Continua ininterrupto o ciclo negro do Benfica na Liga dos Campeões, apesar das declarações de vontade de presidente e treinador(es) de querer mudar este triste estado de coisas.
Que começa, diga-se, logo nas bancadas, com um aspecto desolador para um jogo de Liga dos Campeões. Qualquer jogo da Liga Portuguesa, com um qualquer Paços desta vida (sem desprimor para o clube), tem muito mais espectadores, o que devia levar os dirigentes a repensar os preços tanto dos bilhetes como dos redpasses.
Quanto ao jogo propriamente dito, não posso concordar com as escolhas de Bruno Lage. São demasiados jogadores com falta de ritmo e/ou experiência ao mesmo tempo em campo. Isto independentemente do valor individual de cada um e até das exibições realizadas que não vou aqui avaliar. No Benfica quando se perde, sobretudo em casa, não faz qualquer sentido falar de boas exibições individuais. Também não o faz estar a apontar individualmente culpados quando a falha é sobretudo colectiva e portanto em primeira análise do treinador.
Para além disso, do escalonamento do 11, o posicionamento dos jogadores não foi o melhor. Desde o início que nos senti muito inseguros no jogo, sendo bastante evidente que qualquer aceleração do Leipzig criava de imediato situações de perigo na nossa baliza. Não estávamos nem confortáveis no jogo defensivamente nem minimamente perigosos no ataque. Aí a pobreza foi franciscana.
Já não é aliás a primeira vez que o Benfica não tem propriamente antíodoto para equipas que pressionam sobre todo o terreno. Taarabt foi conseguindo libertar-se a espaços, gerando aqui e ali desequilíbrios, mas quando a bola entrava no último terço simplesmente não tínhamos acutilância: Tomas estava muito sozinho na frente e os extremos demasiado recuados (ou cobertos) para poderem dar opções.
Recorde-se que no ano passado era o Benfica quem pressionava os adversários, recuperando rapidamente a bola e saindo depois com grande velocidade para o ataque. Mas neste momento não há Gabriel - jogador insubstituível neste plantel - nem Félix, nem Jonas que, mesmo com reumático, com a sua inteligência criava espaços onde eles pareciam não existir.
Este ano a dinâmica só apareceu a espaços, sendo que as opções alternativas para os jogadores que referi estão muito longe de assegurar o desejável. Temos vivido muito das acelerações de Rafa e da qualidade de Pizzi, mas em jogos de mais elevada exigência, nomeadamente física, e com marcações muito apertada o rendimento destes baixa consideravelmente.
Não tenho soluções milagrosas mas como adepto esperava muito mais e melhor esta noite. Voltámos às sendas das derrotas na CL, o que começa já a enjoar. Uma derrota que aliás compromete fortemente o apuramento. Na CL é preciso vencer os jogos em casa e procurar arrecadar alguns pontos fora. Com um início destes temo o pior. Assim, não.
terça-feira, 17 de setembro de 2019
quarta-feira, 4 de setembro de 2019
Resposta categórica
No futebol tudo pode mudar em apenas uma semana. Depois de um campeonato histórico com 5 vitórias em 6 jogos contra Porto, Sporting e Braga, a que acresceu a conquista da Supertaça com um resultado esmagador de 5-0 sobre o rival, bastou uma derrota na Luz contra o Porto para Bruno Lage já ser um amador e Pizzi ser o maior enterra do Benfica.
Não fiquei menos irritado com essa derrota do que qualquer outro adepto, mas no que não alinho é em discursos demagógicos e irresponsáveis que resultam de falta de maturidade ou servem agendas de uma determinada oposição que está mais preocupada em chegar ao poder do que com o bem do Benfica.
É evidente que vencedo o Porto teríamos dado um golpe fortíssimo naquele clube e um passo muito grande para a conquista do presente campeonato. Conceição provavelmente não continuaria e instabilidade seria enorme para o lado das Antas. Poderíamos e deveríamos ter enfrentado esse jogo de outra forma mas nem sempre as coisas correm como queremos. O importante nessas situações é tirar as ilações devidas e é isso que espero que tenha acontecido.
A vitória e a exibição em Braga indicam que isso aconteceu. Nunca podemos pensar que as vitórias acontecem "naturalmente". É preciso lutar por elas sem triunfalismos antecipados - e idiotas - ou sobrancerias e vedetismos despropositados.
O Benfica voltou a fazer um bom jogo e a marcar muitos golos, ainda que dois deles tenham tido intervenção direta dos defesas adversários.
Temos agora uma pausa para corrigir algumas coisas que não estão bem e trabalhar na recuperação de alguns lesionados, capítulo em que continuamos a ser muito penalizados.
Temos um plantel equilibrado e talento ainda por explorar. Acredito que Raul de Tomas pode fazer muito mais e também que Vinícius tem grande potencial, nomeadamente uma velocidade e poder físico que o torna único no plantel.
Termino voltando ao princípio: os adeptos e sócios precisam de crescer um bocadinho; nada justifica os ataques e até insultos dirigidos aos nossos por uma simples derrota que se segue a uma série épica e irrepetível de vitórias e uma recuperação que nos deu um dos títulos mais saborosos de sempre.
Não fiquei menos irritado com essa derrota do que qualquer outro adepto, mas no que não alinho é em discursos demagógicos e irresponsáveis que resultam de falta de maturidade ou servem agendas de uma determinada oposição que está mais preocupada em chegar ao poder do que com o bem do Benfica.
É evidente que vencedo o Porto teríamos dado um golpe fortíssimo naquele clube e um passo muito grande para a conquista do presente campeonato. Conceição provavelmente não continuaria e instabilidade seria enorme para o lado das Antas. Poderíamos e deveríamos ter enfrentado esse jogo de outra forma mas nem sempre as coisas correm como queremos. O importante nessas situações é tirar as ilações devidas e é isso que espero que tenha acontecido.
A vitória e a exibição em Braga indicam que isso aconteceu. Nunca podemos pensar que as vitórias acontecem "naturalmente". É preciso lutar por elas sem triunfalismos antecipados - e idiotas - ou sobrancerias e vedetismos despropositados.
O Benfica voltou a fazer um bom jogo e a marcar muitos golos, ainda que dois deles tenham tido intervenção direta dos defesas adversários.
Temos agora uma pausa para corrigir algumas coisas que não estão bem e trabalhar na recuperação de alguns lesionados, capítulo em que continuamos a ser muito penalizados.
Temos um plantel equilibrado e talento ainda por explorar. Acredito que Raul de Tomas pode fazer muito mais e também que Vinícius tem grande potencial, nomeadamente uma velocidade e poder físico que o torna único no plantel.
Termino voltando ao princípio: os adeptos e sócios precisam de crescer um bocadinho; nada justifica os ataques e até insultos dirigidos aos nossos por uma simples derrota que se segue a uma série épica e irrepetível de vitórias e uma recuperação que nos deu um dos títulos mais saborosos de sempre.
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