domingo, 27 de setembro de 2015

Equipa está a crescer

O Benfica venceu com alguma tranquilidade uma equipa bem organizada (que empatara em Alvalade) e que nos procurou colocar problemas.
Jonas, Gaitan e Guedes voltaram a abrir o livro e resolver alguns problemas. É que depois de uma boa entrada em jogo e uma boa dinâmica que conseguiu encostar o Paços praticamente à sua grande área, o Benfica começou a falhar passes e a jogar de uma forma mais desligada, com os sectores demasiado distantes entre si. O Paços por outro lado começou a ser mais atrevido e teve uma ou outra oportunidade. Foi então que apareceu Jonas e o seu talento individual: um golo de bandeira pouco antes do intervalo que tornou tudo muito mais fácil.
Na segunda parte o Paços entrou bem e criou novamente algumas jogadas de ataque. O Benfica percebeu que teria que fazer mais e acelerou novamente o jogo, tendo tido (tal como no início do jogo) uns 20 minutos de muito boa qualidade, durante os quais para além dos dois golos, o Benfica criou várias situações de golos. Foi nesta altura que Gaitan foi um dínamo atacante da equipa e que Jonas e Gonçalo Guedes fizeram uma sociedade de qualidade futebolística e golos. Curiosamente, como até já li aqui na blogosfera, Guedes nem estava a fazer uma boa partida. No entanto o "menino" tem uma entrega ao jogo e uma energia que ajudam a que as coisas lhe corram bem. Um golo e uma assistência (e muito jogo carreado pelo seu flanco) são um pecúlio assinalável num jogo que não foi fácil.
Dá gosto ver um jogador português de 18 anos, formado no clube, jogar a titular no Benfica, secundado no seu flanco por Nélson Semedo, outro português, de 21 anos, igualmente da nossa formação. E dá ainda gosto ver Eliseu (benfiquista assumido e internacional português) e André Almeida (sempre profissional, sempre extremamente competente no seu jogo) igualmente a titulares. Os jogadores portugueses, tal como os jogadores estrangeiros que têm já vários anos de Benfica, como Luisão e Gaitan, são importantes para a mística do Benfica se fazer sentir. O futebol é paixão e sentimento e esta ligação é muito importante. Sente-se que se criou no Benfica (veja-se a forma como Jardel, Júlio César e Jonas sentem a camisola) um espírito de grupo e uma coesão no balneário que é de louvar.
Há aspectos a melhorar, há trabalho a fazer, mas o Benfica parece no bom caminho, como parecia antes e durante a maioria do jogo (exceptuando os últimos 20 minutos) no dragão. Há que continuar neste caminho e na senda das vitórias, alcançando a primeira vitória fora já no próximo jogo, contra o União da Madeira. É que apesar da injustiça dos resultados, a verdade é que perdemos os dois jogos fora que disputámos - contra o Arouca e contra o Porto. Há pois que vencer essa partida, embora antes disso tenhamos ainda outro jogo com que nos preocupar, um jogo bem difícil para a Liga dos Campeões em Madrid.
Mas atentando agora ao campeonato há ainda que destacar o facto de estarmos agora a 2 pontos do 1º lugar. Não é caso para festejar mas acho que os sinais que temos detectado nos permitem ter algum optimismo moderado em relação ao futuro. Há que procurar consistência, continuidade nas vitórias. A regularidade é um factor fundamental num campeonato.

sábado, 26 de setembro de 2015

Para quem chora tanto...

de vez em quando convém recordar um dos lances mais escandalosos da história do futebol.





sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Moreirense empata com Porto

Agora teremos que vencer o nosso jogo com o Paços para recuperar terreno.
Vamos continuar a nossa caminhada. Os outros candidatos perderão mais pontos.
Há é que continuar a crescer como equipa e ganhar. Há que enfrentar os jogos com essa missão. Jogar bem é importante mas ganhar é essencial.
Estamos vivos!

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Maicon é a epítome do Porto

Tudo o que há de mais negativo, mais antidesportivo, mais baixo, mais sem classe, enfim, aquilo que o que o Porto tem representado no desporto em Portugal nos últimos 25 a 30 anos, achando que vale tudo para ganhar, incluindo o suborno, está bem representado em Maicon.
 
Porquê?
 
