segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Exibição de carácter

Depois das críticas - justas - que recebeu após as péssimas prestações europeias (as internas não foram durante esse período muito melhores), a equipa do Benfica deu uma boa resposta no Porto. Entrou em campo de forma personalizada, dominando o jogo na primeira parte e dispondo de uma oportunidade de golo, contra nenhuma do adversário.
A segunda parte foi má, especialmente do ponto de vista da posse de bola, do controlo de jogo e da prestação atacante, que foi quase nula. A equipa parece ter uma vez mais caído fisicamente. Mas o essencial foi preservado: o Benfica saiu do estádio do Porto com a sua baliza inviolada e mantém-se a uma distância curta da liderança. Acreditando que já em janeiro poderemos reforçar a equipa em duas ou três posições, a aspiração ao penta mantém-se intacta.
O Porto "papão", o Porto demolidor que ia esmagar o Benfica afinal não apareceu. O que apareceu foi uma equipa que já tremera na jornada anterior e que voltou a mostrar muita insegurança na primeira parte do jogo, na qual os nossos jogadores foram sempre mais decididos e confiantes. Mas enfim, isso vale o que vale. O que realmente importa é focarmo-nos em nós próprios e fazer do jogo com o Setúbal o momento de viragem deste campeonato, começando agora a estabilizar o nosso futebol e a desenvolver sustentadamente as dinâmicas que até aqui só a espaços têm aparecido.
Muito embora o resultado seja obviamente fruto do trabalhos de toda a equipa, não posso deixar de destacar Varela. O nosso guarda-redes soube regressar com confiança e colocar em jogo as suas qualidades, dando continuidade às boas exibições que já fizera contra o Setúbal. Está de parabéns porque teve um papel determinante no empate alcançado.

Este empate custou muito a engolir não apenas aos portistas mas também a muitos jornalistas e comentadores, tanto supostos "neutros" ou independentes como alguns sportinguistas. Após o jogo muitos eram os que na Sport TV não conseguiam disfarçar o semblante carregado, apesar dos visíveis esforços. Parecia uma noite de velório. Os foguetes encomendados tiveram que regressar à proveniência. As bandeiras distribuídas no estádio para comemorar serviram apenas de armas de arremesso para o nosso banco.

Já esta noite o imbecil Rui Santos - peço desculpa mas já perdi a paciência para a figurinha - "exigia", como se ele fosse alguém para exigir fosse o que fosse, saber "rapidamente" quantos jogos de suspensão (?!) levará o árbitro Jorge Sousa pelo fora de jogo mal assinalado ao Porto. O homem estava abespinhado e chilreava também contra o video-árbitro. Custou-lhe engolir este resultado. O programa, do pouco que vi, parecia uma sessão de linchamento: o grosseiro Rudolfo berrava na sua voz de bagaço, o Ruizinho "indignava-se" contra a arbitragem e Manuel Fernandes também ajudava à festa. João Alves, já se sabe, praticamente não pode abrir a boca sem que os outros energúmenos o interrompam aos gritos.
Na RTP o cenário era parecido. Guedes dava lições de moral (?!) a João Gobern sem que se entendesse muito bem o que queria.
Mas é deixá-los berrar. Que berrem e berrem muito, que se queixem e continuem a queixar. É sinal de que continuam a perder.

2 comentários:

  1. Eu gosto muito de ouvir o Miguel Guedes, sempre que me apetece escarrar em alguém.
    De todos os comentadores afectos ao FêCêPê que pululam nas nossas televisões é o supra sumo dos facciosos. Os decibéis fecais que debita estão ao nível da pior poluição sonora que existe. É uma ETAR falante.
    Simplesmente ignorem-no e não vejam esse programa, por muita pena que eu tenha do Gobern.

    ResponderEliminar
  2. O que é engraçado é que berram e berram mas nem uma voz do FCP pede que o Jorge Sousa seja banido dos seus jogos. Porque será?

    ResponderEliminar

Os comentários são agora automaticamente publicados. Comentários insultuosos poderão ser removidos.