quarta-feira, 28 de março de 2018

Liga e FPF aprovam ordinarice de Bruno

Foi muito triste que os presidentes da Liga e da Federação tenham ido ao ridículo congresso que o Sporting organizou para aparecer na fotografia e se manter relevante.

Não se percebe como os responsáveis pelas duas principais instituições administrativas do futebol português tenham aceitado legitimar e dar cobertura institucional a um dirigente inconsciente, que ultrapassa todos os limites da decência, para quem tudo vale e que dia após dia insiste em baixar o nível do seu discurso para patamares até então considerados inconcebíveis.

Marco Ferreira não podia faltar.

Incendiário e grosseiro, o presidente do Sporting não hesitou, nesse mesmo congresso (pomposamente chamado "The future of football"), em atirar farpas aos seus parceiros de competição e, perante representantes estrangeiros, denegrir a imagem do futebol português.

Os discursos de Proença e Gomes roçariam o ridículo se não fossem graves: atribuir méritos por contribuir para a reflexão das grandes questões do futebol a alguém que mais não faz do que lançar lama sobre a competição e permanentes atoardas aos seus adversários é uma piada de muito mau gosto.

Uma das pérolas.

Os representantes das ligas alemã e norte-americana devem ter ficado embasbacados.

Poucos dias depois o presidente do Sporting está de volta ao que faz melhor: insultar os seus adversários no Facebook.

"És um labrego...". Comentários para quê?

domingo, 18 de março de 2018

Uma estranha convocatória

Fernando Santos conseguiu algo que de certa forma julgávamos já impossível, após tantas desilusões, desde 84 a 2004, desde 66 a 2006, fazendo de uma seleção que estava longe de ser a nossa melhor de sempre campeã europeia.

Tem por isso a minha gratidão e profundo reconhecimento. Com ou sem empates, com ou sem penalties (e quantas vezes havíamos perdido no passado de forma injusta e frustrante), a verdade é que ganhámos, ainda por cima batendo os anfitriões franceses. Escrito num guião de um filme acharíamos pouco credível mas aconteceu mesmo. Estaria, porventura, escrito nas estrelas ou noutro livro ou linguagem desconhecida dos meros humanos que apenas assistem aos acontecimentos do quotidiano sem vislubrarem causas de outra e superior ordem.

Dito isto - porque é de elementar justiça fazer tal reconhecimento - a presente convocatória é um pouco estranha. Se a chamada de Rúben Dias é indiscutível (o problema de Portugal é mesmo não haver outros centrais jovens a aparecer) já as ausências de André Almeida e Pizzi levantam muitas questões. O que mais precisará de fazer o lateral benfiquista para merecer ser convocado? E relativamente a Pizzi, não será estranho que o melhor jogador da Liga na época passada não faça parte dos planos do selecionador?

Sem desprimor para os jogadores em causa, mas estabelecendo as necessárias comparações, porque é disso que se trata quando se escolhe uns em detrimento de outros, será que Cédric, militando numa equipa que está na zona de descida da premier league, ou Coentrão (visto que André também pode jogar na esquerda), carregado de problemas físicos, estão a fazer épocas melhores do que o nosso lateral?

Depois temos o caso de Pizzi. Será que Adrien, parado metade da época e pouco utilizado desde então, dá mais garantias do que o nosso centro-campista? E se o argumento é um lugar conquistado na seleção não apenas no passado recente mas nos últimos anos, então a chamada de Bruno Fernandes em detrimento de Pizzi é inaceitável. Para Fernando Santos, João Mário, com uma época atroz, para esquecer, Rúben Neves, que milita na segunda divisão de Inglaterra, Adrien, que mal joga, André Gomes, a cabo com problemas psicológicos, Manuel Fernandes, que há anos joga na Rússia e não participa das convocatórias, Bruno Fernandes, a dar os primeiros passos a este nível e João Moutinho, em fim de carreira, todos merecem a convocatória, ao contrário de Pizzi, que é "apenas" o melhor jogador da Liga passada, titular e peça nuclear do tetracampeão, em busca do Penta.

De um ponto de vista estritamente clubista isto até é positivo para o Benfica. Os jogadores não se desgastam e podem preparar a recta final do campeonato e as 7 vitórias de que necessitamos para garantir o Penta. No entanto do ponto de vista dos jogadores imagino que seja uma desilusão. Acima de tudo é algo de muito injusto e que pode prejudicar a própria seleção, atendendo a que Fernando Santos já disse que esta convocatória está próxima da que levará ao Mundial.

Desejo que isto dê aos nossos jogadores ainda mais força, que consigam transformar a desilusão em motivação e fazer um fim de época ainda melhor se possível, "obrigando" o selecionador a levá-los à Rússia.

sábado, 17 de março de 2018

7+7

O Benfica venceu o Feirense por 2-0 e cumpriu com a sua obrigação num momento importante, após a perda de pontos do Porto na jornada anterior e antes da interrupção do campeonato para jogos das selecções.

