quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Recarregar baterias e reafirmar a liderança

Este Benfica é claramente mais fraco do que o da época passada. O que ainda não percebemos é se "chegará" para consumo interno, como se tem dito, ou se pelo contrário está em primeiro lugar de forma passageira, "ainda", apenas para de lá ser desalojado em breve.

Mas já percebemos que há alguns problemas que necessitam de resolução imediata, a qual só está nas mãos do treinador.

A primeira é efetivamente a questão do "trinco". Jorge Jesus precisa de assentar numa solução e mantê-la. Não concordei com a saída de André Almeida da equipa depois da boa exibição contra o Sporting e continuo a achar que nesta fase é ele a melhor opção. Também me parece claro que Samaris é realmente um substituto de Enzo, que possivelmente pode assumir o lugar já em Janeiro. Penso que será visível para todos que Enzo continua a ser profissional mas existe um certo desfazamento emocional em relação à equipa. O seu rendimento não é o mesmo. 

Em todo o caso, JJ tem que fixar uma solução para trinco (Almeida, para mim) e depois dar minutos a Samaris e Cristante para que quando estes forem chamados à titularidade possam render.

Outro problema cuja solução depende do treinador é o das substituições. É inaceitável não fazer ou fazer apenas uma substituição. É inaceitável porque obviamente prejudica a equipa. Sálvio e Gaitan, por este andar, a meio da época já se arrastarão em campo. Há que tentar outras soluções por vezes. Veja-se o último jogo: Sérgio Conceição tirou um dos que estava a ser dos melhores e mais perigoso jogadores do Braga (Pardo) e lançou um jogador fresco que resolveu o jogo.

Há ainda um terceiro problema que, ao contrário dos anteriores, não é particular a esta época mas já se arrasta desde a primeira época de Jesus: perdemos quase sempre os jogos difíceis fora. Ora à sexta época já seria altura do treinador do Benfica perceber que está a fazer alguma coisa mal. 

Em 32 jogos com o Braga, o Porto e o Sporting para o campeonato e da Liga dos campeões, todos fora, como referido, o Benfica tem apenas 7 vitórias. Para além disso alcançou  8 empates, acumulando um número incrível de 17 derrotas. É um balanço demasiado negativo e que deve fazer o treinador do Benfica reflectir sobretudo porque temos dentro de poucas jornadas um jogo com o Porto que neste momento já não nos podemos dar ao luxo de perder. Antes de Braga poderíamos até admiti-lo, mantendo-nos "ainda" em primeiro lugar. No actual cenário, com apenas um ponto de vantagem, já não. Isto para já não referir o jogo em São Petersburgo.

Entretanto há que dar uma resposta muito forte já neste jogo contra o Rio Ave.

Penso que nesta altura em que o Sporting e o Porto parecem crescer em rendimento, têm marcado muitos golos e se aproximaram do Benfica na classificação, a nossa equipa tem que afirmar a sua personalidade e a sua categoria de forma a mostrar que não está psicologicamente afectada e intimidada - pelo menos é isso  que eu espero que aconteça.

"Ainda" estamos em primeiro mas eu espero que estejamos até ao fim do campeonato e que possamos mesmo aumentar a vantagem pontual muito em breve. Para isso é preciso uma coisa: não perder mais pontos. Que as lições de Braga tenham sido bem aprendidas é o que eu sinceramente desejo.

Abaixo encontrarão a relação de todos os jogos disputados fora para o campeonato com Braga, Sporting e Porto e para a Liga dos Campeões desde que Jorge Jesus está no Benfica.


