Confirma-se a contratação de Sálvio pelo Benfica, que já em Maio dávamos como possível. Com 22 anos, talentoso, agressivo e objetivo no seu jogo, o argentino regressa ao Benfica onde foi feliz e deixou saudades. Honestamente nunca percebi a razão da sua pouca utilização no Atlético de Madrid.
Há uma grande profusão de extremos no Benfica, o que não é positivo pois apenas dois ou três jogarão com suficiente regularidade.
De qualquer modo é um jogador com enorme qualidade, como já tenho enfatizado muitas vezes. Bem vindo.
terça-feira, 31 de julho de 2012
Jogos Olímpicos - calendário dia 31, portugueses disputam vela
O dia de hoje é marcado pelas finais da natação, a partir das 19.40h. Phelps, que tem desiludido, mantém ainda assim intactas as possibilidades de bater o recorde de maior número de medalhas olímpicas conquistadas por um atleta.
Antes disso, às 16.00 h terão lugar as finais de judo nas categorias de 63 kg (F) e 81 kg (M).
Em relação aos portugueses decorrem neste momento regatas (transmissão RTP 2 e RTP Informação) que se prolongam até às 14.00h. Espera-se que os resultados sejam melhores do que os de ontem. Gustavo Lima e Sara Carmo serão alguns dos velejadores em prova. Para além da vela, Telma Santos completa o quadro de participações portuguesas no dia de hoje, participando nas eliminatórias de badmington, depois de Sara Oliveira ter sido eliminada esta manhã na natação (200 m mariposa).
Ver também calendário completo.
Antes disso, às 16.00 h terão lugar as finais de judo nas categorias de 63 kg (F) e 81 kg (M).
Em relação aos portugueses decorrem neste momento regatas (transmissão RTP 2 e RTP Informação) que se prolongam até às 14.00h. Espera-se que os resultados sejam melhores do que os de ontem. Gustavo Lima e Sara Carmo serão alguns dos velejadores em prova. Para além da vela, Telma Santos completa o quadro de participações portuguesas no dia de hoje, participando nas eliminatórias de badmington, depois de Sara Oliveira ter sido eliminada esta manhã na natação (200 m mariposa).
Ver também calendário completo.
segunda-feira, 30 de julho de 2012
Londres 2012 - derrota de Telma e o caso da vela
A derrota de Telma Monteiro, sendo inesperada e constituindo uma desilusão, não nos pode porém levar à habitual autocomiseração e negativismo. No desporto há, por regra, dois resultados: a vitória e a derrota. Há que saber aceitar ambos, principalmente quando os protagonistas, como é o caso de Telma, já trouxeram para o país diversas vitórias e medalhas. Nos momentos menos bons, o mais importante é manter a compostura, a dignidade e o respeito pelos adversários e ter a capacidade de recuperar para lutar um outro dia. Além de Telma, Portugal obteve no judo outras vitórias no passado, nomeadamente a medalha de bronze de Nuno Delgado e títulos europeus e mundiais.
Há sempre explicações para as derrotas, desde o tempo aos astros, passando pelos árbitros. Telma não se refugiou em nenhuma desculpa e teve a postura que dela se exigia no momento da saída.
Caso diferente na minha opinião é o da vela. Custa-me muito aceitar que Portugal, país de navegadores, com uma costa extraordinária, vento e portanto condições naturais únicas para a prática da modalidade, não consiga resultados consonantes com essa realidade. Não quero culpabilizar os atletas, porque certamente dão o seu melhor. A vedade porém é que isso não chega e que os resultados ficam muitíssimo aquém do exigível. Penso que o governo e, na própria sociedade civil, aqueles que têm meios, ou seja fortunas porque se trata de um desporto caro, deveriam olhar para esta situação e identificar o problema. Somos um país de mar, de costa e de passado de navegadores. Se há modalidade em que temos obrigação de fazer boa figura, estando literalmente entre os melhores dos melhores, é esta. Infelizmente estamos entre os medíocres. Alguma coisa terá que ser feita para inverter este estado de coisas.
Há sempre explicações para as derrotas, desde o tempo aos astros, passando pelos árbitros. Telma não se refugiou em nenhuma desculpa e teve a postura que dela se exigia no momento da saída.
Caso diferente na minha opinião é o da vela. Custa-me muito aceitar que Portugal, país de navegadores, com uma costa extraordinária, vento e portanto condições naturais únicas para a prática da modalidade, não consiga resultados consonantes com essa realidade. Não quero culpabilizar os atletas, porque certamente dão o seu melhor. A vedade porém é que isso não chega e que os resultados ficam muitíssimo aquém do exigível. Penso que o governo e, na própria sociedade civil, aqueles que têm meios, ou seja fortunas porque se trata de um desporto caro, deveriam olhar para esta situação e identificar o problema. Somos um país de mar, de costa e de passado de navegadores. Se há modalidade em que temos obrigação de fazer boa figura, estando literalmente entre os melhores dos melhores, é esta. Infelizmente estamos entre os medíocres. Alguma coisa terá que ser feita para inverter este estado de coisas.
Judocas portugueses eliminados
Telma Monteiro perdeu hoje o seu primeiro combate, com uma judoca norte-americana (que havia vencido noutras três ocasiões) e está fora dos Jogos Olímpicos. É que não há repescagens nem segundas oportunidades.
Telma era favorita mas, excluindo os primeiros segundos, em que tentou entrar forte e atacante, nunca conseguiu encontrar o seu ritmo. Nenhuma das judocas pontuou durante o tempo normal de combate e foi-se para tempo extra, durante o qual qualquer pontuação dá a vitória imediata. Telma pareceu nervosa e pouco confiante, permitido à americana, que de início se limitou a defender-se, ir crescendo e ganhando a convicção de que poderia vencer o combate. Isso mesmo acabou por acontecer, através de um yuco (a pontuação mais baixa, 1/3 de ponto, acima da qual estão o wasari e ippon, que dá vitória imediata em qualquer momento do combate em que aconteça).
A nossa atleta, que tem ganho quase tudo internacionalmente, foi digna na derrota, ficando porém obviamente um sabor muito amargo pela eliminação logo no primeiro combate daquela que era a nossa principal candidata a uma medalha.
Seguidamente competiu João Pina. Ao contrário de Telma, Pina, não sendo favorito, fez um combate muito bom, em que foi muito agressivo e esteve perto da vitória. De facto em vantagem e à beira de vencer o combate, Pina foi projectado a apenas 40 segundos do fim pelo seu oponente ucraniano, que obteve um wasari e praticamente ganhou o combate, dado o pouco tempo restante.
Pode-se dizer que os atletas portugueses não foram felizes, pois, apesar do equilíbrio, Telma era melhor judoca que a sua adversária e acabou por perder quando as coisas não lhe correram bem e a confiança foi abalada, ao passo que Pina enfrentou um adversário muito forte e estando a vencer até ao fim foi surpreendido nos últimos segundos por um excelente golpe do seu adversário. Com uma ponta de sorte o desfecho dos dois combates teria sido o oposto.
Parabéns porém aos atletas, pois estar nos Jogos Olímpicos não é para qualquer um, apenas para atletas de élite que têm que trabalhar muito e sofrer muito para o alcançar. Perderam mas num outro dia farão melhor.
Telma era favorita mas, excluindo os primeiros segundos, em que tentou entrar forte e atacante, nunca conseguiu encontrar o seu ritmo. Nenhuma das judocas pontuou durante o tempo normal de combate e foi-se para tempo extra, durante o qual qualquer pontuação dá a vitória imediata. Telma pareceu nervosa e pouco confiante, permitido à americana, que de início se limitou a defender-se, ir crescendo e ganhando a convicção de que poderia vencer o combate. Isso mesmo acabou por acontecer, através de um yuco (a pontuação mais baixa, 1/3 de ponto, acima da qual estão o wasari e ippon, que dá vitória imediata em qualquer momento do combate em que aconteça).
A nossa atleta, que tem ganho quase tudo internacionalmente, foi digna na derrota, ficando porém obviamente um sabor muito amargo pela eliminação logo no primeiro combate daquela que era a nossa principal candidata a uma medalha.
Seguidamente competiu João Pina. Ao contrário de Telma, Pina, não sendo favorito, fez um combate muito bom, em que foi muito agressivo e esteve perto da vitória. De facto em vantagem e à beira de vencer o combate, Pina foi projectado a apenas 40 segundos do fim pelo seu oponente ucraniano, que obteve um wasari e praticamente ganhou o combate, dado o pouco tempo restante.
Pode-se dizer que os atletas portugueses não foram felizes, pois, apesar do equilíbrio, Telma era melhor judoca que a sua adversária e acabou por perder quando as coisas não lhe correram bem e a confiança foi abalada, ao passo que Pina enfrentou um adversário muito forte e estando a vencer até ao fim foi surpreendido nos últimos segundos por um excelente golpe do seu adversário. Com uma ponta de sorte o desfecho dos dois combates teria sido o oposto.
Parabéns porém aos atletas, pois estar nos Jogos Olímpicos não é para qualquer um, apenas para atletas de élite que têm que trabalhar muito e sofrer muito para o alcançar. Perderam mas num outro dia farão melhor.
Movimentações de mercado
"A Bola" de hoje dá conta da saída eminente de Witsel do Benfica.
Já tinha aqui dito que quer o Benfica quer o Porto precisavam de receitas extraordinárias - leia-se vendas de jogadores - para equilibrar as suas finanças e até as suas tesourarias.
Witsel, Gaitan (fala-se agora do interesse do Liverpool) e Cardozo eram (são) os jogadores que têm mercado internacional. Witsel é talvez o melhor dos três, o mais completo, mais regular e mais competitivo.
Depois dos jogos da pré-época, nomeadamente o jogo com o Real Madrid, essa impressão acentuou-se e Witsel terá impressionado, a serem verdade as notícias, Mourinho e os directores madrilenhos.
Claro que Luis Filipe Vieira disse há dias que Witsel só sairia pela cláusula de rescisão. Só há um ano no Benfica, onde se sente bem, o próprio atleta disse que o seu desejo era ficar. Nesta medida, os benfiquistas têm todo o direito de pensar que só por 40 milhões, ou um valor muitíssimo perto disso, o belga sairá.
Veremos o que as próximas horas, dias nos trazem. A confirmar-se uma transferência por esses valores, há que aceitar, dadas as condições do mercado e as necessidades das nossas finanças. Aliás, seria a maior de sempre do Benfica e por estes valores, em todo o mercado de transferências, penso que apenas temos até ao momento de Thiago Silva do Milan para o Paris Saint Germain. (Fala-se agora da saída de Van Persie para o Manchester United, que a confirmar-se seria seguramente por valores altíssimos).
Por outro lado, há o caso Modric, pretendido também pelo Real Madrid. Até que ponto é que a transferência de Witsel inviabilizaria aquela? Ou pode ser uma forma de pressão sobre o Tottenham para que se decida? Até haver confirmação oficial manterei uma atitude de dúvida.
Em sentido contrário, a imprensa espanhola dá Sálvio como certo no Benfica, chegando-se a dizer que assinará hoje. Não é porém a primera vez que essas notícias surgem. Aguardemos.
Muito embora seja um fã de Sálvio, que considero pertencer a um grupo restrito de jogadores que têm "magia" e a capacidade de resolver, continuo a achar que há uma superabundância de extremos para uma aflitiva carência de laterais. Ola John, Nolito, Gaitan, Bruno César, Enzo Pérez, Djaló, Melga, (Sálvio)...
Uma nota também pela nova "chapa 5", desta vez ao Gil Vicente, com destaque para os 3 golos de Rodrigo Mora, a pedir uma oportunidade no plantel esta época.
Já tinha aqui dito que quer o Benfica quer o Porto precisavam de receitas extraordinárias - leia-se vendas de jogadores - para equilibrar as suas finanças e até as suas tesourarias.
Witsel, Gaitan (fala-se agora do interesse do Liverpool) e Cardozo eram (são) os jogadores que têm mercado internacional. Witsel é talvez o melhor dos três, o mais completo, mais regular e mais competitivo.
Depois dos jogos da pré-época, nomeadamente o jogo com o Real Madrid, essa impressão acentuou-se e Witsel terá impressionado, a serem verdade as notícias, Mourinho e os directores madrilenhos.
Claro que Luis Filipe Vieira disse há dias que Witsel só sairia pela cláusula de rescisão. Só há um ano no Benfica, onde se sente bem, o próprio atleta disse que o seu desejo era ficar. Nesta medida, os benfiquistas têm todo o direito de pensar que só por 40 milhões, ou um valor muitíssimo perto disso, o belga sairá.
Veremos o que as próximas horas, dias nos trazem. A confirmar-se uma transferência por esses valores, há que aceitar, dadas as condições do mercado e as necessidades das nossas finanças. Aliás, seria a maior de sempre do Benfica e por estes valores, em todo o mercado de transferências, penso que apenas temos até ao momento de Thiago Silva do Milan para o Paris Saint Germain. (Fala-se agora da saída de Van Persie para o Manchester United, que a confirmar-se seria seguramente por valores altíssimos).
Por outro lado, há o caso Modric, pretendido também pelo Real Madrid. Até que ponto é que a transferência de Witsel inviabilizaria aquela? Ou pode ser uma forma de pressão sobre o Tottenham para que se decida? Até haver confirmação oficial manterei uma atitude de dúvida.
Em sentido contrário, a imprensa espanhola dá Sálvio como certo no Benfica, chegando-se a dizer que assinará hoje. Não é porém a primera vez que essas notícias surgem. Aguardemos.
