sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Auf Wiedersehen

4 jogos, 4 derrotas, 1 golo marcado e 7 sofridos, eis o assinalável balanço de Sporting e Porto nesta eliminatória que evidentemente significou a sua eliminação da Liga Europa. Pelos vistos é tudo normal e ninguém ficou preocupado.

Olhando para os jornais de hoje, a notícia da eliminação de Porto e Sporting até nos poderia passar despercebida, de tal forma ela é desvalorizada e remetida para um canto. Estranho? Talvez não. Os desportivos pelos vistos prestam-se ao papel de caixas de ressonância da propaganda do rapaz que faz de presidente do Sporting.

Só nos resta portanto recordar o êxito de José Cid levado ao Eurofestival de 1980, "Um grande, grande Amor": Addio, Adieu, AUF WIEDERSEHEN, goodbye




quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Porto Canal bloqueado?

A MEO bloqueou o Porto Canal, de que adquiriu o exclusivo no âmbito do contrato de transmissão de jogos que celebrou com o Porto, na operadora NOS. Ou seja, quem tem NOS deixa de poder ver o Porto Canal.

Ora eu agradeço muito e tenho a certeza que quase todos os benfiquistas senão mesmo todos me acompanham nesta sentimento. Só é pena que não possam bloquear também a SportingTV.

Já agora: estes dois outros clubes não têm vergonha de andar sempre a reboque do Benfica e a imitar as nossas ideias e os nossos modelos? Aprendam a andar pelo vosso pé e fazer o vosso caminho, em vez de andarem sempre a copiar o Benfica!

Novela perigosa

O que se está a passar no futebol português é preocupante. As enormidades que estão a ser ditas estão a incendiar os adeptos e a gerar uma situação perigosa para todos, mas sobretudo para os árbitros. O clima de intimidação é absolutamente inaceitável e terá que ter uma resposta. Por parte de quem, não sei, porque estas "autoridades" do futebol pelos vistos são inexistentes.
 
Vem isto, claro, a propósito das acusações e insinuações que voltaram a ser feitas a propósito da vitória - clara e indiscutível - do Benfica em Paços e da escandalosa "visita" dos "superdragões" ao restaurante do Pai (!) do árbitro! Isto está a atingir proporções inimagináveis. O "Record" também entrou na campanha contribuindo para o ruído de fundo e para a imagem, absolutamente falsa, de que reina o caos e de que há uma campanha para beneficiar o Benfica.
 
Eu deixei de falar de arbitragens em outubro de 2013 e declarei que não mais justificaria qualquer insucesso do Benfica com arbitragens. E tenho aberto muito poucas excepções. Uma delas foi a da final da Liga Europa com o Sevilha que terá porventura constituído o jogo mais escandaloso da história das finais europeias com três penalties bastante claros não assinalados a favor do Benfica (para além da rábula dos avanços nos penalties por parte de Beto).

Hoje tenho que abrir nova excepção para defender o Benfica de uma campanha miserável que está a ser feita contra o nosso clube com a conivência ou mesmo colaboração activa de grande parte dos media.
 
A coisa é tão idiota que até uma vitória por 5-0 mereceu uma ampla campanha! Tudo teria acontecido, imagine-se, porque um golo teria sido "precedido de falta" de Renato Sanches... Quem foi o responsável por esta "narrativa"? Simples: a SportTV. Foi este canal que inventou esta história associando a imagem dessa possível falta com o golo, criando esse enredo. Mas alguma vez o lance foi mostrado seguidamente desde a falta até ao golo? Não. E isto pela razão de que não o podiam fazer: o Belenenses recuperou a bola entre esse lance e o golo... E no entanto passaram-se dias e dias a falar deste lance... Patético.
 
Agora a novela é com o lance do penalty sobre Jonas em Paços. Para mim é penalty: dois jogadores colocam as pernas à frente de Jonas para o rasteirar e pelo menos um deles toca no nosso jogador, embora dê a ideia que o toque poderá não ter sido suficiente para o derrubar. No entanto Jonas não é obrigado a fazer salto de obstáculos. Em todo o caso o Benfica ganha o jogo por 3-1. Qualquer análise séria reconhecerá que o Benfica venceria com toda a probabilidade o jogo, ainda que o árbitro não marcasse o penalty. Porquê então tanto folclore?
 
A pergunta é evidentemente retórica. A estratégia quer do Sporting quer do Porto é a de condicionar as arbitragens numa tentativa de que as mesmas comecem a prejudicar o Benfica. É curioso que mesmo não estando no primeiro lugar o Benfica seja a equipa que mais assusta e perturba os dois outros candidatos ao título. A estratégia não tem porém resultado e é por isso que está a subir de tom: das críticas passa-se às ameaças.
 
