O Benfica é Campeão Nacional com toda a justiça e mérito absoluto. Este campeonato foi ganho, como se costuma dizer, sem espinhas. Vencemos o Porto e o Sporting de forma claríssima (ambos por 2-0) e fomos muito fortes na maioria dos jogos, permitindo pouquíssimas oportunidades e quase não sofrendo golos na segunda volta.
Este título não tem casos nem dúvidas a ensombrá-lo; tem pelo contrário muito brilho de grandes exibições e golos para recordar. Os jogos com o Porto, o Sporting, o Estoril, a Académica e o Rio Ave (entre outros) devem figurar nos compêndios de como praticar bom futebol.
Mas nem tudo foi um mar de rosas (ou papoilas).
Chegámos a estar 5 pontos atrás do Porto, depois estivemos atrás do Sporting durante algumas jornadas e fomos eliminados da Liga dos Campeões na fase de grupos num ano de final na Luz.
Este campeonato não foi pois um passeio ou caminhada triunfal, como seríamos levados a crer se só atendessemos a estes últimos jogos em que, de acordo com alguns, tínhamos mais do que "obrigação" de vencer.
A realidade é que, depois de um começo muito difícil, o Benfica fez nesta segunda volta um percurso absolutamente brilhante, com paralelo apenas no Liverpool em Inglaterra - mas este não está a disputar competições europeias.
A vitória do Benfica é pois uma conquista plena de justiça e de mérito que merece ser reconhecido a todos os níveis. Uma conquista que começa numa decisão corajosa de Luis Filipe Vieira, que continua não apenas na competência mas na crença de Jorge Jesus nas suas capacidades apesar dos falhanços dos anos anteriores, que também passa por uma certa mudança da atitude e do discurso muito positiva, e que depois tem nos jogadores os grandes obreiros dentro do campo, onde tudo se decide. Para além de toda a sua qualidade, eles têm demonstrado uma imensa dedicação, capacidade de sacrifício e grande solidariedade.
A festa de Domingo foi bonita e perfeitamente compreensível. Depois do que aconteceu quer na época passada quer já nesta, havia uma grande ansiedade e tensão acumulada que se libertou. Nos festejos por todo o mundo, o Benfica demonstrou uma vez mais a sua enorme força e dimensão global. Pela minha parte participei com muita alegria também nas festas e publiquei uma série de fotos que podem ser consultadas na nossa página no Facebook.
Aí juntámos um conjunto de fotos quer do jogo quer da festa no Marquês. Se ainda não seguem esta página podem fazê-lo ou no respectivo botão, ou seguindo o link https://www.facebook.com/JusticaBenfiquista É mais fácil e graficamente mais apelativo colocar ali um conjunto de fotos e vídeos, razão pela qual mantemos essa página.
As celebrações benfiquistas continuarão nas próximas semanas, quer aquando do final do campeonato quer aquando da final da Taça. Mas seria bonito que pudessem também ser motivadas por uma dupla visita (ou um regresso) a Turim. De facto a participação em mais uma final da Liga Europa faria desta época realmente uma época histórica para o Benfica. Não será nada fácil e, como já defendi, o Benfica não parte como favorito. Esse favoritismo e a "obrigação" de estar na final cabe à equipa precisamente de Turim, quer por ser tricampeã de Itália quer por ter um conjunto de opções mais custosas do que as do Benfica. Além disso não é uma daquelas equipas que possamos surpreender aproveitando uma certa sobranceria que por vezes afecta os favoritos. Não: a Juventus não padece de qualquer vedetismo, é uma equipa trabalhadora e humilde.
O Benfica só poderá vencer se, tendo o mesmo querer e garra do que o adversário, conseguir ser ainda mais humilde e trabalhador e ter mais qualidade nos detalhes, aproveitando praticamente todas as suas oportunidades e não cometendo erros na defesa. O árbitro é perigosíssimo e a equipa terá também que estar bem atenta para não dar qualquer pretexto para que ele nos prejudique.
Em suma, o Benfica tem muita coisa contra si, incluindo lesões de jogadores fundamentais nesta fase da época. Teremos por isso que preparar esta eliminatória ao pormenor, sem quaisquer distrações (que deixaram de existir com a conquista do principal objectivo da época e a concretização do apuramento para a final da Taça de Portugal), com a máxima concentração. Teremos que apelar ao limite das nossas forças e superarmo-nos neste momento. Teremos que ser extremamente humildes e capazes de sofrer. Na frente teremos que ser frios e certeiros. Só assim poderemos ter esperança de ir a Turim não uma mas duas vezes esta época.
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terça-feira, 22 de abril de 2014
sexta-feira, 10 de maio de 2013
Caça-fantasmas
Faltam menos de 48 horas.
Escrevi um post há algumas horas, tentado afastar um pouco as atenções de todos nós do clássico de sexta, para descontrair, falando de Alex Ferguson, e consegui a proeza desse ser o post menos lido de sempre deste blog!
Não há volta a dar: os benfiquistas estão focados a 100% no jogo com o Porto.
O que se percebe perfeitamente, até nos casos em que há desconfiança ou pessimismo. Nos últimos 30 anos, por um conjunto de factores de que aqui temos falado várias vezes, o Porto tem sido uma espécie de papão.
É altura porém de por um ponto final nisso.
Com respeito pelo adversário (independentemente do que os seus dirigentes ou funcionários possam dizer acerca do Benfica), com respeito sobretudo pelo jogo e pela competição e, claro, acima de tudo pelo Benfica, a sua história e símbolo, a nossa equipa tem todas as condições para vencer no Porto e de lá trazer o título de campeão.
É hora de acabar com os fantasmas. É hora de desferir um golpe definitivo no sistema, na sua própria casa.
Escrevi um post há algumas horas, tentado afastar um pouco as atenções de todos nós do clássico de sexta, para descontrair, falando de Alex Ferguson, e consegui a proeza desse ser o post menos lido de sempre deste blog!
Não há volta a dar: os benfiquistas estão focados a 100% no jogo com o Porto.
O que se percebe perfeitamente, até nos casos em que há desconfiança ou pessimismo. Nos últimos 30 anos, por um conjunto de factores de que aqui temos falado várias vezes, o Porto tem sido uma espécie de papão.
É altura porém de por um ponto final nisso.
Com respeito pelo adversário (independentemente do que os seus dirigentes ou funcionários possam dizer acerca do Benfica), com respeito sobretudo pelo jogo e pela competição e, claro, acima de tudo pelo Benfica, a sua história e símbolo, a nossa equipa tem todas as condições para vencer no Porto e de lá trazer o título de campeão.
É hora de acabar com os fantasmas. É hora de desferir um golpe definitivo no sistema, na sua própria casa.
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
Faz hoje um ano
Há exactamente um ano atrás, dia 26 de Novembro de 2011, os adeptos do Sporting provocaram um incêndio de grandes proporções no Estádio da Luz, tendo posteriormente agredido os bombeiros que o tentavam extinguir.
Faz hoje um ano.
Depois disso, Vieira foi castigado, Aimar foi castigado, Jorge Jesus foi castigado. Pereira Cristovão depositou um cheque na conta de um árbitro, demitiu-se, des-demitiu-se, voltou-se a demitir e o seu processo foi arquivado pelo Conselho de Disciplina.
Faz hoje um ano que tentaram deitar fogo ao Estádio da Luz. Até hoje nada aconteceu.
O Conselho de Disciplina ainda não agiu e os tribunais também não.
Todos os outros se podem ter esquecido desta triste data. Nós aqui não.
Faz hoje um ano.
Depois disso, Vieira foi castigado, Aimar foi castigado, Jorge Jesus foi castigado. Pereira Cristovão depositou um cheque na conta de um árbitro, demitiu-se, des-demitiu-se, voltou-se a demitir e o seu processo foi arquivado pelo Conselho de Disciplina.
Faz hoje um ano que tentaram deitar fogo ao Estádio da Luz. Até hoje nada aconteceu.
O Conselho de Disciplina ainda não agiu e os tribunais também não.
Todos os outros se podem ter esquecido desta triste data. Nós aqui não.
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Implicações da derrota do Barcelona em Glasgow
As contas da Champions para o Benfica começaram a complicar-se muito quando perdemos um jogo que não podíamos perder (em Moscovo) depois de dois resultados absolutamente normais: empatar em Glasgow com o Celtic e perder em casa com o Barcelona.
Recordo aliás o seguinte:
quando empatámos em Glasgow na primeira jornada, várias foram as vozes que disseram que o Benfica tinha "obrigação" de fazer melhor, de ser mais ambicioso, até porque o Celtic era "a equipa mais fraca do grupo", como a exibição do Spartak em Nou Camp (chegou a estar ganhar) "demonstrava".
Uma semana depois, o Celtic foi a Moscovo vencer o Spartak. Evidentemente foi uma surpresa, muito embora o resultado tenha acontecido em circunstâncias especiais (o Spartak viu um jogador seu ser expulso). Esse resultado ditou o Benfica ficar na situação que descrevi aqui: não podia perder em Moscovo. Infelizmente fizemos uma péssima exibição, cometemos erros técnicos e tácticos de palmatória e perdemos mesmo.
A partir daí restáva-nos vencer os jogos em casa e esperar que o Barcelona fizesse o que fizera na Luz e vencesse os jogos com os nossos adversários. Mais uma vez, isso não aconteceu: nós realmente vencemos e muito bem o Spartak mas o Barça perdeu na Escócia. O que nos leva para o seguinte cenário:
Faltando jogar:
Dia 20/11 Dia 5/12
Benfica-Celtic Barcelona-Benfica
Spartak-Barcelona Celtic-Spartak
Neste momento, teoricamente, ou melhor matematicamente, todas as equipas têm ainda chances de se apurar e o Barcelona pode mesmo ainda ir parar à Liga Europa.
Para tal ser necessário (o Barcelona ser relegado para a Liga Europa), "bastaria" os catalães perderem os seus dois jogos, o Benfica vencer o Celtic e este vencer o Spartak. Faríamos 10 pontos e o Celtic também contra os atuais do Barcelona. O próprio Spartak, se vencesse os dois jogos alcançaria 9 pontos.
As contas que porém nos interessam a nós, mais realistas, são estas: o Benfica tem que vencer o Celtic (igualando-o em pontos e adquirindo vantagem no confronto direto) e depois não fazer no jogo contra o Barcelona pior que o Celtic fizer em casa contra o Spartak.
Ou seja, não dependemos de nós e inclusivamente as probabilidades estão contra nós. Mas atenção: já houve várias surpresas neste grupo. Nessa medida o que é absolutamente necessário é que o Benfica vença o Celtic em casa, como tem todas as condições para fazer. A partir daí todos os cenários se tornam possíveis. E a partir daí uma outra coisa quase se garantirá (embora não ainda matematicamente): a continuidade na Europa, ainda que na Liga "secundária".
Uma última nota, o Celtic demonstrou ontem uma coisa que se sabe há muito: não há equipas imbatíveis. O que mais me incomodou no nosso jogo contra o Barcelona em casa foi o sentimento de inevitabilidade da derrota, a falta de crença, quer do treinador e dos jogadores até ao público da Luz. Com uma outra atitude (sobretudo faltou alguma agressividade, jogar um bocadinho mais duro, fazer sentir aos jogadores do Barcelona uma outra presença física), podíamos ter alcançado um resultado diferente. Mas assim não aconteceu e agora estamos aqui.
E "aqui" importa primeiro vencer o Celtic e depois pensar no jogo com o Barcelona como um jogo de futebol - em que tudo pode acontecer. Mas as coisas não acontecem sozinhas. É preciso conquistá-las.
Recordo aliás o seguinte:
quando empatámos em Glasgow na primeira jornada, várias foram as vozes que disseram que o Benfica tinha "obrigação" de fazer melhor, de ser mais ambicioso, até porque o Celtic era "a equipa mais fraca do grupo", como a exibição do Spartak em Nou Camp (chegou a estar ganhar) "demonstrava".
Uma semana depois, o Celtic foi a Moscovo vencer o Spartak. Evidentemente foi uma surpresa, muito embora o resultado tenha acontecido em circunstâncias especiais (o Spartak viu um jogador seu ser expulso). Esse resultado ditou o Benfica ficar na situação que descrevi aqui: não podia perder em Moscovo. Infelizmente fizemos uma péssima exibição, cometemos erros técnicos e tácticos de palmatória e perdemos mesmo.
A partir daí restáva-nos vencer os jogos em casa e esperar que o Barcelona fizesse o que fizera na Luz e vencesse os jogos com os nossos adversários. Mais uma vez, isso não aconteceu: nós realmente vencemos e muito bem o Spartak mas o Barça perdeu na Escócia. O que nos leva para o seguinte cenário:
Classificação
Grupo G
J | Pts | |
---|---|---|
4 | 9 | |
4 | 7 | |
4 | 4 | |
4 | 3 |
Faltando jogar:
Dia 20/11 Dia 5/12
Benfica-Celtic Barcelona-Benfica
Spartak-Barcelona Celtic-Spartak
Neste momento, teoricamente, ou melhor matematicamente, todas as equipas têm ainda chances de se apurar e o Barcelona pode mesmo ainda ir parar à Liga Europa.
Para tal ser necessário (o Barcelona ser relegado para a Liga Europa), "bastaria" os catalães perderem os seus dois jogos, o Benfica vencer o Celtic e este vencer o Spartak. Faríamos 10 pontos e o Celtic também contra os atuais do Barcelona. O próprio Spartak, se vencesse os dois jogos alcançaria 9 pontos.
As contas que porém nos interessam a nós, mais realistas, são estas: o Benfica tem que vencer o Celtic (igualando-o em pontos e adquirindo vantagem no confronto direto) e depois não fazer no jogo contra o Barcelona pior que o Celtic fizer em casa contra o Spartak.
Ou seja, não dependemos de nós e inclusivamente as probabilidades estão contra nós. Mas atenção: já houve várias surpresas neste grupo. Nessa medida o que é absolutamente necessário é que o Benfica vença o Celtic em casa, como tem todas as condições para fazer. A partir daí todos os cenários se tornam possíveis. E a partir daí uma outra coisa quase se garantirá (embora não ainda matematicamente): a continuidade na Europa, ainda que na Liga "secundária".
Uma última nota, o Celtic demonstrou ontem uma coisa que se sabe há muito: não há equipas imbatíveis. O que mais me incomodou no nosso jogo contra o Barcelona em casa foi o sentimento de inevitabilidade da derrota, a falta de crença, quer do treinador e dos jogadores até ao público da Luz. Com uma outra atitude (sobretudo faltou alguma agressividade, jogar um bocadinho mais duro, fazer sentir aos jogadores do Barcelona uma outra presença física), podíamos ter alcançado um resultado diferente. Mas assim não aconteceu e agora estamos aqui.
E "aqui" importa primeiro vencer o Celtic e depois pensar no jogo com o Barcelona como um jogo de futebol - em que tudo pode acontecer. Mas as coisas não acontecem sozinhas. É preciso conquistá-las.
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Benfica TV gera preocupação nos adversários
Desde o seu início, este blog assumiu como objectivo fundamental a defesa intransigente dos interesses do Benfica e da verdade desportiva. E assim foi denunciando algumas situações de flagrante atropelo dessa verdade e dos mais elementares princípios de equidade no futebol português.
