terça-feira, 17 de setembro de 2019

Assim, não

Continua ininterrupto o ciclo negro do Benfica na Liga dos Campeões, apesar das declarações de vontade de presidente e treinador(es) de querer mudar este triste estado de coisas.

Que começa, diga-se, logo nas bancadas, com um aspecto desolador para um jogo de Liga dos Campeões. Qualquer jogo da Liga Portuguesa, com um qualquer Paços desta vida (sem desprimor para o clube), tem muito mais espectadores, o que devia levar os dirigentes a repensar os preços tanto dos bilhetes como dos redpasses.

Quanto ao jogo propriamente dito, não posso concordar com as escolhas de Bruno Lage. São demasiados jogadores com falta de ritmo e/ou experiência ao mesmo tempo em campo. Isto independentemente do valor individual de cada um e até das exibições realizadas que não vou aqui avaliar. No Benfica quando se perde, sobretudo em casa, não faz qualquer sentido falar de boas exibições individuais. Também não o faz estar a apontar individualmente culpados quando a falha é sobretudo colectiva e portanto em primeira análise do treinador.

Para além disso, do escalonamento do 11, o posicionamento dos jogadores não foi o melhor. Desde o início que nos senti muito inseguros no jogo, sendo bastante evidente que qualquer aceleração do Leipzig criava de imediato situações de perigo na nossa baliza. Não estávamos nem confortáveis no jogo defensivamente nem minimamente perigosos no ataque. Aí a pobreza foi franciscana.

Já não é aliás a primeira vez que o Benfica não tem propriamente antíodoto para equipas que pressionam sobre todo o terreno. Taarabt foi conseguindo libertar-se a espaços, gerando aqui e ali desequilíbrios, mas quando a bola entrava no último terço simplesmente não tínhamos acutilância: Tomas estava muito sozinho na frente e os extremos demasiado recuados (ou cobertos) para poderem dar opções.

Recorde-se que no ano passado era o Benfica quem pressionava os adversários, recuperando rapidamente a bola e saindo depois com grande velocidade para o ataque. Mas neste momento não há Gabriel - jogador insubstituível neste plantel - nem Félix, nem Jonas que, mesmo com reumático, com a sua inteligência criava espaços onde eles pareciam não existir.

Este ano a dinâmica só apareceu a espaços, sendo que as opções alternativas para os jogadores que referi estão muito longe de assegurar o desejável. Temos vivido muito das acelerações de Rafa e da qualidade de Pizzi, mas em jogos de mais elevada exigência, nomeadamente física, e com marcações muito apertada o rendimento destes baixa consideravelmente.

Não tenho soluções milagrosas mas como adepto esperava muito mais e melhor esta noite. Voltámos às sendas das derrotas na CL, o que começa já a enjoar. Uma derrota que aliás compromete fortemente o apuramento. Na CL é preciso vencer os jogos em casa e procurar arrecadar alguns pontos fora. Com um início destes temo o pior. Assim, não.

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Resposta categórica

No futebol tudo pode mudar em apenas uma semana. Depois de um campeonato histórico com 5 vitórias em 6 jogos contra Porto, Sporting e Braga, a que acresceu a conquista da Supertaça com um resultado esmagador de 5-0 sobre o rival, bastou uma derrota na Luz contra o Porto para Bruno Lage já ser um amador e Pizzi ser o maior enterra do Benfica.
Não fiquei menos irritado com essa derrota do que qualquer outro adepto, mas no que não alinho é em discursos demagógicos e irresponsáveis que resultam de falta de maturidade ou servem agendas de uma determinada oposição que está mais preocupada em chegar ao poder do que com o bem do Benfica.
É evidente que vencedo o Porto teríamos dado um golpe fortíssimo naquele clube e um passo muito grande para a conquista do presente campeonato. Conceição provavelmente não continuaria e instabilidade seria enorme para o lado das Antas. Poderíamos e deveríamos ter enfrentado esse jogo de outra forma mas nem sempre as coisas correm como queremos. O importante nessas situações é tirar as ilações devidas e é isso que espero que tenha acontecido.
A vitória e a exibição em Braga indicam que isso aconteceu. Nunca podemos pensar que as vitórias acontecem "naturalmente". É preciso lutar por elas sem triunfalismos antecipados - e idiotas - ou sobrancerias e vedetismos despropositados.
O Benfica voltou a fazer um bom jogo e a marcar muitos golos, ainda que dois deles tenham tido intervenção direta dos defesas adversários.
Temos agora uma pausa para corrigir algumas coisas que não estão bem e trabalhar na recuperação de alguns lesionados, capítulo em que continuamos a ser muito penalizados.
Temos um plantel equilibrado e talento ainda por explorar. Acredito que Raul de Tomas pode fazer muito mais e também que Vinícius tem grande potencial, nomeadamente uma velocidade e poder físico que o torna único no plantel.
Termino voltando ao princípio: os adeptos e sócios precisam de crescer um bocadinho; nada justifica os ataques e até insultos dirigidos aos nossos por uma simples derrota que se segue a uma série épica e irrepetível de vitórias e uma recuperação que nos deu um dos títulos mais saborosos de sempre.