Primeiro por ter marcado um golo em fora de jogo que deu um campeonato ao Porto, à Porto - com batota.
Segundo pela atitude que teve com Jonas. A primeira parte já tinha acabado (o árbitro já tinha apitado), Maicon joga a bola com a cabeça e, sem qualquer razão senão pura raiva estúpida, estica a perna como para pontapear a cabeça de Jonas com os pitons. Era uma expulsão sem espinhas.
 
O covarde depois fugiu como uma menina para os balneários, com Jardel pronto para lhe partir aquela cara estúpida se com isso não prejudicasse o Benfica mas pelo menos para lhe dizer quão nojento e covarde ele era.
 
Como desportista e como pessoa Maicon envergonha-nos a todos. A todos menos aos adeptos do Porto.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Blog NGB insulta o Benfica!!

Eu pensava que já tinha visto tudo, mas afinal não.
No blog novo geração Benfica (cuja linha editorial é a que se sabe) os comentários não são automaticamente publicados. Alguém tem que ir à caixa de comentários e admitir a sua publicação.

Pois bem, entre vários comentários manifestamente anti-benfiquistas publicaram este:

hahahahahahhhahaahhahahahaahahahahahahahaahah que cambada de merdas perdem com o porto o grande rival dos ultimos 30 anos que se tornou maior que o benfica so uma pergunta vao levar o resto da semana a falar com arrogancia dos problemas do sporting oxala ke fiquem em 3 ou 4 atras do braga benfica=merda
Responder


Comentários para quê? Está tudo dito.


VERGONHA

domingo, 20 de setembro de 2015

Bom jogo, faltaram 15 minutos

Vou começar pelo pior da noite: Maicon. Aquilo que este indivíduo fez no fim da 1ª parte é inqualificável. E é incompreensível (será?) que o árbitro não tenha tomado medidas. O treinador do Benfica falou em cartão vermelho; mas amarelo teria sempre que ser dado. Maicon não presta para nada. E já que falamos de arbitragem, não é possível disfarçar o amarelo que ficou por mostrar a Pereira que teria que ser expulso. Pareceu-me novamente uma decisão muito pouco justificável. Para disfarçar o árbitro nem sequer marcou falta mas só um imbecil é que se deixa enganar por um expediente tão canhestro.

Quanto ao jogo em si, acho sinceramente que foi um dos melhores jogos do Benfica no dragão nos últimos anos. Já vi o Benfica ganhar no Porto (por exemplo com os golos de César Brito que celebrei nas bancadas do antigo estádio das Antas) e não jogar tão bem. A primeira parte foi de grande personalidade, de grande maestria táctica por parte do Benfica, que anulou quase por completo o Porto e criou várias boas jogadas atacantes. Casillas fez duas belíssimas defesas que evitaram outros tantos golos e houve algumas saídas para o contra-ataque muito mal aproveitadas. O Benfica deveria ter saído para o intervalo a ganhar.

Depois houve os casos do jogo. E a verdade é que na 2ª parte o Benfica não esteve tão bem como na primeira. Houve alguma atrapalhação no ataque, onde faltou discernimento a Jonas e Mitroglou. O próprio Gaitan não conseguiu semear o pânico na defesa adversária como fizera na 1ª parte. O "menino" Gonçalo Guedes fez, tal como Nélson, uma grande exibição, mas ambos davam sinais de desgaste nesta fase do jogo em que o Porto jogou muito bem: circulou a bola entre os vários corredores, com intencionalidade atacante e teve em Aboubakar e Brahimi sempre lanças apontadas à nossa baliza. O Benfica tinha dificuldades em segurar a bola e criar perigo mas percebia-se que o jogo estava muito aberto. Se no nosso caso era o cansaço que fazia abrir espaços, no caso do Porto era o balanceamento ofensivo que tornava possível um golo do Benfica. Rui Vitória tentou ganhar mais posse de bola com a entrada de Talisca e depois de Pizzi mas as alterações não produziram os resultados desejados: num lance cheio de ressaltos a bola acaba no flanco esquerdo do ataque do Porto com a nossa defesa descompensada. Depois Eliseu está sozinho no corredor central com dois adversários acabando André por ficar isolado frente a Júlio César e marcar já aos 85 minutos.