Uma dessas situações consiste na evidente selectividade com que por regra são apresentados os casos de arbitragem. E mostrámos como isto é importante não apenas para a percepção que se gera na opinião pública mas também para o sistema continuar a favorecer uns e prejudicar outros, cumprindo formalmente com os regulamentos da Liga. Para essa situação durar e se perpetuar, Pinto da Costa soube manter nos media considerável influência (veja-se a predominância dos "estúdios do Porto" da RTP em matéria de futebol, ou o que se passa na TVI - onde já esteve Júlio Magalhães que assumiu o Porto Canal e está Sousa Martins, que apesar de bom profissional é portista - e no seu site "mais futebol", que chega a roçar o anti-benfiquismo).
Nenhuma influência foi porém tão importante como aquela que Pinto da Costa mantém na Sporttv, pois este canal detém há anos os direitos de transmissão da Liga Portuguesa de Futebol e como tal são os seus realizadores e directores quem determina quais os lances são repetidos, quais os mais escrutinados, quais os que são enviados às outras televisões para os resumos.
Pois bem, ao que parece, esta situação que nunca motivou dúvidas ou hesitações aos poderes do futebol português, torna-se, agora que a Benfica TV poderá vir a transmitir os jogos do Benfica, subitamente problemática, como mostra o blog Pinceladas gloriosas que descobriu no site "mais futebol" um artigo em que aparece o ex-árbitro e "especialista" Pedro Henriques a expressar toda a sua preocupação.
O que demonstra que:
1) tinha o Justiça Benfiquista razão quando alertava para os malefícios de deixar nas mãos da Sporttv, sem controle externo, o importante poder das imagens televisivas (um dos factores para a justiça disciplinar e para a classificação dos árbitros);
2) que o ignorar desta questão, como se ela não existisse, não se devia a ela ser irrelevante mas sim ao facto de todos se sentirem confortáveis com o status quo (o sistema);
3) a decisão de cortar com a Olivedesportos e avançar para a exploração dos direitos televisivos na Benfica TV foi a correcta, como demonstram as várias manifestações do sistema, para quem, neste caso concreto, o que não era antes um problema passou a ser apenas porque se anunciou o fim de um monopólio.
Porque, permitam-me que insista neste ponto, se realmente existe um risco das imagens serem "trabalhadas" e "seleccionadas" (que eu considero que existe de facto), como se explica que só agora ele seja referido? Não se colocou o mesmo problema no passado (e coloca no presente)? Quem fiscalizou a Sporttv? Foi Pedro Henriques?
Folgo em verificar que alguns dos problemas para que aqui vamos alertando comecem a ser publicamente debatidos e que se comece finalmente a desmontar as estruturas de viciação da competição em Portugal. Há que continuar, sem dar tréguas, este combate. Só com total transparência, com um escrutínio permanente do trabalho dos árbitros e de todos os poderes do futebol poderá a competição ser justa, íntegra e sem favorecimentos de nenhuma espécie, como todos nós desejamos.
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segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Basta - é hora de derrubar o sistema
Portugal está como está: todos os dias somos bombardeados com más notícias, matraqueados com uma crise que já passou a depressão profunda e da qual parece não haver saída.
São manifestações, é o desânimo geral de se estar num túnel e não se vislumbrar saída. E isto não apenas em Portugal mas em toda a Europa.
Chega o fim de semana e milhões de portugueses como eu desligam das notícias e das desgraças e preparam-se para descontrair, não pensando nos males do mundo e usufruindo do descanso e do lado lúdico da vida. É aí que entra o futebol, que é um JOGO. Queremos golos, emoção, jogadas bonitas, competição, incerteza.
Queremos mas não temos.
Não porque a nossa equipa não jogue bem ou não marque golos - ainda ontem, sob chuva torrencial, depois de uma eliminatória europeia a meio da semana - marcámos dois, vimos um jogador isolado ser parado por um fora de jogo inexistente e mandámos 3 bolas aos ferros.
Não temos porque em Portugal o jogo está viciado.
Há 30 anos, semana sim, semana não (quando não são seguidas), temos espetáculos como o de ontem, nos quais os árbitros assumem o protagonismo, agravados ainda com castigos disciplinares pelo meio.
É hora de dizer BASTA. Os benfiquistas que não vêm isto agora, que está escarrapachado à frente dos olhos, nunca o verão.
Perder ou ganhar é desporto. Todos aceitamos perder ou empatar quando jogamos mal ou o adversário foi superior. Agora ter que engolir semana após semana, ano após ano, roubo, roubo e mais roubo, para mim ultrapassa os limites.
Que direito têm estes poderes podres do futebol em roubar aos benfiquistas o prazer de assistir aos fins de semanas a um jogo LIMPO, SEM MANIPULAÇÕES, EM QUE GANHA O MELHOR?
Porque é mesmo só isto que queremos!
Porque raio temos que passar fins de semana indispostos, revoltados, pela acção, no mínimo incompetente e parcial, no máximo corrupta e manipuladora, de árbitros e orgãos dirigentes do futebol?
Nós, que ALIMENTAMOS o futebol português, que sem o Benfica estaria moribundo, sem espectadores nos estádios e nas televisões!
É hora de dizer chega.
Pela minha parte estou absolutamente certo que é hora de agir. Diria mesmo que esta é a última oportunidade de agir. Caso contrário o Benfica entra numa rota descendente irreversível que o levará a ser um novo Sporting. E depois não há retorno possível.
APELO A TODOS OS BENFIQUISTAS que me lerem e a todos os blogs para lançar um movimento, a começar hoje e que passe pela Assembleia Geral do Benfica, no sentido do nosso Presidente DENUNCIAR, sem mais panos quentes e falinhas mansas, a FALSIFICAÇÃO COMPLETA DO FUTEBOL PORTUGUÊS.
Chega de falarmos nos blogs, de nos revoltarmos e nada fazermos. A nossa saúde, a nossa sanidade mental, as nossas famílias merecem que passemos das palavras aos actos.
Aquilo a que apelo é que todos os benfiquistas juntem forças, se unam, fazendo jus ao seu lema, e que iniciem, no imediato, um movimento de RUPTURA TOTAL E ABSOLUTA COM O SISTEMA, para levar até às últimas consequências, sejam elas as que forem.
NO IMEDIATO, este movimento deve exigir ao Presidente do BENFICA QUE RETIRE O SEU APOIO AO PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO E A TODOS OS ORGÃOS DIRIGENTES DA ARBITRAGEM E DA DISCIPLINA.
Que denuncie e assuma a sua ruptura, sem medo de dizer alto e bom som o que está a vista de todos e tudo o mais que se souber ( e não deve ser pouco) e que leve essa postura às últimas consequências, com a certeza que todo o universo benfiquista estará por detrás e a apoiará incondicionalmente, sem receio de castigos nem de represálias. Eles que venham.
NINGUÉM PODERÁ IMPEDIR O BENFICA E OS SEUS DIRIGENTES DE DENUNCIAR ESTA FARSA. Ninguém pode calar esta indignação. Porque de facto basta. Já cansa de tanta fantachada. Diz o povo que o que é demais já cheira mal.
Já ninguém acredita neste futebol e pela sua sobrevivência, pois gostamos deste jogo e queremos voltar a ter prazer em vê-lo aos fins-de-semana, há que assumir em pleno a ruptura com este estado de coisas podre.
O Presidente do Benfica contará certamente com milhões de adeptos nesta sua missão.
É preciso COMEÇAR DO ZERO. COM NOVOS ÁRBITROS, NOVOS OBSERVADORES, NOVOS DIRIGENTES.
CASO CONTRÁRIO, O BENFICA DEVE IMPUGNAR A COMPETIÇÃO E PONDERAR BOICOTÁ-LA sem medo das consequências que daí advenham. Sem o Benfica não há competição, não há a seiva que de que se alimenta o sistema.
É preciso ROMPER, é preciso fazer uma REVOLUÇÃO COMPLETA DO FUTEBOL PORTUGUÊS que tire os árbitros e o poder do futebol DA ÓRBITA DO FUTEBOL CLUBE DO PORTO E DA SUA ASSOCIAÇÃO DE UMA VEZ POR TODAS.
CHEGA DA PODRIDÃO DAS HOMENAGENS A ÁRBITROS E VERGONHOSOS COMPADRIOS.
Caso contrário não vale a pena gastar as nossas saúdes a sofrer com esta fantochada a que chamam de Liga Portuguesa. Ofereçam entre si os títulos e as homenagens. Pelo menos não pagamos para ver. Com a carteira e com a saúde.
Apelo a todos os blogs amigos, a todos os benfiquistas que divulguem tanto quanto possível esta mensagem e que contribuam para que este movimento se torne numa força imparável. À direcção que o assuma e que se não puder ou por falta de força ou por ter telhados de vidro, que dê lugar a outros.
São manifestações, é o desânimo geral de se estar num túnel e não se vislumbrar saída. E isto não apenas em Portugal mas em toda a Europa.
Chega o fim de semana e milhões de portugueses como eu desligam das notícias e das desgraças e preparam-se para descontrair, não pensando nos males do mundo e usufruindo do descanso e do lado lúdico da vida. É aí que entra o futebol, que é um JOGO. Queremos golos, emoção, jogadas bonitas, competição, incerteza.
Queremos mas não temos.
Não porque a nossa equipa não jogue bem ou não marque golos - ainda ontem, sob chuva torrencial, depois de uma eliminatória europeia a meio da semana - marcámos dois, vimos um jogador isolado ser parado por um fora de jogo inexistente e mandámos 3 bolas aos ferros.
Não temos porque em Portugal o jogo está viciado.
Há 30 anos, semana sim, semana não (quando não são seguidas), temos espetáculos como o de ontem, nos quais os árbitros assumem o protagonismo, agravados ainda com castigos disciplinares pelo meio.
É hora de dizer BASTA. Os benfiquistas que não vêm isto agora, que está escarrapachado à frente dos olhos, nunca o verão.
Perder ou ganhar é desporto. Todos aceitamos perder ou empatar quando jogamos mal ou o adversário foi superior. Agora ter que engolir semana após semana, ano após ano, roubo, roubo e mais roubo, para mim ultrapassa os limites.
Que direito têm estes poderes podres do futebol em roubar aos benfiquistas o prazer de assistir aos fins de semanas a um jogo LIMPO, SEM MANIPULAÇÕES, EM QUE GANHA O MELHOR?
Porque é mesmo só isto que queremos!
Porque raio temos que passar fins de semana indispostos, revoltados, pela acção, no mínimo incompetente e parcial, no máximo corrupta e manipuladora, de árbitros e orgãos dirigentes do futebol?
Nós, que ALIMENTAMOS o futebol português, que sem o Benfica estaria moribundo, sem espectadores nos estádios e nas televisões!
É hora de dizer chega.
Pela minha parte estou absolutamente certo que é hora de agir. Diria mesmo que esta é a última oportunidade de agir. Caso contrário o Benfica entra numa rota descendente irreversível que o levará a ser um novo Sporting. E depois não há retorno possível.
APELO A TODOS OS BENFIQUISTAS que me lerem e a todos os blogs para lançar um movimento, a começar hoje e que passe pela Assembleia Geral do Benfica, no sentido do nosso Presidente DENUNCIAR, sem mais panos quentes e falinhas mansas, a FALSIFICAÇÃO COMPLETA DO FUTEBOL PORTUGUÊS.
Chega de falarmos nos blogs, de nos revoltarmos e nada fazermos. A nossa saúde, a nossa sanidade mental, as nossas famílias merecem que passemos das palavras aos actos.
Aquilo a que apelo é que todos os benfiquistas juntem forças, se unam, fazendo jus ao seu lema, e que iniciem, no imediato, um movimento de RUPTURA TOTAL E ABSOLUTA COM O SISTEMA, para levar até às últimas consequências, sejam elas as que forem.
NO IMEDIATO, este movimento deve exigir ao Presidente do BENFICA QUE RETIRE O SEU APOIO AO PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO E A TODOS OS ORGÃOS DIRIGENTES DA ARBITRAGEM E DA DISCIPLINA.
Que denuncie e assuma a sua ruptura, sem medo de dizer alto e bom som o que está a vista de todos e tudo o mais que se souber ( e não deve ser pouco) e que leve essa postura às últimas consequências, com a certeza que todo o universo benfiquista estará por detrás e a apoiará incondicionalmente, sem receio de castigos nem de represálias. Eles que venham.
NINGUÉM PODERÁ IMPEDIR O BENFICA E OS SEUS DIRIGENTES DE DENUNCIAR ESTA FARSA. Ninguém pode calar esta indignação. Porque de facto basta. Já cansa de tanta fantachada. Diz o povo que o que é demais já cheira mal.
Já ninguém acredita neste futebol e pela sua sobrevivência, pois gostamos deste jogo e queremos voltar a ter prazer em vê-lo aos fins-de-semana, há que assumir em pleno a ruptura com este estado de coisas podre.
O Presidente do Benfica contará certamente com milhões de adeptos nesta sua missão.
É preciso COMEÇAR DO ZERO. COM NOVOS ÁRBITROS, NOVOS OBSERVADORES, NOVOS DIRIGENTES.
CASO CONTRÁRIO, O BENFICA DEVE IMPUGNAR A COMPETIÇÃO E PONDERAR BOICOTÁ-LA sem medo das consequências que daí advenham. Sem o Benfica não há competição, não há a seiva que de que se alimenta o sistema.
É preciso ROMPER, é preciso fazer uma REVOLUÇÃO COMPLETA DO FUTEBOL PORTUGUÊS que tire os árbitros e o poder do futebol DA ÓRBITA DO FUTEBOL CLUBE DO PORTO E DA SUA ASSOCIAÇÃO DE UMA VEZ POR TODAS.
CHEGA DA PODRIDÃO DAS HOMENAGENS A ÁRBITROS E VERGONHOSOS COMPADRIOS.
Caso contrário não vale a pena gastar as nossas saúdes a sofrer com esta fantochada a que chamam de Liga Portuguesa. Ofereçam entre si os títulos e as homenagens. Pelo menos não pagamos para ver. Com a carteira e com a saúde.
Apelo a todos os blogs amigos, a todos os benfiquistas que divulguem tanto quanto possível esta mensagem e que contribuam para que este movimento se torne numa força imparável. À direcção que o assuma e que se não puder ou por falta de força ou por ter telhados de vidro, que dê lugar a outros.
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Setúbal-Benfica - casos de arbitragem
Bastaram duas decisões correctas da equipa de arbitragem favoráveis ao Benfica para o treinador adversário e alguma imprensa tentarem transformar uma grande exibição e uma goleada à antiga do Benfica, num caso de manipulação do resultado por parte do árbitro.
É curioso que quando outros vencem por 3 e 4 bolas o resultado "não mente", "tem que se aceitar", "acaba por ser pesado", etc.
Quando o Benfica vence, ainda que seja por 5-0 como neste caso, temos treinadores adversários a atribuir a total responsabilidade do resultado ao árbitro, como aconteceu ontem com José Mota.
Penso que em todo o jogo há quatro lances nos quais os árbitros foram chamados a tomar decisões importantes.
O primeiro é evidentemente o vermelho a Amoreirinha. Antes do jogo tinha ouvido na Antena 1 a análise de José Nunes dizendo que o Setúbal tentaria de início, com um jogo muito físico, intimidar os jogadores do Benfica. Depois de ver a entrada de Amoreirinha (incompreensível, tratando-se de um jogador formado no Benfica) e ouvir as declarações de José Mota fico com a impressão de que realmente essa era a estratégia do Setúbal. Que obviamente correu mal e ainda bem para o futebol. A entrada é de tesoura, violenta e perigosíssima e não pode merecer qualquer outra sanção senão o cartão vermelho. É um caso em que há uma unanimidade completa até do painel de árbitros d' "O Jogo".