O jogo apresentava-se difícil, não apenas por ser uma deslocação a um campo de uma equipa que luta neste momento contra o espectro da despromoção, como também por todo o ruído que rodeia o futebol neste momento e incidências específicas da partida. Entre estas últimas contam-se o terrível estado do relvado, as notícias que deram conta de que o clube de Santa Maria da Feira tinha decretado não querer adereços do Benfica, assim como 1.000 convites alegadamente distribuídos pela equipa da casa a destinatários incertos. E, claro, as suspeitas do "jogo da mala".

Seja como fôr, a equipa fez o jogo que se pedia, com bastante entrega e qualidade nos momentos certos.

Desta vez não foi Jonas mas sim Raúl a decidir, poucos segundos depois de entrar em campo, no início da segunda parte, quando já jogávamos contra 10 (expulsão correcta e indiscutível) e se pedia mais presença na área. O mexicano voltou a demonstrar quão importante é neste plantel, numa noite em que Rafa voltou também a ser decisivo, não apenas pelo golo mas também pela jogada de que resultou a expulsão do jogador dos visitados. O pequeno extremo tem de facto uma velocidade estonteante, assim como um grande controlo de bola. Precisa apenas de ter um pouco mais de tranquilidade no momento da decisão pois poderia ter marcado mais esta noite.

O resultado só peca por defeito: além dos dois golos, o Benfica teve três bolas nos ferros e múltiplas bolas na área que poderiam ter sido melhor definidas, dando outra expressão ao marcador. O essencial foi porém feito, desta vez sem sobressaltos ou tensão excessiva, dado o facto do golo que abriu o marcador ter surgido cedo na segunda parte.

Vencendo este jogo, o Benfica mantem intactas as suas aspirações ao Penta, dependendo apenas de si, o que não significa que o caminho seja fácil. Mas para já cumprimos metade do caminho: 7 vitórias seguidas. Falta a outra metade: mais 7 vitórias nos 7 jogos que faltam até ao fim do campeonato. Se o alcançarmos seremos campeões. E agora temos duas semanas para recarregar baterias e preparar essa recta final que todos esperamos vencedora.

sexta-feira, 16 de março de 2018

Uma vergonha sem limites

O dia de hoje é apenas mais um de uma sequência de meses consecutivos de ataques ininterruptos ao Benfica.
Mas é um dia que tem que ficar marcado com uma mancha negra na história da justiça (?) portuguesa. Um blog do segundo maior clube de Portugal, o clube dragarto, publicou o que é alegadamente o processo de Paulo Gonçalves. Atente-se bem na ironia de tudo isto: Paulo Gonçalves está indiciado de violação do segredo de justiça e um blog afecto ao Sporting (ou ao Porto - é o mesmo, porque estes clubes praticamente fundiram-se no ódio cego ao Benfica) publica o processo que está em segredo de justiça contra Paulo Gonçalves. Isto prova para lá de qualquer dúvida que existe no mínimo uma toupeira dragarta na justiça (?) portuguesa.
Isto ultrapassa de facto todos os limites.
Como se tal não bastasse, o Correio da Manhã e a Visão voltam a publicar acusações contra o Benfica com base em supostas fontes (toupeiras) na investigação, violando pública, declarada e reiteradamente o segredo de justiça face à passividade generalizada.

Para embrulhar tudo isto temos a notícia de que o Sporting foi aceite como assistente no processo dos emails! Ou seja, o Sporting vai poder estar envolvido diretamente em processos contra o Benfica! O Sporting vai poder ter acesso a documentos em segredo de justiça, requerer diligências, apresentar recursos, participar em audiências e inclusivamente poder deduzir acusação mesmo que o Ministério Público não o faça!

É, meus amigos, o maior ataque jamais visto contra uma instituição, seja ela qual for, em Portugal e mesmo no estrangeiro, descontando situações de conflito armado. É de facto apenas isso que falta para que possamos chamar ao que está a acontecer uma guerra, sem aspas, sem metáforas.

Perante um cenário destes os benfiquistas têm que cerrar fileiras e perceber que só uma união completa é aceitável num momento destes. Não queiram aparecer bem na fotografia do politicamente correcto neste momento. Não se iludam e não se deixem enganar com falinhas mansas. A campanha em curso visa nem mais nem menos do que a destruição do nosso clube. Neste momento há uma única atitude possível: a defesa intransigente do Benfica.