A partir daí pareceu-me muito difícil o Benfica sequer criar perigo. A derrota consumou-se.

Haverá que aproveitar as muitas coisas boas que já se fizeram até ao momento. As apostas nos jovens do clube estão a dar resultado e o futebol apresentado pela equipa começa a ser de muito boa qualidade. Não podemos por isso deixar que este resultado negativo coloque as coisas em causa e faça a equipa recuar no seu processo de crescimento.

O que mais gostei de ver hoje na primeira parte foi o Benfica a dominar no dragão, sem medo, a enfrentar os duelos individuais e ganhá-los na maioria. Se continuarmos assim, se continuarmos a crescer, no futuro poderemos ter ainda mais consistência ao longo dos 90 m e aliar os resultados às exibições. É isso que todos desejamos.  

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Com confiança, sem pressão

O Benfica está claramente melhor. Nos últimos dois jogos ficaram bons sinais que nos permitem enfrentar o futuro com optimismo moderado.

Como tenho vindo a defender, considero que não se pode colocar demasiada pressão numa equipa que (realisticamente) não fez um grande investimento este ano, tendo optado por manter a estrutura campeã no ano anterior e apostar na juventude, na prata da casa.

Estou plenamente convencido de que este Benfica tem muita qualidade e que Rui Vitória pode de facto ser o homem certo para apostar nos jovens e fazer crescer essa qualidade. Sinto que o choque inicial de chegar a uma realidade tão gargantuesca como o Benfica está ultrapassado e que Vitória se vai sentindo mais seguro e confiante. É verdade que o calendário até agora não apresentou desafios de maior, mas agora as coisas vão mudar.

No estádio do "dragão" (não me consigo habituar à ideia de que alguém tenha conscientemente escolhido para nome do seu estádio uma criatura amaldiçoada na cultura ocidental...) o Benfica enfrentará um Porto que está "proibido" de falhar. Lopetegui sabe que a sua cabeça pode depender deste jogo. Se perder Pinto da Costa não o despedirá no dia seguinte. Mas a sua reputação junto dos adeptos já não será recuperável. As coisas tenderão a degradar-se até à insustentabilidade da posição do treinador do Porto. A derrota do ano passado já lhes custou muito engolir. Uma segunda seria intolerável. 

Por isso o treinador do Porto estará no auge das suas capacidades, pelo menos em termos de motivação. E, há que o admitir, o Porto tem um plantel de grande valor, um plantel caro, com alguns jogadores perigosos. Tello, Brahimi e Aboubakar são claramente jogadores aos quais há que prestar muita atenção. Depois o Porto também tem um meio campo consistente com muitos jogadores bastante trabalhadores como Imbula, Danilo, André, Herrera. Mas este Porto também tem fragilidades. Prefiro não as apontar mas tenho a certeza que Rui Vitória as conhece e que as tentará explorar.

Dito isto, o Benfica apresenta-se no dragão como bi-campeão, vindo de uma excelente vitória para o campeonato, à qual deu continuidade na Liga dos Campeões. O Benfica tem também qualidade atacante, disso ninguém terá dúvidas e uma equipa já muito rodada em várias posições. Terá por isso razões para enfrentar o jogo com segurança, com confiança.


No entanto o Benfica continua a ter uma questão em aberto que estou curioso por saber como Vitória resolverá. No ano passado quando ali vencemos por 2-0 (com alguma sorte, há que o admitir), o Benfica jogou com Enzo Pérez e Samaris no meio campo e Talisca atrás de Lima (para além de André Almeida no lugar de Eliseu). Até ao momento Rui Vitória apenas uma vez apostou numa opção semelhante (com o Sporting para a Supertaça) mas as coisas não correram bem. No entanto parece-me evidente que em jogos como o de domingo e de maior grau de dificuldade na Champions o Benfica não poderá jogar com o sistema dos dois pontas de lança, dois extremos e dois médios, um dos quais de características mais ofensivas e de construção. Esse é um problema que há 5 anos que se verifica (com altos e baixos) e que, repito, estou curioso em saber como Rui Vitória resolverá. Pelas suas características físicas, Talisca talvez possa com o tempo ser um médio mais "box to box" e fazer uma boa dupla com Samaris que permita jogar neste sistema, com Jonas a jogar "entre linhas" como agora se diz, ou seja a vir buscar jogo mais atrás e a ajudar a tapar os espaços quando a equipa não tem a bola. Mas neste momento essa solução não é possível. Apostará Vitória em Talisca (ou Pizzi) mas no lugar de um dos avançados? Jogará num "duplo pivot" com Fedja e Samaris? Veremos.