O segundo caso é o da posição de Melgarejo no primeiro golo do Benfica. A linha que se vê na televisão dá a ideia de que Melga estaria uns centimetros adiantado (o corpo, porque o pé está em cima da linha). Dá a ideia mas não dá a certeza absoluta, até porque o exacto momento do passe é quase indeterminável. Nestas circunstâncias (se na TV não temos a certeza então o fiscal em tempo real é impossível) manda a lei que se beneficie quem ataca. Nessa medida a decisão foi correcta.
Há depois dois lances de golos anulados ao Benfica (aos 55 e aos 69 minutos). Em ambos os casos parece-me que a decisão é correcta. No primeiro não há dúvidas, no segundo Nolito está ligeiramente adiantado. Também bem portanto.
O que justifica então as lamúrias e o choradinho do treinador do Setúbal, que veio falar de "grandes e pequenos", de "erros graves da equipa de arbitragem", de o terem "impedido de disputar o jogo" e de "dualidade de critérios"?
Aparentemente, José Mota queria que Luisão fosse expulso por uma falta absolutamente banal a meio campo. Ou seja, para Mota, uma vez que Amoreirinha tinha sido expulso, o árbitro deveria também, à primeira oportunidade, dar um vermelho a um jogador do Benfica.
O mais triste é que Mota tem razão em pensar assim. Ele sabe, de experiência, que muitas vezes é assim. Há árbitros que só precisam de um pretexto para expulsar jogadores do Benfica: Proença, Soares Dias, Capelas... Também já Jorge Sousa anulou (mal) um golo a Luisão em Braga e expulsou Cardozo depois deste ser dupla e cobardemente agredido por Mossoró e Ney, no célebre e triste jogo em que também Vandinho agrediu um treinador adjunto do Benfica (e seu no ano anterior) que tentou apaziguar a situação.
Quando um árbitro aplica as regras e essa aplicação resulta em benefício do Benfica, os adversários sentem-se porém injustiçados. É a força do hábito...
Esta é a realidade. E ela só parece adulterada porque vemos comentadores todas a semanas a tentar manipulá-la e porque há jornalistas que são coniventes com essa manipulação. É o exemplo da RTP que no seu resumo do jogo coloca junta as imagens da expulsão de Amoreirinha com o lance de Luisão como se houvesse alguma comparação entre as duas jogadas, sugerindo essa alegada dualidade de critérios e essa "explicação" para o desfecho do jogo.
Pena é que o Benfica nestas situações não tenha uma política de comunicação mais acutilante que ponha as coisas no seu devido lugar.
Uma palavra final para Jorge Sousa. Já nos prejudicou no passado mas ontem demonstrou coragem ao mostrar o vermelho aos 8 minutos. Duvido que o sistema tenha gostado...
É curioso que quando outros vencem por 3 e 4 bolas o resultado "não mente", "tem que se aceitar", "acaba por ser pesado", etc.
Quando o Benfica vence, ainda que seja por 5-0 como neste caso, temos treinadores adversários a atribuir a total responsabilidade do resultado ao árbitro, como aconteceu ontem com José Mota.
Penso que em todo o jogo há quatro lances nos quais os árbitros foram chamados a tomar decisões importantes.
O primeiro é evidentemente o vermelho a Amoreirinha. Antes do jogo tinha ouvido na Antena 1 a análise de José Nunes dizendo que o Setúbal tentaria de início, com um jogo muito físico, intimidar os jogadores do Benfica. Depois de ver a entrada de Amoreirinha (incompreensível, tratando-se de um jogador formado no Benfica) e ouvir as declarações de José Mota fico com a impressão de que realmente essa era a estratégia do Setúbal. Que obviamente correu mal e ainda bem para o futebol. A entrada é de tesoura, violenta e perigosíssima e não pode merecer qualquer outra sanção senão o cartão vermelho. É um caso em que há uma unanimidade completa até do painel de árbitros d' "O Jogo".
O segundo caso é o da posição de Melgarejo no primeiro golo do Benfica. A linha que se vê na televisão dá a ideia de que Melga estaria uns centimetros adiantado (o corpo, porque o pé está em cima da linha). Dá a ideia mas não dá a certeza absoluta, até porque o exacto momento do passe é quase indeterminável. Nestas circunstâncias (se na TV não temos a certeza então o fiscal em tempo real é impossível) manda a lei que se beneficie quem ataca. Nessa medida a decisão foi correcta.
Há depois dois lances de golos anulados ao Benfica (aos 55 e aos 69 minutos). Em ambos os casos parece-me que a decisão é correcta. No primeiro não há dúvidas, no segundo Nolito está ligeiramente adiantado. Também bem portanto.
O que justifica então as lamúrias e o choradinho do treinador do Setúbal, que veio falar de "grandes e pequenos", de "erros graves da equipa de arbitragem", de o terem "impedido de disputar o jogo" e de "dualidade de critérios"?
Aparentemente, José Mota queria que Luisão fosse expulso por uma falta absolutamente banal a meio campo. Ou seja, para Mota, uma vez que Amoreirinha tinha sido expulso, o árbitro deveria também, à primeira oportunidade, dar um vermelho a um jogador do Benfica.
O mais triste é que Mota tem razão em pensar assim. Ele sabe, de experiência, que muitas vezes é assim. Há árbitros que só precisam de um pretexto para expulsar jogadores do Benfica: Proença, Soares Dias, Capelas... Também já Jorge Sousa anulou (mal) um golo a Luisão em Braga e expulsou Cardozo depois deste ser dupla e cobardemente agredido por Mossoró e Ney, no célebre e triste jogo em que também Vandinho agrediu um treinador adjunto do Benfica (e seu no ano anterior) que tentou apaziguar a situação.
Quando um árbitro aplica as regras e essa aplicação resulta em benefício do Benfica, os adversários sentem-se porém injustiçados. É a força do hábito...
Esta é a realidade. E ela só parece adulterada porque vemos comentadores todas a semanas a tentar manipulá-la e porque há jornalistas que são coniventes com essa manipulação. É o exemplo da RTP que no seu resumo do jogo coloca junta as imagens da expulsão de Amoreirinha com o lance de Luisão como se houvesse alguma comparação entre as duas jogadas, sugerindo essa alegada dualidade de critérios e essa "explicação" para o desfecho do jogo.
Pena é que o Benfica nestas situações não tenha uma política de comunicação mais acutilante que ponha as coisas no seu devido lugar.
Uma palavra final para Jorge Sousa. Já nos prejudicou no passado mas ontem demonstrou coragem ao mostrar o vermelho aos 8 minutos. Duvido que o sistema tenha gostado...
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sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Golo de Di Maria - cá era anulado
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Foto de thumblr.com |
O golo marcado ontem por Di Maria ao Barcelona, se acontecesse em Portugal - E fosse a favor do Benfica - seria anulado por falta do avançado. Isto é tão certo como Pinto de Sousa ter sido presidente do Conselho de Arbitragem e Adriano Pinto advogado de Pinto da Costa.
Os árbitros têm dentro de campo uma latitude tremenda para influenciar e até decidir o desfecho dos jogos.
Neste lance, há uma mão de Di Maria nas costas de Valdez e há um pé que toca na perna do guarda-redes do Barcelona. Para mim e creio que para a esmagadora dos adeptos de futebol isso não é suficiente para ser considerado falta. Mas eu vos garanto aqui que com Proenças, Soares Dias, Jorges de Sousa, Capelas, Benquerenças, Hugos Miguéis e outros, o lance seria interrompido. Isto claro, no caso do mesmo ser a favor do Benfica. Já se fosse o Porto era um lance normal de futebol e nada passava. Exemplos: o "corte" de Polga a varrer as pernas de Gaitan o ano passado em Alvalade. Decisão do árbitro? Canto. Toque de Luisão no pescoço de Wolfswinkel? Penalty e amarelo. Agarrão de Ismailov à camisola de Luisão? Nada. Outro exemplo: pontapeamento de Aimar em Coimbra por trás. Decisão? Falta contra o Benfica. Outro: atropelamento de Saviola dentro da área que roçou o jogo violento contra o Rio Ave. Decisão? Nada, já não ser falta contra o Benfica foi uma sorte.
Mas o melhor exemplo é mesmo o do golo anulado no passado sábado ao Benfica por Soares Dias, que aliás mostrou "muita personalidade" (é um facto, o problema é que a personalidade em causa é má). Qual a razão da anulação? Objetivamente nenhuma, pois Cardozo não tocou no guarda-redes. Deu aparência de falta? De alguma forma, pode-se responder que sim, uma vez que Cardozo salta com aparato. Então que se marque falta! Já está justificado.
Agora a de Gaitan em Alvalade no ano passado: teve aparência de falta? Sim. Foi realmente falta? Sem dúvida. Mas pode-se alegar que o árbitro não teve a certeza absoluta de que foi falta? Lá isso, pode-se de facto... Então não se marque!
Isto acontece por razões que já expliquei e continuará até aos adeptos do Benfica dizerem basta. Até um destes senhores entrar em campo e sentir nos ouvidos e no ambiente o que pensam os benfiquistas acerca desta falsificação. Não estou a falar de violência, que isso é contrário a todos os princípios do desporto, da vida em civilização e aos valores que este blog defende. Nem sequer de "apertões" à moda do Porto. Estou a falar de assobiadelas como antigamente eu ouvia na Luz quando um árbitro fazia um quarto do que estes senhores fazem hoje com total impunidade e complacência dos adeptos.
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sexta-feira, 27 de julho de 2012
É oficial - Conselho de Disciplina é uma farsa. Futebol português ferido de morte.
Aconselho a leitura da notícia do "Correio da Manhã" de hoje intitulada 'Amigo do FCPorto trama Filipe Vieira'. A história, relativa às razões da punição de Vieira, coincide com o que já ouvi e vi, nomeadamente noutros blogs amigos.
Em duas palavras: no fim do jogo, Vieira, indignado (e bem) com a expulsão de Cardozo (por bater na relva), dirigiu-se em termos menos próprios a Luis Duque, acusando-o de querer controlar a arbitragem para benefício próprio.
A atitude de Vieira, embora seja contestável do ponto de vista da educação e da etiqueta, não me parece porém passível de um castigo.
SOBRETUDO, se considerarmos isto:
- esta situação aconteceu na mesma noite em que um número grande de marginais ateou um incêndio de grandes proporções no Estádio da Luz. Até agora o Conselho de Disciplina nada fez.
- eu vi e o país inteiro também na altura, um fiscal de linha sair do antigo Estádio das Antas corrido a pontapé por dirigentes do Porto, depois do Benfica ali ter ganho 2-0 em 1991. O árbitro levou ainda uma chapada da mulher de Reinaldo Teles e os dirigentes do Benfica tiveram que deixar o Estádio deitados numa ambulância para fugiu aos adeptos e "guardas" que andavam pelos túneis.
- em 2009/2010, Hulk e Sapunaru distribuiram socos e pontapés pelos túneis da Luz. Hulk foi suspenso por 4 meses mas a Federação considerou que esse castigo era inválido e determinou apenas 3 jogos. Ou seja, para a Federação, o que Vieira fez é mais grave do que o que fez Hulk.
- também em 2009/2010, o Benfica é recebido no Porto à pedrada, com bolas de golfe, galinhas dentro de campo e outras originalidades. Não houve consequências.
- em Novembro de 2011, na mesma altura do caso Vieira/Duque, um jornalista da TVI foi insultado por Pinto da Costa e agredido pelos seus capangas. O Sindicato de Jornalistas pediu "mais coragem aos jornalistas que cobrem o FC Porto" e uma "punição exemplar para Pinto da Costa". Naturalmente nada aconteceu.
- segundo a notícia do CM, a instrutora do processo do processo Vieira/Duque propôs o arquivamento do processo e Duque nunca compareceu na Federação para prestar declarações. O relator porém, um adepto do Porto ligado a Lourenço Pinto, levou adiante o castigo.
Face a tudo isto, defendo que o Benfica deverá ponderar muitíssimo bem o que fazer e terá que tomar medidas absolutamente radicais. Eu penso que está na hora do Benfica, no mínimo dos mínimos, reunir uma Assembleia Geral para, com os seus sócios, deliberar o que fazer. O Benfica não pode continuar a fazer parte da farsa completa que é o futebol português.
Um ano igual ao ano passado, em que a classificação foi completamente falsificada, não pode acontecer. Pela minha parte não excluo nada, nem mesmo a não participação nas provas ditas oficiais, ligas da mentira, organizadas (a palavra certa é manipuladas) por gente sem carácter e sem dignidade. Uma exposição bem fundamentada às instâncias internacionais (que ainda assim também não me merecem muito crédito) é outra possibilidade. Acima de tudo, o meu ponto é este: mais do mesmo não vale a pena. É injusto para os atletas, para os sócios e para os adeptos. Algo - de muito sério - tem que ser feito. O Benfica, o verdadeiro sustento do futebol em Portugal, não pode ser o bombo da festa.
Em duas palavras: no fim do jogo, Vieira, indignado (e bem) com a expulsão de Cardozo (por bater na relva), dirigiu-se em termos menos próprios a Luis Duque, acusando-o de querer controlar a arbitragem para benefício próprio.
A atitude de Vieira, embora seja contestável do ponto de vista da educação e da etiqueta, não me parece porém passível de um castigo.
SOBRETUDO, se considerarmos isto:
- esta situação aconteceu na mesma noite em que um número grande de marginais ateou um incêndio de grandes proporções no Estádio da Luz. Até agora o Conselho de Disciplina nada fez.
- eu vi e o país inteiro também na altura, um fiscal de linha sair do antigo Estádio das Antas corrido a pontapé por dirigentes do Porto, depois do Benfica ali ter ganho 2-0 em 1991. O árbitro levou ainda uma chapada da mulher de Reinaldo Teles e os dirigentes do Benfica tiveram que deixar o Estádio deitados numa ambulância para fugiu aos adeptos e "guardas" que andavam pelos túneis.
- em 2009/2010, Hulk e Sapunaru distribuiram socos e pontapés pelos túneis da Luz. Hulk foi suspenso por 4 meses mas a Federação considerou que esse castigo era inválido e determinou apenas 3 jogos. Ou seja, para a Federação, o que Vieira fez é mais grave do que o que fez Hulk.
- também em 2009/2010, o Benfica é recebido no Porto à pedrada, com bolas de golfe, galinhas dentro de campo e outras originalidades. Não houve consequências.
- em Novembro de 2011, na mesma altura do caso Vieira/Duque, um jornalista da TVI foi insultado por Pinto da Costa e agredido pelos seus capangas. O Sindicato de Jornalistas pediu "mais coragem aos jornalistas que cobrem o FC Porto" e uma "punição exemplar para Pinto da Costa". Naturalmente nada aconteceu.
- segundo a notícia do CM, a instrutora do processo do processo Vieira/Duque propôs o arquivamento do processo e Duque nunca compareceu na Federação para prestar declarações. O relator porém, um adepto do Porto ligado a Lourenço Pinto, levou adiante o castigo.
Face a tudo isto, defendo que o Benfica deverá ponderar muitíssimo bem o que fazer e terá que tomar medidas absolutamente radicais. Eu penso que está na hora do Benfica, no mínimo dos mínimos, reunir uma Assembleia Geral para, com os seus sócios, deliberar o que fazer. O Benfica não pode continuar a fazer parte da farsa completa que é o futebol português.