domingo, 25 de agosto de 2019

Não se deitam foguetes antes da festa

Já aqui escrevi múltiplas vezes acerca da crónica incapacidade do Benfica em jogos contra o Porto.
Mesmo nos últimos anos, nos quais vencemos 5 campeonatos em 6 e portanto dominámos quase por completo o panorama nacional, o Porto tem um registo melhor do que o Benfica... na nossa casa.
É confrangedor e roça mesmo o misterioso. A nossa equipa parece que se amedronta, ao passo que o Porto se agiganta.
No entanto a explicação para esta derrota talvez seja um pouco diferente e de alguma forma até a oposta: desta vez perdemos por arrogância e sobranceria.
Antes do apito inicial parecia que já tínhamos ganho e que o Porto estava ali para servir de bombo da festa: houve fogo de artifício e faixas alusivas ao 38... Isto quando estamos em Agosto, apenas na terceira jornada.
Um ambiente despropositado, que influenciou o desenrolar do jogo.
O Porto cerrou os dentes e enfrentou o jogo como um desafio crucial, disputando os duelos sempre nos limites. Aceitou o papel de não favorito, percebeu que não podia ganhar no talento mas apenas na entrega e no rigor tático e executou o seu plano de modo quase perfeito.
Já o Benfica entrou de forma altiva, convencido de que lhe bastaria conter a previsível entrada forte do Porto para no momento certo impor o seu ritmo e ferir o adversário. O problema é que o Porto foi ganhando cada vez mais confiança e emperrando sempre o jogo ofensivo do Benfica, pressionando bem alto a nossa defesa, manietando muito bem o nosso meio campo (quase sempre em inferioridade numérica), cortando constantemente as nossas linhas de passe e anulando os nossos avançados (que, diga-se, são praticamente inofensivos).
Cedo se percebeu que só o talento de Rafa, Pizzi ou Grimaldo poderiam conseguir suprir as deficiências colectivas, mas os dois últimos estiveram num péssimo plano e Rafa sozinho não poderia resolver.
O Porto marcou logo após o seu primeiro lance de perigo (e primeiro remate à baliza), no canto daí resultante.
A reacção do Benfica surgiu apenas na segunda parte, quando durante uns 15 a 20 minutos conseguimos encostar o Porto atrás, com Taarabt a conseguir impor alguma velocidade ao nosso jogo ofensivo. Nessa altura o Porto recorreu ao anti-jogo com Pepe literalmente a gozar com os espectadores perante a complacência do árbitro. A dinâmica que pretendíamos foi assim quebrada, mas diga-se que também não fomos capazes de criar oportunidades claras e que o contra ataque do Porto nos colocou sempre em sentido, especialmente com a autoestrada que se abriu com a saída de Samaris.
Bruno Lage terá que reflectir sobre o que se passou e encontrar soluções diferentes. Esta dupla de avançados não funciona e assim todo o jogo da equipa fica emperrado. Também o meio campo neste jogo foi dominado pelo adversário, mostrando dificuldades tanto a construir como a defender. No sector recuado houve múltiplas falhas, tanto ao nível dos passes errados e perdas de bola como dos posicionamentos, com jogadores do Porto a aparecerem várias vezes nas suas costas, apenas com Vlacodimos à sua frente. Não pode ser. As mudanças mais óbvias passam pelo desfazer desta dupla de avançados e com a entrada de Vinícius no 11. O brasileiro é muito mais rápido, agressivo e acutilante do que qualquer dos avançados titulares.
No entanto há mais mudanças necessárias, nomeadamente ser intolerante com a complacência e a sobranceria, no plano mental, e encontrar novos equilíbrios pós-Jonas e Félix que claramente ainda não existem apesar das goleadas ao Sporting e a vitória na ICC terem dado (erradamente) a impressão contrária.

sexta-feira, 3 de maio de 2019

Calma e cabecinha

O Benfica está a 3 passos de ser campeão. O título está por isso próximo, mas não ainda garantido. Por isso é preciso ter muita determinação e igual dose de frieza.
Isto aplica-se também aos adeptos, que mais do que nunca precisam de apoiar a equipa mas sem ansiedade excessiva, sem colocar, com o seu natural entusiasmo, pressão adicional e excessiva sobre a equipa.
É preciso ter bem presente que esta é apenas mais uma jornada e que, seja qual for o resultado, o campeão não ficará decidido.
Claro que tudo isto não passam de reflexões de mero senso comum e que de algum modo todos os benfiquistas têm presentes. No entanto não se perde nada em recordar aquilo que é ou deveria ser óbvio e apelar à tranquilidade .

terça-feira, 30 de abril de 2019

Agora é à descarada!

Ao contrário do que muitos esperavam e desejavam, esta jornada não trouxe uma cambalhota na classificação. Trouxe, isso sim, um reforço da liderança do Benfica na Liga já muito perto do fim. E isto, para alguns personagens indígenas, provocou muita azia.
Ouvi, por exemplo, um Freitas Lobo extasiante enquanto o Braga esteve por cima no jogo, a mudar radicalmente de tom quando os acontecimentos mudaram de feição na segunda parte. Aí ficou desiludido e só quis falar de arbitragem.
Vi um Fernando Mendes e um Octávio cheios de azia. Dois exemplos acabados do que é um "dragarto". Octávio Machado aumenta a sua azia com o vinho que bebe, tornando-se ainda mais penoso e desconfortável ouvi-lo e vê-lo naqueles estados ébrios.
Não vi, mas sei que Rui Santos se manifestou de forma exaltada contra a arbitragem. Ele que na sua classificação na "Liga real" com penalties colocava ainda na passada semana o Benfica 10 pontos à frente do Porto...
Para quê mais considerandos? Está bem à vista: a vitória do Benfica foi um duro revés para os dragartos que pululam na nossa comunicação social, fazendo-os perder as estribeiras e revelar às claras o seu anti-benfiquismo. Pensavam que o Benfica ia perder a liderança em Braga. Puseram nisso todas as suas esperanças... Agora estão incrédulos, raivosos. Temos pena... Desmascararam-se de uma vez por todas. Daqui para a frente não podem continuar a mascararem-se de isentos.
Com o passar do tempo tornar-se-á cada vez mais claro que os penalties a favor do Benfica foram decisões absolutamente normais do árbitro e que a vitória do Benfica foi categórica. O penalty sobre Félix existe, independentemente do jogador do Benfica fazer ou não teatro. Esgaio tenta cortar a bola e pontapeia a bota de Félix. O jogador do Braga soube de imediato o que tinha feito, como se vê pela sua expressão e não esboça sequer nenhum protesto.
O "problema" começou depois com os "comentadeiros", desde logo Freitas Lobo e seguidamente todo o rol de anti-benfiquistas que aqui encontraram um pretexto para descarregar as suas frustrações e também a sua inveja relativamente a João Félix.
Quanto ao resto, só temos que os desmascarar e passar à frente. Que gritem, que chorem, que esperneiem à vontade.
Sábado há mais um jogo crucial nesta caminhada histórica. É aí e só aí que está o nosso foco.

