domingo, 10 de agosto de 2025

Primeiras impressões

 O Benfica mudou em todos os sectores face ao ano passado: na defesa, com dois novos laterais, no meio campo com nova dupla no "miolo" e no ataque também há várias entradas e saídas. 

O próprio esquema táctico mudou no último jogo (veremos se é para continuar): de um 4-2-3-1 ou 4-3-3 passámos para um 4-4-2 clássico com dois pontas de lança (embora com Aurnes a titular este se possa juntar mais aos elementos do meio campo para formar um trio). 

São muitas mudanças em lugares chave. 

O meio campo é a "sala das máquinas", onde se fazem os equilíbrios, se pauta o jogo, se organiza o ataque ou impede o do adversário. Mudámos aqui as duas posições de trinco e médio centro (8) de Florentino/Kokçu para Enzo/Rios.

Os primeiros sinais parecem positivos: o Benfica vence o Sporting não direi que com facilidade, mas com uma certa naturalidade e simplifica com o Nice. Os jogadores contratados chegam com boas referências e dão indicações favoráveis. 

No meio campo faltava agressividade, como foi penosamente evidente no final da época passada e Kokçu apesar de ser um jogador com qualidades nunca se impôs verdadeiramente, além de ter uma personalidade conflituosa. Veremos como os que chegaram se adaptam. Ainda é cedo. Para mim Florentino ficaria no plantel, a não ser que houvesse uma oferta irrecusável. É um jogador fiável e com uma tremenda capacidade de desarme, apesar das limitações no passe. 

Dedic parece uma boa aposta, mas Dahl não é Carreras. Convém recordar que este foi um dos melhores jogadores da época passada e não é por acaso que o melhor clube do mundo o contratou. 

No ataque a contratação de Ivanovic traz novas opções, mas claro que estamos a falar de um jovem a quem tem de se dar tempo para crescer. Além disso saíram Di Maria, Amdouni e Kokçu, Akturkoglu diz-se que sairá e Bruma estará lesionado muito tempo, ou seja saiu talento e fantasia que é preciso colmatar. 

Em relação aos nossos adversários, o Sporting continuará a ser forte a nível nacional, especialmente se Hujlmand continuar, e o Porto parece ter uma equipa bem mais competitiva do que no ano passado. Por isso não haverá facilidades. 

Uma última nota para a Premier League que tem dominado este mercado. O Liverpool operou uma mini revolução no plantel, fez contratações sonantes e espera ainda contar com Isak, mas começou mal a época ao perder a Charity Shield (supertaça inglesa) para o Chrystal Palace. O City espera recuperar o ceptro. O Arsenal contratou Gyokeres. E o Chelsea, vencedor da Liga Conferência e do Mundial de Clubes também se reforçou. Há ainda que contar com o Tottenham e o Newcastle, numa segunda linha. Ou seja, as coisas não se afiguram nada fáceis para Amorim. Este ano já não haverá a tolerância do ano zero. E para já os sinais não são brilhantes.