Um ano igual ao ano passado, em que a classificação foi completamente falsificada, não pode acontecer. Pela minha parte não excluo nada, nem mesmo a não participação nas provas ditas oficiais, ligas da mentira, organizadas (a palavra certa é manipuladas) por gente sem carácter e sem dignidade. Uma exposição bem fundamentada às instâncias internacionais (que ainda assim também não me merecem muito crédito) é outra possibilidade. Acima de tudo, o meu ponto é este: mais do mesmo não vale a pena. É injusto para os atletas, para os sócios e para os adeptos. Algo - de muito sério - tem que ser feito. O Benfica, o verdadeiro sustento do futebol em Portugal, não pode ser o bombo da festa.
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quinta-feira, 26 de julho de 2012
Castigo a Vieira diz tudo sobre futebol português
O tema já mereceu análises de vários companheiros da blogosfera mas não posso deixar de partilhar a minha.
Por onde começar?
Talvez por aqui: os orgãos dirigentes do futebol em Portugal ao invés de promoverem o futebol, o espectáculo e o são ambiente desportivo promovem a violência. Passo a explicar.
A violência nasce da ira, da incompreensão, da irracionalidade, da ignorância, da incapacidade de moldar a realidade ao que desejamos e de nos adaptarmos a ela. Nasce do ódio e da frustração.
É evidente que no futebol português existe, desde Pinto da Costa, uma enorme violência latente. Já falei muito disso: para conquistar poder, Pinto da Costa promoveu um ambiente de revolta contra Lisboa, de guerrilha permanente, de ódio ao Benfica.
Esta realidade é indesmentível, não estando eu com isso a sugerir que todos os actos de violência tenham sido perpetrados por adeptos do Porto. Sabemos que não é assim. Houve o tristíssimo, trágico caso do very light, houve autocarros incendiados. Não vale a pena estar a tentar enumerar os casos de violência dos adeptos dos três grandes. Todos são lamentáveis, todos são condenáveis, ninguém está absolutamente inocente nesta matéria.
O que distingue os clubes é a forma como lidam com a violência perpetrada pelos seus adeptos. Se uns condenam, outros desculpam-se e outros usam-na e fomentam-na como instrumento de projecção do seu poder.
Há um clube que nunca tem responsabilidades nas cenas lamentáveis de violência que envolvem os seus adeptos, porque à partida é "diferente". Trata-se evidentemente do Sporting. Sem querer ser exaustivo, recordarei apenas alguns casos bem recentes.
Quando há uns anos se assistiu a uma vergonhosa cena de apedrejamento entre adeptos do Benfica e do Sporting num jogo de junióres, os dirigentes sportinguistas acusaram os adeptos do Benfica de serem selvagens quando as imagens demonstram para lá de qualquer dúvida que quer benfiquistas quer sportinguistas tiveram responsabilidades, que ambos atiraram pedras.
Quando os seus adeptos se envolveram em cenas de violência extrema contra a polícia, em Fevereiro de 2011, os dirigentes sportinguistas fizeram um comunicado inacreditável de que destaco o primeiro parágrafo: "O Sporting Clube de Portugal e a Sporting Clube de Portugal Futebol, SAD repudiam e condenam o grave comportamento da Polícia de Segurança Pública durante o jogo Sporting x Benfica, que teve lugar ontem no Estádio José Alvalade, pelo manifesto excesso na actuação e pela flagrante dualidade de critérios da PSP no tratamento dos adeptos do Sporting e do Benfica". Nem uma palavra de condenação pelo comportamento dos seus adeptos. Mais tarde, na sequência dos incidentes, 9 elementos da Juve Leo seriam detidos por posse de droga, engenhos pirotécnicos e armas.
Um mês mais tarde seria o próprio presidente eleito a passar um mau bocado, com tentativas de agressão por parte dos partidários de Bruno Carvalho.
Tinha já altura tinha sucedido o caso dos confrontos com adeptos de Atlético de Madrid (2010), em que o líder da Juve Leo ameaçara de morte mulheres e crianças.
Até que chegamos à época passada. Durante semanas, os comentadores e dirigentes do Sporting incendiaram os ânimos dos seus adeptos com declarações inflamadas sobre a "jaula", algo de alegadamente inaceitável e vergonhoso. No fim do jogo (a 29 de Novembro de 2012), é o seu vice-Presidente, o agora arguido Paulo Pereira Cristovão, que vem lançar novas provocações e insultos, falando de "condições pré-históricas". Isto enquanto os seus adeptos ateiam fogo ao Estádio da Luz. Isto parece surreal mas é factual. Como se não bastasse, dirigentes e comentadores sportinguistas, incluindo o seu Presidente e o Dr. Eduardo Barroso, têm o descaramento, a indignidade de vir dizer que "não se revêem" naquele comportamento, excusando-se a condená-lo. Na prática, a mensagem era clara: nós não podemos publicamente aplaudir, mas no fundo até achamos bem, achamos "divertido". "É para os lampiões aprenderem", terão muitos pensado.
Ora qual a reacção dos poderes dirigentes do futebol? Nenhuma.
E é assim que, 8 meses depois, surge finalmente a primeira consequência: o Presidente do Benfica é punido com uma suspensão.
Vale a pena dizer mais alguma coisa? Só isto: os dirigentes desportivos em Portugal brincam o fogo. Promovem a violência.
A época ainda não se iniciou mas já estamos perante um dejá vú.
Não contem comigo para isto.
Por onde começar?
Talvez por aqui: os orgãos dirigentes do futebol em Portugal ao invés de promoverem o futebol, o espectáculo e o são ambiente desportivo promovem a violência. Passo a explicar.
A violência nasce da ira, da incompreensão, da irracionalidade, da ignorância, da incapacidade de moldar a realidade ao que desejamos e de nos adaptarmos a ela. Nasce do ódio e da frustração.
É evidente que no futebol português existe, desde Pinto da Costa, uma enorme violência latente. Já falei muito disso: para conquistar poder, Pinto da Costa promoveu um ambiente de revolta contra Lisboa, de guerrilha permanente, de ódio ao Benfica.
Esta realidade é indesmentível, não estando eu com isso a sugerir que todos os actos de violência tenham sido perpetrados por adeptos do Porto. Sabemos que não é assim. Houve o tristíssimo, trágico caso do very light, houve autocarros incendiados. Não vale a pena estar a tentar enumerar os casos de violência dos adeptos dos três grandes. Todos são lamentáveis, todos são condenáveis, ninguém está absolutamente inocente nesta matéria.
O que distingue os clubes é a forma como lidam com a violência perpetrada pelos seus adeptos. Se uns condenam, outros desculpam-se e outros usam-na e fomentam-na como instrumento de projecção do seu poder.
Há um clube que nunca tem responsabilidades nas cenas lamentáveis de violência que envolvem os seus adeptos, porque à partida é "diferente". Trata-se evidentemente do Sporting. Sem querer ser exaustivo, recordarei apenas alguns casos bem recentes.
Quando há uns anos se assistiu a uma vergonhosa cena de apedrejamento entre adeptos do Benfica e do Sporting num jogo de junióres, os dirigentes sportinguistas acusaram os adeptos do Benfica de serem selvagens quando as imagens demonstram para lá de qualquer dúvida que quer benfiquistas quer sportinguistas tiveram responsabilidades, que ambos atiraram pedras.
Quando os seus adeptos se envolveram em cenas de violência extrema contra a polícia, em Fevereiro de 2011, os dirigentes sportinguistas fizeram um comunicado inacreditável de que destaco o primeiro parágrafo: "O Sporting Clube de Portugal e a Sporting Clube de Portugal Futebol, SAD repudiam e condenam o grave comportamento da Polícia de Segurança Pública durante o jogo Sporting x Benfica, que teve lugar ontem no Estádio José Alvalade, pelo manifesto excesso na actuação e pela flagrante dualidade de critérios da PSP no tratamento dos adeptos do Sporting e do Benfica". Nem uma palavra de condenação pelo comportamento dos seus adeptos. Mais tarde, na sequência dos incidentes, 9 elementos da Juve Leo seriam detidos por posse de droga, engenhos pirotécnicos e armas.
Um mês mais tarde seria o próprio presidente eleito a passar um mau bocado, com tentativas de agressão por parte dos partidários de Bruno Carvalho.
Tinha já altura tinha sucedido o caso dos confrontos com adeptos de Atlético de Madrid (2010), em que o líder da Juve Leo ameaçara de morte mulheres e crianças.
Até que chegamos à época passada. Durante semanas, os comentadores e dirigentes do Sporting incendiaram os ânimos dos seus adeptos com declarações inflamadas sobre a "jaula", algo de alegadamente inaceitável e vergonhoso. No fim do jogo (a 29 de Novembro de 2012), é o seu vice-Presidente, o agora arguido Paulo Pereira Cristovão, que vem lançar novas provocações e insultos, falando de "condições pré-históricas". Isto enquanto os seus adeptos ateiam fogo ao Estádio da Luz. Isto parece surreal mas é factual. Como se não bastasse, dirigentes e comentadores sportinguistas, incluindo o seu Presidente e o Dr. Eduardo Barroso, têm o descaramento, a indignidade de vir dizer que "não se revêem" naquele comportamento, excusando-se a condená-lo. Na prática, a mensagem era clara: nós não podemos publicamente aplaudir, mas no fundo até achamos bem, achamos "divertido". "É para os lampiões aprenderem", terão muitos pensado.
Ora qual a reacção dos poderes dirigentes do futebol? Nenhuma.
E é assim que, 8 meses depois, surge finalmente a primeira consequência: o Presidente do Benfica é punido com uma suspensão.
Vale a pena dizer mais alguma coisa? Só isto: os dirigentes desportivos em Portugal brincam o fogo. Promovem a violência.
A época ainda não se iniciou mas já estamos perante um dejá vú.
Não contem comigo para isto.
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Cultura de vitória - Parte II
A perda de identidade do Benfica, aliada ao esmorecimento do seu espírito de vitória, levou-o à actual situação.
No último jogo com o Porto (na Luz, 2-3), foi bem visível, para quem gosta de analisar as coisas, que o Porto entrou melhor no jogo. Mais forte, mais seguro, mais confiante, com mais garra e vontade de vencer.
O facto do Benfica ter perdido com um golo em fora de jogo e ter visto um jogador seu injustamente expulso não altera este facto.
É preciso perceber por que razão isto acontece recorrentemente. A meu ver será talvez a mesma razão que faz com que o Benfica tenha sistematicamente falhado nos momentos decisivos das últimas décadas, com uma ou outra excepção. Este facto está aliás, melhor do que em qualquer outra competição, espelhado na contabilidade das Supertaças: em 27 presenças, o Porto ganhou 18 (66,6%). Em 15 presenças o Benfica ganhou 4 (26,6%). Em onze finais contra o Porto, imaginem quantas o Benfica ganhou. Pois é... uma! Perdeu 10!
É preciso inverter esta situação, o que se faz de várias formas.
Em primeiro lugar, o Benfica precisa de ter bons jogadores e treinadores, o que objectivamente já acontece hoje. Veja-se como Ramirez e David Luiz se sagraram campeões europeus pelo Chelsea - e que papel tiveram nessa conquista! (a propósito os meus parabéns para estes dois grandes atletas) - e Di Maria campeão de Espanha.
Rodrigo e Nélson Oliveira são avançados de enorme qualidade e características singulares e Cardozo, apesar de ter alguns problemas de motivação ou convicção e algumas limitações no plano técnico, é um avançado de topo - dos que marcam golos, que é o mais importante. No meio campo também há enorme qualidade, desde o meio às faixas. É na defesa que o Benfica precisa de melhorar, sobretudo ao nível dos laterais. A direcção do Benfica tem que trabalhar. É nestes pormenores que a estrutura tem que se sobrepor ao treinador na identificação das necessidades e prioridades de um plantel, deixando claro que nenhuma teimosia se pode sobrepor aos interesses colectivos.
Em segundo lugar, há que definir um modelo de jogo e jogadores para o interpretar. O Porto fez isto nos anos 80, com um modelo sobretudo assente na segurança defensiva e foi ajustando este modelo ao longo dos anos, dotando-o de características mais ofensivas mas sem perder a identidade. Cultivou um jogador "à Porto", que trabalha e batalha muito e não vira a cara à luta. No Benfica, pelo contrário cultivou-se demasido a estrela e o vedetismo. É preciso mudar isto, inculcando nos jogadores a mentalidade de que a equipa e o clube estão sempre acima dos interesses individuais. Jesus conseguiu implementar um modelo ofensivo, adequado à matriz histórica do Benfica, mas teve duas pechas fundamentais, que a estrutura de apoio técnica e directiva deveria ter corrigido: fez uma equipa sem portugueses (o que dificulta a recuperação e preservação da mística e raça benfiquistas e uma identidade de equipa que perceba a realidade da rivalidade Benfica-Porto e saiba interpretar o sentimento dos adeptos quando defrontamos este adversário) e o descurar da solidez defensiva.
Quanto à primeira lacuna, que resulta também de uma falta de qualidade da formação do Benfica, parece estar-se a trabalhar para a colmatar mas é preciso fazer mais, apostar mais em jogadores portugueses e da casa. Não apenas contratar mais portugueses mas também usar mais os que já temos, como Miguel Vítor, que nunca nos deixou mal e merece mais oportunidades, seja no centro da defesa, seja à direita. Quanto à segunda, há que contratar (ou recuperar os emprestados) defesas laterais de qualidade.
Mais uma vez resulta claro dos dois parágrafos anteriores que o Benfica precisa de uma estrutura mais sólida, que apoie o treinador, que o proteja e preserve (também em relação às polémicas com as arbitragens) e que o chame à razão quando necessário. Pois todos, até os melhores, erram e Jorge Jesus tem errado com alguma frequência nos últimos anos. Uma boa estrutura de futebol, profissional e competente, poderia ter evitado alguns dos erros.
Em terceiro lugar, há que trabalhar a mentalidade e o lado psicológico dos jogadores, no respeitante aos jogos decisivos, através da afirmação da identidade benfiquista. Há que afirmar os valores benfiquistas, o seu espírito desportivista e leal, o seu carácter e seriedade (acabem com os speakers por favor!, assim como com manobras patéticas como apagar as luzes e discursos mal medidos e errantes), bem como a sua dimensão mundial. Este aspecto tem que ser constantemente valorizado, pois o Benfica é um clube ímpar, com adeptos e Casas por todo o mundo. Esta dimensão que as Comunidades Portuguesas e os países de Língua oficial Portuguesa dão ao Benfica, de integração, sem discriminação entre estatuto ou raça, tem que servir para afirmarmos a nossa diferença e identidade em relação a um clube que se assume regionalista e que prima pelo fomento do divisionismo da sociedade portuguesa.
Em quarto lugar, há que, também no plano da moral e da mentalidade, recuperar e fomentar nos jogadores e técnicos uma cultura de vitória e de grandeza, que infelizmente não tem existido nos últimos anos. Uma cultura de ambição, de desejo de conquista de títulos. Hoje os benfiquistas têm medo de perder. Amanhã têm que ter sede de ganhar. O Benfica tem estado nas grandes decisões, mas tem perdido a maioria, precisamente por medo de falhar, por tremer nos momentos decisivos, por achar que algo pode correr mal e por isso correrá mal. Alterar este estado de coisas passa pela liderança do Benfica, Presidente em primeiro lugar, mas também por todos os benfiquistas que têm sido demasiado descrentes e ansiosos nos últimos anos.
