivo da época decide-se amanhã

Decide-se amanhã, na Luz e em Atenas simultaneamente, o sucesso ou insucesso do primeiro (não em termos de importância ou prioridade mas de calendário) objectivo da época: a passagem aos oitavos de final da Liga dos Campeões.
Penso que ninguém questionará que alcançar os oitavos de final da Liga dos Campeões seja um dos objectivos - o objectivo mínimo em termos da competição - do Benfica para a presente época. Se assim não fosse, o sonho, confessado por presidente e treinador, de chegar à final, este ano disputada na Luz, não apenas seriam um absurdo mas mesmo uma manifestação de completo desnorte.
Nessa medida, Jorge Jesus terá amanhã a sua primeira prova de aferição da época: alcançará ou falhará o primeiro objectivo.
As hipóteses de o alcançarmos são mínimas, como assinalei há 15 dias, mas felizmente existem. Estarei como é por demais evidente, a torcer para que o "milagre" aconteça, mas não tenho muitas esperanças. Aliás procuro já não alimentar muitas esperanças com este Benfica pois as desilusões são sempre proporcionais à crença e infelizmente as desilusões têm sido mais que muitas nas 3 épocas que antecederam a presente.
Voltando a Jorge Jesus, claro que se o meu objectivo fosse defendê-lo com unhas e dentes, eu não estaria aqui a recordar que o treinador tem elevadas possibilidades de amanhã ter o primeiro fracasso da época.
Mas eu só estaria aqui a defender Jorge Jesus com unhas e dentes se estivesse convencido de que Jorge Jesus era o melhor para o Benfica. Já o estive no passado, mas neste momento já não estou.
Neste momento penso que os resultados de Jorge Jesus têm que ser analisados fria e objectivamente e que não se pode continuar a atribuir a factores externos as razões dos desfechos, regra geral negativos, das últimas épocas do Benfica.
Em relação à Liga dos Campeões, agora em causa, o facto do Benfica não depender apenas de si não pode servir de forma nenhuma de factor desculpabilizante: o Benfica entrou como cabeça de série no sorteio (pertenceu ao pote 1) e tinha todas as condições para garantir um lugar entre os dois primeiros. Foi Jorge Jesus quem logo após o jogo com o PSG (apenas o 2º jogo da campanha) deu o primeiro lugar como perdido. Foi também o treinador do Benfica que antes do jogo em casa com o Olympiacos, equipa que, nessa medida, passava a ser a nossa única competidora, veio dizer que o jogo não era decisivo.
Em resumo, se o Benfica não se qualificar para mim não haverá desculpas e a responsabilidade será em primeira análise de Jorge Jesus. Da mesma forma, se o Benfica se qualificar, não desmerecerei o facto, atribuindo-o à sorte.
Como digo, é hora de deixar os resultados falarem friamente.

domingo, 8 de dezembro de 2013

Benfica-Arouca: é difícil compreender.

É verdade que o futebol é um jogo muito imprevisível, mas não é menos verdade que quando se facilita as desilusões se tornam previsíveis.
 
Permitam-se recuar ao passado, nomeadamente à época de 2010/11. O Benfica era o campeão em título e mantivera a maioria do plantel. Tinha derrotado o Porto na final da Taça da Liga do ano anterior por uns concludentes 3-0. Os adeptos estavam com a equipa incondicionalmente.
 
O Porto parecia em decadência: Jesualdo terminara o seu ciclo sem brilho, tal como alguns outros jogadores; Pinto da Costa parecia já não ser o mesmo e a contratação de Villas-Boas uma aposta quase desesperada, que mesmo Mourinho ironizara, dando a entender que pelos vistos já não era preciso currículo para chegar a treinador do Porto.
 
Na pré-época o Porto quase não conseguira vitórias e as dúvidas avolumavam-se, ao passo que o Benfica acumulava grandes exibições e golos.

As duas equipas enfrentam-se no primeiro jogo oficial da época: a Supertaça. (Ao contrário do Benfica, que perde finais da Taça por os jogadores estarem "desmotivados" depois de perderem outras competições, o Porto nos anos em que perde o campeonato, normalmente não perde a oportunidade de pelo menos obter o segundo troféu mais importante do calendário nacional e assim tinha efectivamente acontecido na época anterior).
 