2014/2015

Braga-2 Benfica-1

Liga dos Campeões

Bayer Leverkussen-3 Benfica-1
Mónaco-0 Benfica-0

2013/2014

Braga-0  Benfica-1
Sporting-1 Benfica-1
Porto-2 Benfica -1

Liga dos Campeões

PSG-3 Benfica-0
Olympiacos-1 Benfica-0
Anderlecht-2 Benfica-3

2012/2013

Braga-1 Benfica-2
Sporting-1 Benfica-3
Porto-2 Benfica-1

Liga dos Campeões

Celtic-0 Benfica-0
Spartak de Moscovo-2 Benfica-1
Barcelona-0 Benfica-0

2011/2012

Braga-1 Benfica-1
Sporting-1 Benfica-0
Porto-2 Benfica-2

Liga dos Campeões

Otelul-0 Benfica-1
Basileia-0 Benfica-2
Man United-2 Benfica-2

Zénite São Petersburgo-3 Benfica-2

Chelsea-2 Benfica-1

2010/2011

Braga-2 Benfica-0
Sporting-0 Benfica-2
Porto-5 Benfica-0

Liga dos Campeões

Shalke-2 Benfica-0
Lyon-2 Benfica-0
Hapoel Telavive-3 Benfica-0

2009/2010

Braga-2 Benfica-1
Sporting-0 Benfica-0
Porto-3 Benfica-1

terça-feira, 28 de outubro de 2014

O Benfica merece melhor

Acontecimentos como os de domingo em Braga não constituem nada de novo. Nada. São, pelo contrário, a repetição de um filme que já meteu túneis e várias agressões.

Há uma raiva, um ódio visível em todos os jogadores do Braga contra o Benfica que denota algo que não é espontâneo mas que, pelo contrário, tem que ser antecipadamente preparado e "montado". 

Isto aconteceu em 2009 quando ali perdemos também por 2-1 e Cardozo foi agredido por trás por dois bracarenses (alegadamente porque Di Maria cuspiu para o chão...), aconteceu em 2011 quando Alan acusou Javi Garcia de racismo, faltou a eletricidade e não havia água quente... e voltou a acontecer agora. 

Os jogadores do Benfica são constantemente agredidos e muitas vezes ainda acabam expulsos. Não se conhecem razões para este ódio inusitado dos bracarenses contra o Benfica que também já se traduziu em confrontos quando adeptos do Benfica de Braga foram agredidos com violência ao tentarem festejar um título.

O filme repete-se ano após ano e o Benfica perde ali pontos atrás de pontos, ao passo que o Porto passeia naquele campo. Até um adepto do Braga as claques do Porto já mataram - perseguiram-no para o espancar, tendo ele ao fugir acabado por ser atropelado por um carro na via rápida - sem que nada se falasse ou fizesse. O ambiente continua normalíssimo, o Porto continua a ganhar ali com tranquilidade, em jogos com pouca história e menos emoção.

Em todas as situações atrás descritas não vejo nenhuma acção enérgica da direcção do Benfica para pôr cobro a este cenário inaceitável para os seus atletas e adeptos. Pelo contrário, ainda vejo o Presidente do Benfica muito próximo de António Salvador, com quem aparentemente tem vários negócios.

Ora se Domingos era o treinador do Braga em 2009, se Jardim era o treinador em 2011 e se Conceição é o actual treinador - e se praticamente todos os jogadores mudaram desde 2009 -, o problema não está no treinador nem nos jogadores. O problema está evidentemente em António Salvador. Antigamente o Benfica jogava em Braga praticamente em casa ou pelo menos era ali bem recebido. Toda esta hostilidade, este ódio, vem de Salvador.

Há dois anos no Porto os adeptos do Benfica que assistiam à final da Champions League em hóquei em patins foram gravemente agredidos, sem protecção de nenhuma polícia. As agressões chegaram aos jogadores e o clube ameaçou que não jogaria nestas condições.

Em Barcelos apenas há dias o treinador do Benfica foi agredido, enquanto os jogadores do Barcelos apelavam ao público para se manifestar ainda mais, levantando os braços para as bancadas.

Eu pergunto-me, mas este Benfica é o bobo da festa? Será que a segurança do clube está a ser acautelada? Será que não temos gente que imponha respeito? Será possível que a direção do Benfica permita que o nome do clube e os seus atletas sejam constantemente vilipendiados e agredidos?

Isto é completamente inaceitável. O Benfica merece muito melhor. Merece ser defendido com toda a firmeza e não permitir em nenhuma circunstância calúnias, afrontas e agressões. 