Muito embora seja um fã de Sálvio, que considero pertencer a um grupo restrito de jogadores que têm "magia" e a capacidade de resolver, continuo a achar que há uma superabundância de extremos para uma aflitiva carência de laterais. Ola John, Nolito, Gaitan, Bruno César, Enzo Pérez, Djaló, Melga, (Sálvio)...
Uma nota também pela nova "chapa 5", desta vez ao Gil Vicente, com destaque para os 3 golos de Rodrigo Mora, a pedir uma oportunidade no plantel esta época.
sexta-feira, 27 de julho de 2012
É oficial - Conselho de Disciplina é uma farsa. Futebol português ferido de morte.
Aconselho a leitura da notícia do "Correio da Manhã" de hoje intitulada 'Amigo do FCPorto trama Filipe Vieira'. A história, relativa às razões da punição de Vieira, coincide com o que já ouvi e vi, nomeadamente noutros blogs amigos.
Em duas palavras: no fim do jogo, Vieira, indignado (e bem) com a expulsão de Cardozo (por bater na relva), dirigiu-se em termos menos próprios a Luis Duque, acusando-o de querer controlar a arbitragem para benefício próprio.
A atitude de Vieira, embora seja contestável do ponto de vista da educação e da etiqueta, não me parece porém passível de um castigo.
SOBRETUDO, se considerarmos isto:
- esta situação aconteceu na mesma noite em que um número grande de marginais ateou um incêndio de grandes proporções no Estádio da Luz. Até agora o Conselho de Disciplina nada fez.
- eu vi e o país inteiro também na altura, um fiscal de linha sair do antigo Estádio das Antas corrido a pontapé por dirigentes do Porto, depois do Benfica ali ter ganho 2-0 em 1991. O árbitro levou ainda uma chapada da mulher de Reinaldo Teles e os dirigentes do Benfica tiveram que deixar o Estádio deitados numa ambulância para fugiu aos adeptos e "guardas" que andavam pelos túneis.
- em 2009/2010, Hulk e Sapunaru distribuiram socos e pontapés pelos túneis da Luz. Hulk foi suspenso por 4 meses mas a Federação considerou que esse castigo era inválido e determinou apenas 3 jogos. Ou seja, para a Federação, o que Vieira fez é mais grave do que o que fez Hulk.
- também em 2009/2010, o Benfica é recebido no Porto à pedrada, com bolas de golfe, galinhas dentro de campo e outras originalidades. Não houve consequências.
- em Novembro de 2011, na mesma altura do caso Vieira/Duque, um jornalista da TVI foi insultado por Pinto da Costa e agredido pelos seus capangas. O Sindicato de Jornalistas pediu "mais coragem aos jornalistas que cobrem o FC Porto" e uma "punição exemplar para Pinto da Costa". Naturalmente nada aconteceu.
- segundo a notícia do CM, a instrutora do processo do processo Vieira/Duque propôs o arquivamento do processo e Duque nunca compareceu na Federação para prestar declarações. O relator porém, um adepto do Porto ligado a Lourenço Pinto, levou adiante o castigo.
Face a tudo isto, defendo que o Benfica deverá ponderar muitíssimo bem o que fazer e terá que tomar medidas absolutamente radicais. Eu penso que está na hora do Benfica, no mínimo dos mínimos, reunir uma Assembleia Geral para, com os seus sócios, deliberar o que fazer. O Benfica não pode continuar a fazer parte da farsa completa que é o futebol português.
Um ano igual ao ano passado, em que a classificação foi completamente falsificada, não pode acontecer. Pela minha parte não excluo nada, nem mesmo a não participação nas provas ditas oficiais, ligas da mentira, organizadas (a palavra certa é manipuladas) por gente sem carácter e sem dignidade. Uma exposição bem fundamentada às instâncias internacionais (que ainda assim também não me merecem muito crédito) é outra possibilidade. Acima de tudo, o meu ponto é este: mais do mesmo não vale a pena. É injusto para os atletas, para os sócios e para os adeptos. Algo - de muito sério - tem que ser feito. O Benfica, o verdadeiro sustento do futebol em Portugal, não pode ser o bombo da festa.
Em duas palavras: no fim do jogo, Vieira, indignado (e bem) com a expulsão de Cardozo (por bater na relva), dirigiu-se em termos menos próprios a Luis Duque, acusando-o de querer controlar a arbitragem para benefício próprio.
A atitude de Vieira, embora seja contestável do ponto de vista da educação e da etiqueta, não me parece porém passível de um castigo.
SOBRETUDO, se considerarmos isto:
- esta situação aconteceu na mesma noite em que um número grande de marginais ateou um incêndio de grandes proporções no Estádio da Luz. Até agora o Conselho de Disciplina nada fez.
- eu vi e o país inteiro também na altura, um fiscal de linha sair do antigo Estádio das Antas corrido a pontapé por dirigentes do Porto, depois do Benfica ali ter ganho 2-0 em 1991. O árbitro levou ainda uma chapada da mulher de Reinaldo Teles e os dirigentes do Benfica tiveram que deixar o Estádio deitados numa ambulância para fugiu aos adeptos e "guardas" que andavam pelos túneis.
- em 2009/2010, Hulk e Sapunaru distribuiram socos e pontapés pelos túneis da Luz. Hulk foi suspenso por 4 meses mas a Federação considerou que esse castigo era inválido e determinou apenas 3 jogos. Ou seja, para a Federação, o que Vieira fez é mais grave do que o que fez Hulk.
- também em 2009/2010, o Benfica é recebido no Porto à pedrada, com bolas de golfe, galinhas dentro de campo e outras originalidades. Não houve consequências.
- em Novembro de 2011, na mesma altura do caso Vieira/Duque, um jornalista da TVI foi insultado por Pinto da Costa e agredido pelos seus capangas. O Sindicato de Jornalistas pediu "mais coragem aos jornalistas que cobrem o FC Porto" e uma "punição exemplar para Pinto da Costa". Naturalmente nada aconteceu.
- segundo a notícia do CM, a instrutora do processo do processo Vieira/Duque propôs o arquivamento do processo e Duque nunca compareceu na Federação para prestar declarações. O relator porém, um adepto do Porto ligado a Lourenço Pinto, levou adiante o castigo.
Face a tudo isto, defendo que o Benfica deverá ponderar muitíssimo bem o que fazer e terá que tomar medidas absolutamente radicais. Eu penso que está na hora do Benfica, no mínimo dos mínimos, reunir uma Assembleia Geral para, com os seus sócios, deliberar o que fazer. O Benfica não pode continuar a fazer parte da farsa completa que é o futebol português.
Um ano igual ao ano passado, em que a classificação foi completamente falsificada, não pode acontecer. Pela minha parte não excluo nada, nem mesmo a não participação nas provas ditas oficiais, ligas da mentira, organizadas (a palavra certa é manipuladas) por gente sem carácter e sem dignidade. Uma exposição bem fundamentada às instâncias internacionais (que ainda assim também não me merecem muito crédito) é outra possibilidade. Acima de tudo, o meu ponto é este: mais do mesmo não vale a pena. É injusto para os atletas, para os sócios e para os adeptos. Algo - de muito sério - tem que ser feito. O Benfica, o verdadeiro sustento do futebol em Portugal, não pode ser o bombo da festa.
quinta-feira, 26 de julho de 2012
Espanha derrotada
Aconteceu já a primeira surpresa do torneio de futebol dos Jogos Olímpicos: Espanha (com Rodrigo) perdeu com o Japão. Hoje às 19.45h joga o Brasil contra o Egito e às 20.00h o Reino Unido (que abrange jogadores da Inglaterra, Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales, incluindo Ryan Giggs) contra o Senegal.
Chamo também a atenção para as novas sondagens sobre a participação de Portugal nos JO e sobre o castigo a Luis Filipe Vieira, na barra lateral direita. Deixem os vossos votos.
Chamo também a atenção para as novas sondagens sobre a participação de Portugal nos JO e sobre o castigo a Luis Filipe Vieira, na barra lateral direita. Deixem os vossos votos.
Calendário da participação portuguesa nos Jogos Olímpicos
Abaixo transcrevo, sem edição, programa da participação dos atletas portugueses nos Jogos Olímpicos Londres 2012, conforme elaborado pela Lusa.
Londres2012
Programa dos portugueses no 2.º dia
2012-07-25, 08h30
Londres, 25 jul (Lusa) - Programa dos atletas portugueses em 28 de julho, sábado, segundo dia dos Jogos Olímpicos Londres2012, que decorrem até 12 de agosto:
HORA ATLETA Modalidade Prova ============================================================================= 08:30 Pedro Martins Badminton Singulares (Fase de Grupo) b)
Telma Santos Badminton Singulares (Fase de Grupo) b) 09:00 Lei Mendes Ténis de Mesa Singulares (Ronda preliminar) 10:00 Rui Costa Ciclismo (estrada) Fundo
Nelson Oliveira Ciclismo (estrada) Fundo
Manuel Cardoso Ciclismo (estrada) Fundo 10:00 Diogo Carvalho Natação 400 m estilos (Séries) 10:34 Sara Oliveira Natação 100 m mariposa (Séries) 11:15 Lei Mendes Ténis de Mesa Singulares (1.ª ronda) a) b) 11:53 Carlos Almeida Natação 100 m bruços (Séries) 12:00 João Costa Tiro Pistola 10 m (Qualificação) 12:30 Pedro Martins Badminton Singulares (Fase de Grupo) b)
Telma Santos Badminton Singulares (Fase de Grupo) b) 14:30 Lei Mendes Ténis de Mesa Singulares (1.ª ronda) a) b) 15:30 João Costa Tiro Pistola 10 m (Final) a) 18:30 Pedro Martins Badminton Singulares (Fase de Grupo) a)
Telma Santos Badminton Singulares (Fase de Grupo) a) 19:30 Diogo Carvalho Natação 400 m estilos (Final) a) 19:40 Sara Oliveira Natação 100 m mariposa (Meias-finais) a) 20:00 Manuel Campos Ginástica Artística (Qualificação) 20:30 Carlos Almeida Natação 100 m bruços (Meias-finais) a) 20:30 Lei Mendes Ténis de Mesa Singulares (2.ª ronda) a)
a) No caso de se qualificar. b) Horário de participação ainda a definir
Programa dos portugueses no 3.º dia
2012-07-25, 08h30
Londres, 25 jul (Lusa) - Programa dos atletas portugueses em 29 de julho, domingo, terceiro dia dos Jogos Olímpicos Londres2012, que decorrem até 12 de agosto:
HORA ATLETA Modalidade Prova ===================================================================================== 08:30 Pedro Martins Badminton Singulares (Fase de Grupo)
Telma Santos Badminton Singulares (Fase de Grupo) 09:00 Joana Castelão Tiro Pistola 10m (Qualificação) 09:00 Lei Mendes Ténis de Mesa Singulares (2.ª ronda) a) b) 09:30 Joana Ramos Judo -52 kg (Eliminatórias) 10:00 Lei Mendes Ténis de Mesa Singulares (2.ª ronda) a) b) 10:20 Tiago Venâncio Natação 200 m livres (Séries) 10:40 Ana Rodrigues Natação 100 m bruços (Séries) 11:00 João Monteiro Ténis de Mesa Singulares (2.ª ronda) b)
Marcos Freitas Ténis de Mesa Singulares (2.ª ronda) b) 11:20 Pedro Fraga Remo Double Scull Peso Ligeiro (Eliminatória)
Nuno Mendes 11:15 Zoi Lima Ginást. artísitca Individual (Qualificação) 11:45 Joana Castelão Tiro Pistola 10m (Final) a) 13:30 Rita Gonçalves Vela Match Racing (Round Robin)
Diana Neves
Mariana Lobato 13:35 Afonso Domingos Vela Star (Regatas 1 e 2)
Frederico Melo 12:30 Pedro Martins Badminton Singulares (Fase de Grupo)
Telma Santos Badminton Singulares (Fase de Grupo) 13:30 João Monteiro Ténis de Mesa Singulares (2.ª ronda) b)
Marcos Freitas Ténis de Mesa Singulares (2.ª ronda) b) 14:00 Joana Ramos Judo -52 kg (1/2 finais, Bronze) a) 14:30 João Monteiro Ténis de Mesa Singulares (2.ª ronda) b)
Marcos Freitas Ténis de Mesa Singulares (2.ª ronda) b) 15:30 João Monteiro Ténis de Mesa Singulares (2.ª ronda) b)
Marcos Freitas Ténis de Mesa Singulares (2.ª ronda) b) 16:00 Joana Ramos Judo -52 kg (Final) a) 18:00 Lei Mendes Ténis de Mesa Singulares (3.ª ronda) a) b) 18:30 Pedro Martins Badminton Singulares (Fase de Grupo)
Telma Santos Badminton Singulares (Fase de Grupo) 19:00 Lei Mendes Ténis de Mesa Singulares (3.ª ronda) a) b) 19:30 Sara Oliveira Natação 100m mariposa (Final) a) 19:37 Tiago Venâncio Natação 200 m livres (Meias-finais) a) 19:48 Ana Rodrigues Natação 100 m bruços (Meias-finais) a) 20:00 Lei Mendes Ténis de Mesa Singulares (3.ª ronda) a) b) 20:08 Carlos Almeida Natação 100m bruços (Final) a) 21:00 Lei Mendes Ténis de Mesa Singulares (3.ª ronda) a) b)
a) No caso de se qualificar b) Horário de participação ainda por definir
Programa dos portugueses no 4.º dia
2012-07-25, 08h30
Londres, 25 jul (Lusa) - Programa dos atletas portugueses em 30 de julho, segunda-feira, quarto dia dos Jogos Olímpicos Londres2012, que decorrem até 12 de agosto:
HORA ATLETA Modalidade Prova ===================================================================================== 08:30 Pedro Martins Badminton Singulares (Fase de Grupo) b)
Telma Santos Badminton Singulares (Fase de Grupo) b) 09:30 Telma Monteiro Judo -57 kg (Eliminatórias)
João Pina Judo -73 kg (Eliminatórias) 10:00 João Monteiro Ténis de Mesa Singulares (3.ª ronda) a) b)
Marcos Freitas Ténis de Mesa Singulares (3.ª ronda) a) b) 10:25 Pedro Oliveira Natação 200 m mariposa (Séries) 12:00 João Monteiro Ténis de Mesa Singulares (3.ª ronda) a) b)
Marcos Freitas Ténis de Mesa Singulares (3.ª ronda) a) b) 12:00 Gustavo Lima Vela Laser (Regatas 1 e 2) 12:00 Francisco Andrade Vela 49er (Regatas 1 e 2)
Bernardo Freitas 12:05 Sara Carmo Vela Laser Radial (Regatas 1 e 2) 14:00 Rita Gonçalves Vela Match Racing (Round Robin)
Diana Neves
Mariana Lobato 14:05 Afonso Domingos Vela Star (Regatas 3 e 4)
Frederico Melo 12:30 Pedro Martins Badminton Singulares (Fase de Grupo) b)
Telma Santos Badminton Singulares (Fase de Grupo) b) 13:00 João Monteiro Ténis de Mesa Singulares (3.ª ronda) a) b)
Marcos Freitas Ténis de Mesa Singulares (3.ª ronda) a) b) 14:00 Telma Monteiro Judo -57 kg (1/2 finais, Bronze) a)
João Pina Judo -73 kg (1/2 finais, Bronze) a) 15:30 João Monteiro Ténis de Mesa Singulares (3.ª ronda) a) b)
Marcos Freitas Ténis de Mesa Singulares (3.ª ronda) a) b) 15:30 Lei Mendes Ténis de Mesa Singulares (4.ª ronda) a) b) 16:00 Telma Monteiro Judo -57 kg (Final) a) 16:10 João Pina Judo -73 kg (Final) a) 16:30 Lei Mendes Ténis de Mesa Singulares (4.ª ronda) a) b) 18:30 Pedro Martins Badminton Singulares (Fase de Grupo) b)
Telma Santos Badminton Singulares (Fase de Grupo) b) 19:00 João Monteiro Ténis de Mesa Singulares (4.ª ronda) a) b)
Marcos Freitas Ténis de Mesa Singulares (4.ª ronda) a) b) 19:41 Tiago Venâncio Natação 200 m livres (Final) a) 20:00 João Monteiro Ténis de Mesa Singulares (4.ª ronda) a) b)
Marcos Freitas Ténis de Mesa Singulares (4.ª ronda) a) b) 20:13 Ana Rodrigues Natação 100 m bruços (Final) a) 20:30 Pedro Oliveira Natação 200 m mariposa (Meias-finais) a)
a) No caso de se qualificar b) Horário de participação ainda por definir
PA.