domingo, 28 de abril de 2019

Passo de gigante

O Benfica voltou a dar-se mal com a ideia de "gerir".
Depois do empate do Porto, a vitória não era imprescindível para manter a liderança, o que terá porventura influenciado a forma como entrámos em campo em Braga.
Seja ou não esse o caso, a verdade é que a primeira parte do Benfica não foi boa. Demasiado expectante, sem iniciativa, com pouca capacidade de construir a partir da defesa, a perder quase sempre os duelos no meio campo e sem capacidade de atacar a baliza adversária. Assim sendo, colocámo-nos a jeito para o que viria a acontecer: um golo do Braga num penalty indiscutível de Rúben Dias, depois do jogador do Braga ter passado por vários dos nossos jogadores ainda antes de entrar na área. Era um "castigo" duro para o Benfica, pois não tinha havido grandes oportunidades no jogo, mas previsível face ao que (não) estávamos a fazer. Ainda esboçámos uma reacção mas inconsequente.
A primeira parte estava esgotada e temi o pior, atendendo a que o Braga gosta de jogar em transições rápidas para o ataque, podendo-nos criar problemas face ao nosso necessário balanceamento ofensivo.
No entanto o Benfica entrou muito forte, muito determinado na segunda parte e rapidamente criou várias situações, uma delas com uma bola ao poste de João Félix que pouco depois viria a conquistar o penalty que deu início à reviravolta.
Sobre este lance, é daqueles que em jogo corrido parece falta clara e em câmera lenta deixa muitas dúvidas. Félix coloca-se em posição de proteger a bola e o defesa do Braga entra em carrinho tocando-lhe no pé. O contacto é indiscutível - o jogador do Braga nem protesta. Por isso parece-me penalty, embora perceba que alguns contestem a intensidade e a reacção de Félix.
Faltava porém marcar o penalty, colocar a bola dentro da baliza. Nesse momento Pizzi demonstrou grande frieza e compustura. 
Alcançado o empate, colocava-se a questão de como abordaríamos o restante jogo, mas felizmente não voltámos à "gestão". Pelo contrário, até ao 1-3 não abrandámos.
O segundo golo surgiu de novo penalty, desta vez por mão na bola. Na minha opinião o remate é muito perto do jogador mas também é verdade que a bola ia para a baliza e o jogador abre o braço.
Mais uma vez Pizzi teve enorme frieza - e classe - e concretizou em golo o penalty que ele próprio criara. Jogão do bragantino que ainda foi a tempo de colocar a bola no coração da área num canto para Rúben Dias entrar de rompante e marcar o terceiro, fazendo porventura as pazes com alguns adeptos mais críticos.
Depois houve gestão - aí sim, justificava-se fazê-la, de forma inteligente - com a equipa a encostar atrás e a sair para o ataque com enorme velocidade e acutilância. Foi assim com naturalidade que fizemos mais um golo, desta vez num slalom genial de Rafa após um falhanço escandaloso (apesar do guarda redes ter mérito na defesa) de Seferovic.
Esta já está. Uma vitória importantíssima num jogo que chegou a estra muito complicado. Há que rever aquela primeira parte. A segunda foi porém de uma classe e autoridade incríveis. Custa a crer como aqueles meninos jogam com tanta matutidade.
Venha agora o Portimonense. Estamos hoje bem mais perto do título do que há uma semana, mas claro que temos que continuar a pensar passo a passo e sempre com concentração máxima e sem euforias.

terça-feira, 23 de abril de 2019

Quem não está bem no Benfica pode ir embora

É isto que o presidente do Benfica tem a dizer sobre Samaris.
Um jogador que tem sido absolutamente crucial na recuperação e liderança do Benfica da Liga.
Um profissional exemplar para com os treinadores, companheiros e adeptos. Alguém que esteve meses encostado (nem servindo para suplente com Vitória) e nunca teve uma palavra negativa ou exigências de saída. Um homem que fez questão de aprender português e fala fluentemente, melhor até que muitos nascidos cá.
Um jogador que sente a camisola como poucos e dá tudo pela equipa.
Um jogador que impõe respeito aos adversários e não treme nos momentos difíceis.
Ora sobre este jogador, Vieira resolve dizer, nas vésperas de um jogo decisivo para o desfecho do campeonato, que quem não gosta não está cá.
Se eu não tivesse visto e me contassem, não acreditava. Mas infelizmente vi em directo.
Pior ainda, essa parece ter sido a mensagem principal que LFV quis passar, porque sobre os restantes assuntos quentes nada disse de relevo.
E tudo isto porque aparentemente Samaris quer 1,5 por época e o Benfica só quer dar 1 milhão. Isto quando todos os anos se gastam dezenas de milhões, nalguns casos por jogadores que são completas incógnitas.
Estou incrédulo. Mesmo que LFV pense que não pode gastar 2 milhões de euros ao longo de dois anos para garantir Samaris nas próximas duas épocas (algo que acho quase surreal face aos valores de que ouvimos falar, entre vendas e contratações) não o deveria vir dizer em público, menos ainda nesta altura.
Acabo com uma simples pergunta: quantos jogadores da qualidade de Samaris se encontram no mercado que custem (com tudo incluído, passe e salários) 3 milhões de euros por época?