Quando o Benfica tem oportunidade de vincar, uma mudança de ciclo no futebol nacional, vencendo a Supertaça muitos anos depois, perante um Porto titubeante e claramente inferiorizado, o que acontece?
 
A nossa equipa entra em campo sobranceira, convencida de que a vitória apareceria normalmente, a querer jogar bonito ao passo que o Porto arregaça as mangas, não hesita em assumir o papel de "underdog" e, com naturalidade, vence. Rapidamente a "mudança de ciclo" se tornaria num enorme pesadelo para o Benfica, prenúncio aliás do que aconteceu na época passada.
 
Infelizmente as lições não são aprendidas e pergunto-me se alguma vez serão.
 
No fim da época passada os festejos na Madeira tornam-se em pranto no fim do jogo do dragão por via de uma abordagem completamente errada do jogo com o Estoril. Este ano, face a um Porto em crise, que em 3 jornadas desperdiça 7 pontos, o que faz o Benfica? Resolve entrar em campo de forma sobranceira, desajustada e trapalhona no jogo contra o último classificado, uma equipa mais do que modesta. Isto depois de já em anos anteriores este mesmo Benfica (de Jorge Jesus) ter perdido várias vezes pontos contra as equipas de Pedro Emanuel, quase sempre da mesma maneira.
 
As lições não são aprendidas.
 
É verdade que Sálvio se lesionou, que Cardozo também e que Matic estava castigado. Mas nada disso pode servir de justificação para o Benfica ser incapaz de vencer em casa o Arouca! Aliás, o Benfica podia ter perdido o jogo, o que só não aconteceu devido a um penalty que me pareceu bem assinalado mas que, verdade seja dita, as imagens não demonstram com clareza ter existido.
 
Há momentos em que não se pode falhar.  E não falhar não quer dizer fazer um jogo perfeito e não cometer nenhum erro em 90 minutos. Significa apenas ser capaz de vencer clubes de muito menor dimensão e capacidade quando jogamos na nossa casa!
 
Será que o treinador não o compreende? Será que os jogadores não interiorizam a mensagem?
 
Não é óbvio para a estrutura benfiquista que quando os adversários vacilam, quando estão num momento de grande fragilidade, há que capitalizar? Que colocar o máximo de pressão sobre eles, dando demonstrações de força? Não era o Arouca o adversário para o fazer?

Como pode um clube que tem um orçamento de milhões, jogadores de selecções, um treinador de milhões, ser incapaz de vencer uma equipa tão fraquinha, tão limitada, tão modesta como o Arouca, no seu estádio, perante os seus adeptos?
 
Incompreensível e de muito difícil justificação.

Como me dizia um benfiquista lúcido hoje, há toda uma atitude que está subjacente e que dá nisto. Uma atitude de achar que o jogo já está ganho e que, como até jogamos na terça para a Champions League, quer "despachar" o assunto rapidamente, pelo que se o antecipa para sexta-feira. Com os resultados que estão à vista. A mentalidade do já ganhámos, com as consequências que teve o ano passado, repete-se ainda outra vez.
 
Isto é muito mau, péssimo mesmo.
 
Já nem quero falar das escolhas para o jogo, das substituições, da forma como o Benfica acaba o jogo com 6 avançados, algo que me parece desequilibrado e contraproducente, do mau momento de forma de Lima e dos constantes erros de Artur, que começam a ultrapassar o aceitável.
 
Do que não posso deixar de falar é da bonita atitude de David Simão e da feia atitude do jogador do Benfica que não lhe quis dar a camisola.
 
Concluindo, num momento em que o Porto estava em evidente crise eis que o Benfica lhe dá a mão.
 
Numa jornada em que partimos em 1º lugar e tínhamos todas as condições para até ganhar vantagem sobre os nossos adversários, acabaremos com toda a probabilidade na 3ª posição. Claro que ainda é cedo, mas não é típico de uma equipa ganhadora esbanjar pontos desta forma.
 