O presidente do Sporting já disse que esteve para pontapear um árbitro e que só não o fez porque teve medo que ele "gostasse". É um excelente exemplo para os adeptos do clube. Edificante mesmo. Dizem-me que nas redes sociais circulam fotografias dos alegados "responsáveis" por "aquilo que de mal está a acontecer ao Sporting" (que não se sabe bem o que será pois está em 1º) com ameaças implícitas ou explícitas até a mulheres. Faz lembrar os casos de Pereira Cristóvão e as ameaças a árbitros feitas no passado recente. E agora juntam-se a isto os "superdragões" que pelos vistos nas horas vagas dos seus jogos do (parte) Canelas (que serão longas visto que os seus adversários já nem comparecem aos jogos por temerem pela sua integridade física) e dos seus negócios que eu não sei quais são mas que são com certeza rendáveis porque permitem comprar Porches e acompanhar a equipa em todas as deslocações, fora e dentro do país, a quem não declara rendimentos ao IRS, ainda têm tempo para ir jantar a Fafe ao restaurante do Pai do árbitro do jogo do Benfica perguntar pelo "gatuno" (vinda de quem vem a pergunta não deixa de ser curiosa). E isto após uma jornada em que tiveram um penalty a seu favor que, esse sim, claramente não existiu. Sem um pingo de vergonha na cara, Pinto da Costa ainda vem dizer que não sabe de nada e que se "dissocia é do árbitro". Está-se a enveredar por caminhos perigosos.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Quem rirá por último?

Este é um dos campeonatos mais competitivos e imprevisíveis dos últimos anos.

Pela primeira vez em muitos anos o Sporting entra no último terço do campeonato na liderança e os seus adeptos até já cantaram "campeões" após a vitória sobre o Nacional. O Porto começou a época como favorito, com o maior orçamento em Portugal, já foi dado como morto na corrida para o título mas a vitória na Luz deu-lhe nova vida e receberá ainda o Sporting.


Em relação ao Benfica, que é o que nos interessa, já passámos por uma fase de depressão e já estivemos à beira de uma prematura euforia, quando alcançámos a liderança e todos acreditavam que a eminente vitória sobre o Porto nos lançaria para a conquista do "tri". A inesperada e infeliz derrota nesse jogo não nos afundou de novo na depressão (tanto mais que a equipa conseguiu logo de seguida vencer o Zénite e nesta jornada conquistar os 3 pontos em Paços) mas fez-nos descer à terra (e ao 2º lugar). 

Falta muito campeonato mas é certo que o jogo de Alvalade será decisivo para o desfecho do campeonato: estão em jogo 3 pontos como nos outros, é verdade, mas convém não esquecer que os 0-3 da primeira volta dão ao Sporting vantagem em caso de igualdade pontual, pelo que um desaire do Benfica significaria na prática o fim das aspirações de revalidação do título. 

Mas atenção: o próximo jogo é o União da Madeira. É sobre esse que temos que nos concentrar, recordando que na primeira volta perdemos pontos contra este adversário. Não podemos facilitar. Pensar que este jogo está ganho seria um erro tremendo que poderia custar muito caro. A única gestão que deverá haver em relação ao jogo contra o Sporting é a dos cartões amarelos, atendendo a que André Almeida e Renato Sanches ficariam fora do derby caso vissem cartão amarelo no jogo com o União da Madeira. 


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Recuperar o foco e a confiança

A vitória sobre o Zénite foi uma óptima notícia para o Benfica. Muito embora a eliminatória esteja evidentemente muito longe de estar resolvida, voltámos às vitórias num jogo de elevado grau de dificuldade, somámos milhão e meio de euros e mantivemos vivas as esperanças de progredir na Europa. Não é pouca coisa atendendo a que do outro lado estava um clube com um orçamento de muitos milhões e nomes fortes na equipa. O Benfica deu uma boa demonstração de competência depois das dúvidas que se reacenderam após a derrota com o Porto.

Convém não esquecer que continuamos sem Luisão, sem Lizandro e sem Fedja, jogadores de grande qualidade, experiência e consequentemente importância para a segurança defensiva da equipa. Estamos no bom caminho, que importa manter e reforçar.
 
O campeonato regressa este sábado com a deslocação difícil a Paços de Ferreira. Estou neste momento a ouvir Carlos Janela na BTV dizer que é aí e nos jogos seguintes que o Benfica terá que recuperar os pontos perdidos com o Porto. Concordo com ele.

Entrámos na fase decisiva do campeonato. Aquela em que o melhor Benfica tem que aparecer. Só assim poderemos ser campeões. Amanhã é o primeiro desses jogos, depois vem o União da Madeira e depois o Sporting. É para ganhar.