quinta-feira, 18 de abril de 2019

Raiva

É incrível como um fiscal de linha valida o lance do primeiro golo mas é igualmente inacreditável que o Benfica perca duas eliminatórias exactamente da mesma maneira.
Fiquei logo preocupado quando Lage disse a seguir à primeira mão que era o resultado que queria e que nos servia muito bem e agora na antevisão tenha insistido em que tínhamos uma boa vantagem.
Fejsa, Jardel estiveram muito mal, Samaris estava a ser o nosso melhor e foi substituído, Sálvio e Pizzi foram macios como se esperava e nada acrescentaram.
Estou profundamente desapontado como a maioria esmagadora dos benfiquistas. Fizemos uma exibição muito abaixo do que devíamos.
A televisão está desligada há muito e nos próximos dias não quero saber de bola.
É uma desilusão completa. O hat trick de João Félix não serviu de nada. Lage hoje fica mal na fotografia como já tinha ficado na eliminação perante o Sporting.
Agora é obrigatório vencer o campeonato. Cada jogo será de vida ou de morte. Não há margem para mais nada. O quase não serve.

Preparados para emoções fortes

O Benfica entra em campo com uma vantagem razoável mas deve estar preparado para um jogo muito intenso, de emoções fortes.
É preciso ter bem presente que as equipas alemãs nunca desistem e que este adversário tem muita qualidade.
O Benfica terá que ter a capacidade de ter posse de bola e impôr o tipo de jogo que lhe convém.
Acima de tudo não podemos permitir que o Frankfurt nos empurre para a nossa defesa e tenha uma sucessão de bolas na nossa área, nomeadamente cantos, livres e cruzamentos.
O Benfica provavelmente precisará de marcar mas isso será sempre uma consequência de qualidade de jogo e não algo que aconteça só porque se quer.
Temos que entrar não para defender um resultado mas sim para disputar a segunda parte de uma eliminatória que ainda está em aberto.
Depois, claro, teremos que estar preparados para as contingências e imprevisibilidades do jogo, com grande disponibilidade emocional e capacidade de sofrer.
Poderá ser mais um jogo louco.

terça-feira, 16 de abril de 2019

Que adeptos são estes?

Custa-me ainda acreditar no que se passou nos últimos jogos no Estádio da Luz.

No jogo contra o Frankfurt durante largos períodos ouviram-se mais os adeptos alemães do que os nossos. Houve até um período em que aqueles assobiavam a nossa equipa perante a passividade dos benfiquistas que estavam no Estádio.

Depois, contra o Setúbal, numa óptima exibição da nossa equipa contra um Setúbal "turbinado" que corria a cada bola como se fosse a última, deu-se o impensável: Florentino foi assobiado por uma franja considerável de "adeptos". Florentino que aliás fez mais uma belíssima exibição. Mais tarde, com o jogo a acabar voltaram a assobiar os nossos jogadores simplesmente por estes trocarem a bola sem grande progressão quando faltava ... 1 minuto para o fim!!

Por isso eu pergunto: o que se passa com estes adeptos?

Será que ficaram contagiados pela forma de estar do público afecto à selecção (composto em grande parte por mulheres e crianças e quase na totalidade por pessoas que não sabem verdadeiramente o que é futebol) nos recentes jogos de Portugal na Luz? Será que essa forma de estar nas bancadas - a milhas do que caracteriza o adepto autêntico (e não ocasional) - está a passar para os benfiquistas?

Eu sei que face a outros adeptos europeus, os portugueses em geral são mais comedidos e menos vibrantes. Mas, caramba, o que está a acontecer é demais!

Não apenas não apoiam uma equipa que o merece como ainda assobiam!

Inacreditável. Até Bruno Lage fez uma expressão de desaprovação, abanando a cabeça. Assim não!

E eu nem sou daqueles que acha que nunca se pode assobiar a equipa. Se a equipa não joga, se está a ficar arredada dos seus objectivos e não mostra forma de sair da situação, se já se percebeu que o treinador não é solução, então os sócios têm legitimidade para expressar o seu desagrado e a sua vontade de mudar a situação. De igual modo, se num determinado jogo os jogadores estão apáticos ou adormecidos, por vezes a reacção da bancada (que nem é propriamente assobios) pode fazer a equipa acordar e puxar pelo seu brio. Mas isso são situações muito raras.

Agora numa fase destas, com tudo em jogo, com a corrupção que grassa na arbitragem e no futebol português em geral sempre em desfavor do Benfica, como é possível que alguns "adeptos" se lembrem de vir assobiar a equipa?? Mais ainda, como se permitem assobiar um jovem jogador da nossa academia?

Vergonhoso!

Custa a crer que sejam adeptos do Benfica.

O que precisamos é do vulcão da Luz e não de comportamentos destes nas nossas bancadas.

domingo, 14 de abril de 2019

O caminho é para a frente

O Setúbal já está, faltam 5 vitórias no campeonato para assegurar aquilo que por mérito próprio é nosso.

Foi um jogo que o Benfica tornou relativamente tranquilo, apesar da réplica do Setúbal.

Eu não quero falar muito disto porque não nos podemos dar ao luxo de distracções e já sabemos com o que contamos, mas a diferença de atitude entre os adversários do Benfica e os do Porto é evidente. Contra o Benfica vemos muitas equipas a fazer o jogo da época, inclusivamente equipas já despromovidas há muito. Contra o Porto, vemos os adversários com atitudes complacentes e despreocupadas. A atitude dos árbitros também é diferente. Mas como digo, isso já é sabido. Esta é uma Liga falsificada a favor do Porto, pelo que se a vencermos, como todos esperamos, o sabor será ainda mais especial.

Voltando ao jogo, o Benfica podia ter ido para o intervalo a ganhar por três bolas mas acabou por sair com uma vantagem mínima. 