Os interesses pessoais de quem está à frente do Benfica vêm depois disso - e não antes. 

Há que se dar ao respeito e há que impôr respeito quando é necessário. 

Não sei até que ponto acções como o apoio a Luis Duque, assumido sportinguista, para a presidência da Liga, numa eleição em que o Porto aparece ao lado do Benfica e em que o Sporting ainda se dá ao luxo de dizer que é contra os seus interesses, dando-se ares de afectado, serão no melhor interesse do Benfica. Temo que, tal como na eleição de Fernando Gomes, tenhamos sido novamente levados. O que se viu no imediato foi muito mau. Mas vamos aguardar para ver mais. 

Uma coisa é certa: este Benfica bombo da festa, que aparece sempre como o coitadinho, o desgraçadinho a quem qualquer rufia pisa e domina a seu bel prazer é uma caricatura de mau gosto daquilo que deve ser uma atitude de fair play sim, mas também de firmeza e força que têm que caracterizar o nosso clube.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Desilusão

Esperava-se mais do Benfica.

Depois de se encontrar em vantagem logo aos 2 minutos, a equipa devia ter tido outro controlo do jogo, outro controlo emocional, outra atitude, mais viril, mais madura, mais confiante.

A verdade porém é que à sexta época de Jorge Jesus no Benfica, apesar de todos os méritos que ninguém lhe pode tirar, o treinador continua a ter um registo muito negativo em jogos decisivos fora do Estádio da Luz. Ou seja, em jogos "de champions" fora da Luz, perdemos quase invariavelmente. 

Os bracarenses são uns energúmenos? Abusaram da virilidade? O árbitro foi complacente? Sim, sim e sim.


Mas o Benfica tem que ser uma equipa de homens preparada para coisas deste tipo. O Benfica não se pode deixar intimidar e ser inferiorizado - nem pelo adversário, nem pelo árbitro. Tem que se impor. A verdade é que não se impõe.



Onde é que Sérgio Conceição se atrevia a fazer o que fez ontem contra o banco do Porto? Se calhar nem mesmo contra o do Sporting.


Acho muito bem que o Benfica tenha uma atitude desportivista, de fair play, de cavalheirismo. Mas quando um bando de jagunços pensa que nos pode pisar e comer as papas na cabeça, há que os pôr no seu lugar. Não podemos tolerar desrespeitos. Infelizmente parece faltar gente no Benfica que o entenda. 

Grande parte da derrota do Benfica ontem explica-se por um défice de afirmação de personalidade, mais do que por questões propriamente futebolísticas. O Benfica deixou-se arrastar no turbilhão de raiva e descontrolo que vinha das bancadas. Não teve - e normalmente não tem tido - a frieza emocional para saber aproveitar aquela histeria dos tolos adeptos bracarenses em seu proveito. Não soube actuar como equipa superior que efetivamente é a este Braga.

Esta derrota é pois uma grande desilusão que se vem somar ao que de mau vimos fazendo na Liga dos Campeões. 

O discurso de que "ainda estamos em primeiro" é completamente errado. Primeiro porque está agora a valorizar algo que há uma semana, com mais razões para o fazer, pois a vantagem era nessa altura de 4 pontos em comparação com 1 que não é nada, achava quase irrelevante. Segundo porque está a usar o "ainda", deixando no ar a ideia de que muito em breve poderemos já não estar nessa posição.

Penso que muito pelo contrário, Jorge Jesus e toda a estrutura precisam de reavaliar muito bem as coisas e perceber que o que aconteceu em Braga não se pode repetir. Já jogamos em casa com o Sporting e já fomos a Braga. Fizemos um ponto nesses dois jogos. Se à 13ª jornada formos novamente perder ao dragão (como tem sido regra nos últimos anos), dificilmente renovaremos o título.

Para terminar, isto é não é catastrofismo nem começar a atacar à primeira coisa que corre mal. É um apelo a que se percebam as causas do que está a correr mal (e que já não é assim tão pouco, considerando que a Liga dos Campeões está praticamente perdida).

