quinta-feira, 26 de maio de 2022

Nova etapa de esperança

 A vinda de Roger Schmidt é uma lufada de ar fresco no futebol português. Num ambiente marcado por demasiadas quezílias, muitos vícios e um discurso repetitivo, a vinda de um treinador educado, com novas ideias e uma visão positiva do futebol é evidentemente uma boa notícia.

Os benfiquistas podem - e devem - estar esperançosos por uma era diferente, após 3 anos para esquecer. Além de Roger Schmidt, entra (de novo) Lourenço Coelho, que é uma figura importante para fomentar o espírito de balneário e colocar ordem no futebol do Benfica. É indiscutível que as coisas não têm corrido muito bem nesse capítulo e que é necessário "fechar" e unir o grupo.

Finalmente, existe a perspectiva de algumas contratações importantes. É público o interesse em Enzo Fernandez, jogador que parece muito interessante, assim como em Ricardo Horta, um valor seguro que traria qualidade e agressividade à nossa equipa. Além disso, se fosse eu a liderar o Benfica tudo faria para contratar David Carmo, um dos melhores, senão o melhor central a actuar em Portugal, além de Lucas Veríssimo. Uma dupla dos dois seria brutal. 

Mas há muito trabalho a fazer. O Benfica precisa de vender vários jogadores cujo tempo no clube está esgotado. Precisamos de um plantel equilibrado e sem excedentários. Taarabt, Weigl, Seferovic, André Almeida, Pizzi, Meité, João Mário, Diogo Gonçalves, Rodrigo Pinho, Gil Dias, para além dos emprestados Radonjic e Lázaro, são jogadores medianos a mais. Dos 10, além dos emprestados, pelo menos 7 deveriam sair, até para virar uma página em relação ao passado recente de insucessos. E há ainda as situações de Rafa e Grimaldo que têm que ser definidas. Ou os jogadores estão comprometidos com o clube, ou devem prosseguir a carreira noutro lado.

Estamos a falar de muitos casos para resolver, que importa definir rapidamente para se constituir um grupo coeso e começar a construir uma equipa vencedora.

Alguns destes jogadores têm mercado, pelo que podem render alguns milhões, importantes para reinvestir e ir buscar os jogadores de que precisamos para implementar o sistema de Schmidt. Li hoje que o Chelsea pode estar interessado em Weigl. Se assim for, é aproveitar rapidamente. Seferovic também é um jogador conhecido internacionalmente que não deve ser muito difícil colocar, com algum retorno financeiro. Outros casos serão mais problemáticos. Para esses haverá que trabalhar mercados menos exigentes, como os países árabes, a Turquia ou até o Brasil.

Importante é começar a colocar jogadores, mesmo que em condições menos atractivas. Tudo o que vier relativamente a jogadores como Pizzi, Taarabt ou João Mário será ganho, até porque libertaremos massa salarial. Chamem Jorge Mendes: ele não pode servir apenas para colocar no nosso clube jogadores que não interessam ou mamar comissões leoninas nas melhores vendas. Para isso até eu serviria. O difícil é colocar jogadores que não têm muito mercado à partida e é isso que lhe deve ser exigido agora. 

sexta-feira, 20 de maio de 2022

Futebol CRIME do Porto

Imagem de Henricartoon, retirada de "Sapo Desporto".

 

Há 40 anos que o futebol português se tornou num campo de batalha no qual o desporto foi relegado para segundo plano e a batota dita leis.

Há 10 anos que eu aqui explico o que é o sistema e como o Porto montou uma máquina de coacção sobre diferentes agentes desportivos. Para eles vale tudo. Mas mesmo TUDO, incluindo assassinatos.

Sabemos que há coisas erradas em todos os clubes. As claques em geral são mal frequentadas, violentas e associadas a diversa actividade criminal. Todos os clubes têm responsabilidades neste estado de coisas. Frederico Varandas nesse aspecto foi o único  que teve coragem para fazer o que deve ser feito.

MAS nenhum outro clube usa as claques como o Porto e nenhuma claque é tão má como a do Porto.

Ao passo que o Benfica (e outros) não conseguem ou não querem controlar a actividade violenta de elementos das suas claques, o Porto USA a sua claque como braço armado para cometer as violências e ilegalidades. A claque do Porto é uma tropa de choque usada para ameaçar e coagir jogadores (próprios e dos adversários) e árbitros.

Que outra claque invadiu o centro de estágios dos árbitros?