Amanhã será mais uma batalha em campo, onde temos vencido com todo o mérito e onde precisamos de continuar a dar resposta, uma resposta cabal e definitiva a esta ignomínia, nos próximos 8 jogos. 


quarta-feira, 14 de março de 2018

Clubite na justiça

Dos jornais "i" e "Sol"

Tal como eu já aqui referi, exige-se saber quais os processos que a justiça está a investigar relativamente ao Sporting e ao Porto. As fugas de informação e as quebras do segredo de justiça não podem servir apenas para atacar o Benfica. A justiça tem que mostrar imparcialidade!

segunda-feira, 12 de março de 2018

Que Paçou-se?

Antes do jogo queria aqui ter deixado um post que no essencial dizia que o campeonato estava completamente em aberto - independentemente do resultado desta noite -, porque no futebol as coisas mudam completamente numa semana. Não o fiz e ainda bem, para não "dar azar".

Mas este jogo provou mesmo isso. Ou seja, por vezes perdem-se pontos em jogos que à partida se pensaria serem relativamente fáceis. E perdendo um jogo, uma vantagem "confortável", de 5 ou mesmo 8 pontos, dissipa-se rapidamente.

Obviamente nada está ganho e continuamos atrás. Não há qualquer razão para euforias, mas não deixa de ser verdade que agora temos outras perspectivas, bem mais favoráveis, de revalidar o título.

O próximo jogo do Benfica, em Santa Maria da Feira, será previsivelmente outra batalha duríssima, na qual estamos proibidos de facilitar.

Não posso no entanto deixar de manifestar indignação pelo comportamento de Sérgio Conceição.

Poder-se-á dizer que o treinador do Porto está em "modo agressivo"?

Tenha vergonha na cara!

domingo, 11 de março de 2018

Mas... quais são os processos do Porto e Sporting?

Luis Filipe Vieira teve, após o jogo com o Aves, uma intervenção firme e dura que, penso, terá correspondido ao que a maioria dos benfiquistas esperavam e desejavam. Deu garantias de que nada se passou de ilegal, recordou que este é o maior ataque jamais visto contra uma instituição (desportiva e não só) em Portugal, questionou os procedimentos da justiça (dizendo, por exemplo, que não quer acreditar que exista clubite na mesma) e garantiu que a paródia acabou e que o Benfica será implacável a partir de agora com ataques infundados ao clube, acionando todos os mecanismos contra quem o faça. Alguns dirão que a reacção é tardia (e provavelmente têm razão) mas mais vale tarde do que nunca.

Mas vamos à origem de tudo. De há 10 meses para cá todos os dias somos atacados com insinuações e acusações. Sporting e Porto, à vez, depois de estabelecerem uma aliança anti-Benfica, lançam suspeitas sobre o nosso clube. São semanalmente lidos emails roubados ao Benfica num canal do clube do Porto financiado com dinheiros públicos, perante a complacência do poder judicial. 

Mas do que nos acusam? Comprámos algum árbitro? Comprámos algum resultado? Após dez meses de emails e insinuações nada se conseguiu estabelecer. Então qual é a acusação? Qual é o crime? Que o digam de uma vez por todas ou, como na fórmula dos casamentos, se calem para sempre.

Demos bilhetes a pessoas influentes na sociedade? Qual o clube que o não faz? Não vemos figuras da sociedade nas tribunas de Alvalade e do Dragão? Pedro Proença não vai à tribuna do estádio do Porto? Fernando Gomes também não? Pagaram bilhete? Teixeira dos Santos não ia à tribuna do Dragão quando era ministro?

Nos emails outra coisa que é apresentada como muito grave é o pedido de alteração de uma nota de um árbitro. Mas os clubes não têm a prerrogativa de solicitar a alteração da nota dos árbitros???

É isto o que têm para apresentar ao fim de 10 meses?

Entendamo-nos: investigue-se o que se tenha que investigar. Eu não vou perder o meu tempo a ler emails para ver se realmente isto é tudo ou há mais coisas. Primeiro porque o meu tempo é demasiado precioso para tal e simplesmente não tenho em abundância para esse fim. Segundo, porque emails são comunicações privadas que não têm nada que ser públicos e nos quais as pessoas partem da presunção de que não estão a ser "ouvidas" pelo país inteiro. Para além de que as coisas são dadas sem contexto sem dar aos intervenientes a oportunidade de se defender.

Se houvesse emails a falar de oferecer viagens, prostitutas ou dinheiro a àrbitros, estaríamos a falar de corrupção desportiva, portanto de um crime - e se esses hipotéticos emails tivessem sido interceptados pela polícia em investigações legítimas - estaríamos a falar de uma coisa. Assim, estamos a falar de outra bem diferente. Estamos a falar de uma estratégia de desgaste e de lançamento de um manto de suspeição que permita alterar os equilíbrios de poder no futebol português para que o Porto volte a controlar o sistema como o fez durante 20 anos. E está a conseguir, lançando lama sobre tudo e todos, movendo uma perseguição - com a complacência da comunicação do social ! - a tudo o que seja benfiquistas na Liga, na Federação ou até na Justiça! Como se não houvesse portistas e sportinguistas nas instâncias dirigentes do futebol!! Como se estes não dessem informações aos seus clubes!! Querem fazer de nós parvos?!