Fazendo o trabalho, como tem que fazer, com rigor e disciplina, com a qualidade que existe e libertando-se de medos e fantasmas, o Benfica tem todas as condições para vencer. Percamos então o medo de falhar e substituamo-lo pelo espírito de conquista - não de um mas de muitos títulos. A vitória do Chelsea na Liga dos Campeões e da Académica na Taça mostrou mais uma vez que não há imbatíveis e que a vontade e a determinação, quando se está convicto do que se está a fazer e do emblema que se representa, são factores decisivos. A ambição do Benfica tem que ser a de estabelecer um domínio a nível interno que lhe permita dar o salto para um patamar europeu, a que só episodicamente temos acedido, quando temos condições para dele fazer parte.
Por fim, o Benfica tem que batalhar sempre pela Verdade Desportiva, assumindo-se como defensor intransigente da Justiça no jogo e nas competições, do que temos amplamente falado em diversos posts.
Se estes princípios forem inculcados nos benfiquistas, a começar pelos jogadores e acabando nos adeptos, afirmando-se sempre o clube pela positiva, sem insultos aos adversários, sem ser contra ninguém mas sempre tendo presente a responsabilidade que acarreta a sua dimensão, o Benfica entrará num novo ciclo de vitórias. Que ele comece já na próxima época e que estejamos daqui a um ano a festejar a "dobradinha" (e já agora também com a Taça da Liga, se possível) são os meus desejos de fim de época.
No último jogo com o Porto (na Luz, 2-3), foi bem visível, para quem gosta de analisar as coisas, que o Porto entrou melhor no jogo. Mais forte, mais seguro, mais confiante, com mais garra e vontade de vencer.
O facto do Benfica ter perdido com um golo em fora de jogo e ter visto um jogador seu injustamente expulso não altera este facto.
É preciso perceber por que razão isto acontece recorrentemente. A meu ver será talvez a mesma razão que faz com que o Benfica tenha sistematicamente falhado nos momentos decisivos das últimas décadas, com uma ou outra excepção. Este facto está aliás, melhor do que em qualquer outra competição, espelhado na contabilidade das Supertaças: em 27 presenças, o Porto ganhou 18 (66,6%). Em 15 presenças o Benfica ganhou 4 (26,6%). Em onze finais contra o Porto, imaginem quantas o Benfica ganhou. Pois é... uma! Perdeu 10!
É preciso inverter esta situação, o que se faz de várias formas.
Em primeiro lugar, o Benfica precisa de ter bons jogadores e treinadores, o que objectivamente já acontece hoje. Veja-se como Ramirez e David Luiz se sagraram campeões europeus pelo Chelsea - e que papel tiveram nessa conquista! (a propósito os meus parabéns para estes dois grandes atletas) - e Di Maria campeão de Espanha.
Rodrigo e Nélson Oliveira são avançados de enorme qualidade e características singulares e Cardozo, apesar de ter alguns problemas de motivação ou convicção e algumas limitações no plano técnico, é um avançado de topo - dos que marcam golos, que é o mais importante. No meio campo também há enorme qualidade, desde o meio às faixas. É na defesa que o Benfica precisa de melhorar, sobretudo ao nível dos laterais. A direcção do Benfica tem que trabalhar. É nestes pormenores que a estrutura tem que se sobrepor ao treinador na identificação das necessidades e prioridades de um plantel, deixando claro que nenhuma teimosia se pode sobrepor aos interesses colectivos.
Em segundo lugar, há que definir um modelo de jogo e jogadores para o interpretar. O Porto fez isto nos anos 80, com um modelo sobretudo assente na segurança defensiva e foi ajustando este modelo ao longo dos anos, dotando-o de características mais ofensivas mas sem perder a identidade. Cultivou um jogador "à Porto", que trabalha e batalha muito e não vira a cara à luta. No Benfica, pelo contrário cultivou-se demasido a estrela e o vedetismo. É preciso mudar isto, inculcando nos jogadores a mentalidade de que a equipa e o clube estão sempre acima dos interesses individuais. Jesus conseguiu implementar um modelo ofensivo, adequado à matriz histórica do Benfica, mas teve duas pechas fundamentais, que a estrutura de apoio técnica e directiva deveria ter corrigido: fez uma equipa sem portugueses (o que dificulta a recuperação e preservação da mística e raça benfiquistas e uma identidade de equipa que perceba a realidade da rivalidade Benfica-Porto e saiba interpretar o sentimento dos adeptos quando defrontamos este adversário) e o descurar da solidez defensiva.
Quanto à primeira lacuna, que resulta também de uma falta de qualidade da formação do Benfica, parece estar-se a trabalhar para a colmatar mas é preciso fazer mais, apostar mais em jogadores portugueses e da casa. Não apenas contratar mais portugueses mas também usar mais os que já temos, como Miguel Vítor, que nunca nos deixou mal e merece mais oportunidades, seja no centro da defesa, seja à direita. Quanto à segunda, há que contratar (ou recuperar os emprestados) defesas laterais de qualidade.
Mais uma vez resulta claro dos dois parágrafos anteriores que o Benfica precisa de uma estrutura mais sólida, que apoie o treinador, que o proteja e preserve (também em relação às polémicas com as arbitragens) e que o chame à razão quando necessário. Pois todos, até os melhores, erram e Jorge Jesus tem errado com alguma frequência nos últimos anos. Uma boa estrutura de futebol, profissional e competente, poderia ter evitado alguns dos erros.
Em terceiro lugar, há que trabalhar a mentalidade e o lado psicológico dos jogadores, no respeitante aos jogos decisivos, através da afirmação da identidade benfiquista. Há que afirmar os valores benfiquistas, o seu espírito desportivista e leal, o seu carácter e seriedade (acabem com os speakers por favor!, assim como com manobras patéticas como apagar as luzes e discursos mal medidos e errantes), bem como a sua dimensão mundial. Este aspecto tem que ser constantemente valorizado, pois o Benfica é um clube ímpar, com adeptos e Casas por todo o mundo. Esta dimensão que as Comunidades Portuguesas e os países de Língua oficial Portuguesa dão ao Benfica, de integração, sem discriminação entre estatuto ou raça, tem que servir para afirmarmos a nossa diferença e identidade em relação a um clube que se assume regionalista e que prima pelo fomento do divisionismo da sociedade portuguesa.
Em quarto lugar, há que, também no plano da moral e da mentalidade, recuperar e fomentar nos jogadores e técnicos uma cultura de vitória e de grandeza, que infelizmente não tem existido nos últimos anos. Uma cultura de ambição, de desejo de conquista de títulos. Hoje os benfiquistas têm medo de perder. Amanhã têm que ter sede de ganhar. O Benfica tem estado nas grandes decisões, mas tem perdido a maioria, precisamente por medo de falhar, por tremer nos momentos decisivos, por achar que algo pode correr mal e por isso correrá mal. Alterar este estado de coisas passa pela liderança do Benfica, Presidente em primeiro lugar, mas também por todos os benfiquistas que têm sido demasiado descrentes e ansiosos nos últimos anos.
Fazendo o trabalho, como tem que fazer, com rigor e disciplina, com a qualidade que existe e libertando-se de medos e fantasmas, o Benfica tem todas as condições para vencer. Percamos então o medo de falhar e substituamo-lo pelo espírito de conquista - não de um mas de muitos títulos. A vitória do Chelsea na Liga dos Campeões e da Académica na Taça mostrou mais uma vez que não há imbatíveis e que a vontade e a determinação, quando se está convicto do que se está a fazer e do emblema que se representa, são factores decisivos. A ambição do Benfica tem que ser a de estabelecer um domínio a nível interno que lhe permita dar o salto para um patamar europeu, a que só episodicamente temos acedido, quando temos condições para dele fazer parte.
Por fim, o Benfica tem que batalhar sempre pela Verdade Desportiva, assumindo-se como defensor intransigente da Justiça no jogo e nas competições, do que temos amplamente falado em diversos posts.
Se estes princípios forem inculcados nos benfiquistas, a começar pelos jogadores e acabando nos adeptos, afirmando-se sempre o clube pela positiva, sem insultos aos adversários, sem ser contra ninguém mas sempre tendo presente a responsabilidade que acarreta a sua dimensão, o Benfica entrará num novo ciclo de vitórias. Que ele comece já na próxima época e que estejamos daqui a um ano a festejar a "dobradinha" (e já agora também com a Taça da Liga, se possível) são os meus desejos de fim de época.
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Entrevista do Presidente da Arbitragem
Vítor Pereira, Presidente do Conselho de Arbitragem, deu uma entrevista hoje publicada n' "A Bola".
Aconselho a respetiva leitura, sobretudo àqueles que têm cargos de responsabilidade no Benfica.
Deixando de lado aquilo que para mim é uma certa desresponsabilização dos árbitros e do seu próprio papel, nos erros a que todas as semanas se assitiu este ano, refugiando-se no "treino" que é ministrado e nos "testes" a que estes se submetem, destacaria o seguinte: Vítor Pereira assume que os árbitros foram sujeitos a uma enorme pressão e que se deixaram condicionar. Isto é de uma enorme gravidade, especialmente vindo do responsável pela Arbitragem.
Cito as palavras de Vítor Pereira, para que vejam que não estou a adulterar ou a subverter o que ele disse:
(a propósito da divulgação de dados pessoais dos árbitros)
"Foi uma coisa muito grave (...) logo que saíam as nomeações, os árbitros começavam a receber ameaças (...) que iam ao ponto de pôr em risco a integridade e a segurança física das famílias. (...) Isto criou uma grande instabilidade e levou os árbitros a (...) dizerem muito claramente, que se a situação continuasse assim, eles deixavam de apitar, porque a situação estava a tornar-se insustentável".
Ora noutra parte da entrevista, Vítor Pereira admite que as decisões são condicionadas por estas e outras formas de pressão:
"(Questão d'"A Bola") - Muitos dos árbitros que estão a caminhar para o final da carreira parecem carregados de vícios e manhas, estão muito mais perto da geração anterior do que estavam quando começaram...
Aconselho a respetiva leitura, sobretudo àqueles que têm cargos de responsabilidade no Benfica.
Deixando de lado aquilo que para mim é uma certa desresponsabilização dos árbitros e do seu próprio papel, nos erros a que todas as semanas se assitiu este ano, refugiando-se no "treino" que é ministrado e nos "testes" a que estes se submetem, destacaria o seguinte: Vítor Pereira assume que os árbitros foram sujeitos a uma enorme pressão e que se deixaram condicionar. Isto é de uma enorme gravidade, especialmente vindo do responsável pela Arbitragem.
Cito as palavras de Vítor Pereira, para que vejam que não estou a adulterar ou a subverter o que ele disse:
(a propósito da divulgação de dados pessoais dos árbitros)
"Foi uma coisa muito grave (...) logo que saíam as nomeações, os árbitros começavam a receber ameaças (...) que iam ao ponto de pôr em risco a integridade e a segurança física das famílias. (...) Isto criou uma grande instabilidade e levou os árbitros a (...) dizerem muito claramente, que se a situação continuasse assim, eles deixavam de apitar, porque a situação estava a tornar-se insustentável".
Ora noutra parte da entrevista, Vítor Pereira admite que as decisões são condicionadas por estas e outras formas de pressão:
"(Questão d'"A Bola") - Muitos dos árbitros que estão a caminhar para o final da carreira parecem carregados de vícios e manhas, estão muito mais perto da geração anterior do que estavam quando começaram...
(resposta) - Não posso fazer nada. Os árbitros são seres humanos. E não digo isto para desculpabilizar os erros. Os árbitros ajustam-se ao meio ambiente e este é muito adverso. Têm de encontrar defesas. Hoje em dia, os árbitros não podem sair à rua (...) são agredidos (...) Há factores psicológicos de defesa, que levam os árbitros a atuar de acordo com as situações que lhes criam."
Penso que esta citação dispensa comentários e só confirma, através do testemunho do próprio Presidente do CA, o que há muito sabemos: os árbitros estão condicionados nas suas actuações. Daí o Benfica ter errado redundantemente quando anunciou aos 4 ventos que não falaria de arbitragem.
Quanto às questões dos observadores, Vitor Pereira, apesar de tentar iludir habilmente a questão, acaba por admitir a existência de um vasto problema ("procuraremos que os relatórios transmitam a verdade do jogo" - algo que, pelos vistos admite, agora não acontece), anunciando que "esse vai ser um dos grandes eixos de intervenção para o futuro". Neste momento, diz-nos, "a maioria dos observadores vêm o jogo ao vivo... Veem-no de longe sem pormenor (...) Há claras possibilidades de começar a ser implementado um sistema de observação mista, em que para além do observador ao vivo haja uma observação por via da televisão". Se por um lado isto parece um desenvolvimento positivo, por outro ... cuidado.
Aliás, logo no início da entrevista ficamos a saber quão credível é o sistema: "Tivemos 5,72 % de jogos com desempenho abaixo da expectativa, com eventual prejuízo dos resultados finais, mais 3 % dos jogos onde houve eventuais erros disciplinares". E isto no total das duas divisões profissionais.
O que realmente seria uma boa notícia, caso se confirmasse, era a nomeação de árbitros estrangeiros de topo para apitar em Portugal: "estamos abertos a isso, desde que haja reciprocidade".
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terça-feira, 15 de maio de 2012
Resultados de sondagens - Assembleia Geral
Fizemos já aqui algumas sondagens. Apesar do número de participantes ter sido limitado, queria partilhar os resultados.
Jorge Jesus: a maioria dos participantes considerou que ele se deveria manter como treinador do Benfica na próxima época, até terminar o seu contrato.
Árbitros I: a grande maioria considerou que o que se passou este ano foi ainda mais descarado do que o que aconteceu durante os anos do Apito Dourado, pelos quais o Porto e Pinto da Costa foram condenados por corrupção.
Árbitros II: a pergunta era sobre o que deveria fazer o Benfica para moralizar a arbitragem. A resposta mais votada foi a de que o Benfica deve convocar uma Assembleia Geral para, entre os sócios, debater a questão e definir uma linha a seguir. Seguidamente as opções mais votadas foram: exigir a demissão de Fernando Gomes e Vítor Pereira, começar a usar na Luz os mesmos métodos (mais musculados) que outros usam nas suas casas, com menos votos, exigir a demissão de apenas Fernando Gomes ou apenas Vitor Pereira e por fim dar mais entrevistas a meios de comunicação social.
Comentário: é clara a convicção dos benfiquistas de que o campeonato perdido este ano, se bem que com alguma dose de culpas próprias, se deve sobretudo a arbitragens altamente tendenciosas. Houve por parte dos árbitros uma intenção que chegou a parecer flagrante de prejudicar o Benfica.
Nessa medida, torna-se necessária uma acção decidida e firme por parte da direcção. Não basta protestar é imperioso EXIGIR medidas que garantam que as coisas não se repetem no futuro. O Sporting foi prejudicado em um ou dois jogos e fez um ruído tremendo, com audiências junto do Secretário de Estado e lamentos que duraram toda a época. Depois vieram os benefícios em diversos jogos, sem os quais muito dificilmente estariam no Jamor. Pelo meio houve o caso Pereira Cristovão... O Porto foi prejudicado num lance de penalty (num jogo que até ganhou) e no dia seguinte o árbitro (Duarte Gomes) estava a fazer mea culpa no Facebook. Depois de perder em Barcelos, o treinador do Porto disse que "podiam entregar as faixas ao Benfica" e depois disso foi o que se viu...
Em conclusão, parece-me que a direcção deve tomar medidas para moralizar de vez a arbitragem. Se há coisa evidente, e que se percebe pelo parágrafo acima, é que os árbitros são altamente influenciáveis e permeáveis a pressões. Isto não é aceitável numa competição profissional.