Duas notas finais: 1) não percebo como é possível fazer apenas uma substituição num jogo destes; 2) Liga Europa de novo por favor não - se não conseguirmos o apuramento para os oitavos da Champions ao menos que fiquemos eliminados das competições europeias - a Liga Europa já me dá pesadelos. 

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Houve equipa

O Benfica conseguiu ontem uma boa vitória. Ganhar por mais do que um e não sofrer é sempre bom, ganhar por 4 e ter dois pontas de lança mais o seu melhor goleador a marcar é muito bom. Acima de tudo gostei do compromisso da equipa e da entreajuda, num jogo em que não houve Enzo e em que Lima se lesionou ainda na primeira parte.

A vitória começou com Artur que com três muito boas defesas impediu o golo do Arouca e impediu também a "crucificação" de Lisandro Lopez que, com excepção do erro que deu uma dessas oportunidades, fez uma boa partida. E não era fácil. Artur por sua vez voltou a apresentar-se bem e com tranquilidade. 

Há que recordar que Enzo não estava disponível, o que naturalmente se reflete no rendimento do meio campo. Os dois jogadores que assumiram o controlo do jogo são jovens e são novos no Benfica. Com a saída de Lima por lesão, o Benfica passou a contar com 5 jogadores que acabaram de chegar ao clube a jogar no corredor central: Lisandro, Talisca, Samaris, Derley e Jonas. É muito mas a equipa não se ressentiu.

Pelo contrário, graças a um golo monumental de Talisca, que mais uma vez inicia a jogada perto da linha de meio campo, o Benfica libertou-se e partiu para um último quarto de hora de luxo. Sálvio, Ola John e Jonas brilharam nessa altura.

Para além de Talisca, deve-se destacar a exibição de Derley que, não sendo um virtuoso, é um jogador que trabalha muito e que tem boas movimentações na área que criam espaços e perigos. Teve um iniciativa muito boa na primeira parte e finalmente estreou-se a marcar com o "golo da tranquilidade" que permitiu partir para a goleada. Vê-se que é um jogador humilde que merece ter sorte. Jonas mostrou que tem qualidade, classe diria mesmo, e sentido do golo. Marcou um e podia ter marcado outro.

Quanto a Samaris fez um jogo bom na minha opinião, sobretudo na segunda parte em que assumiu mais o jogo, teve bola e iniciativa. Tem que ter mais cuidado pois a falta que fez sobre David Simão é passível de cartão vermelho. É uma entrada muito perigosa que não pode repetir.

Os próximos jogos mostrarão se Lisandro pode agarrar o lugar ou pelo menos ser uma alternativa sólida para o lugar. 

A paragem que se segue de duas semanas no campeonato permitirá a Jorge Jesus trabalhar com alguns dos jogadores no sentido de os integrar melhor na dinâmica da equipa e corrigir alguns erros que se têm verificado.

Acima de tudo o Benfica tem que ser uma equipa, com os jogadores solidários, generoso, dedicados, desde o guarda redes ao ponta de lança. Não iremos ganhar a Liga dos Campeões e, dados os maus resultados a abrir, poderemos nem sequer passar da fase de grupos. Não temos ainda qualidade suficiente para tal. A nível interno porém o Benfica está certamente no top. Pode não ter o plantel de mais nomeada ou mais caro (esse será o do Porto) mas tem apesar disso condições suficientes para poder ser campeão. Precisa para tal de ser uma equipa, de trabalhar, de ser confiante em si mesmo e, claro, encarar todos os jogos com grande profissionalismo e sentido de responsabilidade.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Sem andamento para estas cavalarias

O Benfica fez ontem uma das piores exibições que alguma vez vi o nosso clube fazer. O resultado é altamente lisonjeiro para o que se passou em campo. Foi um dos jogos mais desequilibrados de que me lembro e, em anos e anos de futebol, não me lembro de ver uma equipa tão incapaz de sair do seu meio campo como o foi o Benfica ontem.
Era aflitivo: o Benfica não conseguia fazer dois passes seguidos a partir da linha de meio campo. Se construiu uma jogada minimamente estruturada (para além do golo) durante os 90 minutos de jogo foi muito.