Seja como for, o Benfica entra neste jogo com ambição de ganhar mas sem uma pressão excessiva. Penso que todos compreendem que Nélson Semedo está a começar, que Gonçalo Guedes é também um jovem, que Mitroglou e Jimenez chegaram esta época ao clube e que o treinador também. Acredito que esta equipa esteja a crescer e que nos possa dar alegrias no futuro. Vencer no dragão seria um passo interessante nesse processo mas não imprescindível.





quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Bom começo

O Benfica começou com o pé direito a sua participação na Champions. A jornada não poderia ter corrido melhor: aceitando que o Atlético de Madrid é a equipa mais forte e que em circunstâncias normais  o Benfica disputará a 2ª posição com o Galatasaray, a sua vitória em Istanbul é o resultado mais favorável para as nossas pretensões. Costuma-se dizer que vencer os jogos em casa é mais de metade do caminho para garantir a qualificação na fase de grupos da Champions. Vencemos o adversário mais fácil, ficam a faltar os mais difíceis.
 
O Benfica cumpriu perante uma equipa bem organizada, jogando q.b., sem acusar a pressão da "obrigação" de ganhar e sem propriamente perder o rumo quando o golo tardava em aparecer. O Benfica pareceu sempre ter o jogo bem orientado (de alguma forma preparando na 1ª parte o que fez na segunda) com a excepção do lance no qual os cazaques enviaram uma bola ao poste.
Essa oportunidade terá feito os jogadores perceber que era preciso ter uma agressividade diferente e penso que a partir daí merecemos inteiramente a vitória. Claro que não foi uma exibição de luxo. Não foi uma goleada espectacular como a que impuséramos dias antes ao Belenenses. Mas isso é o normal no futebol: nem sempre se pode fazer grandes exibições. O mais importante é cumprir com um plano de jogo bem preparado (como foi o caso) e obter os resultados necessários. Sinceramente sem ter sido uma exibição de encher o olho penso que foi um jogo conseguido por parte do Benfica, pois alcançou os seus objectivos sem grandes sobressaltos e também sem forçar demasiado a nota (principalmente quando o jogo estava ganho), algo que me parece prudente em vésperas de um clássico que poderá ser muito importante para as contas do campeonato. Sobre esse jogo falarei mais tarde.
 

sábado, 12 de setembro de 2015

O "monstro" Ronaldo e o desastre de Mourinho

Ronaldo, apesar alguns comportamentos estranhos fora do relvado, dentro de campo continua a ser um autêntico "animal". Com o tempo e o inevitável declínio físico, especialmente no que toca ao arranque e ao pique, Ronaldo tem vindo a procurar tendencionalmente as zonas mais próximas da baliza para finalizar, algo que faz como ninguém, concentrando nisso a maioria das suas energias. Focalizando-se ainda mais em ser uma "máquina de golos". Por isso Ronaldo poderá vir ainda a bater mais recordes de golos, caso não tenha lesões, como todos esperamos que não tenha. Este sábado foram "só" 5 na goleada de 6-0 imposta pelo Real ao Espanhol, no terreno deste último. E podiam ter sido 6 do avançado português. Impressionante! Já começam a faltar adjectivos para os números deste enorme jogador.
 
Quanto ao outro português mais conhecido internacionalmente, José Mourinho, o seu Chelsea continua a "colecionar" derrotas. Em 5 jogos da Liga Inglesa já são 3! Uma delas em casa, onde Mourinho não perdia há anos. Hoje foi o Everton quem impôs ao Chelsea uma derrota sem apelo sem agravo. Sem conhecer muito a realidade dos "blues", dá-me ideia de que a defesa está demasiado permeável e que os laterais já não têm a qualidade de outros tempos. Também Obi Mikel e Matic não me parece uma dupla muito complementar e eficaz no meio campo. No ataque não faltam grandes nomes: Pedro, Diego Costa, Falcão, William mas também falta qualquer coisa. Poderá a "receita" Mourinho ter estagnado? Estar espremida? Confesso que achei estranha a renovação por 5 anos quando o treinador ainda tinha contrato pelo menos para esta época e a próxima. Acho que uma renovação dessas pode dar a um treinador uma situação de acomodação que é contrária à natureza de Mourinho, sempre insatisfeito e ambicioso. Este ano o campeonato parece ser para esquecer: está já a 11 (!) pontos do líder Man City e a 6 do United. Poderá tentar finalmente voltar a conquistar a Champions mas para tal os argumentos futebolísticos parecem escassos. Veremos. Abramovic já dá sinais de impaciência...