Na segunda parte percebeu-se que havia uma intenção do Setúbal de complicar e tentar explorar o lado psicológico. Mas o Benfica marcou o terceiro e praticamente resolveu. 

Claro que não posso deixar de exaltar o jogo de Félix e de Rafa (esse que não marcava golos). Pizzi, pelo contrário jogou mal. É verdade que fez uma assistência mas perdeu bastantes bolas e falhou ainda o penalty. Esperemos que rapidamente volte às boas exibições.

Os nossos defesas centrais também precisam de ter atenção a algumas situações. No primeiro golo do Setúbal Ferro entra à queima e fica batido, ao passo que Rúben também se lançou em carrinho ficando batido e mais tarde, já na segunda parte, deu um pretexto para o árbitro marcar um penalty (que para mim é anedótico). Ainda sobre a arbitragem, é extraordinário que Rafa seja punido com um jogo de suspensão por ... sofrer um penalty. 

Quanto a Jorge Andrade, a sua atitude e declarações, abstenho-me de comentar. É da escola porto e basta.

Vem aí um jogo exigente com o Frankfurt. Os alemães perderam hoje em casa, o que é um bom sinal, e até jogaram muito tempo com 10, o que também é positivo em matéria de desgaste. No entanto haverá que ter toda a atenção, porque os alemães nunca desistem e vão ter um apoio fortíssimo dos seus adeptos.

Por falar em adeptos, esta equipa merece mais apoio por parte do nosso público. Não é fácil fazer o que estão a fazer. Qualidade, grande dedicação e entrega, golos em catadupa, futebol espectáculo. Temos mais... 20 golos que o 2º classificado! Não regateiem apoio a estes jogadores. 


quarta-feira, 10 de abril de 2019

Mentiras desmascaradas

Três árbitros internacionais que na SportTV analisaram os lances polémicos do Feirense-Benfica desmascararam por completo as mentiras portistas - e dragartas em geral - sobre um alegado benefício ao nosso clube nesse jogo. Mais: consideraram, como eu aqui já tinha dito, que não houve qualquer penalty sobre Brahimi no Porto-Boavista!
Ou seja, os mentirosos numa semana em que são beneficiados (sem aquele penalty desbloqueador o jogo com o Boavista teria sido muito complicado), conseguem ainda lançar a ideia de que foram prejudicados.
Que descaramento! Que falta de vergonha! É de autênticos pulhas!
E isto com a complacência dos nossos jornalistas que por medo ou clubismo ou mera falta de inteligência também alimentam constantemente as polémicas e suspeitas quando há decisões duvidosas a favor do Benfica (neste caso absolutamente correctas quando analisadas no detalhe) mas nada dizem daquelas que comprovadamente beneficiam o Porto e já tantos pontos lhe deram esta época injustamente.
Voltando aos portistas, Miguel Guedes teve a desfaçatez de dizer que era o maior escândalo da época!
Escola de mentira, de falsidade desportiva, de propaganda miserável, este Porto.
Será que ser portista implica ser mentiroso? Ser desonesto nas análises?
Eu aqui, sem ter nenhuma responsabilidade pública, sou mais cuidadoso e imparcial do que essa gente que fala nas televisões e são figuras famosas.
Dou os parabéns à SportTV por terem despedido o ex-árbitro e funcionário do Sporting do seu papel de "juízo final" e terem contratado três árbitros internacionais para analisar os lances. Agora só falta terem comentadores mais imparciais nas transmissões dos jogos do Benfica.
Até Rui Santos fala em 10 pontos a mais para o Porto.
Chega desta pouca vergonha!

segunda-feira, 8 de abril de 2019

Deixa-me rir...

Feirense: esta estória não é tua.
"Este jogo envergonha o futebol"?
Essa declaração é que envergonha o clube, a fazer um papel que não é seu, servindo de lacaio a uma agenda despudorada do clube do Porto.

Logo a seguir ao jogo enviei uma mensagem a um amigo dizendo que já sabia que narrativa os dragartos iam criar. Sabendo que o benefício que o clube do Porto tem tido começa a ser demasiado descarado, a máquina de propaganda (com os seus acólitos Sporting e agora pelos vistos também serviçais em clubes pequenos) tinha que deitar areia para os olhos das pessoas.

Além disso, é preciso manter a pressão sobre os árbitros. O que é isso de marcar penalties em lances algo duvidosos?? Isso só pode valer para o Porto e o Sporting!

Em relação ao lance do fora de jogo, ninguém honesto e que queira ser justo pode dizer que viu ou que tem a certeza. A câmara pelo seu ângulo não permite ver. O fiscal marcou, o VAR não tendo imagens mantém a decisão. Tão simples quanto isso.

Quanto ao mais foram 4-1. Não foram 2-0 ou... 3-2... E está tudo dito.

O que eles querem sei eu. Mas espero que marrem numa parede bem dura.

Deixando de lado os fait divers, com excepção daquele início e de uma certa intranquilidade que me pareceu ainda mais visível em Odysseas, o Benfica fez um jogo bastante razoável.

Era um teste complicado não tanto pelo adversário, que obviamente é fraco, mas mais por surgir após a derrota para a Taça e por não podermos contar com Gabriel e Rafa.

Gostei em geral da dinâmica atacante da equipa. Félix voltou a mostrar-se quer a receber a bola ente linhas, quer a finalizar, Pizzi esteve também bem e o meio campo funcionou igualmente apesar da ausência de Gabriel que tão importante vinha sendo. Seferovic voltou ao seu melhor.