Mas, indo agora ao título deste post, se Paulo Gonçalves é acusado de violação do segredo de justiça, por ter acedido a processos do Porto e do Sporting (algo que sabemos... justamente porque o segredo de justiça é violado...) ... que processos são esses?

Repito: quais são os processos contra o Sporting e o Porto que existem na justiça? Pelos vistos eles estão lá... Os contra o Benfica são públicos: pelos vistos somos acusados por vouchers e emails (apesar de uns e outros, até agora terem redundado em nada), somos acusados de corromper com senhas de refeição e bilhetes para a bola. Até o caso Centeno chegou a merecer buscas...

O que eu gostava agora de saber é que processos existem contra o Sporting. Se os do Benfica são públicos, gostaríamos de conhecer também os dos rivais.


quarta-feira, 7 de março de 2018

Só há processos ao Benfica?

Não, este post não é sobre Paulo Gonçalves, emails ou vouchers.
Há neste momento demasiada poeira, demasiada informação e contra-informação a cruzar-se para que se consiga ter uma perspectiva correcta sobre o que se está a passar.
Custa-me a crer que o MP e a PJ se deixassem instrumentalizar, mas vamos esperar para ver.

Este post é sobre o inquérito do Conselho de Disciplina a Rúben Dias.


Mas será que só os jogadores do Benfica é que são alvos de processos?


Depois do castigo completamente desproporcional a Samaris por encostar o punho à barriga de um adversário (aquilo nem um murro foi) vem agora uma acusação de "agressão" por parte de Rúben Dias a Rúben Micael (situação que aliás o árbitro viu e entendeu não ser passível de nenhum castigo, pelo que nem compreendo este inquérito). Foi instaurado também um processo a Micael, que começou a situação provocando o nosso jogador batendo-lhe na cabeça?

Onde estão os processos a Felipe vale-tudo? Onde estão os processos a Maxi Pereira? Onde estão os processos a Brahimi por chamar louco ao árbitro? Onde estão os processos a Fábio Coentrão por mandar o árbitro para certa parte, repetidamente, partir bancos, etc? Slimani chegou a cumprir castigo pela agressão bárbara a Samaris?

E é o Sporting que anda sempre a pedir estes castigos. Doentes mentais como são, padecendo de um síndroma de anti-benfiquismo esquizofrénico, os sportinguistas não têm mais nada do que fazer do que pensar no Benfica, atacar o nosso clube e prestarem-se ao papel de queixinhas, chibos ou bufos como chamávamos na escola. No entanto estranha-se e lamenta-se que o CD da Federação dê sequência a estas denúncias. Apenas os adversários no jogo deviam poder apresentar queixas após o mesmo e nunca terceiros.

Este ano os nossos jogadores e treinador têm que ser de facto mentalmente muito fortes para lidar com tamanha campanha de desestabilização permanente. 

terça-feira, 6 de março de 2018

Acusação gravíssima

Paulo Gonçalves foi detido esta manhã por suspeitas de corrupção activa.

É, obviamente, uma acusação de uma gravidade enorme. Algo que contraria totalmente a promessa que há pouco mais de uma semana Luis Filipe Vieira fez aos benfiquistas: de que poderiam estar descansados porque nada de ilegal havia nos emails.

Segundo a imprensa, o Assessor Jurídico da SAD do Benfica teria corrompido funcionários judiciais para ter acesso às investigações, razões pelas quais a PJ o decidiu deter. Paulo Gonçalves já era arguido no caso dos emails.

Seguidamente, jurista e PJ terão ido para o Estádio da Luz para serem levadas a cabo novas buscas...

Trata-se de um algo de absolutamente lamentável, inadmissível, que, ao contrário do que LFV prometeu aos benfiquistas, implica o clube e causa vergonha a todos os adeptos.

LFV deve dar rapidamente explicações aos benfiquistas e esclarecer o que se está a passar e qual a sua posição no meio deste caso. Não é possível continuar a assobiar para o ar.