Grande exibição, bons sinais e dores de crescimento

Já aqui não escrevia há quase duas semanas. O essencial do que queria dizer acerca do início de época já tinha sido dito e não quis contribuir para um ruído excessivo que se fazia sentir entre os benfiquistas.
Apesar das paixões inerentes ao futebol, procuro ser justo nas minhas análises (todos temos essa pretensão) e manter alguma coerência naquilo que digo.
Acima de tudo, depois do desapontamento com o resultado da supertaça e de algumas exibições pouco conseguidas no início de época, a minha perspectiva foi que se deveria  dar algum espaço a Vitória para respirar e ter oportunidade de tentar impor as suas ideias. Para isso era preciso baixar as expectativas e retirar alguma pressão à equipa. No último artigo que escrevi, disse isto:  
O campeonato agora para por duas semanas para compromissos das seleções. A boa notícia é que estamos apenas 1 ponto atrás dos nossos adversários e que haverá agora tempo para trabalhar com calma (os que ficarem, porque muitos se ausentarão para representar as suas selecções) e assentar ideias e processos. Há muito trabalho pela frente! Rui Vitória tem que perceber que o Benfica tem que ter muito mais consistência defensiva, muito mais segurança na troca de bola (o número de passes falhados ou mal feitos é inacreditável) e mais soluções ofensivas para desmontar as defesas cerradas dos adversários da liga dos pequeninos (que são quase todos com excepção do Porto e do Sporting). O Benfica precisa de mais velocidade no ataque, nas combinações e nas desmarcações, mais movimentação dos jogadores e mais dinâmica ofensiva.

Ora nestas duas semanas, para além do tempo que teve para trabalhar (nesse artigo também defendi que a pré-época nos EUA não tinha ajudado) Rui Vitória recebeu da parte de LFV um grande, necessário e merecido apoio. Numa entrevista a A Bola, cujo alcance alguns benfiquistas pouco perspicazes não compreenderam, Vieira disse duas coisas muito importantes: 1) não conseguiu dar a Vitória um ou outro reforço de que a equipa precisava; 2) a alteração de modelo implica "dores de crescimento".

Aquilo que vários benfiquistas, precipitados e sempre prontos para atacar o presidente, não entenderam é que com essas declarações Vieira estava a retirar pressão sobre Vitória (admitindo que o plantel poderia ter um ou outro reforço) e que esta época seria de algum modo de transição. Vencer o campeonato seria importante, vencer seria desejável, vencer seria óptimo, mas não vencer não significaria a demissão do treinador e não significaria o abandono e a desistência deste novo modelo. Isto demonstra para mim que aquilo que se está a fazer está a ser feito com critério e com sustentabilidade e deu um sinal inequívoco para dentro, permitindo maior tranquilidade.
E o resultado imediato está à vista.
A exibição de ontem dá aos benfiquistas razões para encarar o futuro com esperança e optimismo moderado.

Não há que embandeirar em arco! O Belenenses é uma equipa limitada que ontem não foi capaz de nos colocar nenhuns problemas. Mas isso é também mérito do Benfica e da excelente exibição que fez. Crédito total para Rui Vitória e para os jogadores. Sem prejuízo de uma análise mais detalhada ao jogo e às exibições individuais e colectiva, penso que ficou ontem claro que o plantel tem qualidade, muita qualidade! 

Vêm agora aí desafios importantes e dificuldades acrescidas. Vêm aí jogos da Champions e jogos importantes para a definição do campeonato pelo facto de serem marcantes psicologicamente. É importante estar à altura. O jogo de ontem dá-nos confiança para preparar esses jogos com grande rigor e determinação.