Vem agora a Liga Europa, ao passo que para o campeonato temos dois jogos em casa que espero que sejam muito mais tranquilos do que o Tondela. Depois disso virá Braga que certamente será um jogo fundamental para a atribuição do título. Mas vamos jogo a jogo. A seguir é o Frankfurt.

quinta-feira, 4 de abril de 2019

REVOLTANTE


O Benfica é eliminado por culpa própria porque na Luz teve oportunidade de arrumar a eliminatória e conseguiu apenas uma vitória mínima. Para além disso fez pouco para marcar neste jogo, ficando assim à mercê de um golo fortuito. Foi também incompetente a anular Bruno Fernandes, que toda a gente sabe que é o único jogador do Sporting com classe e capacidade de decidir jogos. Acresce ainda um outro factor: o desgaste físico e psicológico completamente desnecessário no jogo contra o Tondela.
Nesse jogo o Benfica entrou nervoso como se a vitória do Porto em Braga tivesse intranquilizado a equipa.
Ora há aqui duas formas de olhar para isto. Claro que o Porto não merecia ganhar e provavelmente não o teria conseguido se o árbitro fosse isento. Os benfiquistas podem assim pensar: não vale a pena, os árbitros vão ajudar o Porto e não o deixarão cair, ao passo que o Benfica será sempre empurrado para baixo e ao mínimo deslize perde o campeonato.
Essa é uma forma de olhar para a situação actual.
Outra, que é a que eu defendo, é explicar claramente aos jogadores que este campeonato está viciado, que realmente o Porto vencerá todos os jogos de uma maneira ou de outra, mas que o Benfica tem mais do que capacidade de vencer os 7 jogos que faltam e nada tem a temer. Muito menos em casa. Há que ir lá para dentro com ganas e resolver os jogos tão cedo quanto possível, repito sem qualquer medo mas, agora sim, com raiva pelas injustiças e indignidades que nos têm feito. Este campeonato tem que ser ganho por nós e para nós mas também CONTRA a mafia que quer voltar a dominar o futebol português.
Precisamos de transformar a ansiedade em raiva e fome de vencer.
Voltando à Taça: apesar das culpas próprias, nada desculpa a arbitragem de Miguel. Como é possível um critério disciplinar destes? Como é possível que Acuna não tenha sido expulso? Um jogador que agride o fiscal de linha! Como é possível deixar-se rodear de jogadores? Bruno Fernandes a fazer o que lhe apetece em termos de faltas e reclamações em total impunidade? E Miguel ainda tem a coragem de expulsar Rafa? Que ordinário! Vergonha e nojo é o que sinto perante isto.
Os dirigentes do Benfica têm que se deixar de posturas de Estado. Chega de brincar com o Benfica. Chega de sermos comidos de cebolada.
Digo isto com a experiência de quem já viu muitos campeonatos neste pântano que é o futebol português: ou tomamos atitudes muito, mas mesmo muito firmes, ou vamos perder este campeonato por influência clara das arbitragens. Há que cerrar os dentes e ir com tudo. Não é quando as coisas já estiverem perdidas que adianta falar. É agora que estamos à frente e já toda a gente percebeu claramente o filme que está montado.
Notem bem: é agora. A pouca vergonha tem que ter acabado de uma vez por todas. Com o VAR já não há desculpas de erros. Temos que EXIGIR imparcialidade e critérios claros e iguais para todos. Repito: exigir. Não é com falinhas mansas que vamos lá. Isso não funciona em Portugal. A campanha dos outros já deu resultados. É altura de reagir. Com tudo. Os benfiquistas estão fartos de ser os bombos da festa. E os jogadores provavelmente também.

quarta-feira, 3 de abril de 2019

Roubalheiras...

A arbitragem portuguesa está completamente fora de controle.
São casos atrás de casos, em todos os jogos, semana após semana, em todas as competições.
Nos lances de mão, o critério é, ou parece ser, simples: quando acontecem na área do Porto ou na área dos adversários do Benfica, não é penalty; quando é na área do Benfica ou dos adversários do Porto, aí sim é penalty.
É um critério que podemos ter em mente para saber o que os árbitros vão fazer.
Como eu antecipei, num cenário de alguma ingenuidade de vários benfiquistas, o VAR não resolveu rigorosamente nada. Pelo contrário: é mais uma ferramenta para manipular os desfechos dos jogos por parte das equipas de arbitragem.
São casos a mais.
Por exemplo no Braga-Porto para o campeonato, como é possível que Jorge Sousa não tenha dúvidas em assinalar o primeiro penalty do Porto e em não assinalar o outro a favor do Braga? São lances equivalentes. A assinalar um teria que assinalar o outro. No entanto nem um nem outro foram sequer revistos por Jorge Sousa no monitor. Para o Porto tem a certeza que é, para o Braga a certeza que não é. Em lances, repito, muito idênticos. Como explicar isto sem ser levado a concluir que há uma intenção de beneficiar o Porto?
Sobre os penalties de Capela nem vale a pena falar:  na Luz batem na mão não é penalty; no dragão batem no peito e é! Extraordinário. Ontem houve dose dupla em Braga outra vez. E sobre Xistra idem aspas. Nem Xistra nem VAR vêm um penaty claro sobre Samaris? Como é isto possível?
Veremos até que ponto os árbitros serão decisivos no derby desta noite. É um jogo de tudo ou nada para o Sporting e o resultado está totalmente em aberto.