Não sei o que acontecerá até lá, pois pela amostra, podemos perder pontos em qualquer momento, mesmo nos jogos mais fáceis, mas sei uma coisa: se formos incapazes de vencer o Porto na 15ª jornada e o Sporting umas jornadas depois, não seremos campeões. Face a tudo o que vem aconteceu nas últimas épocas, não sermos campeões nesta não é uma opção. As assistências cada vez menores na Luz bem demonstram que os benfiquistas começam a estar cansados dos insucessos.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

EPL - 3 da frente seguem, United afunda-se, AVB salva-se in extremis

E um poker de golos magníficos Suárez! Assim se pode resumir em duas linhas a jornada de terça e quarta da Liga Inglesa, que confirmou o que disseramos anteontem: o United está fora da corrida, que agora me parece a 3: Arsenal, Chelsea e Manchester City.

É verdade que o Liverpool deu uma boa resposta, após a derrota do fim-de-semana contra o Hull, vencendo o frágil Norwich de Wolfswinkel por 5-1. No entanto parece-me demasiado irregular para se poder manter na corrida por muito tempo. Arsenal, Chelsea e agora também o City (que finalmente voltou a vencer fora) parecem agora lançados e determinados a não deixar escapar muitos pontos. 

O Everton está a fazer um campeonato interessante e tem os mesmos pontos do seu rival. Será uma equipa a ter em conta para o 4º lugar.

Quanto ao United, continua em depressão. Nova derrota, precisamente frente ao Everton, e a queda para o 9º lugar, já a 12 pontos do líder. Por aqui se vê a importância de um treinador... Cada vez mais Moyes parece ter sido uma escolha demasiado errada para o colosso de Manchester. 

Voltando ao trio da frente, de notar que o Arsenal venceu tranquilamente apesar de Wenger ter promovido algumas mexidas na equipa, a mais relevante sendo a inclusão de Bendtner (um regresso muito tempo depois) no lugar de Giroud que não saiu do banco. Em breve o Arsenal contará, como já referimos, novamente com Podolsky, o que lhe dará mais opções e tornará a equipa ainda mais temível.

Quanto ao Chelsea venceu mas com grande dificuldade o Sutherland, na casa deste. Num jogo de grande emoção, esteve a perder por 1-0, deu a volta, deixou-se empatar a 2, depois esteve a vencer por 4-2 e acabou a defender com unhas e dentes o 4-3 final. Torres voltou ao 11 mas mais uma vez não foi feliz, falhando um golo de baliza aberta e não facturando. Bem esteve Hasard, que marcou 2 golos. O lendário Lampard também marcou mais um. Estranha continua a ser a ausência de David Luiz da equipa. Embirração de Mourinho? É certo que o central falhou num lance que resultou em golo há várias jornadas atrás mas um atleta da sua categoria e dedicação não merece passar por esta situação. 

O City venceu sem contestação no terreno complicado do WBA de Steve Clarke (que empatou em Stanfford Bridge num jogo que teria ganho se não fosse um penalty inexistente para o Chelsea no último minuto dos descontos). Aguero marcou mais um mas foi ultrapassado na tabela de melhores marcadores graças ao poker de Suárez.

Quanto ao treinador português Villas-Boas, está a passar por um mau bocado em Inglaterra mas conseguiu vencer nesta ronda, com dois golos aos 71 e 82 minutos a darem a volta a um resultado desfavorável que poderia ter sido a gota de água que fazia transbordar o copo da paciência de adeptos e dirigentes do Tottenham. 

Andebol do Benfica vence no Porto!

Imagem retirada do site "A Bola"


O Benfica foi na noite passada ganhar ao pavilhão do Porto - onde não vencia à 23 anos! -  por 25-23.
Foi uma vitória muito importante, numa modalidade na qual, como aqui assinalei, não temos sido muito vencedores nos últimos anos e o Porto, pelo contrário, tem tido hegemonia.
Confirmada a eliminação (esperada) das competições europeias, a equipa deu uma excelente resposta no pavilhão do Porto, vencendo com toda a justiça e passando para o comando da classificação.
Tratava-se de um jogo importantíssimo num campeonato altamente competitivo e no qual o Benfica tem estado bem, faltando porém este teste de fogo, tanto mais que havíamos perdido na Luz contra o mesmo adversário, num jogo algo atípico. 
Na próxima quarta-feira o Benfica enfrentará o Sporting na Luz, nomeadamente no pavilhão nº 2. Uma vitória permitiria alcançar uma vantagem interessante, a 7 jornadas do fim da fase regular. 
O apuramento do campeão faz-se através de uma fase final para a qual se qualificam as 6 equipas melhor classificadas, que jogam entre si a duas voltas. As equipas começam com 50% dos pontos alcançados na primeira fase. Quem tiver mais pontos no fim da fase final é campeão. Nessa medida, quanto mais pontos o Benfica conquistar na fase regular melhor a posição em que se encontrará á partida para a fase final. 


terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Inglaterra - corrida a três

Face aos resultados das duas últimas jornadas, parece definir-se em Inglaterra um quadro de três grandes candidatos à conquista da Liga Inglesa: o Arsenal, que face à história recente constitui uma agradável surpresa, o Chelsea, que para além de contar com alguns grandes jogadores tem na competitividade de Mourinho um forte argumento a seu favor e o Manchester City, claramente o mais forte dos três em termos de plantel.

Manchester United e Tottenham, a 9 e 10 pontos respetivamente do 1º lugar, parecem já fora da corrida. O United até estava a fazer uma boa recuperação mas dois empates nos últimos dois jogos deitaram tudo a perder. É o problema de já se ter um atraso considerável: qualquer perda de pontos que noutras circunstâncias seria recuperável abre ainda mais o fosso que começa a ser cada vez mais irrecuperável. Com a saída de Fergusson era de prever que o United se ressentisse. Isso mesmo eu já aqui previra. A queda está porém a ser muito abrupta. Quanto ao Tottenham, depois da humilhação dos 6-0 e a 10 pontos da liderança, deverá dar-se por contente se conseguir um lugar europeu.

Quanto ao Liverpool, começou bem e conseguiu-se aguentar bastantes jornadas nos lugares de topo mas sempre pareceu poder perder pontos a qualquer momento. Tem grandes jogadores mas ainda não será esta época que regressará ao primeiro lugar, essa é a minha convicção. 

Do trio Everton, Newcastle e Southampton, a equipa de Liverpool parece a mais consistente. Tratam-se de equipas que lutarão possivelmente por lugares europeus, logo abaixo do pódio. 

Voltando aos candidatos, o Arsenal parece de regresso aos melhores anos de Wenger mas ainda é cedo para ter certezas. A equipa joga neste momento um grande futebol e terá em breve Podolsky de regresso. No entanto vêm a caminho testes de fogo, nomeadamente o jogo fora com o Manchester City, antecedido pela recepção ao Everton, que será também um jogo complicado. A 23 de Dezembro joga-se um emocionante Arsenal-Chelsea. Depois disso será altura para reavaliar a consistência da candidatura do Arsenal.

Quanto ao Chelsea, apesar de alguns dissabores e de mais mudanças do que é habitual em Mourinho, a verdade é que a equipa está em 2º lugar, a apenas 4 pontos do Arsenal e à espreita de algum deslize do rival de Londres. Os próximos três jogos são relativamente fáceis e a equipa pode-se consolidar somando 9 pontos. 

Finalmente no que toca ao City, sendo o mais forte dos candidatos em termos de jogadores e mesmo de colectivo quando está inspirado, acaba por ser uma equipa muito irregular que está a ter problemas surpreendentes quando joga fora. Em 25 pontos conquistados apenas 4 o foram fora de casa! Algo de inusual, para não dizer insólito. Caso o City consiga alterar este estado de coisas e comece a vencer fora de casa, chegará certamente muito perto do primeiro lugar. Neste momento porém, é apenas 3º, a 6 pontos do Arsenal.

Entre hoje e amanhã disputa-se mais uma jornada, com jogos, nomeadamente o Chelsea para ver em directo na Benfica TV.


segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Adeptos do Porto atacam de novo

Aquilo que se passou à porta do estádio do Porto é uma vergonha que mais uma vez demonstra bem a qualidade dos seus adeptos. Não serão todos assim, mas seguramente uma grande parte, senão a maioria é de facto constituída por gente selvagem e marginal que não tem noção dos limites e que noutro país estaria certamente já atrás das grades. 