A ideia de convocar uma Assxembleia Geral pode dar à direcção força e legitimidade para EXIGIR medidas de moralização. Se integrámos na sondagem a opção de uso de meios mais "musculados" na Luz, foi apenas no sentido de se fazer perceber aos árbitros que também não aceitaremos impavidamente que outros os usem e retirem disso benefícios, ao passo que nós, por os considerarmos ilegítimos e consequentemente não os usarmos, acabarmos por ser prejudicados. É portanto, mais do que outra coisa, pois não faremos aqui a apologia da violência (o desporto não é isso), uma forma de dizer que não andamos a dormir e não aceitaremos ser os bombos da festa.
Aliás, eu discordo da política dos jogadores não poderem falar com os árbitros ou reclamar das suas decisões (política que foi assumida pelo Benfica). Se olharmos para as equipas de Mourinho, ou mesmo o Barcelona e outras grandes equipas europeias (as inglesas são um pouco a excepção), vemos os jogadores pressionarem os árbitros.
Julgo que é também por sermos os "alunos bem comportados" que acabamos por ver nos ser aplicado um critério de rigor que não se usa contra outras equipas. Que outra equipa teve um jogador expulso por dar um murro na relva? Eu defendo que depois de uma decisão escandalosa como a de não assinalar o penalty em Coimbra, a equipa deveria - SIM, defendo-o - rodear o árbitro e exigir explicações. E no fim do jogo o mesmo. Mesmo que acabássemos o jogo com menos um ou dois, o espírito de grupo sairia reforçado e os jogadores descarregariam um pouco a sua frustração, não sentindo tanto (como aconteceu este ano) que era sempre COMER E CALAR. Por outro lado, o clamor público seria maior e da vez seguinte talvez os árbitros se sentissem menos à vontade para tomar determinado tipo de decisões.
Por fim, aproveito para lembrar que há uma nova sondagem. Para aqueles que quiserem participar está na barra direita.
Jorge Jesus: a maioria dos participantes considerou que ele se deveria manter como treinador do Benfica na próxima época, até terminar o seu contrato.
Árbitros I: a grande maioria considerou que o que se passou este ano foi ainda mais descarado do que o que aconteceu durante os anos do Apito Dourado, pelos quais o Porto e Pinto da Costa foram condenados por corrupção.
Árbitros II: a pergunta era sobre o que deveria fazer o Benfica para moralizar a arbitragem. A resposta mais votada foi a de que o Benfica deve convocar uma Assembleia Geral para, entre os sócios, debater a questão e definir uma linha a seguir. Seguidamente as opções mais votadas foram: exigir a demissão de Fernando Gomes e Vítor Pereira, começar a usar na Luz os mesmos métodos (mais musculados) que outros usam nas suas casas, com menos votos, exigir a demissão de apenas Fernando Gomes ou apenas Vitor Pereira e por fim dar mais entrevistas a meios de comunicação social.
Comentário: é clara a convicção dos benfiquistas de que o campeonato perdido este ano, se bem que com alguma dose de culpas próprias, se deve sobretudo a arbitragens altamente tendenciosas. Houve por parte dos árbitros uma intenção que chegou a parecer flagrante de prejudicar o Benfica.
Nessa medida, torna-se necessária uma acção decidida e firme por parte da direcção. Não basta protestar é imperioso EXIGIR medidas que garantam que as coisas não se repetem no futuro. O Sporting foi prejudicado em um ou dois jogos e fez um ruído tremendo, com audiências junto do Secretário de Estado e lamentos que duraram toda a época. Depois vieram os benefícios em diversos jogos, sem os quais muito dificilmente estariam no Jamor. Pelo meio houve o caso Pereira Cristovão... O Porto foi prejudicado num lance de penalty (num jogo que até ganhou) e no dia seguinte o árbitro (Duarte Gomes) estava a fazer mea culpa no Facebook. Depois de perder em Barcelos, o treinador do Porto disse que "podiam entregar as faixas ao Benfica" e depois disso foi o que se viu...
Em conclusão, parece-me que a direcção deve tomar medidas para moralizar de vez a arbitragem. Se há coisa evidente, e que se percebe pelo parágrafo acima, é que os árbitros são altamente influenciáveis e permeáveis a pressões. Isto não é aceitável numa competição profissional.
A ideia de convocar uma Assxembleia Geral pode dar à direcção força e legitimidade para EXIGIR medidas de moralização. Se integrámos na sondagem a opção de uso de meios mais "musculados" na Luz, foi apenas no sentido de se fazer perceber aos árbitros que também não aceitaremos impavidamente que outros os usem e retirem disso benefícios, ao passo que nós, por os considerarmos ilegítimos e consequentemente não os usarmos, acabarmos por ser prejudicados. É portanto, mais do que outra coisa, pois não faremos aqui a apologia da violência (o desporto não é isso), uma forma de dizer que não andamos a dormir e não aceitaremos ser os bombos da festa.
Aliás, eu discordo da política dos jogadores não poderem falar com os árbitros ou reclamar das suas decisões (política que foi assumida pelo Benfica). Se olharmos para as equipas de Mourinho, ou mesmo o Barcelona e outras grandes equipas europeias (as inglesas são um pouco a excepção), vemos os jogadores pressionarem os árbitros.
Julgo que é também por sermos os "alunos bem comportados" que acabamos por ver nos ser aplicado um critério de rigor que não se usa contra outras equipas. Que outra equipa teve um jogador expulso por dar um murro na relva? Eu defendo que depois de uma decisão escandalosa como a de não assinalar o penalty em Coimbra, a equipa deveria - SIM, defendo-o - rodear o árbitro e exigir explicações. E no fim do jogo o mesmo. Mesmo que acabássemos o jogo com menos um ou dois, o espírito de grupo sairia reforçado e os jogadores descarregariam um pouco a sua frustração, não sentindo tanto (como aconteceu este ano) que era sempre COMER E CALAR. Por outro lado, o clamor público seria maior e da vez seguinte talvez os árbitros se sentissem menos à vontade para tomar determinado tipo de decisões.
Por fim, aproveito para lembrar que há uma nova sondagem. Para aqueles que quiserem participar está na barra direita.
quarta-feira, 18 de abril de 2012
Caixa de Pandora?
O caso Pereira Cristovão ameaça não desaparecer tão cedo. E ainda bem. É uma janela de oportunidade que se abre para que a Justiça entre no mundo do futebol e a verdade desportiva possa começar a prevalecer. Espero que os dirigentes benfiquistas o percebam e que não deixem fugir esta oportunidade.
É que ficou provado que continua a existir corrupção no futebol português. Das duas uma: ou houve suborno ou houve uma tentativa de simular um suborno. A verificar-se a primeira das hipóteses não há dúvida quanto às consequências (para o Sporting, para o Marítimo ou quem quer que se prove ser o responsável pelo depósito); a verificar-se a segunda, há que determinar qual o objectivo que se pretendia atingir, que tanto poderia ser o de manchar os nomes de Cardinal e do Marítimo como simplesmente o de coagir a actuação do árbitro em causa. Em qualquer dos casos há um crime. Em qualquer dos casos, tentativa de retirar dividendos da situação. Em qualquer situação tentativa de adulterar a verdade desportiva.
Acima de tudo exige-se assim, depois de tudo o que tem acontecido esta época, que a direcção do Benfica não deixe de modo nenhum morrer este caso e que exerça todo o seu peso (que aparentemente hoje é diminuto, mas ainda assim) junto das instâncias do futebol para que se vá até às últimas consequências.
Neste e noutros casos. Muitas vezes o mais difícil é desfiar-se uma ponta e o resto vem atrás. Tenho alguma esperança de que outras coisas se venham a descobrir por arrasto. O que disse ontem o Presidente do Nacional da Madeira dá que pensar. Diz ele que Pereira Cristovão não viajou com a equipa do Sporting para a Madeira (para o jogo com o Nacional da meia final da Taça de Portugal) mas sim noutro voo "ao lado de Pedro Proença". Claro que isto não prova nada, mas, se juntarmos a esta alegação o que foi a arbitragem de Proença nesse jogo, a suspeita fica no ar. Proença expulsou um jogador do Nacional de forma muito forçada e marcou um penalty inacreditável contra o Nacional. Mas Rui Alves diz mais, muito mais. Segundo ele: "Paulo Pereira Cristovão detém dados dos árbitros que não estão ao alcance de qualquer dirigente desportivo. Tenho testemunhas do que estou a dizer. O que se passou foi uma estratégia de coacção dos árbitros".
São acusações muito graves, perante as quais espero que quer a justiça quer as instâncias do futebol tenham já encetado diligências. É que, a serem verdadeiras estas acusações, o Sporting incorre numa pena de descida de divisão.
Mais uma vez insisto, o Benfica não pode deixar este caso morrer. Acredito que quanto mais dele se vier a saber mais perto ficaremos de eliminar a batota do futebol.
Tenho como verdadeiro que é o Porto e não o Sporting que exerce o maior poder sobre os árbitros portugueses. Mas, a serem verdade as acusações que agora impendem sobre Cristovão, há que recuar ao que passou em Alvalade na última jornada e reapreciar a arbitragem de Artur Soares Dias.
Escrevi a quente sobre esse Sporting-Benfica. Ponderei na altura sobre se deveria deixar passar algum tempo, de forma a não ser tão emotivo, mas estou contente por não o ter feito. É que a indignação esmorece com o tempo e quando nos habituamos a reprimi-la corremos o risco de nos tornarmos insensíveis à injustiça. Ora eu espero que isso nunca me aconteça - ou não fosse o nome deste blog Justiça Benfiquista.
Para além dos penaltis vergonhosos, estão a circular na internet novas imagens (nomeadamente do pisão de João Pereira a Gaitan) e vídeos sobre esse jogo. Que mostram que o árbitro viu determinadas situações que não sancionou.
Já tenho defendido que em que muitos casos de arbitragem não acredito que se tratem de erros, de tal forma as situações são evidentes. A presunção de inocência não pode ser uma carta que constantemente se lança para branquear decisões inexplicáveis e tornar inimputáveis os árbitros. Pelo contrário, quando há erros flagrantes os árbitros deveriam ter que se explicar. Pelo menos ao organismo que os tutela.
Ora se as referidas imagens e vídeos provam que a dualidade de critérios foi gritante e que o árbitro viu e não puniu inúmeras situações em prejuízo do Benfica, não fica a sua imparcialidade (no mínimo) em causa? Qual a sua defesa, quais as suas justificações? Na ausência delas, não podemos deixar de especular: existirá alguma relação entre a arbitragem tendenciosa desse jogo e a identificação de Paulo Pereira Cristovão pela PSP, (a pedido de Soares Dias), no intervalo do Sporting-Marítimo? Por que razão foi feita essa identificação? Soares Dias sentiu-se ofendido por PPC? Intimidado? Coagido? Se assim foi, teria condições psicológicas para arbitrar o Sporting-Benfica?
Volto a dizer, o caso Pereira Cristovão é uma janela de oportunidade para acabar com a corrupção e o tráfico de influências no futebol português. Apelo a uma atenção muito grande por parte da direcção do nosso clube. O Benfica não pode permitir que mais uma vez as coisas caiam no esquecimento. Uma oportunidade destas não aparece todos os dias. Há que ir até ao fim. Até porque isto pode ser só uma pequena parte do que se passa nos bastidores do futebol. Continuo a acreditar que é o Porto quem ali mais se movimenta. Abra-se a caixa de Pandora.
quinta-feira, 12 de abril de 2012
E Pluribus Unum
Os anglófonos têm uma expressão que hoje me veio à memória, a propósito do que ultimamente vem sendo feito ao Benfica: to add insult to injury. Uma tradução literal não funciona, pois injúria em português é o mesmo que insulto. Juntar insulto à agressão é uma hipótese mas uma tradução mais livre, deitar sal nas feridas, também exprime aquele conceito.
É isto que tem sido feito ao Benfica nos últimos jogos. Em Alvalade não marcar o penalty descarado de Polga e marcar um mais do que forçado a Luisão (dando-lhe o cartão amarelo e vindo a expulsá-lo mais tarde), mais do que nos prejudicar, é insultar-nos, gozar na nossa cara. Houve muito mais casos no jogo. Por exemplo, estou convencido de que Wolksvinkel parte de posição irregular no lance do pretenso penalty, não ficando minimamente convencido com a única repetição do lance (dum ângulo oblíquo e enviesado). Por exemplo, João Pereira fez o possível e o impossível para ser expulso, tendo acabado apenas amarelado num lance em que Nélson Oliveira recebeu a mesma repreensão disciplinar. Isto depois de pisar, pontapear e insultar - diversas vezes. Por exemplo, Djaló sofreu várias entradas ilegais, para gáudio das bancadas e perante a complacência do árbitro, para quem nada passava. Comparemos o critério aplicado nessas jogadas com o que o árbitro usou no lance entre Luisão e Wolksvinkel e ficamos conversados.
Mas este rol de injustiças, trapaças mesmo - porque não dizê-lo -, veio, como se não bastasse, na sequência de muitas outras coisas. O quê? Dois penaltis por assinalar em Coimbra, o segundo sobre Aimar ainda transformado em falta contra o Benfica, expulsão inconcebível de Emerson por duas faltas absolutamente normais contra o Porto, golo em claríssimo fora de jogo do Porto na Luz, uma escandalosa arbitragem em Olhão (compare-se o abraço de urso sofrido por Jardel ao referido lance Luisão/Wolksvinkel ou a expulsão de Aimar à entrada de Toy sobre Javi Garcia) e, juntando insulto à injúria, a suspensão inédita de Aimar por dois jogos, impedindo-o de jogar em Alvalade. Recordo ainda que contra Sporting acabámos nos dois jogos a jogar com 10, tal como na Luz contra o Porto.
Tenho que discordar de muitos benfiquistas quando dizem que se jogássemos melhor ganharíamos apesar dos "erros" dos árbitros. Peço desculpa mas os nossos jogadores não são super-homens. Os jogos contra o Benfica são já de si difíceis pelo empenho único que os adversários nele colocam e as tácticas ultradefensivas que adoptam. Ora, se as oportunidades que o Benfica cria são paradas ilegalmente e os árbitros nada assinalam, o desgaste psicológico começa a acumular-se e começam a faltar forças aos nossos atletas para combater tamanhas farsas.
Por isso considero que É INADMISSÍVEL QUE NOS RESIGNEMOS A QUE O BENFICA TENHA QUE JOGAR 2, 3 E 4 VEZES MAIS DO QUE O ADVERSÁRIO PARA PODER GANHAR. Sobretudo quando em certos jogos dos rivais são estendidas passadeiras.
Os nossos jogadores estão cansados? Pudera! Estão psicologicamente abatidos? Qual é o espanto?
Veja-se o estado de espírito de Maxi depois de uma destas actuações arbitrais:
http://www.youtube.com/watch?v=SbKVo1o9Gw4&feature=related
Esclarecedor. Ou recorde-se o que disse Artur após o jogo com o Sporting:
http://www.futebol365.pt/noticias/artigo.asp?id=58594&CAT=Nacional
A coisa é de tal ordem que os nossos defesas evitam até encostar aos adversários, quando dentro da grande área, com medo de que o árbitro tenha um pretexo para marcar penalty. Eles estão dentro de campo, sabem como é. Por isso a frustração e o cansaço acumulam-se.
Perante isto, os nossos adversários riem alarvemente e permitem-se fazer piadolas. No entanto continuam a falar de "colo", "andor" e "regime" e a referir-se indignados à "Taça Lucílio Baptista", que aconteceu há 3 anos atrás... Se um lance num jogo alimentasse para nós 3 anos de queixas, tínhamos nesta época matéria para todo o século.