Fonte: Agência LUSA
Programa dos portugueses no 5.º dia
2012-07-25, 08h30
Londres, 25 jul (Lusa) - Programa dos atletas portugueses em 31 de julho, terça-feira, quinto dia dos Jogos Olímpicos Londres2012, que decorrem até 12 de agosto:
HORA ATLETA Modalidade Prova ===================================================================================== 08:30 Pedro Martins Badminton Singulares (Fase de Grupo) b)
Telma Santos Badminton Singulares (Fase de Grupo) b) 10:00 Lei Mendes Ténis de Mesa Singulares (Quartos de final) a) 10:23 Sara Oliveira Natação 200 m mariposa (Séries) 10:30 Pedro Fraga Remo Double Scull Peso Ligeiro (Repescagem) a)
Nuno Mendes 14:00 Gustavo Lima Vela Laser (Regatas 3 e 4) 12:00 Francisco Andrade Vela 49er (Regatas 3 e 4)
Bernardo Freitas 12:00 Sara Carmo Vela Laser Radial (Regatas 3 e 4) 12:00 João Rodrigues Vela RS:X (Regatas 1 e 2) 12:05 Afonso Domingos Vela Star (Regatas 5 e 6)
Frederico Melo 13:30 Rita Gonçalves Vela Match Racing (Round Robin)
Diana Neves
Mariana Lobato 14:00 Carolina Borges Vela RS:X (Regatas 1 e 2) 12:30 Pedro Martins Badminton Singulares (Fase de Grupo) b)
Telma Santos Badminton Singulares (Fase de Grupo) b) 10:00 Lei Mendes Ténis de Mesa Singulares (Meias-finais) a) 18:30 Pedro Martins Badminton Singulares (Fase de Grupo) b)
Telma Santos Badminton Singulares (Fase de Grupo) b) 19:47 Pedro Oliveira Natação 200 m mariposa (Final) a) 19:55 Sara Oliveira Natação 200 m mariposa (Meias-finais) a) 20:00 João Monteiro Ténis de Mesa Singulares (Quartos de final) a)
Marcos Freitas Ténis de Mesa Singulares (Quartos de final) a)
a) No caso de se qualificar b) Horário de participação por definir
Programa dos portugueses no 6.º dia
2012-07-25, 08h30
Londres, 25 jul (Lusa) - Programa dos atletas portugueses em 01 de agosto, quarta-feira, sexto dia dos Jogos Olímpicos Londres2012, que decorrem até 12 de agosto:
HORA ATLETA Modalidade Prova ========================================================================================= 09:00 Pedro Martins Badminton Singulares (Oitavos de final) a) b)
Telma Santos Badminton Singulares (Oitavos de final) a) b) 09:00 Joana Castelão Tiro Pistola 25 m (Qualificação) 09:50 Pedro Fraga Remo Double Scull Peso Ligeiro (Meias-finais) a)
Nuno Mendes 10:00 João Monteiro Ténis de Mesa Singulares (Quartos de final) a)
Marcos Freitas Ténis de Mesa Singulares (Quartos de final) a) 10:21 Pedro Oliveira Natação 200 m costas (Séries) 11:06 Diogo carvalho Natação 200 m estilos (Séries) 12:00 Francisco Andrade Vela 49er (Regatas 5 e 6)
Bernardo Freitas 12:00 João Rodrigues Vela RS:X (Regatas 3 e 4) 12:00 Sara Carmo Vela Laser Radial (Regatas 5 e 6) 12:05 Gustavo Lima Vela Laser (Regatas 5 e 6) 14:00 Carolina Borges Vela RS:X (Regatas 3 e 4) 14:00 Rita Gonçalves Vela Match Racing (Round Robin)
Diana Neves
Mariana Lobato 12:30 Pedro Martins Badminton Singulares (Oitavos de final) a) b)
Telma Santos Badminton Singulares (Oitavos de final) a) b) 14:15 Nelson Oliveira Ciclismo (estrada) Contrarrelógio 14:30 Lei Mendes Ténis de Mesa Singulares (Bronze) a) 15:30 Lei Mendes Ténis de Mesa Singulares (Final) a) 15:30 Joana Castelão Tiro Pistola 25 m (Final) a) 16:30 Manuel Campos Ginást. artística Concurso completo (Final) a) 17:00 Pedro Martins Badminton Singulares (Oitavos de final) a) b)
Telma Santos Badminton Singulares (Oitavos de final) a) b) 19:47 Pedro Oliveira Natação 200 m costas (Meias-finais) a) 20:09 Sara Oliveira Natação 200 m mariposa (Final) a) 20:36 Diogo carvalho Natação 200 m estilos (Meias-finais) a)
a) No caso de se qualificar
PA.
Fonte: Agência LUSA
Programa dos portugueses no 7.º dia
2012-07-25, 08h30
Londres, 25 jul (Lusa) - Programa dos atletas portugueses em 02 de agosto, quinta-feira, sétimo dia dos Jogos Olímpicos Londres2012, que decorrem até 12 de agosto:
HORA ATLETA Modalidade Prova ========================================================================================= 09:30 Yahima Ramirez Judo -78 kg (Eliminatórias) 10:00 João Monteiro Ténis de Mesa Singulares (Meias-finais) a)
Marcos Freitas Ténis de Mesa Singulares (Meias-finais) a) 10:50 Pedro Fraga Remo Double Scull Peso Ligeiro (Meias-finais) a)
Nuno Mendes 11:00 Gonçalo Carvalho Equestre Ensino (Grand Prix dia 1) 11:14 Simão Morgado Natação 100 m mariposa (Séries) 12:00 Álvaro Marinho Vela 470 (Regatas 1 e 2)
Miguel Nunes 12:00 Francisco Andrade Vela 49er (Regatas 7 e 8)
Bernardo Freitas 12:05 Afonso Domingos Vela Star (Regatas 7 e 8)
Frederico Melo 13:30 Rita Gonçalves Vela Match Racing (Round Robin)
Diana Neves
Mariana Lobato 14:00 Carolina Borges Vela RS:X (Regatas 5 e 6) 16:00 João Rodrigues Vela RS:X (Regatas 5 e 6) 12:30 Telma Santos Badminton Singulares (Quartos de final) a) 14:00 Yahima Ramirez Judo -78 kg (Meias-finais, Bronze) a) 14:30 João Monteiro Ténis de Mesa Singulares (Bronze) a)
Marcos Freitas Ténis de Mesa Singulares (Bronze) a) 15:30 João Monteiro Ténis de Mesa Singulares (Final) a)
Marcos Freitas Ténis de Mesa Singulares (Final) a) 16:00 Yahima Ramirez Judo -78 kg (Final) a) 16:30 Zoi Lima Ginást. artística Concurso completo (Final) a) 17:00 Pedro Martins Badminton Singulares (Quartos de final) a) 19:46 Pedro Oliveira Natação 200 m costas (Final) a) 20:16 Diogo Carvalho Natação 200 m estilos (Final) a) 20:51 Simão Morgado Natação 100 m mariposa (Meias-finais) a)
a) No caso de se qualificar
Programa dos portugueses no 8.º dia
2012-07-25, 08h30
Londres, 25 jul (Lusa) - Programa dos atletas portugueses em 03 de agosto, sexta-feira, oitavo dia dos Jogos Olímpicos Londres2012, que decorrem até 12 de agosto:
HORA ATLETA Modalidade Prova ========================================================================================= 09:00 Telma Santos Badminton Singulares (Meias-finais) a) 10:00 Marco Fortes Atletismo Peso (Qualificação) 10:25 Patrícia Mamona Atletismo Triplo Salto (Qualificação) 11:00 Gonçalo Carvalho Equestre Ensino (Grand Prix dia 2) 11:15 Jorge Paula Atletismo 400 m barreiras (Séries) 12:00 Gustavo Lima Vela Laser (Regatas 7 e 8) 12:05 Álvaro Marinho Vela 470 (Regatas 3 e 4)
Miguel Nunes 12:05 Afonso Domingos Vela Star (Regatas 9 e 10)
Frederico Melo 13:30 Francisco Andrade Vela 49er (Regatas 9, 10 e 11)
Bernardo Freitas 13:35 Sara Carmo Vela Laser Radial (Regatas 7 e 8) 13:00 Alberto Paulo Atletismo 3.000 m obstáculos (Séries) 13:30 Pedro Martins Badminton Singulares (Meias-finais) a) 14:00 Diogo Ganchinho Trampolins Individual (Qualificação) 15:26 Diogo Ganchinho Trampolins Individual (Final) a) 19:00 João Monteiro Ténis de Mesa Equipas (1.ª ronda)
Marcos Freitas
Tiago Apolónia 19:10 Irina Rodrigues Atletismo Disco (Qualificação) 19:38 Simão Morgado Natação 100 m mariposa (Final) a) 19:50 Marcos Chuva Atletismo Comprimento (Qualificação) 20:30 Marco Fortes Atletismo Peso (Final) a) 21:25 Sara Moreira Atletismo 10.000 m (Final)
a) No caso de se qualificar
Programa dos portugueses no 9.º dia
2012-07-25, 08h30
Londres, 25 jul (Lusa) - Programa dos atletas portugueses em 04 de agosto, sábado, nono dia dos Jogos Olímpicos Londres2012, que decorrem até 12 de agosto:
HORA ATLETA Modalidade Prova ========================================================================================= 09:00 Telma Santos Badminton Singulares (Bronze) a)
09:40 Pedro Fraga Remo Double Scull Peso Ligeiro (Final D) a)
Nuno Mendes 10:00 João Monteiro Ténis de Mesa Equipas (1.ª ronda)
Marcos Freitas
Tiago Apolónia 10:10 Pedro Fraga Remo Double Scull Peso Ligeiro (Final C) a)
Nuno Mendes 10:20 Eleonor Tavares Atletismo Salto com vara (Qualificação) 10:30 Luciana Diniz Equestre Saltos de obstáculos (qualificação) 10:50 Pedro Fraga Remo Double Scull Peso Ligeiro (Final B) a)
Nuno Mendes 11:35 Clarisse Cruz Atletismo 3.000 m obstáculos (Séries) 12:00 Gustavo Lima Vela Laser (Regatas 9 e 10) 12:00 Carolina Borges Vela RS:X (Regatas 7 e 8) 12:05 Sara Carmo Vela Laser Radial (Regatas 9 e 10) 12:10 Pedro Fraga Remo Double Scull Peso Ligeiro (Final A) a)
Nuno Mendes 13:30 Telma Santos Badminton Singulares (Final) a)
14:00 Álvaro Marinho Vela 470 (Regatas 5 e 6)
Miguel Nunes 14:00 João Rodrigues Vela RS:X (Regatas 7 e 8) 14:00 Rita Gonçalves Vela Match Racing (Round Robin)
Diana Neves
Mariana Lobato 14:00 Ana Rente Tranpolins Individual (Qualificação) 15:26 Ana Rente Tranpolins Individual (Final) a) 17:00 João Vieira Atletismo 20 km marcha (Final) 19:00 Jorge Paula Atletismo 400 m barreiras (Meias-finais) a) 19:30 Irina Rodrigues Atletismo Disco (Final) a) 19:55 Marcos Chuva Atletismo Comprimento (Final) a)
a) No caso de se qualificar
Programa dos portugueses no 10.º dia
2012-07-25, 08h30
Londres, 25 jul (Lusa) - Programa dos atletas portugueses em 05 de agosto, domingo, 10.º dia dos Jogos Olímpicos Londres2012, que decorrem até 12 de agosto:
HORA ATLETA Modalidade Prova ========================================================================================= 09:00 Pedro Martins Badminton Singulares (Bronze) a)
09:00 João Costa Tiro Pistola 50 m (Qualificação) 10:00 João Monteiro Ténis de Mesa Equipas (Quartos de final) a) b)
Marcos Freitas
Tiago Apolónia 11:00 Jessica Augusto Atletismo Maratona (Final)
Ana Dulce Félix Atletismo Maratona (Final)
Marisa Barros Atletismo Maratona (Final) 11:00 Luciana Diniz Equestre Saltos de obstáculos (qualificação 2) a) 12:00 Francisco Andrade Vela 49er (Regatas 12 e 13)
Bernardo Freitas 12:00 Carolina Borges Vela RS:X (Regatas 9 e 10) 12:30 João Costa Tiro Pistola 50 m (Final) a) 13:00 Afonso Domingos Vela Star (Regatas das Medalhas) a)