Ailás, foi bem sintomático ver que, no Trio d'ataque, foram os comentadores afectos ao Benfica e ao Sporting quem mais firmemente condenou o que se passou, ao passo que o do Porto depois de dizer  en passant que a violência era condenável afirmou convictamente que as pessoas tinham o direito de se manifestar e "indignar", pondo aí todo o ênfase.

O que se passou foi lamentável a todos os níveis. Se é verdade que já houve situações em que adeptos do Benfica insultaram a equipa, nunca a coisa atingiu proporções sequer parecidas ao que se viu nas imediações do "dragão", e isto em relação a uma equipa que perdeu um jogo por 0-1 mas não deixa de ser a campeã em título. Isto não se chama "exigência", como alguns iluminados querem fazer crer: chama-se selvageria, chama-se demência, chama-se estupidez e desrespeito.

Pelos vistos porém, estão todos bem uns para outros. Para além da tal figura de Miguel Guedes, outras "autoridades" do Porto já se pronunciaram, nomeadamente um tal de Rui Quinta, ex-adjunto de Vítor Pereira, que diz que o que aconteceu "faz parte da cultura e da essência do clube", acrescentando ainda que "há muitos que gostavam de estar dentro do autocarro a levar com tochas". 

Para este adjunto, os acontecimentos não são apenas normais (algo que aqui vimos dizendo há muito mas que os portistas tentam desmentir). Não, eles são  intrínsecos à cultura e mesmo à essência do clube, quer dizer à sua identidade e natureza!

2. No dia seguinte, Domingo, jogaram o Sporting e o Benfica. No entanto houve pelo menos um adepto do Porto que voltou a "atacar": Manuel Queirós, ainda e sempre. Ele está em todo o lado! É na TVI, é na TSF, é na Antena 1, é no Diário de Notícias, é no Jornal de Notícias...

Que este jornalista/comentador é um adepto do Porto é perfeitamente evidente e aliás consensual entre os próprios adeptos do clube que o reconhecem como um dos seus. De acordo com um blog portista, há vários anos atrás Queirós teria tecido críticas a algumas opções de gestão do seu clube e por isso teria sido colocado num "index" ou lista negra do presidente do Porto, mas entretanto teria já havido uma reaproximação entre os dois. 

Tudo isto para dizer que ontem se comprovou pela enésima vez a total incapacidade deste comentador para ser isento e o carácter quase doentio dos seus comentários. De facto, depois de ouvir os seus comentários na rádio fiquei com uma ideia do jogo e uma imagem mental dos lances tal que quando vi as imagens televisivas fiquei estupefacto. Para ficarem com uma ideia do que falo, vou-vos aqui deixar apenas três exemplos, flagrantes e vergonhosos do que disse Queiroz na emissora pública, Antena 1: 

37 minutos: "o Benfica limita-se a defender, a não querer sofrer golos e portanto a jogar de forma muito...". Nesta altura é interrompido pelo relatador: "Atenção... Goloooo, Benfica".

63 minutos (golo de Lima de livre): "a falta era ao contrário".

69 minutos (expulsão do jogador do Rio Ave): "a expulsão é cruel, a falta foi no meio-campo do Benfica".

Qual o meu espanto quando vi as imagens na televisão. Não pensava ser possível alguém ser tão parcial, tão cego, tão incapaz de despir a pele de adepto e comentar na rádio pública.

Temos Benfica e temos campeonato

As melhores notícias do início de época para o Benfica foram as de que, apesar do mau começo e dos diversos problemas que então ocorreram, os objectivos não foram comprometidos.

A partir daí, foi possível ir aos poucos recuperando a estabilidade interna, a forma de alguns jogadores, a qualidade de jogo e pontos na tabela classificativa. O regresso de Cardozo surgiu em bom tempo e foi crucial naquela altura. Foi uma espécie de abono de família. Os "regressos" de Lima e Rodrigo também em boa hora vieram, agora que Cardozo se lesionou.

Claro que esta recuperação do Benfica não teria sido possível sem os deslizes e agora a verdadeira crise que o Porto está mergulhado. Na época passada, à jornada 11, Benfica e Porto dividiam o comando com 29 pontos, mais 5 do que a equipa de Paulo Fonseca agora possui.