sábado, 3 de março de 2018

Exibição de gala

Cinco bolas na baliza do Marítimo, três delas obras primas: duas pela execução individual, outra pela jogada colectiva.
Mais uma enorme exibição do Benfica, com momentos de um futebol absolutamente brilhante, de domínio completo do jogo. Quem viu a partida, do princípio ao fim, sabe que isto é verdade, apesar de uns primeiros 15 a 20 minutos nos quais o Benfica enfrentou dificuldades, em virtude de uma pressão alta do Marítimo.
Mas quando o primeiro golo surgiu, numa insistência de André Almeida que Jonas finalizou, num remate de primeira, seco e colocado ao primeiro poste, percebeu-se que o Benfica tinha feito o mais complicado e que a vitória dificilmente nos fugiria.
A partir de então a equipa encontrou-se e começou a jogar o futebol que classifiquei de brilhante, pela dinâmica, pelas combinações, pela posse de bola em progressão e sempre com inteligência, pelo controlo de jogo e pela qualidade de execução.
Os golos foram por isso surgindo com alguma naturalidade.
Não há grande necessidade de fazer destaques individuais, porque praticamente todos os jogadores estiveram a um nível altíssimo. Mas quando Jonas marca três golos, o segundo dos quais numa obra prima futebolística só ao alcance de um jogador superlativo, de classe mundial, não é possível deixar de o mencionar individualmente. Tal como Zivkovic - não apenas pelo golo de bandeira, como pela assistência para Grimaldo e a enorme qualidade e dinâmica que deu ao nosso futebol. Zivko entrou nesta equipa e assentou nela como uma luva. Foi o segundo melhor em campo.
Foram 52.800 na Luz, numa tarde de muita chuva, os benfiquistas que assistiram a mais esta grande exibição. Para a semana, ao mesmo dia e à mesma hora, com ou sem chuva, lá estaremos novamente. O adversário será o Aves.
O Penta continua vivo.

sexta-feira, 2 de março de 2018

Estoril-Porto: anatomia do escândalo

Inclui-me entre aqueles que não acreditaram na denúncia anónima de pagamentos do Porto ao Estoril. Parecia-me algo de implausível. Afinal de contas seria uma prova irrefutável de corrupção, algo de que suspeitava mas em relação ao que não pensava existirem indícios absolutamente claros e evidentes. Admiti inclusivamente que fosse uma denúncia falsa, promovida pelo próprio Porto, de modo a que as acusações fossem descartadas como falsas e o caso fosse arquivado, para que não fosse novamente investigado e eles pudessem dizer: "estão a ver? Não se passou nada, isto são tudo calúnias".

Por isso fiquei chocado ao saber que afinal é mesmo verdade. E a frase que sintetiza o caso diz tudo: Porto pagou 780.000 euros ao Estoril nas vésperas do jogo na Amoreira. Isto é factual,  tendo evidentemente que ser investigado até às últimas consequências.

Façamos então a cronologia dos eventos, de acordo com o que se sabe e com o que o Porto alega em sua defesa.

1. Segundo o Porto, o Estoril emitiu uma fatura em novembro de 2017 relativamente a dívidas com Carlos Eduardo e Licá, jogadores transferidos há muitos anos. De acordo com alguns blogs benfiquistas, essas alegadas dívidas não constam dos Relatórios e Contas de 2015 e 2016. É algo que as autoridades terão que investigar.

2. A 15 de janeiro disputa-se o jogo Estoril-Porto. O Estoril vence ao intervalo por 1-0 mas durante este período a claque do Porto invade o terreno de jogo alegadamente porque sentiu a bancada  instável. Nas horas seguintes aparecem fotos de rachas numa parede de uma casa de banho do Estádio e de lages partidas na zona de sustentação de um pilar.

3. Os regulamentos prevêem que a segunda parte do jogo se desenrole nas 30 horas seguintes ou, caso haja acordo entre os clubes, nas 4 semanas seguintes. Tal não se verificou, pois o jogo só se concluiu 5 semanas depois.



4. Dia 19 de janeiro o LNEC informa que a bancada do Estoril nunca esteve em risco e não tem dados estruturais.






A 21 de fevereiro disputa-se finalmente a segunda parte do jogo. O Porto marca rapidamente 3 golos e vence tranquilamente o jogo. No fim, o treinador do Estoril diz que "dava dó" ver os seus jogadores em campo e que eles "não meteram o pé", falando na necessidade dos mesmos reverem a sua atitude porque "não basta vestir as camisolas, é preciso jogar".


Para além disso, houve uma declaração que deixou toda a gente confusa:




Esta declaração é insólita porque acusa os clubes de Lisboa de aliciarem o Estoril para ganhar com prémios ou malas, mas deixa no ar a ideia de que o Porto o sabia e "anulou" essas malas.

A 22 de fevereiro, César Boaventura, empresário de futebol que representa Gabigol e alegadamente é benfiquista, inicia uma série de acusações a J. Marques, prometendo revelações para breve. Nos dias seguintes seguem-se insinuações de que o Porto alicia jogadores de equipas adversárias.






A 1 de março é noticiado que foi entregue na Procuradoria Geral da República uma denúncia anónima dando conta de que o Porto teria pago algo como 730.000 euros ao Estoril para que este clube perdesse o jogo. De manhã o comunicador mor do dragão ironiza ("pronto, fomos apanhados"), mas ao fim do dia o clube admite o pagamento e desdobra-se em explicações no seu canal de propaganda para o justificar, falando em "dívidas antigas".