O que aconteceu nos festejos do título dos penalties deste ano apenas colocou a nú a extrema violência daquela claque e o nível de criminalidade organizada que ali grassa com total impunidade HÁ DECADAS.

A impunidade é absoluta porque a polícia, os juízes e o poder político no Porto TÊM MEDO dos superdragões. E têm medo com boas razões. Basta recordar Carolina Delgado, Ricardo Bexiga, a noite branca ou um sem número de outros incidentes em que a claque portista agrediu, matou ou tentou matar quem lhe fez frente. 

E os árbitros claro que também têm medo. Por isso pensam duas ou três vezes antes de tomar decisões que o Porto considere prejudiciais para si. Uma vez que depois os poderes da Liga, arbitragem e federação até premeiam os árbitros que "erram" a favor do Porto, promovendo a sua ascensão na carreira, a escolha dos árbitros é mais do que evidente. Para que se vão meter em trabalhos? Há que surfar a onda e não fazer ondas. Se tudo vai bem assim, para quê tentarem ser sérios? Isto os que à partida o quereriam ser, porque muitos já vão lá para dentro com uma intenção bem declarada e até oferecem as camisolas aos adeptos. Normalmente os ídolos dos adeptos são os jogadores mas no Porto tudo é diferente.

As consequências estão à vista: Portugal não tem um único árbitro no Mundial - o que é uma boa notícia, pois significa que lá fora também já existe noção do que se passa em Portugal.

Os média têm muita culpa sobre este estado de coisas. Quando chega ao fim do campeonato branqueiam tudo e dizem que quem teve mais pontos é porque foi melhor, ignorando PROPOSITADAMENTE como essa pontuação resulta de uma adulteração da verdade desportiva causada pela parcialidade dos árbitros, sempre no mesmo sentido. Mais: ainda atacam o Benfica por denunciar o óbvio. Os média NÃO têm coragem. Também têm medo do Porto. Mais ume vez, não sem razão, dado que múltiplos jornalistas têm sido agredidos por adeptos e dirigentes do Porto ao longo das décadas, nalguns casos em directo, com todo o país a ver. E mais uma vez em total impunidade.

Foi UMA VERGONHA que todos os canais desportivos e TODOS OS NOTICIOSOS tenham estado horas e horas a fio a transmitir ININTERRUPTAMENTE os festejos do título dos penalties na passada semana, num acto de vassalagem ridícula e cobarde ao Porto.

Voltando à claque do Porto é absolutamente chocante ver as imagens do espancamento de um adepto (que pelos vistos não era o que foi mais tarde assassinado) por um grupo de várias pessoas em cima de um contentor, com outros cá em baixo a aplaudir. Pelos vistos o principal líder deste espancamento cobarde é filho do Macaco e outro seu cunhado. Como é chocante ouvir comentadores do Porto tentar desculpar o acto dizendo que ele aconteceu porque o adepto estava em cima do contentor e isso perigava o tecto do mesmo. Então para resolver o assunto sobem 10 pessoas para cima do contentor e desatam ao soco e pontapé na cabeça do indivíduo. VERGONHA. ISTO NÃO É DIGNO DE UM PAÍS CIVILIZADO. E aparentemente ninguém é identificado, ninguém é inquirido, ninguém é acusado. É a impunidade, é a lei da selva, é um estado dentro do Estado.

E os assassinos do outro indivíduo são o número dois da claque e o seu filho. Tudo jogadores ou ex-jogadores do Canelas cujo comportamento selvagem também é conhecido. MAS QUE PAÌS É ESTE ONDE ISTO ACONTECE? ISTO É TERCEIROMUNDISTA.

A lista de acontecimentos promovida pelo Futebol CRIME do Porto - APENAS ESTE ANO - é quase interminável. Vou citar alguns, só de memória:

  1. agressões por parte de jogadores, dirigentes, adeptos e stewards a jogadores do Sporting no fim do jogo para o campeonato;
  2. uma bala atirada para o campo que Pepe tentou esconder do árbitro;
  3. agressões, tentativas de agressão e insultos ao Presidente do Sporting no mesmo jogo;
  4. confusão com Sá Pinto no fim do jogo com o Moreirense;
  5. confusão no jogo com Braga com "o Engenheiro" aos gritos e de dedo espetado para o árbitro e Sérgio Conceição a estender e imediatadamente retirar a mão ao mesmo, não o cumprimentando;
  6. confrontos entre os seus próprios adeptos, assassinato premeditado de um deles com dezenas de facadas no dia e noite dos "festejos";
  7. insultos de vários jogadores ao Benfica e aos benfiquistas;
  8. distúrbios e apedrejamento de instalações do Tondela quando os seus adeptos queriam comprar os bilhetes reservados aos sócios do Tondela;
  9. Sérgio Conceição acusa a polícia de "mentir"...