Frederico Melo 13:00 Pedro Martins Badminton Singulares (Final) a)
14:00 Manuel Campos Ginást. artística Solo (Final) a) 14:00 João Rodrigues Vela RS:X (Regatas 9 e 10) 14:30 João Monteiro Ténis de Mesa Equipas (Quartos de final) a) b)
Marcos Freitas
Tiago Apolónia 14:50 Zoi Lima Ginást. artística Salto de cavalo (Final) a) 15:41 Manuel Campos Ginást. artística Cavalo com arções (Final) a) 19:00 Vera Barbosa Atletismo 400 m barreiras (Séries) 19:35 Patrícia Mamona Atletismo Triplo salto (Final) a) 21:25 Alberto Paulo Atletismo 3.000 m obstáculos (Final) a)
a) No caso de se qualificar b) Horário de participação por definir
Programa dos portugueses no 11.º dia
2012-07-25, 08h30
Londres, 25 jul (Lusa) - Programa dos atletas portugueses em 06 de agosto, segunda-feira, 11.º dia dos Jogos Olímpicos Londres2012, que decorrem até 12 de agosto:
HORA ATLETA Modalidade Prova ========================================================================================= 10:18 Fernando Pimenta Canoagem K2 1.000 m (Séries)
Emanuel Silva 10:39 Teresa Portela Canoagem K4 500 m (Séries)
Beatriz Gomes
Joana Vasconcelos
Helena Rodrigues 11:30 Fernando Pimenta Canoagem K2 1.000 m (Meias-finais) a)
Emanuel Silva 11:51 Teresa Portela Canoagem K4 500 m (Meias-finais) a)
Beatriz Gomes
Joana Vasconcelos
Helena Rodrigues 12:00 Álvaro Marinho Vela 470 (Regatas 7 e 8)
Miguel Nunes 13:00 Sara Carmo Vela Laser Radial (Regata das Medalhas) a) 14:00 Gustavo Lima Vela Laser (Regata das Medalhas) a) 14:00 Luciana Diniz Equestre Saltos de obstáculos (qualificação 3) a) 14:00 Manuel Campos Ginást. artística Argolas (Final) a) 14:30 João Monteiro Ténis de Mesa Equipas (Meias-finais) a) b)
Marcos Freitas
Tiago Apolónia 14:50 Zoi Lima Ginást. artística Paralelas assimétricas (Final) a) 15:00 Francisco Andrade Vela 49er (Regatas 14 e 15)
Bernardo Freitas 15:41 Manuel Campos Ginást. artística Salto de Cavalo (Final) a) 19:00 João Monteiro Ténis de Mesa Equipas (Meias-finais) a) b)
Marcos Freitas
Tiago Apolónia 19:00 Eleonor Tavares Atletismo Salto com vara (Final) a) 20:15 Vera Barbosa Atletismo 400 m barreiras (Meias-finais) a) 20:45 Jorge Paula Atletismo 400 m barreiras (Final) a) 21:05 Clarisse Cruz Atletismo 3.000 m obstáculos (Final) a)
a) No caso de se qualificar b) Horário de participação por definir
Programa dos portugueses no 12.º dia
2012-07-25, 08h30
Londres, 25 jul (Lusa) - Programa dos atletas portugueses em 07 de agosto, terça-feira, 12.º dia dos Jogos Olímpicos Londres2012, que decorrem até 12 de agosto:
HORA ATLETA Modalidade Prova ========================================================================================= 10:00 Gonçalo Carvalho Equestre Ensino (Grand Prix Special) a) 10:07 Teresa Portela Canoagem K1 500 m (Séries) 10:10 João Almeida Atletismo 110 m barreiras (Séries) 10:28 Beatriz Gomes Canoagem K2 500 m (Séries)
Joana Vasconcelos 10:55 Sara Moreira Atletismo 5.000 m (Séries) 11:16 Teresa Portela Canoagem K1 500 m (Meias-finais) a) 11:30 Beatriz Gomes Canoagem K2 500 m (Meias-finais) a)
Joana Vasconcelos 11:30 João Silva Triatlo (Final)
Bruno Pais Triatlo (Final) 11:50 Arnaldo Abrantes Atletismo 200 m (Séries) 12:00 Álvaro Marinho Vela 470 (Regatas 9 e 10)
Miguel Nunes 13:00 João Rodrigues Vela RS:X (Regata das medalhas) 14:00 Carolina Borges Vela RS:X (Regata das medalhas) 14:00 Manuel Campos Ginást. artística Paralelas (Final) a) 14:47 Zoi Lima Ginást. artística Trave (Final) a) 15:00 Rita Gonçalves Vela Match Racing (Quartos de final) a)
Diana Neves
Mariana Lobato 15:37 Manuel Campos Ginást. artística Barra (Final) a) 16:23 Zoi Lima Ginást. artística Solo (Final) a)
a) No caso de se qualificar
Programa dos portugueses no 13.º dia
2012-07-25, 08h30
Londres, 25 jul (Lusa) - Programa dos atletas portugueses em 08 de agosto, quarta-feira, 13.º dia dos Jogos Olímpicos Londres2012, que decorrem até 12 de agosto:
HORA ATLETA Modalidade Prova ========================================================================================= 10:00 Edi Maia Atletismo Vara (Qualificação) 10:00 Vânia Silva Atletismo Martelo (Qualificação) 10:16 Fernando Pimenta Canoagem K2 1.000 m (Final B) a)
Emanuel Silva 10:24 Fernando Pimenta Canoagem K2 1.000 m (Final A) a)
Emanuel Silva 10:44 Teresa Portela Canoagem K4 500 m (Final) a)
Beatriz Gomes
Joana Vasconcelos
Helena Rodrigues 11:00 João Monteiro Ténis de Mesa Equipas (Bronze) a)
Marcos Freitas
Tiago Apolónia 12:00 Luciana Diniz Equestre Saltos de obstáculos (Ronda final A) a) 13:00 Francisco Andrade Vela 49er (Regata das medalhas) a)
Bernardo Freitas 14:00 Rita Gonçalves Vela Match Racing (Quartos de final) a)
Diana Neves
Mariana Lobato 14:45 Luciana Diniz Equestre Saltos de obstáculos (Ronda final B) a) 15:30 João Monteiro Ténis de Mesa Equipas (Final) a)
Marcos Freitas
Tiago Apolónia 19:15 João Almeida Atletismo 110 m barreiras (Meias-finais) a) 20:10 Arnaldo Abrantes Atletismo 200 m (Meias-finais) a) 20:45 Vera Barbosa Atletismo 400 m barreiras (Final) a) 21:15 João Almeida Atletismo 110 m barreiras (Final) a)
a) No caso de se qualificar
Programa dos portugueses no 14.º dia
2012-07-25, 08h30
Londres, 25 jul (Lusa) - Programa dos atletas portugueses em 09 de agosto, quinta-feira, 14.º dia dos Jogos Olímpicos Londres2012, que decorrem até 12 de agosto:
HORA ATLETA Modalidade Prova ========================================================================================= 10:08 Teresa Portela Canoagem K1 500 m (Final B) a) 10:15 Teresa Portela Canoagem K1 500 m (Final A) a) 10:35 Beatriz Gomes Canoagem K2 500 m (Final B) a)
Joana Vasconcelos 10:42 Beatriz Gomes Canoagem K2 500 m (Final A) a)
Joana Vasconcelos 12:00 Rita Gonçalves Vela Match Racing (5.º - 8.º lugares) a)
Diana Neves
Mariana Lobato 12:30 Gonçalo Carvalho Equestre Ensino (Grand Prix Freestyle) a) 13:00 Álvaro Marinho Vela 470 (Medal Race) a)
Miguel Nunes 15:00 Rita Gonçalves Vela Match Racing (5.º - 8.º lugares) a)
Diana Neves
Mariana Lobato 20:55 Arnaldo Abrantes Atletismo 200 m (Final) a)
a) No caso de se qualificar
Programa dos portugueses no 15.º dia
2012-07-25, 08h30
Londres, 25 jul (Lusa) - Programa dos atletas portugueses em 10 de agosto, sexta-feira, 15.º dia dos Jogos Olímpicos Londres2012, que decorrem até 12 de agosto:
HORA ATLETA Modalidade Prova ========================================================================================= 10:12 Teresa Portela Canoagem K1 200 m (Séries) 10:33 Fernando Pimenta Canoagem K2 200 m (Séries)
Emanuel Silva 11:30 Teresa Portela Canoagem K1 200 m (Meias-finais) a) 11:44 Fernando Pimenta Canoagem K2 200 m (Meias-finais) a)
Emanuel Silva 14:00 Rita Gonçalves Vela Match Racing (Meias-finais) a)
Diana Neves
Mariana Lobato 12:00 Arseniy Lavrentyev Natação 10 km águas abertas (Final) 19:00 Edi Maia Atletismo Vara (Final) a) 19:35 Vânia Silva Atletismo Martelo (Final) a) 20:05 Sara Moreira Atletismo 5.000 m (Final) a)
a) No caso de se qualificar
Programa dos portugueses no 16.º dia
2012-07-25, 08h30
Londres, 25 jul (Lusa) - Programa dos atletas portugueses em 11 de agosto, sábado, 16.º dia dos Jogos Olímpicos Londres2012, que decorrem até 12 de agosto:
HORA ATLETA Modalidade Prova ========================================================================================= 09:00 João Vieira Atletismo 50 km marcha (Final).
Pedro Isidro Atletismo 50 km marcha (Final). 10:14 Teresa Portela Canoagem K1 200 m (Final B) a) 10:21 Teresa Portela Canoagem K1 200 m (Final A) a) 10:41 Fernando Pimenta Canoagem K2 200 m (FinalB) a)
Emanuel Silva 10:48 Fernando Pimenta Canoagem K2 200 m (Final A) a)
Emanuel Silva 12:00 Rita Gonçalves Vela Match Racing (Medal Race) a)
Diana Neves
Mariana Lobato 17:00 Ana Cabecinha Atletismo 20 km marcha (Final).
Vera Santos Atletismo 20 km marcha (Final).
Inês Henriques Atletismo 20 km marcha (Final).
a) No caso de se qualificar
Programa dos portugueses no 17.º e último dia
2012-07-25, 08h30
Londres, 25 jul (Lusa) - Programa dos atletas portugueses em 12 de agosto, domingo, 17.º e último dia dos Jogos Olímpicos Londres2012, que decorrem até 12 de agosto:
ORA ATLETA Modalidade Prova ========================================================================================= 11:00 Rui Pedro Silva Atletismo Maratona (Final).
Luís Feiteira Atletismo Maratona (Final). 13:30 David Rosa Ciclismo/BTT Cross Country (Final).
PA.
Fonte: Agência LUSA
Diário de Notícias, com base nesta informação, editou um programa que se encontra neste link:
http://www.dn.pt/desporto/outrasmodalidades/interior.aspx?content_id=2685904&page=-1
Diário de Notícias, com base nesta informação, editou um programa que se encontra neste link:
http://www.dn.pt/desporto/outrasmodalidades/interior.aspx?content_id=2685904&page=-1
Castigo a Vieira diz tudo sobre futebol português
O tema já mereceu análises de vários companheiros da blogosfera mas não posso deixar de partilhar a minha.
Por onde começar?
Talvez por aqui: os orgãos dirigentes do futebol em Portugal ao invés de promoverem o futebol, o espectáculo e o são ambiente desportivo promovem a violência. Passo a explicar.
A violência nasce da ira, da incompreensão, da irracionalidade, da ignorância, da incapacidade de moldar a realidade ao que desejamos e de nos adaptarmos a ela. Nasce do ódio e da frustração.
É evidente que no futebol português existe, desde Pinto da Costa, uma enorme violência latente. Já falei muito disso: para conquistar poder, Pinto da Costa promoveu um ambiente de revolta contra Lisboa, de guerrilha permanente, de ódio ao Benfica.