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Golo (mal) consentido pode ter custado campeonato

Como referi no anterior post - e uma derrota como a de ontem custa mesmo muito a digerir - o Porto estava encostado às cordas após o golo do Benfica, ao passo que o nosso clube tinha nesse momento tudo para ser campeão. Claro que não o assumiríamos abertamente mas eliminar da corrida o Porto com uma vitória que poderia ter sido concludente deixaria igualmente o Sporting em sentido e altamente pressionado. Não foi um acaso o Sporting ter perdido uma série de pontos após as goleadas do Benfica e, logo a seguir à nossa derrota, ter ganho por sua vez goleada. Eles respiraram de alívio...

O Benfica perdeu quando não podia perder. Deu uma grande injecção de força e esperança aos dois rivais. Falhou no momento da verdade, desperdiçando grande parte do que de bom vinha sendo feito e da recuperação conseguida. Mas atenção: vamos ter mais uma oportunidade. Ainda podemos ser campeões. Para tal precisamos de não perder pontos (e para a semana temos já novo jogo difícil) e de ir ganhar a Alvalade. Se olharmos para o que se passou até agora no campeonato nada leva a crer que o possamos conseguir, mas também não se esperava que o Porto conseguisse vencer na Luz e foi exactamente isso que aconteceu.

O que agora gostaria de abordar é a forma como concedemos o 1º golo, naquilo que foi o momento determinante do jogo e poderá vir a ser (esperemos que não) o momento de viragem do campeonato. A sequência vitoriosa do Benfica foi quebrada e Sporting e Porto ganham nova vida.

O 1º golo do Porto não pode acontecer. O Benfica em vantagem, no seu estádio, não pode dar aquelas facilidades, não pode ser tão permissivo. Teria que, a partir do golo, manter a posse de bola, o controlo do jogo e - sim - recuar estrategicamente no terreno. Mas há mais: Júlio César tem que rever aquele lance porque não fica nada bem na fotografia. É uma bola rasteira, sem uma velocidade por aí além, disparada de longe e até com um ângulo limitado. Olhem, faz lembrar um pouco o golo de Kelvin, um golo esquisito, num remate cruzado ao poste mais distante que parecia defensável.

Por fim, um apelo ao Benfica e aos seus adeptos: parem com os "vídeos motivacionais". Só nos fazem cair no ridículo e de cada vez que os fazem antes dos jogos com o Porto o resultado é este. Se alguém precisa de um vídeo para se motivar é porque não está com a cabeça no lugar certo.

Complicámos as contas...

O Benfica tinha tudo para ganhar este jogo. Com o golo, a que chegou com alguma facilidade, o Benfica tinha o Porto praticamente encostado às cordas. Mais um golo naquela altura e a equipa do Porto podia ter-se desmoronado.
No entanto, em vantagem e com tudo a seu favor, o Benfica concede um golo no primeiro remate do Porto à baliza, numa jogada em que demos todas as facilidades e em que Júlio César não me parece isento de responsabilidade.
Depois disso vem o festival de oportunidades falhadas. A de Mitroglou a meio metro da linha de golo custa a acreditar. Mas essa foi apenas uma de meia dúzia. Estava escrito que o Benfica iria perder este jogo. O Porto fez três remates à baliza e marcou dois golos. Inclusivamente o Porto esteve à beira de fazer dois autogolos. Mas a noite estava destinada a acabar mal para nós e bem para eles.
Diga-se que as substituições também não nos correram bem. Peseiro foi à procura do resultado, quando o jogo estava 1-1, fazendo entrar um avançado. Mesmo que este não tenha feito muita coisa, mexeu com o jogo e deu um sinal de confiança e ambição à equipa. Já Rui Vitória só mexeu quando estávamos a perder e não da melhor forma. Estava-se a ver que era um jogo para mais objectividade e não para brincar na areia... E atenção que eu gosto quer de Talica quer de Carcela mas o jogo não estava para eles, sobretudo entrando ambos ao mesmo tempo. Dá-me ideia que não voltámos a ter oportunidades e multiplicámos os passes errados, apesar do Porto estar quase todo metido no último terço do terreno.
O futebol é assim, a diferença entre a glória e a derrota por vezes é uma linha muito fina.
Esta noite o Benfica tinha, repito, tudo a seu favor para vencer o jogo mas deixou fugir essa oportunidade. Faltou maturidade, faltou mentalidade para aproveitar as fragilidades psicológicas do adversário.
Tacticamente também houve coisas que não correram bem: parece-me que, perante uma equipa que tem mostrado muitas limitações em termos de soluções ofensivas, o Benfica deu demasiadas liberdades aos jogadores mais criativos do Porto e não se soube posicionar da melhor forma. Defensivamente não demonstrámos segurança. É para mim evidente que as lesões de Luisão, Lisandro e Fedja vieram na pior altura e contribuíram para esta insegurança.
As coisas agora complicaram-se. O Benfica em 5 jogos com o Sporting e o Porto esta época perdeu todos. Custa a acreditar que seja sempre coincidência, embora me pareça que pelo menos nos jogos com o Porto não merecêssemos a derrota. Mas no futebol não há propriamente injustiças, sobretudo quando o árbitro não tem (como foi o caso neste jogo) influência no resultado.
Parece-me que depois desta derrota (a 4ª da época) a margem de erro fica muito diminuta e que ficamos agora quase obrigados a ganhar em Alvalade. A ideia de que os campeonatos não se decidem nos jogos grandes parece-me que fica amplamente desmentida esta noite. Se em vez de 3 derrotas o Benfica tivesse 3 empates estaria esta noite à frente do campeonato com 5 pontos de avanço à condição sobre o Sporting e 10 de avanço sobre o Porto...  