A 2 de março, o Porto escusa-se a enviar à imprensa a alegada fatura do Estoril, mostrada no Porto Canal com partes rasuradas. O seu comunicador mor também não consegue responder a perguntas sobre as parcelas em causa, a razão pela qual há partes rasuradas ou a data da transferência, falando de receitas de bilheteira do jogo com o Liverpool (algo que não bate certo, uma vez que essa receita foi de 1,5 milhões e se admite que o Porto enfrenta dificuldades de tesouraria, não sendo credível que mais de metade da receita fosse para pagar uma dívida com anos). Diferentes fontes dizem que os R&C's do clube não mencionavam estas supostas dívidas. 

Os próximos capítulos estão a caminho.



quinta-feira, 1 de março de 2018

Bomba!!! Porto transferiu mesmo os 780.00 euros para o Estoril na semana do jogo

O anúncio foi feito pelo próprio clube no seu canal oficial.

Liga 2017/2018 entra oficialmente sob suspeita de CORRUPÇÃO.

Agora percebe-se melhor a conversa de J. Marques as seguir ao jogo, dizendo que o Porto tinha "poupado malas" ao Benfica e ao Sporting.

É o maior escândalo do futebol português dos últimos anos.

A notícia será certamente desenvolvida nos próximos dias.

Adversários do Porto têm azar

Como anunciei no anterior post, aqui fica uma avaliação do Portimonense-Porto.
Vou fazer as vezes de Carlos Daniel, mostrando algumas imagens do jogo, nomeadamente dos 3 primeiros golos do Porto, que acabaram com o jogo logo na primeira parte. A ideia é demonstrar como os adversários do Porto nos últimos jogos têm sido infelizes, têm tido azar. Os níveis de motivação e concentração, por alguma razão que não compreendemos, têm sempre falhado quando o adversário é o Porto.

Vejamos então caso a caso.


Primeiro golo do Porto
O Portimonense perde uma bola quando está em processo ofensivo, apenas com três jogadores atrás da linha do meio campo. Estamos no minuto 9. Foi uma situação de pouca sorte. No jogo contra o Benfica os jogadores do Portimonense estavam na maioria das vezes bem posicionados no seu meio campo e atrás da linha da bola.


Apenas 3 jogadores na defesa. O passe vai entrar na esquerda.



Apenas um jogador do Portimonense acompanhou Marega (o único avançado do Porto que entrava pelo meio) e à distância. O outro defesa ficou para trás nem chegando a entrar na área. Quando o centro vem da esquerda, Marega remata completamente à vontade para o primeiro golo.


Se o primeiro golo foi uma jogada rápida, de transição, como agora se diz, tendo o Portimonense sido pouco astuto na forma como defendeu e tendo apenas um defesa no coração da área (no mínimo imprevidente, numa altura tão inicial da partida), atentemos agora ao segundo.

Mais uma vez os jogadores do Portimonense estão posicionados muito à frente no terreno. Esta foto, que ilustra o início do desequilíbrio, mostra quase todos os jogadores algarvios a correr para trás.


A bola está na esquerda e será colocada mais à frente, no jogador que se desmarca à entrada da área. Da defesa do Portimonense apenas dois jogadores estão atrás da linha da bola.


Marega centra e novamente há apenas um defesa do Portimonense na zona central da área. É aquele que vê a bola passar à sua frente. Octávio está a entrar na área pela meia direita, sem qualquer marcação.


O mesmo lance, de outro ângulo, um momento antes, exactamente quando Marega faz o centro. Aqui vê-se como não há nenhum defesa do Portimonense do lado esquerdo da sua defesa (e só um no meio). Octávio (o jogador mais à esquerda da imagem, entrará sozinho na área e marcará um "penalty".


Temos assim dois golos em pouco mais de 15 minutos, com uma defesa do Portimonense que parece não se preocupar muito com posicionamentos nem marcações, deixando a sua área completamente descoberta. É verdade que os atacantes do Porto são rápidos e executam bem, mas isso não seria precisamente mais uma razão para ter mais cautelas? Pelos vistos não.

Vejamos então finalmente o terceiro golo, que resolveu definitivamente o jogo na primeira parte, permitindo o descanso portista na segunda. 

Desta vez há um povoamento dos espaços um pouco mais razoável. Há pelo menos uma linha defensiva com 4 (e não 3 como no 1º golo), mas continua a haver grande apatia. O jogador do Porto recebe a bola entre linhas e pode fazer o passe para a direita, onde Maxi se desmarca, sem oposição.

Maxi corre pela autoestrada do lado esquerdo da defesa algarvia.


A bola chega a Maxi e um defesa bascula, fazendo uma pressão meramente zonal, sem qualquer apoio.