Esta realidade é indesmentível, não estando eu com isso a sugerir que todos os actos de violência tenham sido perpetrados por adeptos do Porto. Sabemos que não é assim. Houve o tristíssimo, trágico caso do very light, houve autocarros incendiados. Não vale a pena estar a tentar enumerar os casos de violência dos adeptos dos três grandes. Todos são lamentáveis, todos são condenáveis, ninguém está absolutamente inocente nesta matéria.
O que distingue os clubes é a forma como lidam com a violência perpetrada pelos seus adeptos. Se uns condenam, outros desculpam-se e outros usam-na e fomentam-na como instrumento de projecção do seu poder.
Há um clube que nunca tem responsabilidades nas cenas lamentáveis de violência que envolvem os seus adeptos, porque à partida é "diferente". Trata-se evidentemente do Sporting. Sem querer ser exaustivo, recordarei apenas alguns casos bem recentes.
Quando há uns anos se assistiu a uma vergonhosa cena de apedrejamento entre adeptos do Benfica e do Sporting num jogo de junióres, os dirigentes sportinguistas acusaram os adeptos do Benfica de serem selvagens quando as imagens demonstram para lá de qualquer dúvida que quer benfiquistas quer sportinguistas tiveram responsabilidades, que ambos atiraram pedras.
Quando os seus adeptos se envolveram em cenas de violência extrema contra a polícia, em Fevereiro de 2011, os dirigentes sportinguistas fizeram um comunicado inacreditável de que destaco o primeiro parágrafo: "O Sporting Clube de Portugal e a Sporting Clube de Portugal Futebol, SAD repudiam e condenam o grave comportamento da Polícia de Segurança Pública durante o jogo Sporting x Benfica, que teve lugar ontem no Estádio José Alvalade, pelo manifesto excesso na actuação e pela flagrante dualidade de critérios da PSP no tratamento dos adeptos do Sporting e do Benfica". Nem uma palavra de condenação pelo comportamento dos seus adeptos. Mais tarde, na sequência dos incidentes, 9 elementos da Juve Leo seriam detidos por posse de droga, engenhos pirotécnicos e armas.
Um mês mais tarde seria o próprio presidente eleito a passar um mau bocado, com tentativas de agressão por parte dos partidários de Bruno Carvalho.
Tinha já altura tinha sucedido o caso dos confrontos com adeptos de Atlético de Madrid (2010), em que o líder da Juve Leo ameaçara de morte mulheres e crianças.
Até que chegamos à época passada. Durante semanas, os comentadores e dirigentes do Sporting incendiaram os ânimos dos seus adeptos com declarações inflamadas sobre a "jaula", algo de alegadamente inaceitável e vergonhoso. No fim do jogo (a 29 de Novembro de 2012), é o seu vice-Presidente, o agora arguido Paulo Pereira Cristovão, que vem lançar novas provocações e insultos, falando de "condições pré-históricas". Isto enquanto os seus adeptos ateiam fogo ao Estádio da Luz. Isto parece surreal mas é factual. Como se não bastasse, dirigentes e comentadores sportinguistas, incluindo o seu Presidente e o Dr. Eduardo Barroso, têm o descaramento, a indignidade de vir dizer que "não se revêem" naquele comportamento, excusando-se a condená-lo. Na prática, a mensagem era clara: nós não podemos publicamente aplaudir, mas no fundo até achamos bem, achamos "divertido". "É para os lampiões aprenderem", terão muitos pensado.
Ora qual a reacção dos poderes dirigentes do futebol? Nenhuma.
E é assim que, 8 meses depois, surge finalmente a primeira consequência: o Presidente do Benfica é punido com uma suspensão.
Vale a pena dizer mais alguma coisa? Só isto: os dirigentes desportivos em Portugal brincam o fogo. Promovem a violência.
A época ainda não se iniciou mas já estamos perante um dejá vú.
Não contem comigo para isto.
Por onde começar?
Talvez por aqui: os orgãos dirigentes do futebol em Portugal ao invés de promoverem o futebol, o espectáculo e o são ambiente desportivo promovem a violência. Passo a explicar.
A violência nasce da ira, da incompreensão, da irracionalidade, da ignorância, da incapacidade de moldar a realidade ao que desejamos e de nos adaptarmos a ela. Nasce do ódio e da frustração.
É evidente que no futebol português existe, desde Pinto da Costa, uma enorme violência latente. Já falei muito disso: para conquistar poder, Pinto da Costa promoveu um ambiente de revolta contra Lisboa, de guerrilha permanente, de ódio ao Benfica.
Esta realidade é indesmentível, não estando eu com isso a sugerir que todos os actos de violência tenham sido perpetrados por adeptos do Porto. Sabemos que não é assim. Houve o tristíssimo, trágico caso do very light, houve autocarros incendiados. Não vale a pena estar a tentar enumerar os casos de violência dos adeptos dos três grandes. Todos são lamentáveis, todos são condenáveis, ninguém está absolutamente inocente nesta matéria.
O que distingue os clubes é a forma como lidam com a violência perpetrada pelos seus adeptos. Se uns condenam, outros desculpam-se e outros usam-na e fomentam-na como instrumento de projecção do seu poder.
Há um clube que nunca tem responsabilidades nas cenas lamentáveis de violência que envolvem os seus adeptos, porque à partida é "diferente". Trata-se evidentemente do Sporting. Sem querer ser exaustivo, recordarei apenas alguns casos bem recentes.
Quando há uns anos se assistiu a uma vergonhosa cena de apedrejamento entre adeptos do Benfica e do Sporting num jogo de junióres, os dirigentes sportinguistas acusaram os adeptos do Benfica de serem selvagens quando as imagens demonstram para lá de qualquer dúvida que quer benfiquistas quer sportinguistas tiveram responsabilidades, que ambos atiraram pedras.
Quando os seus adeptos se envolveram em cenas de violência extrema contra a polícia, em Fevereiro de 2011, os dirigentes sportinguistas fizeram um comunicado inacreditável de que destaco o primeiro parágrafo: "O Sporting Clube de Portugal e a Sporting Clube de Portugal Futebol, SAD repudiam e condenam o grave comportamento da Polícia de Segurança Pública durante o jogo Sporting x Benfica, que teve lugar ontem no Estádio José Alvalade, pelo manifesto excesso na actuação e pela flagrante dualidade de critérios da PSP no tratamento dos adeptos do Sporting e do Benfica". Nem uma palavra de condenação pelo comportamento dos seus adeptos. Mais tarde, na sequência dos incidentes, 9 elementos da Juve Leo seriam detidos por posse de droga, engenhos pirotécnicos e armas.
Um mês mais tarde seria o próprio presidente eleito a passar um mau bocado, com tentativas de agressão por parte dos partidários de Bruno Carvalho.
Tinha já altura tinha sucedido o caso dos confrontos com adeptos de Atlético de Madrid (2010), em que o líder da Juve Leo ameaçara de morte mulheres e crianças.
Até que chegamos à época passada. Durante semanas, os comentadores e dirigentes do Sporting incendiaram os ânimos dos seus adeptos com declarações inflamadas sobre a "jaula", algo de alegadamente inaceitável e vergonhoso. No fim do jogo (a 29 de Novembro de 2012), é o seu vice-Presidente, o agora arguido Paulo Pereira Cristovão, que vem lançar novas provocações e insultos, falando de "condições pré-históricas". Isto enquanto os seus adeptos ateiam fogo ao Estádio da Luz. Isto parece surreal mas é factual. Como se não bastasse, dirigentes e comentadores sportinguistas, incluindo o seu Presidente e o Dr. Eduardo Barroso, têm o descaramento, a indignidade de vir dizer que "não se revêem" naquele comportamento, excusando-se a condená-lo. Na prática, a mensagem era clara: nós não podemos publicamente aplaudir, mas no fundo até achamos bem, achamos "divertido". "É para os lampiões aprenderem", terão muitos pensado.
Ora qual a reacção dos poderes dirigentes do futebol? Nenhuma.
E é assim que, 8 meses depois, surge finalmente a primeira consequência: o Presidente do Benfica é punido com uma suspensão.
Vale a pena dizer mais alguma coisa? Só isto: os dirigentes desportivos em Portugal brincam o fogo. Promovem a violência.
A época ainda não se iniciou mas já estamos perante um dejá vú.
Não contem comigo para isto.
quarta-feira, 25 de julho de 2012
Jogos Olímpicos - calendário e participação portuguesa
É já depois de amanhã, sexta-feira dia 27 que começam oficialmente os Jogos Olímpicos de Londres, com a cerimónia de abertura a ter lugar às 21h00. A cerimónia é inspirada em Shakespeare e contará com um sino gigante (27 toneladas, alegadamente o maior da Europa) encomendado para o efeito. A direcção artística será de Danny Boyle, autor de "Slumdog Millionaire" ("Quem quer ser bilionário"), "Trainspotting" e "127 horas". O autor das bandas sonoras destes filmes, nomeadamente da famosa música de "Slumdog" dirigirá a parte musical da cerimónia. Paul Maccartney deverá atuar no fim e fala-se também em alguma alusão a Harry Potter.
No entanto, curiosamente, o futebol (versão feminina) começa já hoje, às 16h00.
Os direitos de transmissão televisiva para Portugal foram adquiridos pela RTP e pelo Eurosport. Ambos farão uma cobertura extensiva dos eventos, incluindo já os de hoje.
A RTP dividirá as transmissões pela RTP Informação, RTP 2 (que terá o grosso da programação) e ainda um canal de cabo criado exclusivamente para o evento, a RTP Olímpicos HD. Esta última, tal como o Eurosport começam as suas transmissões já hoje. A cerimónia de abertura será transmitida na RTP 1 e no Europort.
Portugal parte com poucas expectativas para estes jogos, até porque Nélson Évora e Naide Gomes se lesionaram e não estarão presentes. As nossas maiores esperanças residem em Telma Monteiro (a porta estandarte da nossa equipa olímpica) no Judo, mas também na vela (o já veterano Gustavo Lima) e na canoagem, assim como no atletismo, onde temos Marco Fortes, Sara Moreira e as maratonistas.
Para um calendário dos eventos em todas as modalidades podem consultar o site online 24 (versão para download disponível) que tem ainda informação adicional sobre os nossos atletas:
http://www.online24.pt/calendario-dos-jogos-olimpicos-2012/
Um outro site com muitas informações sobre os Jogos Olímpicos é o quadro de medalhas:
http://www.quadrodemedalhas.com/olimpiadas/jogos-olimpicos-londres-2012/index.htm
Naturalmente há também o site oficial:
http://www.london2012.com/
No entanto, curiosamente, o futebol (versão feminina) começa já hoje, às 16h00.
Os direitos de transmissão televisiva para Portugal foram adquiridos pela RTP e pelo Eurosport. Ambos farão uma cobertura extensiva dos eventos, incluindo já os de hoje.
A RTP dividirá as transmissões pela RTP Informação, RTP 2 (que terá o grosso da programação) e ainda um canal de cabo criado exclusivamente para o evento, a RTP Olímpicos HD. Esta última, tal como o Eurosport começam as suas transmissões já hoje. A cerimónia de abertura será transmitida na RTP 1 e no Europort.
Portugal parte com poucas expectativas para estes jogos, até porque Nélson Évora e Naide Gomes se lesionaram e não estarão presentes. As nossas maiores esperanças residem em Telma Monteiro (a porta estandarte da nossa equipa olímpica) no Judo, mas também na vela (o já veterano Gustavo Lima) e na canoagem, assim como no atletismo, onde temos Marco Fortes, Sara Moreira e as maratonistas.
Para um calendário dos eventos em todas as modalidades podem consultar o site online 24 (versão para download disponível) que tem ainda informação adicional sobre os nossos atletas:
http://www.online24.pt/calendario-dos-jogos-olimpicos-2012/
Um outro site com muitas informações sobre os Jogos Olímpicos é o quadro de medalhas:
http://www.quadrodemedalhas.com/olimpiadas/jogos-olimpicos-londres-2012/index.htm
Naturalmente há também o site oficial:
http://www.london2012.com/
terça-feira, 24 de julho de 2012
Problemas laterais que se tornam centrais
A saga continua. Desde que Manuel José foi treinador do Benfica e começou a época sem lateral direito (Calado, lembram-se?, ou um central adaptado ocupavam a posição), com resultados desastrosos, que esta situação se repete.
Na verdade desde que a dupla Álvaro/Veloso se desfez que, com fugazes excepções, o Benfica começou a ter todos os anos problemas nas laterais.
É aliás estranho que os jogadores que melhor desempenharam os lugares nos últimos anos tenham saído rapidamente do clube, por pouco ou nenhum dinheiro, deixando-nos de novo em maus lençóis. Lembro-me por exemplo de Nélson e de Léo.
No ano passado assinalei como Emerson se estava a tornar um problema que ameaçava fazer ruir a época. Infelizmente penso que acabou por ser o caso. Não está em causa a pessoa do jogador, que certamente tentava dar o seu melhor. Está em causa uma má gestão por parte de Jorge Jesus. Com as limitações que tinha, Capdevila teria sido uma solução melhor, pelo menos em alguns jogos. Isso, em larga medida, faz parte do passado, embora não deixe de ser estranho que um jogador titular durante toda a época (Emerson) seja depois dispensado na seguinte (sem sequer uma palavra por parte do treinador que tantas vezes o lançou "às feras") e que um jogador que veio para o Benfica com um enorme curriculo e a custo zero e que foi completamente marginalizado durante a mesma época esteja agora a ver o Benfica a colocar entraves à sua saída. Isto é agravado pelo facto de Capdevila ter perdido no Benfica qualquer hipótese que ainda tivesse de representar a Espanha e estar no fim da sua carreira. Penso que este comportamento em nada nos dignifica.
Mas voltando à época que se avizinha e às opções para as laterais, há que perceber que sem defesa não se ganham campeonatos. E que sem laterais não há solidez na defesa.