Para quem quiser ter um pouco mais de perspectiva sobre o Futebol CRIME do Porto, eu tenho dezenas de posts ao longo dos anos. Aqui fica só uma amostra:


https://justicabenfiquista.blogspot.com/2012/11/o-outro-grande-lider.html

https://justicabenfiquista.blogspot.com/2013/06/o-obo-de-colombo.html 

https://justicabenfiquista.blogspot.com/2012/09/as-proximas-actuacoes-do-sistema.html 

https://justicabenfiquista.blogspot.com/2012/05/o-que-e-o-sistema-parte-i.html

 https://justicabenfiquista.blogspot.com/2012/05/o-que-e-o-sistema-parte-ii.html

 https://justicabenfiquista.blogspot.com/2012/05/o-sistema-as-transmissoes-televisivas.html

E especialmente este:

 https://justicabenfiquista.blogspot.com/2019/01/o-fc-porto-e-um-exemplo.html


sábado, 7 de maio de 2022

Isto é um nojo

Há 40 anos que só as moscas mudam no futebol português.

Para aqueles que achavam que o VAR era uma grande coisa, que ia acabar com as roubalheiras, aqui está a milésima prova de como estavam redondamente enganados. O VAR para esta gentinha é só mais uma oportunidade para roubar.

Realmente assim não é possível competir. 

quinta-feira, 5 de maio de 2022

O futuro do Benfica e as competições europeias

 O Benfica venceu a Youth League na final mais desequilibrada de sempre na competição (e também da "competição mãe", a Liga dos Campeões - incluindo a fase Taça dos Campeões). Foi um jogo de domínio absoluto do Benfica, com os austríacos a terem a sua melhor oportunidade apenas num erro crasso da nossa defesa. Com excepção do fim da primeira parte e uns curtos minutos na segunda, o Benfica dominou a seu bel prazer, não dando qualquer hipótese ao RBS. A entrada no jogo foi fundamental: o Benfica foi para o ataque desde o apito inicial do árbitro e rapidamente marcou dois golos. Com alguma naturalidade, diga-se. E isto depois do Salzburgo ter cilindrado o Atlético de Madrid. Claramente a lição foi muito bem estudada pelos nossos treinadores e interpretada pelos jogadores que actuaram com grande confiança e anularam completamente o jogo do adversário.

Este tem claramente que ser o caminho do Benfica: aposta na formação e um modelo de futebol atacante e dominador. Essa é a nossa matriz e é por aí que temos de caminhar. Primeiro para voltar a vencer internamente, segundo para poder ter boas prestações nas competições europeias. Este ano isso aconteceu, mas precisamos de o fazer de forma sustentada e consistente.

Nesse sentido, a contratação de Roger Schmidt parece-me fazer sentido. Veremos depois na prática como as coisas se passam mas a ideia é legítima.

E falando de competições europeias, como não comentar o que se passou na noite de quarta-feira em Madrid? Parece mesmo existir algo de paranormal nas noites europeias do Real Madrid, especialmente esta época. Todos compreendemos que o Real tem um grande treinador e grandes jogadores, alguns entre os melhores do mundo. Courtois ontem mostrou porque é dos melhores guarda redes, ao dizer presente nos momentos decisivos, Vinícius foi infernal, Rodrygo voltou a ser talismã e Benzema tem sido o rei da Champions. E um meio campo com Modric, Kroos e Casemiro impõe respeito, especialmente se este último puder fazer faltas impunemente, como aconteceu ontem. Tudo isso é verdade, mas no jogo o City dominou praticamente desde o início, teve oportunidades flagrantes para fazer o 2-0 e acabar com a eliminatória, daquelas que quase nem se percebe como a bola não entra, e o Real marca no seu primeiro remate à baliza, quase no minuto 90, numa jogada em que a bola parecia perdida pela linha de fundo, e empata a eliminatória 1 minuto depois. A partir daí não tive qualquer dúvida de que o Real estaria na final.

Uma última palavra para os ex-benfiquistas Rúben Dias e Ederson. Infelizmente não foram felizes e ficam ligados à eliminação do City. 6 golos sofridos é demasiado e nalguns deles podiam e deveriam ter feito mais e melhor. O penalti cometido por Rúben foi o culminar de uma performance muito abaixo ele é capaz.