quarta-feira, 27 de março de 2019

Macaco agride: "hilariante", diz Record

Uns comediantes que não conheço quiseram fazer uma cena de apanhados com o líder da claque ("legal") do Porto. A premissa era que as claques do Benfica se iam fundir e que daí resultaria "a melhor claque do mundo". Mas para tal precisavam do "melhor líder do mundo" e assim foram propor ao indivíduo que se "transferisse" para o Benfica, a troco de um contrato bem pago (o que ele quisesse).
A ideia é obviamente idiota e só podia ter uma reacção negativa.
Se houve alguma coisa surpreendente ali, foi a rapidez com que "Macaco" partiu para a violência e agressão: a conversa durou 1 minuto e meio antes de Madureira começar à chapada. Mas mesmo isso era expectável vindo de quem vem.
O que realmente merece ser relevado nesta história é que o jornal "Record" não apenas considerou isto "normal", não fazendo a mínima crítica ou reparo ao comportamento, como ainda o classificou de "hilariante".
Começa a não haver adjetivos para classificar o que se passa no futebol português ou a completa impunidade com que os macacos e os catões desta vida actuam em Portugal. Isto é uma choldra, uma rebaldaria, um faroeste em que esta gente actua fora da lei, sem qualquer consequência.Isto numa semana em que ficámos a saber que criticar o Porto é três vezes mais grave do que tentar agredir um espectador com uma medalha.
Para terminar, pois estes assuntos enjoam, junto a minha voz àqueles que acham inconcebível que o presidente do Benfica tenha levado catão ao Seixal e lhe tenha oferecido bilhetes. A ser verdade, denota no mínimo um péssimo juízo do presidente do Benfica (que até tinha chamado capanga ao indivíduo em causa). A ser mentira, teria que ter sido já desmentido.
No meio disto temos um campeonato para ganhar, pelo que apelo a todos os benfiquistas que não alimentem estes casos, obviamente lançados para desestabilizar. Quando a época acabar será a altura para bem avaliar todas estas situações.

terça-feira, 26 de março de 2019

Uma nação sem lei

Os adeptos do Porto dizem que "o puerto é uma naçóen" - e provavelmente têm razão.

Uma nação à qual não se aplicam as leis da República. Ponto.

Da justiça do futebol já sabíamos que nada podemos esperar pois estes órgãos dirigentes são moralmente corruptos.

Samaris por exemplo foi castigado com múltiplos jogos de suspensão nos passados dois anos mas Brahimi fazendo igual e pior, ou Slimani (este com uma agressão brutal precisamente sobre Samaris) passaram ou continuam a passar completamente incólumes.

Sérgio Conceição faz o que faz e não leva mais que multas irrisórias. Isto para nem falar de Luis Gonçalves. O treinador-agressor-com-medalhas levou duas semanas de suspensão. Dá para rir.

Enfim, sobre o futebol estamos conversados. Já não esperamos mais. De qualquer forma o que poderíamos esperar de alguém como Pedro Proença? Nada. Ou pelo menos nada de bom.

O problema é que este estado de impunidade se alarga ao campo extra-desportivo.

Há uns anos Ricardo Bexiga, na altura vereador, foi brutalmente agredido por membros da claque do Porto, a mando dos dirigentes do clube. Não foi morto por pouco. Rui Rio, quando era presidente da Câmara, teve que se abrigar no edifício para escapar à claque do Porto.

Mas pensávamos que isso eram coisas do antigamente. Dos tristes dias do Apito Dourado e do Calor da Noite. Coisas que já não aconteciam nos nossos dias, nos quais há o politicamente correcto, as  redes sociais e uma maior vigilância sobre comportamentos aberrantes.

Eis senão quando (re)aparece Vitor "Catão", o exemplo acabado do grunho portista, uma aventesma do infame Guarda Abel.

O estado deste país chegou a tal ponto que Catão se permite transmitir em directo os seus actos criminosos: agressão, sequestro, coacção e ameaça de morte!

De acordo com o agredido, houve também uma arma de fogo envolvida.

Mas quer tenha havido arma de fogo ou não, o que aconteceu é de uma tal gravidade e assumiu uma tal dimensão pública que o mínimo dos mínimos era este indivíduo ser detido e identificado num posto da polícia ou GNR. Tanto mais que tem um longo historial de agressões. Outra dessas agressões foi também transmitida em directo para todo o país ver: ao murro e cabeçadas a um repórter da RTP num jogo contra o Famalicão que o Porto perdeu.

O mínimo era portanto que Catão fosse detido e identificado. Era o que aconteceria num país civilizado. Mas esse não é o nosso caso.

Como se não bastasse o que se passou, este energúmeno ainda é transformado num grotesco espectáculo de televisão onde vai dizer toda a espécie de alarvidades e delírios, perante um pivot que nos queria fazer crer que aquilo era jornalismo.

Vitor "Catão" é claramente uma pessoa desequilibrada, talvez mesmo um doente mental.

Alguém que afirma que "estão russos em Portugal para matar Rui Pinto, a mando de três advogados de Lisboa que mandam no País", que "o Benfica queria contratar Sérgio Conceição em janeiro" ou que "Luis Filipe Vieira queria que eu comprasse todos os jogadores e todos os árbitros", não pode sequer ser levado a sério.

Mas isso não desculpa as suas acções nem justifica a passividade das autoridades.

Há uns meses Paulo Gonçalves foi ameaçado num local público à frente do seu filho. Há umas semanas o dito maior árbitro português convida as principais figuras portistas para a sua "confeitaria" onde todos estão em amena cavaqueira. Ontem passou-se isto.

Que mostra em directo a coacção exercida pela organização criminosa do Porto: um capanga de cada lado do carro (com ou sem pistola), ameaças, chapadas, "eu mato-te", "nunca mais falas do Porto", "nunca mais falas do Pinto da Costa", "nunca mais falas dos superdragões".