Maxi é um jogador extraordinário mas não pode jogar sempre. Tem que existir uma alternativa para os jogos em que não pode dar o seu contributo bem como para aqueles em que é conveniente poupá-lo. Uma alternativa credível. Por outro lado, há que ter dois laterais de raíz para a esquerda. Neste momento não existe nenhum. Não percebo que se dispensem os dois que tínhamos sem ter nenhum contratado. Esta situação tem que ser resolvida sem demora sob pena de mais uma época a marcar passo.
Na verdade desde que a dupla Álvaro/Veloso se desfez que, com fugazes excepções, o Benfica começou a ter todos os anos problemas nas laterais.
É aliás estranho que os jogadores que melhor desempenharam os lugares nos últimos anos tenham saído rapidamente do clube, por pouco ou nenhum dinheiro, deixando-nos de novo em maus lençóis. Lembro-me por exemplo de Nélson e de Léo.
No ano passado assinalei como Emerson se estava a tornar um problema que ameaçava fazer ruir a época. Infelizmente penso que acabou por ser o caso. Não está em causa a pessoa do jogador, que certamente tentava dar o seu melhor. Está em causa uma má gestão por parte de Jorge Jesus. Com as limitações que tinha, Capdevila teria sido uma solução melhor, pelo menos em alguns jogos. Isso, em larga medida, faz parte do passado, embora não deixe de ser estranho que um jogador titular durante toda a época (Emerson) seja depois dispensado na seguinte (sem sequer uma palavra por parte do treinador que tantas vezes o lançou "às feras") e que um jogador que veio para o Benfica com um enorme curriculo e a custo zero e que foi completamente marginalizado durante a mesma época esteja agora a ver o Benfica a colocar entraves à sua saída. Isto é agravado pelo facto de Capdevila ter perdido no Benfica qualquer hipótese que ainda tivesse de representar a Espanha e estar no fim da sua carreira. Penso que este comportamento em nada nos dignifica.
Mas voltando à época que se avizinha e às opções para as laterais, há que perceber que sem defesa não se ganham campeonatos. E que sem laterais não há solidez na defesa.
Maxi é um jogador extraordinário mas não pode jogar sempre. Tem que existir uma alternativa para os jogos em que não pode dar o seu contributo bem como para aqueles em que é conveniente poupá-lo. Uma alternativa credível. Por outro lado, há que ter dois laterais de raíz para a esquerda. Neste momento não existe nenhum. Não percebo que se dispensem os dois que tínhamos sem ter nenhum contratado. Esta situação tem que ser resolvida sem demora sob pena de mais uma época a marcar passo.
quarta-feira, 18 de julho de 2012
Hoje é 1 de Abril e não nos tinham avisado
Só pode mesmo ser isso que justifica a notícia do "Record" de acordo com a qual Nolito irá ser emprestado ao Bétis.
http://www.record.xl.pt/Futebol/Nacional/1a_liga/Benfica/interior.aspx?content_id=768195
http://www.record.xl.pt/Futebol/Nacional/1a_liga/Benfica/interior.aspx?content_id=768195
segunda-feira, 16 de julho de 2012
Glasgow Rangers desaparece do futebol profissional
Imagem retirada do blog ebsoccer.com |
Uma notícia que passou relativamente despercebida - o histórico Glasgow Rangers foi banido do futebol profissional escocês. É uma notícia chocante: o Glasgow, juntamente com o Celtic foram desde sempre os clubes hegemónicos do futebol escocês. Ora vencia um, ora vencia o outro, com vantagem para o primeiro no cômputo geral de campeonatos. A rivalidade entre estes dois clubes é aliás das maiores do futebol mundial: o Glasgow é o clube dos protestantes escoceses, que estão igualmente mais próximos da Inglaterra em termos políticos e sociais, e o Celtic o dos católicos, muito ligados à Irlanda.
A notícia da descida do Glasgow à quarta divisão, por não ter capacidade de saldar as suas dívidas, só pode assim ser vista como um sinal de que o futebol (não apenas o escocês) atravessa uma gravíssima crise.
Basta ver como o mercado está parado para o perceber. Há muitas declarações de interesses de clubes em determinados jogadores (fala-se de Hulk, Moutinho, Modric, Cardozo, Gaitan) mas nada ainda se concretizou. A razão é óbvia: não há dinheiro.
Em Portugal os sinais de que a situação é de enorme gravidade são muitos. Já aqui falei do Sporting e da situação quase desesperada em que podem estar as suas finanças. Isso mesmo vem aliás dizer Carlos Barbosa. O Porto vai aparentemente fechar a sua secção de basquetebol e teve salários em atraso no hóquei em patins. Há inúmeros clubes da 1ª Liga que não têm as suas situações regularizadas e poderão fechar portas ainda este ano (como aconteceu já com o Leiria no fim da época passada). Os clubes da Madeira estão na situação em que estão, tendo sobrevivido no curto prazo apenas graças à contribuição do Governo Regional.
Em relação ao Benfica, a situação não será muito diferente dos principais rivais, embora eu acredite que seja melhor, sobretudo no sentido de gerar receitas, que é algo que os credores e as instituições de crédito valorizam. Creio que precisa no entanto de vender jogadores para gerar receitas extraordinárias para fazer face ao orçamento deste ano.
Insisto porém que a situação do Sporting será a mais aguda entre os grandes, precisamente pela manifesta incapacidade de gerar receitas ao nível do Porto e muito menos ainda do Benfica. A venda de João Pereira (com todos os seus defeitos e limitações não deixa de ser um internacional português), se calhar mais do que um atestado de incompetência, é consequência de uma necessidade inadiável de gerar receitas de tesouraria para fazer face a encargos inadiáveis.
A agravar este estado de coisas, aparentemente os canais generalistas não vão comprar os direitos das transmissões do campeonato 2012-2013.
Prevejo o pior para esta época futebolística.
terça-feira, 10 de julho de 2012
(Ainda) Proença
Pedro Proença, o árbitro, continua a dar que falar, agora pelo que disse em relação ao Benfica.
Em primeiro lugar, não posso deixar de manifestar estranheza por um mesmo árbitro ser, no mesmo, ano, o escolhido pela UEFA para apitar a final da Liga dos Campeões e a final do Europeu. Seria sempre estranho, qualquer que fosse o nome escolhido. Sendo Proença a coisa assume outras proporções.
Dito isto, nada me move contra Proença. É um facto que ele vem prejudicando o Benfica de forma constante e com consequências desportivas gravosas. Mas não é por isso que lhe desejo mal. Desejo apenas que não volte a apitar o Benfica, porque de facto não tem condições para tal. Além disso, não é o meu tipo de árbitro: todo ele é estilo e pouca substância, não raro falhando nas principais decisões por - creio - se ter em tão alta conta.
Ao regressar do Europeu, Proença falou de alto. O que é estranho.
Proença teve sorte pois o resultado final de 4-0 da final fez com que a sua decisão de não marcar penalty na mão clara de um jogador italiano na sua área não tivesse sido criticada pelos espanhóis. Ora considerando que Proença marcou um penalty sobre Emerson num lance muitíssimo menos aparatoso, em que (ao contrário do jogo da final do Euro) o jogador do Benfica tinha o braço junto ao corpo, não esboçou qualquer movimento do mesmo e a bola não ia para a baliza, tendo-se tratado de um cruzamento sem qualquer perigo, Proença deveria ter humildade e sobretudo não aludir de forma nenhuma ao Benfica. Tendo-o feito, ainda por cima a despropósito, para se vangloriar e fazendo reparos absolutamente inaceitáveis num árbitro, em relação à gestão e resultados do Benfica (nos quais tem a sua dose de responsabilidade por decisões que sistematicamente nos prejudicam), Proença demonstrou, se quaisquer dúvidas existissem, que não tem condições para arbitrar o nosso clube. Mostrou, para além disso, quão vaidoso e egocêntrico é, ao colocar-se em bicos de pés, permitindo-se criticar Governo, Benfica e todos aqueles que não se lançaram aos seus pés à chegada ao aeroporto, como se tivesse feito algo de extraordinário, de suprahumano.
Proença teve o seu momento e ainda bem para ele e de alguma forma para a arbitragem nacional. Talvez esse pudesse ter representado um novo começo para a arbitragem nacional: os seus agentes verificarem que são capazes de ser honestos e imparciais e que isso é bonito e é apreciado por todos os intervenientes no jogo. Ou Proença tem dúvidas de que se tivesse feito arbitragens como em Portugal marcando penalties à "Lisandro", à "Emerson" ou expulsando jogadores arbitrariamente como aqui faz, teria sido criticado por todo o mundo do futebol? Qual então o seu espanto pelos seus "erros" (quando se "erra" sempre para o mesmo lado ou se é zarolho ou não se é sério) serem criticados em Portugal? Em vez de fazer um auto-exame, Proença optou por usar o seu "crédito" para atacar o Benfica. A sua parcialidade ficou patente.
Uma nota final para os seus assistentes. Ao contrário de Proença não acertaram apenas nas decisões fáceis. Pelo contrário tomaram decisões difíceis e corajosas - e em todas elas estiveram certos. Para eles os meus parabéns.
Em primeiro lugar, não posso deixar de manifestar estranheza por um mesmo árbitro ser, no mesmo, ano, o escolhido pela UEFA para apitar a final da Liga dos Campeões e a final do Europeu. Seria sempre estranho, qualquer que fosse o nome escolhido. Sendo Proença a coisa assume outras proporções.
Dito isto, nada me move contra Proença. É um facto que ele vem prejudicando o Benfica de forma constante e com consequências desportivas gravosas. Mas não é por isso que lhe desejo mal. Desejo apenas que não volte a apitar o Benfica, porque de facto não tem condições para tal. Além disso, não é o meu tipo de árbitro: todo ele é estilo e pouca substância, não raro falhando nas principais decisões por - creio - se ter em tão alta conta.
Ao regressar do Europeu, Proença falou de alto. O que é estranho.
Proença teve sorte pois o resultado final de 4-0 da final fez com que a sua decisão de não marcar penalty na mão clara de um jogador italiano na sua área não tivesse sido criticada pelos espanhóis. Ora considerando que Proença marcou um penalty sobre Emerson num lance muitíssimo menos aparatoso, em que (ao contrário do jogo da final do Euro) o jogador do Benfica tinha o braço junto ao corpo, não esboçou qualquer movimento do mesmo e a bola não ia para a baliza, tendo-se tratado de um cruzamento sem qualquer perigo, Proença deveria ter humildade e sobretudo não aludir de forma nenhuma ao Benfica. Tendo-o feito, ainda por cima a despropósito, para se vangloriar e fazendo reparos absolutamente inaceitáveis num árbitro, em relação à gestão e resultados do Benfica (nos quais tem a sua dose de responsabilidade por decisões que sistematicamente nos prejudicam), Proença demonstrou, se quaisquer dúvidas existissem, que não tem condições para arbitrar o nosso clube. Mostrou, para além disso, quão vaidoso e egocêntrico é, ao colocar-se em bicos de pés, permitindo-se criticar Governo, Benfica e todos aqueles que não se lançaram aos seus pés à chegada ao aeroporto, como se tivesse feito algo de extraordinário, de suprahumano.
Proença teve o seu momento e ainda bem para ele e de alguma forma para a arbitragem nacional. Talvez esse pudesse ter representado um novo começo para a arbitragem nacional: os seus agentes verificarem que são capazes de ser honestos e imparciais e que isso é bonito e é apreciado por todos os intervenientes no jogo. Ou Proença tem dúvidas de que se tivesse feito arbitragens como em Portugal marcando penalties à "Lisandro", à "Emerson" ou expulsando jogadores arbitrariamente como aqui faz, teria sido criticado por todo o mundo do futebol? Qual então o seu espanto pelos seus "erros" (quando se "erra" sempre para o mesmo lado ou se é zarolho ou não se é sério) serem criticados em Portugal? Em vez de fazer um auto-exame, Proença optou por usar o seu "crédito" para atacar o Benfica. A sua parcialidade ficou patente.
Uma nota final para os seus assistentes. Ao contrário de Proença não acertaram apenas nas decisões fáceis. Pelo contrário tomaram decisões difíceis e corajosas - e em todas elas estiveram certos. Para eles os meus parabéns.
quarta-feira, 4 de julho de 2012
Os melhores de Portugal e a necessidade dos grandes terem mais portugueses
Cristiano Ronaldo esteve finalmente em grande e carregou Portugal, com a sua força, qualidade e determinação até ao momento em que saímos do torneio. Depois de um jogo infeliz contra a Dinamarca, compensou em absoluto com grandes exibições contra a Holanda e a República Checa, tendo faltado apenas o golo no minuto 89 contra a Espanha para alcançar a glória e, quem sabe, nos levar ao primeiro título europeu da nossa história.
Pepe e Bruno Alves foram enormes. Bruno Alves, no seu estilo concentrado e agressivo foi imperial nas alturas e Pepe foi um monstro a defender tudo e ainda a conseguir marcar nas balizas adversárias. De Pepe saliento ainda o tremendo espírito. Além de se ter formado como jogador em Portugal, para onde veio muito jovem, a sua mulher é portuguesa, tal como os seus filhos e tal como ele. A forma como sempre canta o hino e sente a camisola da selecção é um exemplo para todos.
Moutinho também esteve muito bem. Incansável a trabalhar, a correr, a roubar bolas, sempre com grande rotatividade e espírito competitivo. Merecia estar nos 23 que a UEFA escolheu. Miguel Veloso esteve também ao melhor nível que alguma vez o vi, dando um enorme equilíbrio ao meio campo português e ainda com qualidade técnica e de passe. Meireles foi igual a si próprio mas denotou muita fatiga e esteve abaixo dos outros centro campistas.
