segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Benfica- Man Utd. - um desafio e uma oportunidade


O Benfica enfrenta esta quarta-feira o mais poderoso adversário da época. Certamente até ao momento mas porventura mesmo até ao fim da época.

O Manchester deste ano é uma equipa já à imagem de Mourinho, muito pressionante, prática, tremendamente eficaz. 

Está em segundo no campeonato inglês (nesta jornada foi ultrapassada pelo rival City mas apenas em virtude de um empate fora com o Liverpool, resultado que não desmerece ninguém) tendo já um avanço razoável sobre a restante concorrência. E já se viu que o próximo campeão de Inglaterra muito dificilmente não virá de Manchester.

Trata-se por isso de um jogo de dificuldade máxima. Além dos factores já referidos, o Manchester é uma equipa muito poderosa fisicamente, pelo também aí nos testará aos limites.

O Benfica atravessa indiscutivelmente um muito mau período. A época até começou bem mas depois da primeira interrupção no campeonato começou a descarrilar e ainda não voltou a entrar nos eixos. Por isso esta última interrupção veio no melhor momento possível, permitindo assentar ideias e trabalhar novas soluções. O primeiro teste a seguir a esta pausa não foi bom - o jogo com o Olhanense voltou a mostrar todas as insuficiências e deficiências desta equipa, mas temos agora nova oportunidade, com outros níveis de exigência e motivação, de mostrar uma outra qualidade.

Do jogo com o Olhanense gostei muito de Svilar. Mostrou personalidade, confiança, grande agilidade e aquela dose de loucura controlada que os grandes guarda-redes exibem. Parece-me que aí acertámos. Já li críticas muito destrutivas a Douglas mas não as perfilho minimamente. De facto deu muito espaço a defender e denotou lentidão a recuar, mas por outro lado teve excelentes iniciativas atacantes, fez bons centros e dinamizou o corredor. No Benfica um lateral tem preocupações defensivas mínimas, apenas nos jogos da Liga dos Campeões e contra os rivais se exige uma atitude mais cautelosa. Para além disso Douglas vinha de uma grande paragem e o ritmo não será ainda o melhor. Nesse sentido espero para ver antes de fazer juízos muito assertivos. Rúben Dias voltou a dar indicações muito positivas: rápido, forte, seguro e sem complicar. Podemos ter ali jogador. Para além disso o golo de Gabriel Barbosa, o passe de Pizzi e a passagem da eliminatória são as outras notas positivas de uma noite que não deixa saudades.

Terça-feira o Benfica terá um teste completamente diferente, de exigência máxima. Face ao que se vem passando, a exigência do lado dos adeptos é que a equipa faça um bom jogo e se possível que ganhe ou pelo menos empate. Mas sejamos realistas: para tal acontecer o nível de segurança quer na defesa, quer no meio campo, onde se começa a defender, tem que ser radicalmente diferente do que vimos exibindo nos últimos jogos. Principalmente contra uma equipa contra o United seria suicida ter um meio campo desequilibrado e em défice a expôr a nossa defesa à velocidade e poderio físico dos extremos e avançados adversários. Não quero sequer imaginar cenários (que não são impossíveis) muito negativos. Aí as coisas entrariam numa crise profunda. 

Aquilo que espero e desejo é que o Benfica volte a ter uma grande noite europeia e comece finalmente a dar a volta à situação. Foi assim há dois anos: quando ninguém esperava fomos ganhar a Madrid e invertemos um início de época muito negativo, lançando as bases do tri e depois tetra campeonato. É dessa atitude que precisamos quarta-feira.




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