domingo, 10 de abril de 2016

Super Raúl

Ontem era um jogo para empate. O golo da Académica no seu único remate e os falhanços dos nossos jogadores (indicando algum cansaço competitivo) para aí apontavam. Foi aí que apareceu Raúl, já com menos de 10 minutos para os 90, com um golo espectacular, um golo à Jimenez, um jogador que não é tão constante quanto os dois pontas de lança habitualmente titulares mas que tem sido decisivo quase sempre que é chamado a resolver. Daí todos os elogios ao mexicano serem merecidos nesta hora, ele que, para além da sua qualidade, tem sido exemplar ao aceitar a sua condição de não titular absoluto.
Permitam-me insistir: era um jogo que estava "bloqueado" com boas defesas do guarda-redes adversário e perdas de tempo constantes que cortavam o ritmo de jogo e impediam um sufoco à equipa da Académica, ainda que a posse de bola e a iniciativa de jogo fosse invariavelmente do Benfica. Por isso só um rasgo de génio poderia alterar o estado de coisas, o empate que parecia quase inevitável. Esse rasgo veio de Raúl Jimenez, que já foi decisivo em Astana, em São Petersburgo e num par de jogos no campeonato, com uma recepção de classe e um remate imparável que resolveu o jogo.
Antes disso o Benfica tinha arriscado tudo: Vitória tinha tirado Samaris, Pizzi e Eliseu para fazer entrar Talisca, Carcela e o referido Raúl para a equipa passar a jogar com apenas três defesas e três pontas de lança, ficando Renato Sanches sozinho encarregado das tarefas defensivas a meio campo.
Depois do golo do Benfica, a Académica tentou pela primeira vez em toda a partida (nos últimos minutos) assumir a iniciativa do jogo e atacar a baliza do Benfica, mas não criou qualquer oportunidade para tal.
Mais uma prova superada, num jogo que se tornou difícil pela forma desesperada como a equipa adversária defendeu, para mais com a felicidade de ter marcado um golo no seu único remate à nossa baliza.
O campeonato continua uma luta palmo a palmo mas o Benfica continua na frente com todo o mérito, apesar de tudo o que atiram contra nós: insinuações, ataques soezes, pressões sobre os árbitros, adversários que prometem "morrer em campo" para nos tirar pontos, mentiras, ataques aos nossos jogadores, etc, etc.
Para a semana haverá mais uma "final" que teremos que enfrentar com a mesma seriedade e profissionalismo, mas entretanto teremos o Bayern, o próximo foco da nossa atenção. Confesso que acredito que podemos passar às meias-finais, ainda que as nossas chances sejam muito limitadas. Mas isso é conversa para um outro "post". Para já podemos e devemos saborear a vitória de Coimbra. Mais uma lição de crer, querer e humildade.  

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