Nani foi intermitente, tendo alternado o excelente com períodos em que pareceu algo desligado do jogo. A sua qualidade é porém tremenda e esteve no melhor da selecção.
Coentrão foi também dos melhores. Incansável, batalhador, a dar dinamica e profundidade ao corredor esquerdo, que por vezes ocupou quase na totalidade. Notável e exemplar.
João Pereira não comprometeu e ainda fez um passe de morte para o primeiro de Ronaldo contra a Holanda. Deu o que tinha e disfarçou quase sempre bem as carências que tem no seu jogo, com excepção de um ou outro lance em que complicou mas felizmente sem consequências de maior.
Patrício esteve em grande nível. Está-se a fazer um grande guarda-redes.
Postiga deu o que tinha e conseguiu um golo decisivo contra a Dinamarca. É esforçado, tem técnica e não pode render mais do que fez, o que ainda assim é insuficiente para uma selecção que ambiciona vencer competições. Quanto a Hugo Almeida, também se esforça e dá o que sabe, infelizmente isso não chega. As limitações de Hugo Almeida foram óbvias e as suas qualidades pouco visíveis. Por fim, Nélson Oliveira apesar de algumas indicações positivas no primeiro jogo, contra a Alemanha, nunca conseguiu "carburar", demonstrando estar ainda muito verde.
Varela foi uma agradável aposta de Paulo Bento, sobretudo com o golo salvador contra a Dinamarca. Tem velocidade e é incisivo e é nesta fase claramente um suplente à altura da selecção. Custódio entrou para dar segurança defensiva ao meio campo e pouco mais. Contra a Espanha infelizmente isso não serviu de nada.
Tive pena de não ter visto Quaresma jogar, mas tenho que aceitar a decisão de Paulo Bento pois a sua intermitência exibicional, causada por uma certa indolência e falta de espírito competitivo, não dão garantias. É pena, porque o talento está todo lá. Espero que ainda vá a tempo de ser útil à selecção pois tenho a convicção que poucos têm a sua qualidade.
Quanto ao treinador, penso que Paulo Bento foi excepcional e é meredor de sinceros parabéns. Praticamente só com 11 jogadores chegou a uma meia final de um Europeu e podia com sorte tê-lo vencido. A atitude sóbria, o rigor e o espírito obreiro que promoveu na selecção permitiram-nos chegar longe e sonhar ainda com mais. Erros que possa eventualmente ter cometido, não ofuscam sequer o mérito excepcional do seu trabalho.
Por fim, creio que é imperativo que as equipas nacionais, a começar pelo Benfica, apostem muito mais em jogadores nacionais. Já tenho insistido muito nesta questão, a propósito da necessidade do Benfica ter uma cultura benfiquista, assente em jogadores nacionais que entendam o que é a mística. A aposta em talentos sul-americanos tem que ser equilibrada com a promoção de espaço para a evolução dos jogadores portugueses.
Se isto não acontecer e Sporting, Braga e Porto seguirem o mesmo caminho, começará a prazo a tornar-se impossível ter jogadores suficientes para formar uma selecção. Há que agir urgentemente!
Quais os jovens portugueses, para além de Nélson Oliveira que vemos na calha para a selecção?
Pepe e Bruno Alves foram enormes. Bruno Alves, no seu estilo concentrado e agressivo foi imperial nas alturas e Pepe foi um monstro a defender tudo e ainda a conseguir marcar nas balizas adversárias. De Pepe saliento ainda o tremendo espírito. Além de se ter formado como jogador em Portugal, para onde veio muito jovem, a sua mulher é portuguesa, tal como os seus filhos e tal como ele. A forma como sempre canta o hino e sente a camisola da selecção é um exemplo para todos.
Moutinho também esteve muito bem. Incansável a trabalhar, a correr, a roubar bolas, sempre com grande rotatividade e espírito competitivo. Merecia estar nos 23 que a UEFA escolheu. Miguel Veloso esteve também ao melhor nível que alguma vez o vi, dando um enorme equilíbrio ao meio campo português e ainda com qualidade técnica e de passe. Meireles foi igual a si próprio mas denotou muita fatiga e esteve abaixo dos outros centro campistas.
Nani foi intermitente, tendo alternado o excelente com períodos em que pareceu algo desligado do jogo. A sua qualidade é porém tremenda e esteve no melhor da selecção.
Coentrão foi também dos melhores. Incansável, batalhador, a dar dinamica e profundidade ao corredor esquerdo, que por vezes ocupou quase na totalidade. Notável e exemplar.
João Pereira não comprometeu e ainda fez um passe de morte para o primeiro de Ronaldo contra a Holanda. Deu o que tinha e disfarçou quase sempre bem as carências que tem no seu jogo, com excepção de um ou outro lance em que complicou mas felizmente sem consequências de maior.
Patrício esteve em grande nível. Está-se a fazer um grande guarda-redes.
Postiga deu o que tinha e conseguiu um golo decisivo contra a Dinamarca. É esforçado, tem técnica e não pode render mais do que fez, o que ainda assim é insuficiente para uma selecção que ambiciona vencer competições. Quanto a Hugo Almeida, também se esforça e dá o que sabe, infelizmente isso não chega. As limitações de Hugo Almeida foram óbvias e as suas qualidades pouco visíveis. Por fim, Nélson Oliveira apesar de algumas indicações positivas no primeiro jogo, contra a Alemanha, nunca conseguiu "carburar", demonstrando estar ainda muito verde.
Varela foi uma agradável aposta de Paulo Bento, sobretudo com o golo salvador contra a Dinamarca. Tem velocidade e é incisivo e é nesta fase claramente um suplente à altura da selecção. Custódio entrou para dar segurança defensiva ao meio campo e pouco mais. Contra a Espanha infelizmente isso não serviu de nada.
Tive pena de não ter visto Quaresma jogar, mas tenho que aceitar a decisão de Paulo Bento pois a sua intermitência exibicional, causada por uma certa indolência e falta de espírito competitivo, não dão garantias. É pena, porque o talento está todo lá. Espero que ainda vá a tempo de ser útil à selecção pois tenho a convicção que poucos têm a sua qualidade.
Quanto ao treinador, penso que Paulo Bento foi excepcional e é meredor de sinceros parabéns. Praticamente só com 11 jogadores chegou a uma meia final de um Europeu e podia com sorte tê-lo vencido. A atitude sóbria, o rigor e o espírito obreiro que promoveu na selecção permitiram-nos chegar longe e sonhar ainda com mais. Erros que possa eventualmente ter cometido, não ofuscam sequer o mérito excepcional do seu trabalho.
Por fim, creio que é imperativo que as equipas nacionais, a começar pelo Benfica, apostem muito mais em jogadores nacionais. Já tenho insistido muito nesta questão, a propósito da necessidade do Benfica ter uma cultura benfiquista, assente em jogadores nacionais que entendam o que é a mística. A aposta em talentos sul-americanos tem que ser equilibrada com a promoção de espaço para a evolução dos jogadores portugueses.
Se isto não acontecer e Sporting, Braga e Porto seguirem o mesmo caminho, começará a prazo a tornar-se impossível ter jogadores suficientes para formar uma selecção. Há que agir urgentemente!
Quais os jovens portugueses, para além de Nélson Oliveira que vemos na calha para a selecção?
terça-feira, 3 de julho de 2012
Euro 2012 - enorme Portugal superou todas as expectativas
Portugal superou em muito as expectativas para este Euro (que não eram muito elevadas), tendo feito um torneio praticamente irrepreensível.
Quando, 4 dias antes do Euro começar, disse que "numa competição como um Europeu na qual se jogam no máximo 6 jogos o factor sorte joga um papel muito importante" estava a antever o que de facto se passou.
No canal norte-americano ESPN, que transmitiu todos os jogos do Euro, foi dito que Portugal era indubitavelmente a melhor nação futebolística a nunca ter ganho um título. Isto apesar de um registo de presenças nos grandes torneios ao nível dos melhores: desde 1996 só não nos qualificámos para o Mundial de 98, graças a uma decisão escandalosa de um árbitro que expulsou Rui Costa no último jogo do apuramento, quando vencíamos a Alemanha por 1-0, resultado que nos qualificava.
Portugal é realmente a maior selecção a não ter ganho nada: Grécia e Dinamarca, selecções medíocres, conseguiram ser campeãs europeias. República Checa, representante de um futebol atrativo e técnico semelhante ao nosso mas inferior, também (em 1976, como Checoslováquia). A Holanda venceu em 1988, a Rússia em 1960. A Inglaterra nunca venceu um Europeu mas venceu o Mundial de 1966 (que provavelmente nós merecíamos ter vencido). Até o próprio Uruguai (em 1930 e 1950) conseguiu o título de campeão mundial.
Portugal deveria ter ganho o Euro 2004 mas poderia ter ganho também o Euro 2012, eliminando a melhor selecção da história do futebol. O que faltou? Sorte.
Dizer e escrever, como fazem vários, que passamos a vida a choramingar e a queixar-nos da sorte, quando o que somos é mandriões e pouco ambiciosos é uma atitude tola e ignorante. Quem já saiu de Portugal ou pelo menos se dá ao trabalho de saber o que os outros pensam sobre nós verifica que essa percepção não existe. Pelo contrário, há um enorme respeito pela nossa selecção e a convicção de que só a infelicidade nos mantém afastados dos títulos. Que os merecíamos já, pelo extraordinário futebol que praticámos em vários torneios, desde 1966 a 2012, passando por 2000 e 2004. Que o título que merecíamos só nos fugiu por manifesta infelicidade ou "desajudas" dos árbitros. Veja-se como somos eliminados do Euro 2000 e do Mundial 2006 pela França com dois penalties, nenhum dos quais seria marcado se fosse ao contrário. Como perdemos em 1984 contra a mesma França no prolongamento, depois de darmos a volta ao marcador e de uma sensacional exibição de Chalana. Como perdemos em 66. Sempre de forma dramática, sempre a saber a injustiça.
Desta vez fomos melhores do que os melhores nos 90 minutos do jogo. Não o fomos no prolongamento, não sei se por desgaste mental se pela falta de banco, que foi uma realidade indesmentível. Mas sei que nos penalties a sorte nos abandonou. Nos abandonou logo no sorteio de moeda ao ar, primeiro ao dar à Espanha a escolha de baliza (junto a onde estavam concentrados os adeptos espanhóis) e depois ao dar de novo aos espanhóis a escolher quem batia primeiro, o que normalmente é também uma vantagem. Depois, com o facto de a vantagem mental que obtivemos com o falhanço de Alonso se ter logo esfumado no primeiro penalty, com a grande intervenção de Casillhas e o infortúnio de Moutinho. E por fim, para cúmulo, com o penalty de Bruno Alves a embater na parte interior da trave e a bola a "escolher" bater no chão à frente da linha de golo, ao passo que o último penalty de Espanha, depois de bater no poste "escolheu" entrar na baliza. Infelicidade.
Estivemos perto de bater a Espanha, antes disso, durante os 90 minutos. Além de termos sido melhores durante largos períodos do jogo e termos equilibrado a quase totalidade do resto, poderíamos no minuto 89 ter resolvido o jogo. Ronaldo disparou para as nuvens numa posição em que não costuma falhar.
Fomos a única equipa que não sofreu golos da Espanha, que mais a fez desencontrar-se do seu estilo de jogo. A felicidade que é preciso para vencer torneios, a felicidade que a Espanha teve neste jogo e a Grécia há 8 anos, nada quis conosco - mais uma vez.
Deixámos porém de novo uma grande imagem. Merecíamos (merecemos) mais. Será que alguma vez o conseguiremos?
Quando, 4 dias antes do Euro começar, disse que "numa competição como um Europeu na qual se jogam no máximo 6 jogos o factor sorte joga um papel muito importante" estava a antever o que de facto se passou.
No canal norte-americano ESPN, que transmitiu todos os jogos do Euro, foi dito que Portugal era indubitavelmente a melhor nação futebolística a nunca ter ganho um título. Isto apesar de um registo de presenças nos grandes torneios ao nível dos melhores: desde 1996 só não nos qualificámos para o Mundial de 98, graças a uma decisão escandalosa de um árbitro que expulsou Rui Costa no último jogo do apuramento, quando vencíamos a Alemanha por 1-0, resultado que nos qualificava.
Portugal é realmente a maior selecção a não ter ganho nada: Grécia e Dinamarca, selecções medíocres, conseguiram ser campeãs europeias. República Checa, representante de um futebol atrativo e técnico semelhante ao nosso mas inferior, também (em 1976, como Checoslováquia). A Holanda venceu em 1988, a Rússia em 1960. A Inglaterra nunca venceu um Europeu mas venceu o Mundial de 1966 (que provavelmente nós merecíamos ter vencido). Até o próprio Uruguai (em 1930 e 1950) conseguiu o título de campeão mundial.
Portugal deveria ter ganho o Euro 2004 mas poderia ter ganho também o Euro 2012, eliminando a melhor selecção da história do futebol. O que faltou? Sorte.
Dizer e escrever, como fazem vários, que passamos a vida a choramingar e a queixar-nos da sorte, quando o que somos é mandriões e pouco ambiciosos é uma atitude tola e ignorante. Quem já saiu de Portugal ou pelo menos se dá ao trabalho de saber o que os outros pensam sobre nós verifica que essa percepção não existe. Pelo contrário, há um enorme respeito pela nossa selecção e a convicção de que só a infelicidade nos mantém afastados dos títulos. Que os merecíamos já, pelo extraordinário futebol que praticámos em vários torneios, desde 1966 a 2012, passando por 2000 e 2004. Que o título que merecíamos só nos fugiu por manifesta infelicidade ou "desajudas" dos árbitros. Veja-se como somos eliminados do Euro 2000 e do Mundial 2006 pela França com dois penalties, nenhum dos quais seria marcado se fosse ao contrário. Como perdemos em 1984 contra a mesma França no prolongamento, depois de darmos a volta ao marcador e de uma sensacional exibição de Chalana. Como perdemos em 66. Sempre de forma dramática, sempre a saber a injustiça.