Daí o meu apelo a todos os Benfiquistas que têm a paciência de me ler: não é hora de recriminarmos Jesus e os nossos atletas. Muito desapoiados pela estrutura do futebol, eles têm feito tudo para que possamos vencer. É HORA DE UNIÃO, de honrar o nosso lema. Já o disse e repito, o BENFICA NÃO PERDEU O CAMPEONATO. Se não o ganharmos é porque ele nos foi ROUBADO.
Tenhamos agora a força de nos manter de pé e honrar o nome do Benfica no que falta jogar na época. Tenho esperança de que até ao fim ainda possam estar reservadas algumas surpresas.
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Vídeo-árbitro?
Não sou por princípio partidário da utilização das novas tecnologias no futebol. Confesso que não tenho propriamente razões objectivas que o justifiquem. Trata-se mais de um certo conservadorismo, receio de mudar, medo de que o jogo que tanto apreciamos possa ficar de alguma forma estragado.
Creio porém que é chegado o momento de ser feito um debate sério, racional e desapaixonado ao nível das instâncias decisoras do futebol sobre este assunto.
O futebol é o jogo no qual os pontos, neste caso os golos, são em menor número. O basquetebol, o andebol, e o voleibol têm dezenas ou centenas de pontos/golos ao passo que o râguebi, o hóquei (em todas as suas variantes) e, para citar também os desportos americanos, o basebol e o futebol americano, têm um número mais aproximado (embora superior) de concretizações do nosso futebol . Ainda assim o futebol é praticamente o único jogo no qual um golo pode ser - e é em muitos casos - decisivo. O golo é raro e daí ser comemorado mais efusivamente do que qualquer outra concretização em qualquer outro desporto.
Não há portanto nenhuma decisão arbitral em todo o mundo do desporto tão importante como o assinalar (ou não assinalar) de um penalty.
Há depois o caso das expulsões ou exclusões do jogo. Na maioria dos desportos a expulsão é uma coisa rara, punindo comportamento claramente anti-desportivo (agressão na maior parte dos casos). Nalguns jogos um jogador pode ser temporariamente excluído do jogo, ao passo que no basquetebol ao fim de 5 faltas um jogador é excluído até ao fim mas o treinador pode substituí-lo por outro.
No futebol, pelo contrário, a expulsão acontece inúmeras vezes, na esmagadora maioria por faltas banais ou alegados protestos, quando em situações semelhantes (por vezes até no mesmo jogo) outros jogadores não sofrem punição ou escapam apenas com um cartão amarelo. O poder discricionário do árbitro é tremendo. Acresce que ficar a jogar com menos um jogador é altamente penalizador para uma equipa: se está a perder dificilmente inverterá o resultado e se está a ganhar arrisca-se a empatar ou perder.
A conclusão é óbvia: os árbitros têm um poder no futebol que não têm em nenhum outro desporto e podem facilmente (por lapso, incompetência ou deliberadamente) influenciar ou mesmo inverter o que, em circunstâncias normais, seria o desfecho de uma partida.
Convém agora aqui referir um outro facto: o futebol é o jogo que mais espectadores tem no mundo, que mais paixões gera e que mais dinheiro movimenta.
Posto tudo isto, não será a altura de introduzir meios tecnológicos no futebol? Há situações que se resolveriam imediatamente, a começar pela a entrada ou não da bola na baliza. Por outro lado, um vídeo árbitro poderia apreciar os lances de foras-de-jogo ou penaltis.
O recurso ao vídeo é uma prática no râguebi e no futebol americano, apesar dos ensaios ou golos não terem a mesma importância do golo no futebol (mais raro e decisivo, como vimos). Não consta que tenham arruinado o jogo, muito pelo contrário. Tanto quanto consta, passou a haver menos suspeição e os jogadores e treinadores passaram a ter mais respeito pela figura do árbitro
De uma coisa estou certo. Em Portugal não existe outra forma de trazer transparência e um mínimo de justiça e verdade desportiva aos jogos. Neste momento o jogo está falseado e falseado continuará por muitos e maus anos até que medidas radicais sejam tomadas.
Uma última nota. Tanto quanto sei, está proibido pela FIFA o recurso a qualquer tecnologia e nenhuma Liga ou Federação as pode aplicar internamente. Há no entanto cada vez mais vozes a levantar-se contra esta postura e quem sabe se esta não será uma temática das próximas eleições naquele organismo. Seja como for, o mais importante é ter um debate sério. Aqui ficou o meu humilde contributo.
Creio porém que é chegado o momento de ser feito um debate sério, racional e desapaixonado ao nível das instâncias decisoras do futebol sobre este assunto.
O futebol é o jogo no qual os pontos, neste caso os golos, são em menor número. O basquetebol, o andebol, e o voleibol têm dezenas ou centenas de pontos/golos ao passo que o râguebi, o hóquei (em todas as suas variantes) e, para citar também os desportos americanos, o basebol e o futebol americano, têm um número mais aproximado (embora superior) de concretizações do nosso futebol . Ainda assim o futebol é praticamente o único jogo no qual um golo pode ser - e é em muitos casos - decisivo. O golo é raro e daí ser comemorado mais efusivamente do que qualquer outra concretização em qualquer outro desporto.
Não há portanto nenhuma decisão arbitral em todo o mundo do desporto tão importante como o assinalar (ou não assinalar) de um penalty.
Há depois o caso das expulsões ou exclusões do jogo. Na maioria dos desportos a expulsão é uma coisa rara, punindo comportamento claramente anti-desportivo (agressão na maior parte dos casos). Nalguns jogos um jogador pode ser temporariamente excluído do jogo, ao passo que no basquetebol ao fim de 5 faltas um jogador é excluído até ao fim mas o treinador pode substituí-lo por outro.
No futebol, pelo contrário, a expulsão acontece inúmeras vezes, na esmagadora maioria por faltas banais ou alegados protestos, quando em situações semelhantes (por vezes até no mesmo jogo) outros jogadores não sofrem punição ou escapam apenas com um cartão amarelo. O poder discricionário do árbitro é tremendo. Acresce que ficar a jogar com menos um jogador é altamente penalizador para uma equipa: se está a perder dificilmente inverterá o resultado e se está a ganhar arrisca-se a empatar ou perder.
A conclusão é óbvia: os árbitros têm um poder no futebol que não têm em nenhum outro desporto e podem facilmente (por lapso, incompetência ou deliberadamente) influenciar ou mesmo inverter o que, em circunstâncias normais, seria o desfecho de uma partida.
Convém agora aqui referir um outro facto: o futebol é o jogo que mais espectadores tem no mundo, que mais paixões gera e que mais dinheiro movimenta.
Posto tudo isto, não será a altura de introduzir meios tecnológicos no futebol? Há situações que se resolveriam imediatamente, a começar pela a entrada ou não da bola na baliza. Por outro lado, um vídeo árbitro poderia apreciar os lances de foras-de-jogo ou penaltis.
O recurso ao vídeo é uma prática no râguebi e no futebol americano, apesar dos ensaios ou golos não terem a mesma importância do golo no futebol (mais raro e decisivo, como vimos). Não consta que tenham arruinado o jogo, muito pelo contrário. Tanto quanto consta, passou a haver menos suspeição e os jogadores e treinadores passaram a ter mais respeito pela figura do árbitro
De uma coisa estou certo. Em Portugal não existe outra forma de trazer transparência e um mínimo de justiça e verdade desportiva aos jogos. Neste momento o jogo está falseado e falseado continuará por muitos e maus anos até que medidas radicais sejam tomadas.
Uma última nota. Tanto quanto sei, está proibido pela FIFA o recurso a qualquer tecnologia e nenhuma Liga ou Federação as pode aplicar internamente. Há no entanto cada vez mais vozes a levantar-se contra esta postura e quem sabe se esta não será uma temática das próximas eleições naquele organismo. Seja como for, o mais importante é ter um debate sério. Aqui ficou o meu humilde contributo.
terça-feira, 10 de abril de 2012
As culpas próprias
A arbitragem de ontem foi apenas mais um capítulo de uma longa história que se vem escrevendo há vários anos.
Há muito que não acredito nos "erros" dos árbitros. Muito menos na sua honorabilidade. A maioria dos árbitros em Portugal não são sérios nem decentes.
Somos um país pequenino nos hábitos e nas mentalidades, onde o favor e a corrupção fazem parte do modo normal de fazer as coisas. O futebol é por regra um submundo sujo e violento onde se passam coisas que a maioria de nós não sonha. Escreverei aqui no futuro algumas das que sei se entretanto a desilusão não me levar a abandonar de vez estas lides.
Vejo futebol há muitos anos e há muitos anos digo que este jogo está viciado. Acreditamos sempre que as coisas vão mudar, mas ano após ano vemos que isso não acontece.
Ainda me lembro do que passou em 1991 quando o Benfica ganhou por 2-0 nas Antas com dois golos de César Brito. Agressões, cuspidelas e a necessidade de homens como Jorge de Brito terem que se refugiar em ambulâncias para sair dali vivos. Lembro-me bem dos Calheiros, dos Guímaros e da agência de viagem Cosmos. Lembro-me de José Pratas ter que fugir dos jogadores do Porto durante longos minutos. Lembro-me da batalha campal em Campomaior.
Uns anos depois é a vez de Hulk, Helton e Sapunaru agredirem a murro e pontapé, pessoas e equipamento no Estádio da Luz, depois de em campo terem perdido sem espinhas. No final ainda foram vítimas e o "túnel da Luz" o culpado. Se fosse ao contrário, nas Antas, não era o segurança que tinha ido parar ao hospital mas os jogadores do Benfica que sairiam de ambulância ou pior.
Entretanto continuaram as poucas-vergonhas com os árbitros, incluindo o caso de um que na véspera do jogo se desloca a casa do presidente do Porto para pedir aconselhamento matrimonial para o pai. Quando a polícia finalmente investigou e as provas foram apresentadas, um juíz tratou de as inutilizar.
Ontem voltámos a ver como as coisas são. Se o campeonato estava praticamente decidido desde sábado, quando Hugo Viana fez o que fez e a sorte mais uma vez protegeu o Porto, ontem ficou entregue. O que se passou em Alvalade tem que ser escalpelizado, porque não foi pouco. Não foi apenas um penalty gritante que TODOS os que assistiam ao jogo viram. Foi muito mais do que isso.
Não deixa porém de ser verdade que a partir do golo do Sporting, com nova intervenção directa e falseadora do árbitro, o Benfica se perdeu e poderia ter sofrido uma derrota bem mais pesada. Importa portanto olhar para dentro e perceber que algo está mal.
Importa analisar as culpas próprias.
Vieira
Há mais de um ano atrás, quando o Benfica perdeu por 5-0 nas antas esperei que alguém na direcção desse a cara, explicasse aos benfiquistas o que se passara e assumisse responsabilidades. Continuo à espera.
Quando, uns meses depois, perdemos as meias-finais da Taça em casa, após sofrer 3 golos em poucos minutos, perdemos as meias-finais da Liga Europa para um clube muito mais pequeno e deixámos o Porto ser campeão invicto e fazer a festa na nossa casa, continuei à espera que alguém assumisse responsabilidades por tamanho fracasso e desilusão.
Quando nesse mesmo jogo fizemos a vergonhosa e patética figura de apagar as luzes e ligar a rega, continuei à espera. A única coisa que ouvi sobre esse caso foi Jesus dizer que não era electricista.
A falta de liderança no Benfica é evidente. A meio da presente época Luis Filipe Vieira deu uma entrevista à RTP. Apresentou-se triunfal, quando nada estava ganho. Comprometeu-se a dar nova entrevista se o Benfica fosse à final da Liga das Campeões... Disse que o Benfica não falava de árbitros...
Desde essa entrevista assistiu-se ao descalabro que se conhece.
Vieira parece ter organizado o Benfica e apetrechado a equipa de muito bons jogadores. Herdou um Benfica muito frágil, depois de Vilarinho o ter salvo da vertigem e possível extinção da era Vale e Azevedo. Foi muito importante na construção do novo Estádio, dos mais modernos do mundo. O Benfica é hoje uma indústria, com um marketing impressionante e uma capacidade de gerar receitas ao nível dos maiores. É mesmo o maior em termos de sócios.
Vieira tem portanto méritos que têm que ser reconhecidos.
No entanto Vieira está a cometer erros que voltam a ameaçar o Benfica com o espectro da instabilidade e do desânimo. Vieira, para além de ser conivente e até parte do sistema, ao apoiar as estruturas que gerem o futebol português, a começar por Fernando Gomes (quando Fernando Seara se disponibilizara para concorrer à FPF), não tem capacidade de liderança para conduzir a equipa às vitórias.
Esse problema não parece ser resolúvel com o tempo e a experiência. Vieira está aliás há muitos anos no Benfica e já teria tido tempo de aprender se estas coisas se aprendessem.
O problema é porém o da alternativa. Enquanto não se perfilar alguém com a necessária fibra, coragem, frieza e visão para o lugar, um verdadeiro benfiquista que conheça e sinta os valores do clube, teremos que continuar com Vieira.
Sobre Jesus falarei de seguida.
Há muito que não acredito nos "erros" dos árbitros. Muito menos na sua honorabilidade. A maioria dos árbitros em Portugal não são sérios nem decentes.
Somos um país pequenino nos hábitos e nas mentalidades, onde o favor e a corrupção fazem parte do modo normal de fazer as coisas. O futebol é por regra um submundo sujo e violento onde se passam coisas que a maioria de nós não sonha. Escreverei aqui no futuro algumas das que sei se entretanto a desilusão não me levar a abandonar de vez estas lides.
Vejo futebol há muitos anos e há muitos anos digo que este jogo está viciado. Acreditamos sempre que as coisas vão mudar, mas ano após ano vemos que isso não acontece.
Ainda me lembro do que passou em 1991 quando o Benfica ganhou por 2-0 nas Antas com dois golos de César Brito. Agressões, cuspidelas e a necessidade de homens como Jorge de Brito terem que se refugiar em ambulâncias para sair dali vivos. Lembro-me bem dos Calheiros, dos Guímaros e da agência de viagem Cosmos. Lembro-me de José Pratas ter que fugir dos jogadores do Porto durante longos minutos. Lembro-me da batalha campal em Campomaior.
Uns anos depois é a vez de Hulk, Helton e Sapunaru agredirem a murro e pontapé, pessoas e equipamento no Estádio da Luz, depois de em campo terem perdido sem espinhas. No final ainda foram vítimas e o "túnel da Luz" o culpado. Se fosse ao contrário, nas Antas, não era o segurança que tinha ido parar ao hospital mas os jogadores do Benfica que sairiam de ambulância ou pior.
Entretanto continuaram as poucas-vergonhas com os árbitros, incluindo o caso de um que na véspera do jogo se desloca a casa do presidente do Porto para pedir aconselhamento matrimonial para o pai. Quando a polícia finalmente investigou e as provas foram apresentadas, um juíz tratou de as inutilizar.
Ontem voltámos a ver como as coisas são. Se o campeonato estava praticamente decidido desde sábado, quando Hugo Viana fez o que fez e a sorte mais uma vez protegeu o Porto, ontem ficou entregue. O que se passou em Alvalade tem que ser escalpelizado, porque não foi pouco. Não foi apenas um penalty gritante que TODOS os que assistiam ao jogo viram. Foi muito mais do que isso.