O que se passou foi que uma equipa apareceu na "máxima rotação" e a outra pura e simplesmente não tem andamento para isso. O Benfica entrou em campo já um passo atrás dos alemães e depois passou o jogo todo a correr atrás deles. O problema é que neste momento não há grande velocidade e capacidade de explosão na nossa equipa. Não há o ritmo frenético de outros tempos.

O meio campo do Benfica foi lento e completamente manietado pela pressão de 5 e 6 jogadores do Bayer sobre o portador da bola. Infelizmente a equipa e o treinador não tiveram soluções para esses problemas colocados pelos alemães, para além do mais muito poderosos fisicamente e sempre a jogar no limite da falta.


Individualmente não estivemos bem. Poucos jogadores passaram incólumes ao vendaval alemão: Luisão, Maxi, Sálvio e Gaitan foram os que menos acusaram a pressão e mais tentaram mudar o curso dos acontecimentos, embora nem sempre com êxito. 

Em relação ao meio campo, há que ter algum cuidado em não "queimar" Cristante, que fez o que pode. Antes do jogo ouvi muitos comentadores elogiarem a opção pelo italiano. O jogo não lhe correu bem mas não correu bem a ninguém. Recordo que o próprio Enzo foi substituído. Aliás o argentino parece-me emocionalmente um pouco distante. Talisca, que tem sido o "abono de família" a nível interno ainda não tem intensidade para este tipo de futebol.

Como já referido, o Bayer fez uma pressão infernal (que também não me lembro de ver há bastante tempo e que exige uma condição física impressionante) que dificultou muito a tarefa do Benfica. 5 e 6 jogadores rodeavam Enzo ou Cristante, sem que os jogadores do Benfica se conseguissem desenvencilhar dessa teia. Talvez isso seja mais visível através da transmissão televisiva, mas o treinador do Benfica teria que ter visto o que se passava e alterar mais cedo a forma de jogar. Talvez Jorge Jesus tenha pensado que os alemães não aguentariam e dariam o estoiro na segunda parte. Se assim era, a inacreditável decisão de um árbitro auxiliar ou de baliza acabou com as esperanças que pudéssemos ter. Mas o restante jogo mostrou que o Benfica dificilmente teria capacidade para mais mesmo sem aquele penalty inexistente. 

Deste jogo devem ser tiradas algumas ilações. Desta vez o treinador do Benfica não esteve bem, apesar dos condicionalismos. Como eu referia no anterior artigo, há muito que trabalhar. Há que ser humilde. 

Vêm aí dois jogos com o Mónaco, o primeiro dos quais fora. Em teoria o Benfica precisará de vencer os dois para poder ter esperança de avançar. Uma derrota no principado praticamente condena-nos a lutar pela Liga Europa, algo que sinceramente eu dispensaria pois acho que é um desgaste excessivo para um retorno mínimo. 

Para isso precisamos porém de ter outra abordagem ao jogo, outra dinâmica, outro envolvimento emocional. Jorge Jesus precisa de trabalhar mais os trincos e eventualmente pensar em dar uma oportunidade a Lisandro Lopez. Seria demasiado injusto atribuir as culpas dos problemas defensivos a Jardel mas isso não quer dizer que não se possa, pelo menos num ou noutro jogo, ver se Lisandro pode ser solução ou alternativa (até porque certamente surgirão mais tarde ou mais cedo lesões ou castigos). 

Há também uma questão de atitude e mentalidade competitiva que precisam de melhorar para os 4 jogo que faltam da fase de grupos da Champions. O Benfica não pode deixar uma imagem tão pálida, tão má, tão pobre na Europa. 

Entretanto vem a caminho o campeonato. A derrota em Leverkussen seria ainda mais desastrosa se influísse negativamente na nossa campanha a nível interno que começou bem e todos desejamos que continue bem encaminhada. Será pois importante dar uma grande resposta no Domingo contra o Arouca, vencendo e jogando bem.