Desta vez há finalmente defesas do Portimonense na área: 5 para três avançados do Porto, o que quer dizer que cada defesa pode cobrir um avançado ficando ainda dois para as sobras. Mas...


... de repente abre-se uma cratera no meio. A bola passa por entre os dois defesas que entretanto avançaram para o primeiro poste e Marega fica sozinho è entrada da pequena área tendo apenas que encostar.

Em síntese, as facilidades são mais do que muitas: defesas mal posicionados, marcações inexistentes e avançados completamente isolados no coração da área para finalizações demasiado fáceis. Isto prova alguma coisa? Não prova premeditação ou corrupção, mas denota uma enorme incompetência e incúria. Denota um certo laxismo dos adversários do Porto. É que, mais uma vez, quando o jogo acabou, ouvimos um responsável da equipa que jogou com o Porto, neste caso o capitão do Portimonense, dizer que "faltou determinação" à equipa!??!! E isso não vemos nos jogos contra o Benfica (nem contra o Sporting, diga-se) em que vemos os adversários darem tudo e deixarem a pele em campo para ganharem cada bola. Isso, nos jogos do Porto, pura e simplesmente não se vê. O que se vê são erros de palmatória que esperaríamos de equipas amadoras.

Mas tudo não passa certamente de coincidências. Contra o Porto... têm azar.

Corrupção, malas e falta de empenho

Este campeonato está a ser o mais atribulado desde os tempos do apito dourado.

Há muitos, demasiados, casos para que nada de estranho se esteja efetivamente a passar.

As prestações do Chaves, do Rio Ave (no primeiro minuto já perdia no dragão), do Estoril e do Portimonense, nos seus jogos com (e não contra) o Porto, são más demais e coincidem com um momento na época que poderia ser particularmente difícil para o Porto: um momento de sobrecarga de jogos (com Liga dos Campeões e Taça de Portugal) e antes do clássico para o campeonato com o Sporting. Ou seja, um momento em que, em circunstâncias normais, haveria cansaço competitivo físico e mental e a possibilidade (que se confirmou) de várias baixas e indisponibilidades de jogadores.


Nesse sentido, seriam de antecipar dificuldades do Porto nestes jogos. Chaves surge antes do jogo com o Liverpool, momento em que se sabe que os jogadores (que, sem excepção, em todos os clubes) anseiam por poderem mostrar-se à Europa do futebol, muitas vezes "tirando o pé" ou protegendo-se para evitar lesões que os afastem desses grandes jogos. É por isso que, por toda a Europa do futebol, os participantes na Liga dos Campeões muitas vezes perdem pontos nos jogos das ligas internas que antecedem ou se seguem àquelas partidas. Isto acontece, repito, a todos, incluindo grandes clubes como Real Madrid e Barcelona. Antes do jogo há a tal ansiedade, ao passo que depois há fadiga. 


Com o Chaves aconteceu o que aconteceu: uma goleada num campo tradicionalmente muito difícil. E note-se que a meio da semana, antes dessa partida, o Porto tinha também tido outro jogo exigente, contra o Sporting para a Taça. Logo depois do jogo com o Liverpool veio o Rio Ave cuja resistência foi também praticamente nula. 

Que isto é estranho ninguém pode negar. Talvez realmente o Porto fosse uma superequipa, que, ao contrário dos outros, não sente fadiga. No entanto levaram 5 do Liverpool em casa, o que faz esse argumento cair pela base...

Em relação ao jogo com o Estoril, descontando o primeiro golo em escandaloso fora de jogo, há toda a questão da (falta) de atitude e estranho comportamento dos canarinhos. Compare-se com o jogo com o Sporting também na Amoreira. Compare-se com a resistência que o Benfica enfrentou por exemplo em Paços.

Este meio jogo, no qual os estorilistas entraram já cansados e desorientados, teve porém muito mais coisas estranhas.

É insólito que o presidente, perdão, diretor de comunicação, do Porto venha falar em "malas" no fim do jogo, sentindo necessidade de "justificar" o que se vira, dizendo que o Porto estava "muito forte" e por isso poupara malas ao Benfica e Sporting. Mas de onde surge tal ideia? Lapso freudiano? Pareceu. Acrescem as acusações, não anónimas, de César Boaventura.

Algo de muito estranho se passou nesse jogo (em que o árbitro também sorria de forma visível com os golos do Porto), parecendo que de facto tudo estava cozinhado e bem controlado para que aqueles pontos não fugissem. 

A denúncia na PGR de que terá havido corrupção nesse jogo, hoje noticiada pela imprensa, pode no entanto ser uma manobra deste clube (comprovadamente corrupto e manipulador) no sentido de lançar falsas pistas que descredibilizem este caso (bem real) e criem uma cortina de fumo que impeça um cabal apuramento dos factos. Atenção portanto, porque manobras maquiavélicas desta natureza não seriam de todo uma originalidade por aquelas bandas.