Desta vez fomos melhores do que os melhores nos 90 minutos do jogo. Não o fomos no prolongamento, não sei se por desgaste mental se pela falta de banco, que foi uma realidade indesmentível. Mas sei que nos penalties a sorte nos abandonou. Nos abandonou logo no sorteio de moeda ao ar, primeiro ao dar à Espanha a escolha de baliza (junto a onde estavam concentrados os adeptos espanhóis) e depois ao dar de novo aos espanhóis a escolher quem batia primeiro, o que normalmente é também uma vantagem. Depois, com o facto de a vantagem mental que obtivemos com o falhanço de Alonso se ter logo esfumado no primeiro penalty, com a grande intervenção de Casillhas e o infortúnio de Moutinho. E por fim, para cúmulo, com o penalty de Bruno Alves a embater na parte interior da trave e a bola a "escolher" bater no chão à frente da linha de golo, ao passo que o último penalty de Espanha, depois de bater no poste "escolheu" entrar na baliza. Infelicidade.
Estivemos perto de bater a Espanha, antes disso, durante os 90 minutos. Além de termos sido melhores durante largos períodos do jogo e termos equilibrado a quase totalidade do resto, poderíamos no minuto 89 ter resolvido o jogo. Ronaldo disparou para as nuvens numa posição em que não costuma falhar.
Fomos a única equipa que não sofreu golos da Espanha, que mais a fez desencontrar-se do seu estilo de jogo. A felicidade que é preciso para vencer torneios, a felicidade que a Espanha teve neste jogo e a Grécia há 8 anos, nada quis conosco - mais uma vez.
Deixámos porém de novo uma grande imagem. Merecíamos (merecemos) mais. Será que alguma vez o conseguiremos?
Fim do Euro - as previsões e a realidade
Terminou no Domingo o Euro, com um vencedor previsível e um resultado inimaginável.
Mais uma vez dou-me ao trabalho de confrontar as previsões com a realidade. É um exercício que à partida parece absolutamente inútil, mas que me dá algum gozo intelectual.
Em primeiro lugar, na sondagem que promovi, perguntando qual o principal favorito à vitória, seleccionei 7 equipas. Seis delas estiveram nos quartos de final. Não podiam estar as 7 pois a Holanda (eliminada na fase de grupos), Portugal e Alemanha faziam todas parte do Grupo B. Estiveram, além das outras 6 que escolhi, a República Checa e a Grécia.
A Holanda foi a principal desilusão do campeonato, creio que por 3 razões: o vedetismo dos seus jogadores e o mau ambiente entre eles; a boa prestação de Portugal e da Alemanha; a derrota no primeiro jogo com a Dinamarca, que abanou muito a equipa e a deixou numa situação quase desesperada. Aliás, depois deste resultado, considerei que a Holanda tinha perdido o seu estatuto de favorita.
A segunda grande desilusão foi a Rússia, sobretudo pelas expectativas criadas após o primeiro jogo. A Rússia vence a República Checa por 4-1 e esta última acaba por estar nos quartos de final, em detrimento daquela.
Quanto à França e à Inglaterra, confirmaram que neste momento não têm futebol para mais. Os quartos de final que alcançaram correspondem ao que podiam ambicionar e como tal ao expectável.
Dos resultados da referida sondagem verifica-se que a Espanha foi dada como favorita pela maioria dos visitantes deste blog, seguida de Portugal e da Alemanha. Ou seja, três dos semi-finalistas foram apontados como os principais favoritos, com o vencedor a ocupar a primeira posição (note-se que a sondagem foi fechada antes do início do Euro).
No que os participantes na sondagem não acertaram foi no grau de favoritismo atribuído à Itália. Apesar da qualidade dos jogadores estar muitos furos abaixo da última squadra vencedora (Mundial de 2006), que contava com Del Piero, Totti, Toni, Inzagui, Gattuso, Nesta, Canavarro, Zambrotta, a verdade é que a Itália é sempre uma selecção muito competitiva, que se transcende nestes campeonatos em que se jogam poucos jogos e a atitude mental é decisiva. A Itália costuma ir em crescendo e assim aconteceu em grande medida. Com um Pirlo em alto nível e uma equipa sofredora mas também positiva na abordagem aos jogos, qualificou-se com dificuldade, com uma vitória suada frente a uma Irlanda combativa, venceu a Inglaterra nos quartos como era previsível (embora com a sorte dos penalties, resultado de uma atitude ultradefensiva da Inglaterra que não se pode criticar, pois era a que melhor lhe servia), e desmantelou defensivamente a Alemanha nas meias.
No fim da primeira jornada, no link acima citado, considerei:
"Face a estes dados e aos resultados, creio que não andarei muito longe da verdade se disser que do lote Espanha, Alemanha, Itália sairá pelo menos um finalista. Que a França e a Inglaterra, sobretudo esta última, praticamente não mostraram nada e muito dificilmente irão longe na competição".
Para além da Espanha, que fica para último, e de Portugal, que merece artigo separado, falta-me falar da Alemanha. O que aconteceu à Alemanha?
Na minha opinião, aconteceu Joachim Low. É verdade que Low conseguiu levar a Alemanha à final do Euro 2008, depois de derrotar Portugal por 3-2 nos quartos e a Turquia pelo mesmo resultado nas meias. Conseguiu colocar a Alemanha a jogar um futebol atacante e atrativo, espectacular mesmo, como aconteceu em 2010 nas vitórias de 4-1 sobre a Inglaterra e de 4-0 sobre a Argentina. Mas em ambas as competições perdeu com a Espanha por 1-0, na final do Euro 2008 e nas meias do Mundial de 2010. Neste último torneio conquistaria o 3º lugar após derrotar o Uruguai (em 2006, com Klinsmann, a Alemanha tinha igualmente sido 3ª, nessa altura vencendo Portugal por 3-1).
Desta vez, a Alemanha tinha uma oportunidade de ouro para chegar à final, pois jogou contra a Itália mais fraca dos últimos anos. No entanto, Low cometeu a meu ver erros catastróficos para a sua equipa: depois de rodar excessivamente a equipa contra a Grécia, voltou inexplicavelmente a deixar Muller no banco contra a Itália e substituiu os dois pontas de lança ao intervalo. Tirar do jogo um dos melhores pontas de lança do mundo (Gomez) quando se está a perder por 2-0 deu no que deu. Por isso, sem tirar mérito à Itália pela passagem à final, há que atribuir um enorme demérito ao treinador alemão que voltou a deixar escapar uma grande oportunidade de levar a Alemanha de volta aos títulos.
Por fim, em relação à Espanha, há que reconhecer a qualidade dos seus treinadores e jogadores. Não é certamente por acaso, nem por mera sorte, que se vencem 3 torneios seguidos. E no entanto, não deixa de ser verdade que a Espanha é feliz ao bater Portugal nos penalties, tal como o tinha sido em 2008 ao bater a Itália, também por 4-2. Para vencer há que ter a sorte que, infelizmente, nós parecemos não ter, mas a esse assunto voltarei depois. Quanto à Espanha para além dessa ponta de sorte há um mérito muito grande, alicerçado numa qualidade de posse de bola e uma precisão no passe que custam a crer. Iniesta, Xavi e Xabi Alonso fazem um meio campo quase indestrutível. Depois, quando perde a bola, a Espanha tem uma capacidade de pressão que não tem paralelo, em nenhuma outra equipa de futebol do mundo. A sua ocupação dos espaços é simplesmente imaculada. E tudo com jogadores "levezinhos".
É "oficial": por muito que nos custe (e a mim custa-me bastante) a Espanha é a melhor selecção de todos os tempos.
Mais uma vez dou-me ao trabalho de confrontar as previsões com a realidade. É um exercício que à partida parece absolutamente inútil, mas que me dá algum gozo intelectual.
Em primeiro lugar, na sondagem que promovi, perguntando qual o principal favorito à vitória, seleccionei 7 equipas. Seis delas estiveram nos quartos de final. Não podiam estar as 7 pois a Holanda (eliminada na fase de grupos), Portugal e Alemanha faziam todas parte do Grupo B. Estiveram, além das outras 6 que escolhi, a República Checa e a Grécia.
A Holanda foi a principal desilusão do campeonato, creio que por 3 razões: o vedetismo dos seus jogadores e o mau ambiente entre eles; a boa prestação de Portugal e da Alemanha; a derrota no primeiro jogo com a Dinamarca, que abanou muito a equipa e a deixou numa situação quase desesperada. Aliás, depois deste resultado, considerei que a Holanda tinha perdido o seu estatuto de favorita.
A segunda grande desilusão foi a Rússia, sobretudo pelas expectativas criadas após o primeiro jogo. A Rússia vence a República Checa por 4-1 e esta última acaba por estar nos quartos de final, em detrimento daquela.
Quanto à França e à Inglaterra, confirmaram que neste momento não têm futebol para mais. Os quartos de final que alcançaram correspondem ao que podiam ambicionar e como tal ao expectável.
Dos resultados da referida sondagem verifica-se que a Espanha foi dada como favorita pela maioria dos visitantes deste blog, seguida de Portugal e da Alemanha. Ou seja, três dos semi-finalistas foram apontados como os principais favoritos, com o vencedor a ocupar a primeira posição (note-se que a sondagem foi fechada antes do início do Euro).
No que os participantes na sondagem não acertaram foi no grau de favoritismo atribuído à Itália. Apesar da qualidade dos jogadores estar muitos furos abaixo da última squadra vencedora (Mundial de 2006), que contava com Del Piero, Totti, Toni, Inzagui, Gattuso, Nesta, Canavarro, Zambrotta, a verdade é que a Itália é sempre uma selecção muito competitiva, que se transcende nestes campeonatos em que se jogam poucos jogos e a atitude mental é decisiva. A Itália costuma ir em crescendo e assim aconteceu em grande medida. Com um Pirlo em alto nível e uma equipa sofredora mas também positiva na abordagem aos jogos, qualificou-se com dificuldade, com uma vitória suada frente a uma Irlanda combativa, venceu a Inglaterra nos quartos como era previsível (embora com a sorte dos penalties, resultado de uma atitude ultradefensiva da Inglaterra que não se pode criticar, pois era a que melhor lhe servia), e desmantelou defensivamente a Alemanha nas meias.
No fim da primeira jornada, no link acima citado, considerei:
"Face a estes dados e aos resultados, creio que não andarei muito longe da verdade se disser que do lote Espanha, Alemanha, Itália sairá pelo menos um finalista. Que a França e a Inglaterra, sobretudo esta última, praticamente não mostraram nada e muito dificilmente irão longe na competição".
Para além da Espanha, que fica para último, e de Portugal, que merece artigo separado, falta-me falar da Alemanha. O que aconteceu à Alemanha?
Na minha opinião, aconteceu Joachim Low. É verdade que Low conseguiu levar a Alemanha à final do Euro 2008, depois de derrotar Portugal por 3-2 nos quartos e a Turquia pelo mesmo resultado nas meias. Conseguiu colocar a Alemanha a jogar um futebol atacante e atrativo, espectacular mesmo, como aconteceu em 2010 nas vitórias de 4-1 sobre a Inglaterra e de 4-0 sobre a Argentina. Mas em ambas as competições perdeu com a Espanha por 1-0, na final do Euro 2008 e nas meias do Mundial de 2010. Neste último torneio conquistaria o 3º lugar após derrotar o Uruguai (em 2006, com Klinsmann, a Alemanha tinha igualmente sido 3ª, nessa altura vencendo Portugal por 3-1).
Desta vez, a Alemanha tinha uma oportunidade de ouro para chegar à final, pois jogou contra a Itália mais fraca dos últimos anos. No entanto, Low cometeu a meu ver erros catastróficos para a sua equipa: depois de rodar excessivamente a equipa contra a Grécia, voltou inexplicavelmente a deixar Muller no banco contra a Itália e substituiu os dois pontas de lança ao intervalo. Tirar do jogo um dos melhores pontas de lança do mundo (Gomez) quando se está a perder por 2-0 deu no que deu. Por isso, sem tirar mérito à Itália pela passagem à final, há que atribuir um enorme demérito ao treinador alemão que voltou a deixar escapar uma grande oportunidade de levar a Alemanha de volta aos títulos.
Por fim, em relação à Espanha, há que reconhecer a qualidade dos seus treinadores e jogadores. Não é certamente por acaso, nem por mera sorte, que se vencem 3 torneios seguidos. E no entanto, não deixa de ser verdade que a Espanha é feliz ao bater Portugal nos penalties, tal como o tinha sido em 2008 ao bater a Itália, também por 4-2. Para vencer há que ter a sorte que, infelizmente, nós parecemos não ter, mas a esse assunto voltarei depois. Quanto à Espanha para além dessa ponta de sorte há um mérito muito grande, alicerçado numa qualidade de posse de bola e uma precisão no passe que custam a crer. Iniesta, Xavi e Xabi Alonso fazem um meio campo quase indestrutível. Depois, quando perde a bola, a Espanha tem uma capacidade de pressão que não tem paralelo, em nenhuma outra equipa de futebol do mundo. A sua ocupação dos espaços é simplesmente imaculada. E tudo com jogadores "levezinhos".
É "oficial": por muito que nos custe (e a mim custa-me bastante) a Espanha é a melhor selecção de todos os tempos.
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