Não deixa porém de ser verdade que a partir do golo do Sporting, com nova intervenção directa e falseadora do árbitro, o Benfica se perdeu e poderia ter sofrido uma derrota bem mais pesada. Importa portanto olhar para dentro e perceber que algo está mal.
Importa analisar as culpas próprias.
Vieira
Há mais de um ano atrás, quando o Benfica perdeu por 5-0 nas antas esperei que alguém na direcção desse a cara, explicasse aos benfiquistas o que se passara e assumisse responsabilidades. Continuo à espera.
Quando, uns meses depois, perdemos as meias-finais da Taça em casa, após sofrer 3 golos em poucos minutos, perdemos as meias-finais da Liga Europa para um clube muito mais pequeno e deixámos o Porto ser campeão invicto e fazer a festa na nossa casa, continuei à espera que alguém assumisse responsabilidades por tamanho fracasso e desilusão.
Quando nesse mesmo jogo fizemos a vergonhosa e patética figura de apagar as luzes e ligar a rega, continuei à espera. A única coisa que ouvi sobre esse caso foi Jesus dizer que não era electricista.
A falta de liderança no Benfica é evidente. A meio da presente época Luis Filipe Vieira deu uma entrevista à RTP. Apresentou-se triunfal, quando nada estava ganho. Comprometeu-se a dar nova entrevista se o Benfica fosse à final da Liga das Campeões... Disse que o Benfica não falava de árbitros...
Desde essa entrevista assistiu-se ao descalabro que se conhece.
Vieira parece ter organizado o Benfica e apetrechado a equipa de muito bons jogadores. Herdou um Benfica muito frágil, depois de Vilarinho o ter salvo da vertigem e possível extinção da era Vale e Azevedo. Foi muito importante na construção do novo Estádio, dos mais modernos do mundo. O Benfica é hoje uma indústria, com um marketing impressionante e uma capacidade de gerar receitas ao nível dos maiores. É mesmo o maior em termos de sócios.
Vieira tem portanto méritos que têm que ser reconhecidos.
No entanto Vieira está a cometer erros que voltam a ameaçar o Benfica com o espectro da instabilidade e do desânimo. Vieira, para além de ser conivente e até parte do sistema, ao apoiar as estruturas que gerem o futebol português, a começar por Fernando Gomes (quando Fernando Seara se disponibilizara para concorrer à FPF), não tem capacidade de liderança para conduzir a equipa às vitórias.
Esse problema não parece ser resolúvel com o tempo e a experiência. Vieira está aliás há muitos anos no Benfica e já teria tido tempo de aprender se estas coisas se aprendessem.
O problema é porém o da alternativa. Enquanto não se perfilar alguém com a necessária fibra, coragem, frieza e visão para o lugar, um verdadeiro benfiquista que conheça e sinta os valores do clube, teremos que continuar com Vieira.
Sobre Jesus falarei de seguida.
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lisboa
segunda-feira, 9 de abril de 2012
Acabou
Honestamente, sinto-me a viver numa realidade paralela. Provavelmente sou eu o louco.
Mas... QUEM NÃO VIU O PENALTY SOBRE GAITAN?
ALGUÉM NÃO O VIU?
Pergunto-me?
E volto a perguntar: houve alguém - NAS BANCADAS E NA TELEVISÃO - que não visse o penalty sobre Gaitan?
Passemos adiante, pois o Benfica continuou a jogar bem e a dominar totalmente o jogo.
Chegamos então ao lance do penalty contra o Benfica. Eu volto a dizer: provavelmente sou eu o louco. Devo sê-lo seguramente para continuar a perder tempo com um jogo tão alarvemente viciado como é o futebol em Portugal, mas... penalty?
Penalty? Luisão TOCOU no pescoço de Wolksvinkel!
Uma entrada a varrer dá canto e um toque no pescoço dá um golo?
Não me interessa discutir mais nada das incidências seguintes, nem sequer o agarrão de Ismailov da camisola de Luisão na área com o árbitro a olhar. Muito menos as oportunidades de golo, que de facto o Sporting teve em número superior.
A mim só me interessam jogos que são sérios ou que pelo menos têm a aparência de o ser. O penalty sobre Gaitan é absolutamente escandaloso não ser marcado. É um ultrage à aparência de verdade desportiva que nos querem continuar a vender. Como o é o ser marcado penalty contra o Benfica no lance de Luisão.
O campeonato acabou hoje.
O clube que nós sabemos ganhou-o. Como antigamente. Sem vergonha. Aliás este ano ultrapassou-se tudo.
Comigo deixam de contar para alimentar esta fantochada. O Benfica deveria ter a mesma atitude e dar um murro na mesa. Mas um murro que a partisse.
Mas... QUEM NÃO VIU O PENALTY SOBRE GAITAN?
ALGUÉM NÃO O VIU?
Pergunto-me?
E volto a perguntar: houve alguém - NAS BANCADAS E NA TELEVISÃO - que não visse o penalty sobre Gaitan?
Passemos adiante, pois o Benfica continuou a jogar bem e a dominar totalmente o jogo.
Chegamos então ao lance do penalty contra o Benfica. Eu volto a dizer: provavelmente sou eu o louco. Devo sê-lo seguramente para continuar a perder tempo com um jogo tão alarvemente viciado como é o futebol em Portugal, mas... penalty?
Penalty? Luisão TOCOU no pescoço de Wolksvinkel!
Uma entrada a varrer dá canto e um toque no pescoço dá um golo?
Não me interessa discutir mais nada das incidências seguintes, nem sequer o agarrão de Ismailov da camisola de Luisão na área com o árbitro a olhar. Muito menos as oportunidades de golo, que de facto o Sporting teve em número superior.
A mim só me interessam jogos que são sérios ou que pelo menos têm a aparência de o ser. O penalty sobre Gaitan é absolutamente escandaloso não ser marcado. É um ultrage à aparência de verdade desportiva que nos querem continuar a vender. Como o é o ser marcado penalty contra o Benfica no lance de Luisão.
O campeonato acabou hoje.
O clube que nós sabemos ganhou-o. Como antigamente. Sem vergonha. Aliás este ano ultrapassou-se tudo.
Comigo deixam de contar para alimentar esta fantochada. O Benfica deveria ter a mesma atitude e dar um murro na mesa. Mas um murro que a partisse.
terça-feira, 3 de abril de 2012
Uma semana de blog
Faz hoje uma semana que aqui comecei a publicar.
O blog Justiça Benfiquista surgiu da necessidade que tinha de trazer alguma racionalidade à minha (nossa) paixão benfiquista e de partilhar algumas reflexões após - e entre - os jogos. O facto de, sobretudo quando o Benfica tem momentos menos bons durante a época, sermos atacados por um sistema de poder instalado no futebol português, foi outra das razões impusionadoras. Semana após semana, assistimos a um ataque sem quartel ao Benfica nos programas de comentário. O anti-benfiquismo primário de comentadores como Dias Ferreira, Guilherme Aguiar ou Miguel Guedes, raramente devidamente contrariado pelos comentadores do Benfica (Fernando Seara é demasiado brando e por vezes até influenciável e Rui Gomes da Silva tem um estilo demasiado agressivo e por vezes perde a razão), é parte desse sistema, uma vez que cria a convicção de que o Benfica é constantemente ajudado pelas arbitragens, quando o contrário é muito mais verdadeiro. Por outro lado, o verdadeiro beneficiado, o Porto, passa incólume, face à sanha anti-benfiquista dos sportinguistas, que têm sido objectivamente aliados daquele clube do Norte.
O post inicial do blog foi assim chamado de "Em defesa do Benfica". Sem querer fazer da arbitragem e dos factores extra-futebol o centro dos meus posts não deixarei porém de analisar aqueles elementos enquanto se mantiverem situações de gritantes injustiças de que o castigo de Aimar é apenas o mais recente exemplo.
Veio jogo com o Chelsea na Luz que comentei, tendo-me depois debruçado sobre a questão Emerson.
O ciclo de jogos que então se iniciou foi o objecto do post seguinte. Após reflexões sobre o fenómeno do futebol e o que nos leva a dedicar-lhe tanto tempo das nossas vidas e sobre o momento da época benfiquista, analisei o jogo com o Braga, os destaques e fiz uma recensão do que a imprensa desportiva dele escreveu.
Por fim escrevi um artigo sobre as expectativas para quarta-feira.
O blog está ainda numa fase inicial, quase experimental, na qual algumas das funcionalidades ainda não estão totalmente operacionais. De qualquer forma queria agradecer as visitas e encorajar comentários para que este seja também um fórum de troca de impressões e experiências. Os comentários são abertos, não sendo necessário fazer qualquer registo para o efeito.
Finalmente queria assinalar que o Justiça Benfiquista está desde hoje nos motores de busca, aparecendo vários resultados no google.com. Também por isso os meus fortes agradecimentos a todos os que já visitaram o blog e o acompanham regularmente.
O blog Justiça Benfiquista surgiu da necessidade que tinha de trazer alguma racionalidade à minha (nossa) paixão benfiquista e de partilhar algumas reflexões após - e entre - os jogos. O facto de, sobretudo quando o Benfica tem momentos menos bons durante a época, sermos atacados por um sistema de poder instalado no futebol português, foi outra das razões impusionadoras. Semana após semana, assistimos a um ataque sem quartel ao Benfica nos programas de comentário. O anti-benfiquismo primário de comentadores como Dias Ferreira, Guilherme Aguiar ou Miguel Guedes, raramente devidamente contrariado pelos comentadores do Benfica (Fernando Seara é demasiado brando e por vezes até influenciável e Rui Gomes da Silva tem um estilo demasiado agressivo e por vezes perde a razão), é parte desse sistema, uma vez que cria a convicção de que o Benfica é constantemente ajudado pelas arbitragens, quando o contrário é muito mais verdadeiro. Por outro lado, o verdadeiro beneficiado, o Porto, passa incólume, face à sanha anti-benfiquista dos sportinguistas, que têm sido objectivamente aliados daquele clube do Norte.
O post inicial do blog foi assim chamado de "Em defesa do Benfica". Sem querer fazer da arbitragem e dos factores extra-futebol o centro dos meus posts não deixarei porém de analisar aqueles elementos enquanto se mantiverem situações de gritantes injustiças de que o castigo de Aimar é apenas o mais recente exemplo.
Veio jogo com o Chelsea na Luz que comentei, tendo-me depois debruçado sobre a questão Emerson.
O ciclo de jogos que então se iniciou foi o objecto do post seguinte. Após reflexões sobre o fenómeno do futebol e o que nos leva a dedicar-lhe tanto tempo das nossas vidas e sobre o momento da época benfiquista, analisei o jogo com o Braga, os destaques e fiz uma recensão do que a imprensa desportiva dele escreveu.
Por fim escrevi um artigo sobre as expectativas para quarta-feira.
O blog está ainda numa fase inicial, quase experimental, na qual algumas das funcionalidades ainda não estão totalmente operacionais. De qualquer forma queria agradecer as visitas e encorajar comentários para que este seja também um fórum de troca de impressões e experiências. Os comentários são abertos, não sendo necessário fazer qualquer registo para o efeito.
Finalmente queria assinalar que o Justiça Benfiquista está desde hoje nos motores de busca, aparecendo vários resultados no google.com. Também por isso os meus fortes agradecimentos a todos os que já visitaram o blog e o acompanham regularmente.
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terça-feira, 27 de março de 2012
Em defesa do Benfica
O Benfica é, todos o sabem, o maior clube português em termos de adeptos. É mesmo, sem exagero, um dos maiores clubes mundiais, face à projeção que lhe dão não apenas os portugueses da Diáspora (EUA, Canadá, França, Suíça, Alemanha, Luxemburgo) mas também os seus adeptos nos países de Língua Portuguesa, sobretudo em Angola, Moçambique, Cabo Verde e até Timor-Leste.
Nesta medida, o Benfica não deveria precisar de "defesa".
No entanto, olhando para o que se passa no mundo do futebol (e o que gravita à sua volta) em Portugal, percebemos que o Benfica está a ser vítima de, à falta de melhor expressão, um sistema de poder que prejudica grave e continuadamente os seus interesses desportivos e mesmo financeiros.
Este sistema tem um rosto - Pinto da Costa - e muitas ramificações. Há um poder visível e um poder oculto.
Para além de um adversário que, além de méritos próprios e desportivos indiscutíveis, conta com muitas ajudas (o FCP), o Benfica tem ainda que enfrentar uma oposição feroz de um clube menorizado e depauperado mas ainda assim de grande expressão nacional (o SCP), de um clube em ascensão (o SCB) e, mais inexplicavelmente, da grande maioria da imprensa e da opinião falada e escrita. Isto claro para não falar da arbitragem e de outros poderes, nomeadamente o disciplinar, do futebol português.
É muita coisa e justifica plenamente - exige mesmo - que os benfiquistas se unam, primeiro para denunciar e depois para desmontar, de uma vez por todas, este sistema de poder iníquo que tanto tem prejudicado o seu, o nosso, clube.
Este fórum servirá assim para identificar estes diferentes poderes instalados, para os expor, não se cansando de apontar, com isenção, as instâncias em que somos prejudicados, comparando-as com as raras em que somos beneficiados.
É minha esperança que um dia a desinformação seja derrotada pela verdade e que possamos finalmente ter um campeonato justo, sem coação, sem corrupção, sem manobras de bastidores, em que o melhor será o vencedor. E quando não formos os melhores aceitaremos esse facto com desportivismo.
Porque sempre foi esse o lema benfiquista e sempre esse o nosso desejo. Não queremos ajudas, não queremos batota, não queremos falsificações. Queremos tão só que as vitórias se conquistem em campo, sem que os árbitros desempenhem o factor de desempate.
Nesta medida, o Benfica não deveria precisar de "defesa".
No entanto, olhando para o que se passa no mundo do futebol (e o que gravita à sua volta) em Portugal, percebemos que o Benfica está a ser vítima de, à falta de melhor expressão, um sistema de poder que prejudica grave e continuadamente os seus interesses desportivos e mesmo financeiros.
Este sistema tem um rosto - Pinto da Costa - e muitas ramificações. Há um poder visível e um poder oculto.
Para além de um adversário que, além de méritos próprios e desportivos indiscutíveis, conta com muitas ajudas (o FCP), o Benfica tem ainda que enfrentar uma oposição feroz de um clube menorizado e depauperado mas ainda assim de grande expressão nacional (o SCP), de um clube em ascensão (o SCB) e, mais inexplicavelmente, da grande maioria da imprensa e da opinião falada e escrita. Isto claro para não falar da arbitragem e de outros poderes, nomeadamente o disciplinar, do futebol português.
É muita coisa e justifica plenamente - exige mesmo - que os benfiquistas se unam, primeiro para denunciar e depois para desmontar, de uma vez por todas, este sistema de poder iníquo que tanto tem prejudicado o seu, o nosso, clube.
Este fórum servirá assim para identificar estes diferentes poderes instalados, para os expor, não se cansando de apontar, com isenção, as instâncias em que somos prejudicados, comparando-as com as raras em que somos beneficiados.
É minha esperança que um dia a desinformação seja derrotada pela verdade e que possamos finalmente ter um campeonato justo, sem coação, sem corrupção, sem manobras de bastidores, em que o melhor será o vencedor. E quando não formos os melhores aceitaremos esse facto com desportivismo.
Porque sempre foi esse o lema benfiquista e sempre esse o nosso desejo. Não queremos ajudas, não queremos batota, não queremos falsificações. Queremos tão só que as vitórias se conquistem em campo, sem que os árbitros desempenhem o factor de desempate.
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