Depois do Estoril veio Portimão. Na minha perspetiva, o Porto quis "provar" nesse jogo que nada de estranho se passara na Amoreira, fazendo nova demonstração da sua tal "força", como que para dizer: "estão a ver?".

A questão é que, mais uma vez, ficam no ar muitas dúvidas. Quem viu o jogo Portimonense-Benfica sabe que não há comparação possível entre esse jogo e o jogo com o Porto. Contra o Benfica a equipa de Portimão fechou-se bem fechadinha na defesa durante toda a primeira parte, ao passo que no jogo com o Porto aconteceu o que veremos no post seguinte.






O nosso clássico chama-se Marítimo

Esta jornada é marcada pelo clássico entre Porto e Sporting, clubes que celebraram esta época uma iníqua aliança com o único objectivo de atacar e denegrir o Benfica.

Será um jogo curioso, sob vários pontos de vista. Há dias um sportinguista meu conhecido dizia-me que o campeonato estava perdido e por isso nem iria ver o jogo com o Porto mas que a época estava ganha, porque o Benfica não seria campeão. A isto aliam-se as declarações de Dias da Cunha de que o Sporting perderá de certeza o jogo.

É uma mentalidade muito característica de um certo sportinguismo. Uma mentalidade perdedora, pequenina, que denota falta de identidade e amor-próprio. Mas que não surpreende.

Este jogo coloca porém um problema a esta mentalidade e ao Sporting em geral, nomeadamente colocando em risco as posições quer do seu presidente quer do treinador. Perdendo, o Sporting fica irremediavelmente afastado do título. Isso, pelos vistos, não preocupa muito os sportinguistas. No entanto, essa derrota acarreta potencialmente a ultrapassagem pelo Benfica e a consequente queda para o 3º lugar. Ora isso já é mais problemático, quer do ponto de vista financeiro (onde as coisas estarão já bastante "esticadas") quer desportivo.

Como poderia Bruno de Carvalho justificar um 3º lugar numa época em que investiu de forma tão notória na equipa, com um treinador pago a peso de ouro e apesar dos VAR's, Capelas e Veríssimos?

Sobre JJ nem é preciso falar. As suas últimas declarações já denotam cansaço com o circo em que se vê envolvido e pouca crença de poder ganhar num clube daqueles.

Por outro lado, uma eventual não derrota do Sporting irritaria os seus aliados (ou amos), colocando estes à mercê do Benfica.

Haverá pois sentimentos mistos no Lumiar na próxima sexta-feira. Por um lado, vontade de perder (algo a que estão bem habituados), prestar vassalagem ao Porto e tentar assim "prejudicar" o Benfica, por outro, uma consciência de que essa derrota pode significar o princípio do fim, não apenas desta época mas possivelmente da possibilidade de voltarem a ser campeões no futuro próximo.

Mas aquilo que importa para o Benfica é o jogo com o Marítimo.

É importante percebermos que vencendo o Marítimo, qualquer resultado do jogo das comadres será positivo para nós. Se não ganharmos ao Marítimo, o resultado do jogo dos nossos adversários será apenas uma atenuante numa jornada em que, na prática, diríamos adeus ao título. 

A nossa margem de erro é neste momento nula e só poderemos ganhar alguma caso recuperemos nesta jornada e nas próximas pontos a um ou ambos os nossos adversários. Ganhando ao Marítimo temos à partida a certeza que esse ganho será uma realidade. 

O empate no Porto seria o melhor resultado, porque significaria um ganho de 4 pontos face aos nossos rivais. No entanto mesmo que o Porto ganhe, nada, mesmo absoltamente nada, ficará decidido, desde que ganhemos ao Marítimo

O Benfica receberá ainda o Porto (jogo que à partida, perante o actual quadro pontual, teremos obrigatoriamente que vencer), sendo perfeitamente normal que o Porto possa perder 2 pontos num qualquer jogo em que o seu adversário necessite realmente de pontuar - o que não era o caso de Chaves, Portimonense e Rio Ave (o Estoril é uma estória....) - sob pena de descer de divisão. Tal será o caso do Paços, do Setúbal, do Feirense, do Aves e possivelmente do Belenenses, havendo ainda uma deslocação a Guimarães na última jornada. O Benfica, claro, terá também os seus jogos difíceis; o que pretendo sublinhar aqui é apenas que 5 pontos parecem uma distância insuperável mas tudo pode mudar de uma semana para a outra.

Em conclusão, a presente jornada será muito importante para o Benfica. Como tem sido a regra esta época, especialmente desde o jogo no Restelo, estamos proibidos de perder pontos. Não podemos de modo nenhum facilitar, até porque já percebemos que VAR's e quejandos só servem para nos prejudicar. Como tem sido também a regra, espera-se mais uma enchente na Luz que ajude a carregar a equipa para nova vitória.