quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

A verdade desportiva segundo o FC Porto

Eles estão com medo, a verdade é essa. Medo, muito medinho.
Apesar da maior campanha alguma vez vista no futebol português (e possivelmente internacional),  orquestrada entre Porto, Sporting e parte da comunicação social (com Rui Santos a ocupar um lugar de pivot) para derrubar o Benfica, o nosso clube mantém-se na luta pelo penta, a uma distância que lhes causa desconforto.
Este medo resulta do poderio que o Benfica tem demonstrado dentro de campo, com exibições de qualidade como a última em Braga, a capacidade da equipa lutar contra as adversidades, a sua força mental, demonstrada pelo querer e pela crença exibidas, e da união entre clube, equipa e adeptos que nenhum inimigo consegue abalar. Esta é a força do Benfica que pode criar nesta segunda volta uma onda capaz de nos levar ao penta. Uma força que apenas o Benfica tem - e que os nossos adversários temem, sentindo-se inferiorizados perante ela.
A lamentável mensagem que o Porto está a passar, de que deve vencer o jogo com o Estoril na secretaria, demonstra que a sua confiança está a começar a sofrer rachas e fissuras. 
Tudo tem corrido bem ao Porto neste campeonato. Tem jogado bem, não tem tido lesões, os jogos têm corrido de feição, as opções do treinador, mesmo quando questionáveis, têm resultado, os jogadores (quase todos) apresentam níveis de rendimento como há muito não se via, nalguns casos o melhor de sempre. Este Porto ainda não enfrentou adversidades, ainda não enfrentou aquele momento na época quando as coisas não correm bem, um azar declarado em dois ou três jogos, um conjunto de lesões, etc, etc. Dá ideia que planeou a época para um arranque fulgurante, no qual esperaria distanciar-se em absoluto da concorrência, através de um pico de forma prematuro.
No entanto essa distância não é assim tão grande, está a chegar um ciclo de muitos jogos e de grande dificuldade e - é patente - temem-se nas antas os efeitos da fadiga física e mental.
Esta nova manobra de tentar assegurar na secretaria a vitória num jogo que está a perder ao intervalo demonstra medo, demonstra insegurança e demonstra falta de confiança nas capacidades próprias. Como assinalado no blog "O fura-redes", este comunicado apanhou o Estoril completamente de surpresa, por ir completamente ao arrepio do acordado entre os clubes, gerando estupefacção entre os canarinhos.
Pela nossa parte, parece-me um bom sinal. Um sinal de que há fissuras no submarino azul. Que, se nós continuarmos a fazer o nosso trabalho, se continuarmos a fazer crescer a onda encarnada, muito em breve aquele submarino começará a meter água por todos os lados.

Nota: é interessante ouvir Manuel Queirós para auscultar o que o Porto está a pensar em cada momento. Embora Queirós seja mais moderado e polido do que os fanáticos e os propagandistas, acaba sempre por confluir com as posições oficiais do FCP, normalmente produzindo curiosos argumentários para lá chegar. Ontem foi ver isso mesmo no "Mais Transferências" da TVI. Foi interessante porque Rui Pedro Braz obrigou Manuel Queiroz a clarificar a sua posição de que o Estoril deveria ser punido com derrota quando este queria deixar a coisa no ar como se estivesse apenas a analisar as várias hipóteses possíveis. 

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