Neste momento, terminada a fase inicial do campeonato e entrados já no segundo terço do mesmo, acabou-se o período de adaptações e experiências e começa agora a fase a doer. Estou crente de que o Benfica está preparado para a enfrentar.

De há algumas semanas para cá (apesar da longa paragem no campeonato) o Benfica vem em crescendo. Os jogadores novos parecem adaptar-se e a equipa começa finalmente a ter uma ideia de jogo e a saber gerir os diversos momentos das partidas. Ela está mais coesa e segura. 

Claro que persistem problemas e aspectos a melhorar. O nível exibicional ainda não é o melhor, nalguns jogos não criamos muitas oportunidades, continuamos a conceder golos que pareciam evitáveis. Existe porém uma melhoria, um progresso visível e é isso que nesta altura deve ser sublinhado e saudado.

O jogo com o Rio Ave demonstrou uma equipa adulta, segura, não muito fulgurante mas eficaz, que teve como único senão o golo sofrido já na segunda parte. Muitos aspectos merecem ser destacados: o regresso aos golos de Lima, mais um golo e subida de forma de Rodrigo, uma boa ligação entre Fedja e Matic e uma segurança e consistência defensivas que duraram quase 90 minutos.



O tempo e a competição poderão dar a esta equipa mais rotação, solidez e, resumindo, maior capacidade. Acredito que o meio-campo ganhará mais rotinas e com isso oferecerá maior consistência à equipa e que Djuricic, Sulejmani e Markovic contribuirão mais ainda durante esta época. Com os regressos de Rúben e Sálvio também ficaremos mais fortes. Já Ola John parece não se ter adaptado e talvez fosse melhor sair, por empréstimo ou a título definitivo, já em Dezembro.  

Agora não tenhamos ilusões: não deverá haver facilidades. O Sporting é mesmo candidato e o mais natural é o Porto começar a ganhar os seus jogos e deixar de perder pontos desta forma, com ou sem Paulo Fonseca. Em relação ao Sporting, importa perceber que já jogaram em Braga, em Guimarães e no dragão e já receberam o Benfica. O Benfica pelo seu lado foi a Alvalade, ao Funchal jogar com o Marítimo e a Guimarães, tendo recebido o Braga. Finalmente o Porto apenas recebeu o Sporting, tendo depois perdido pontos em duas deslocações à grande Lisboa (dois empates contra Belenenses e Estoril).

O Sporting tem uma equipa jovem e ambiciosa e um treinador competente e equilibrado que faz uma boa leitura dos jogos. O Sporting é uma equipa perigosa quando tem um avançado concretizador e embala para sequências de vitórias para lá do ciclo do Natal, pelo que não deve ser subestimado como adversário, apesar das más épocas que tem feito no passado recente. Lembro-me por exemplo da época em que foi campeão com Inácio e na qual contava com Acosta ou daquela em que tinha João Pinto e Jardel. Em ambas conseguiu não perder na Luz e em ambas contou com penalties inexistentes para o conseguir. Com um historial de dois jogos de choradinhos sportinguistas a propósito das arbitragens na Luz com supostos 2, 3 e até 4 penalties que supostamente teriam ficado por assinalar a seu favor, teremos que ser cuidadosos a dobrar.

O Porto parece muito abalado e tem claramente o calendário mais difícil dos 3 candidatos. Está atrás e desmoralizado e isso é bom. Mas não deve ser menosprezado, como as duas últimas épocas bem demonstram.

Em suma e olhando para o Benfica, mantenho que temos o melhor plantel e penso que estamos novamente numa boa posição para poder chegar ao fim em primeiro. Para isso precisamos porém de ganhar mais regularidade e consistência. Precisamos igualmente de vencer o Porto e o Sporting em casa (jornadas 15 e 18). Em campeonatos muito disputados (como serão quase sempre campeonatos curtos como o nosso, com apenas 30 jornadas), as vitórias sobre os rivais dão, para além dos 3 pontos e da vantagem sobre os competidores, aquele élan que motiva as equipas para as conquistas finais.