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Calendário do Benfica em Fevereiro é o melhor dos 3 grandes

Muito se tem falado acerca da quantidade de jogos do Benfica no mês que agora começa e nas potenciais consequências adversas daí resultantes. Ora isto não faz sentido pela simples razão de que o calendário do Benfica é tão ou menos sobrecarregado do que o dos seus rivais.
Para além dos jogos do campeonato, o Benfica tem um jogo da Taça da Liga e um jogo da Liga dos Campeões, este a 16 de Fevereiro no Estádio da Luz (a segunda mão é apenas a 9 de Março). Já o Porto e o Sporting jogam a 18 e a 25 de Fevereiro a primeira e segunda mãos dos 16vos da Liga Europa.



 
Para além disso, o Benfica joga daqui a uma semana (dia 9) com o Braga na Luz para as meias finais da Taça da Liga, ao passo que o Porto joga amanhã a primeira da mão das meias finais da Taça de Portugal em Barcelos (jogará depois a segunda mão já em Março). O Sporting não joga em nenhuma das Taças porque já foi eliminado de ambas. Actualização: o jogo Benfica-Braga não se realizará na data prevista e ainda não tem data marcada.

Em suma, o Benfica jogará 6 jogos (4 no campeonato, um da Taça da Liga e outro da Liga dos Campeões), ao passo que o Porto jogará 7 jogos e o Sporting 6.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Vitória incontestável e de classe

O Benfica voltou a vencer e a golear o Moreirense. Sabemos que uma equipa grande tem muito mais a perder num duplo confronto como este do que a equipa pequena para quem apenas um empate em dois jogos já é um bom resultado. A dupla goleada não pode portanto deixar de ser saudada e elogiada. A equipa, o plantel diria até, esteve num plano elevadíssimo, simplificando o que poderia ser difícil. Rui Vitória preparou muito bem os jogos. Tamnbém importa reconhecer que o Benfica foi de uma grande eficácia nesta partida, ao que não é alheia a qualidade dos seus executantes na frente que conseguiram não apenas 4 golos mas 4 excelentes golos.
Destaque mais uma vez para Jonas que voltou a bisar, também para as exibições de Eliseu, Pizzi, Samaris, Renato, o golo de Mitroglou e a segurança dos centrais. Gaitan esteve melhor na segunda parte do que na primeira, sendo evidente que está a recuperar ritmo e que o seu rendimento melhorará nas próximas jornadas.
Há poucas coisas a criticar. Talvez apenas um excesso de confiança, misturado com excessiva cerimónia na defesa, que levaram André Almeida (que de resto fez uma óptima partida, mostrando nos vários duelos físicos ser um jogador quase de ferro) a oferecer a bola a um adversário que se poderia ter isolado à frente de Júlio César e o facto de ter sofrido um golo no fim. Em todo o caso há que admitir que a exibição esteve a um nível altíssimo, que o controlo do jogo foi praticamente absoluto e que cometemos poucos erros. É uma bitola que podemos repetir. Esperemos por outro lado que a lesão de Lisandro não passe de uma pequena mazela, recuperável em poucos dias.
O Benfica vai agora ao Restelo onde encontrará um adversário com um dia a menos de descanso (para além de uma viagem à Madeira), o que à partida nos poderá dar uma pequena vantagem. Como sabemos porém estas coisas pouca importância têm se os jogadores não encararem o jogo com o máximo empenho e não forem capazes de colocar qualidade e intensidade na partida.
Recordo que o jogo no Restelo antecede o jogo com o Porto na Luz.