Realmente o Porto é uma nação. Uma nação sem lei.

quinta-feira, 14 de março de 2019

Regressou a alegria

Não foi uma exibição perfeita, mas este jogo trouxe de volta a alegria de jogar. A partir da segunda parte houve novamente raça, muitas entrega e a qualidade que o Benfica tem exibido desde que Bruno Lage pegou na equipa.
Rafa e Pizzi voltaram a encher o campo e Jonas e Grimaldo deram à equipa o que faltou na primeira parte: o espanhol velocidade, dinâmica e qualidade no flanco esquerdo e o brasileiro critério e poder de finalização no ataque.
Três grandes golos a coroar a exibição e a qualificação deram a esta noite um sabor especial.
De negativo registo as más exibições de Yuri e Zivko. Começa a haver poucas margem para estes jogadores que não aproveitaram as oportunidades que tiveram até agora.
Jota teve alguns apontamentos positivos mas foi penalizado pela pouca dinâmica e inspiração da equipa até golo.
De positivo, para além do óbvio de uma vitória moralizadora, destaco ainda o regresso de Fejsa. Digam o que disserem, é uma óptima notícia. Vê-se que ainda não está no seu melhor mas é mais uma opção de qualidade para a fase decisiva do campeonato (e até para a Liga Europa).
Espero sinceramente que este jogo traga de volta a alegria e a confiança aos nossos jogadores, como se viu até Zagreb. A começar já no Domingo!

Benfica-D.Zagreb: as dúvidas

Já se conhece a equipa do Benfica: Vlacho, Almeida, Rúben, Ferro, Yuri, Fejsa, Gabriel, Zivko, Pizzi, Rafa e Jota.
As dúvidas: entre Pizzi, Rafa e Jota quem jogará na frente? À partida pensa-se que será Jota e Rafa, mas Jota também pode jogar na esquerda com Pizzi a aparecer no meio. Veremos. Nem me parece impossível um esquema próximo do 4-3-3. É uma incógnita que só o jogo esclarecerá.
Vejo com bons olhos este meio campo que seguramente será muito pressionante. Também a velocidade na frente de Rafa e Jota me parece bastante bem.
A maior dúvida e potencial problema é não termos um matador na frente de ataque.
Vamos ver. Tenhamos confiança.

terça-feira, 12 de março de 2019

Sinais preocupantes - decisões a tomar

Saído do dragão em 1º lugar, com uma vitória feliz mas merecida, o Benfica tinha tudo para ser campeão: uma recuperação que chegou a parecer impossível e um ascendente moral sobre o principal adversário na luta pelo título.

No entanto, no futebol como na vida, as coisas são efémeras e uma derrota e uma exibição lamentável em Zagreb atiraram borda fora esse capital, criando dúvidas e desconfianças onde antes havia confiança e vontade de vencer.

O que se passou é um remake, sem tirar nem pôr, do que aconteceu há 6 épocas, quando a vitória na Madeira foi festejada como a conquista antecipada do título. Com essa vitória até podíamos perder no dragão (na penúltima jornada), bastando depois ganhar o último jogo em casa (penso que com o Moreirense) para assegurar o título. Acontece que antes ainda do jogo no dragão recebíamos o Estoril. Já dávamos esse jogo por ganho... Segundo consta, após a vitória no Funchal houve champagne... Só que um jogo desastrado na Luz fez-nos entrar no dragão sabendo que uma derrota nos desapossava do 1º lugar na penúltima jornada. E foi isso mesmo que aconteceu... aos 92 minutos.

Mau demais para ser verdade. Quase surreal.

Mas a repetição da história não fica por aí. Na primeira volta deste campeonato ganhámos ao Porto, passando para a liderança e na jornada seguinte perdemos com o Belenenses e perdendo a liderança. Que só recuperámos na jornada passada.

Relativamente ao que aconteceu há 6 anos e ao que se passou na primeira volta há apenas uma diferença: neste momento continuamos em 1º lugar, se bem que por um fio. A nossa margem de erro é neste momento nula, porque sabemos que a bem ou a mal, com mais ou menos VAR, aconchegos e empurrões, se o Porto se apanhar em 1º já não perde pontos até ao fim do campeonato.

E vamos jogar a Moreira de Cónegos no Domingo...

Deixando de lado estas semelhanças e o lado psicológico da competição (que é evidentemente importante), a verdade é que há outros factores que explicam esta tremenda quebra do Benfica.

Há cansaço físico e psicológico. Há falta de opções no plantel. 

Estas duas situações estão obviamente interligadas. A falta de opções leva a que tenham que jogar sempre os mesmos (especialmente na defesa e no ataque) e daí resulta fadiga - cansaço competitivo que leva a erros como os de Rúben Dias nos dois últimos jogos. 

Na defesa não há opções porque Conti e Jardel estão lesionados há demasiado tempo. O argentino foi dado como recuperado mas depois voltou-se misteriosamente a lesionar. O problema das lesões no Benfica é aliás um flagelo que já tem anos.

No ataque a culpa vai inteira para Luis Filipe Vieira, como responsável máximo pela estrutura, por ter permitido que ficássemos com apenas dois avançados/pontas de lança puros (Jonas e Seferovic) no exacto momento em que passámos a jogar em 4-4-2. 

A jogar com apenas um ponta de lança, como acontecia com Vitória, tínhamos quatro no plantel, quando passámos a jogar com dois, ficámos com... dois. Enfim, mistérios que não conseguimos entender mas cujas consequências estão à vista: quando ontem precisámos de opções para carregar na frente, quando precisávamos de ganhar bolas de cabeça e ter poder de choque na área, as opções no banco eram nulas.

As soluções do Seixal são boas e recomendam-se, mas não chegam. Jota poderá vir a ser um excelente jogador (acredito que sim porque o talento está lá, assim como a cabeça) mas não é um ponta de lança, nem pouco mais ou menos. Félix é excelente a jogar como segundo avançado mas não tem o poder na área  nem a capacidade de finalização aérea de um ponta de lança puro.

Deixar sair Ferreyra e Castillo e não trazer ninguém em Janeiro foi uma opção desastrosa, como assinalei logo na altura, que nos pode vir a custar o campeonato.

Neste momento há que fazer uma reflexão séria e tomar decisões. A primeira questão que Bruno Lage tem que abordar é como pode colocar a equipa a jogar agora que não tem Seferovic. Não me parece que a estratégia de ontem tenha sido a melhor. As equipas vão agora povoar muito o centro da defesa, sabendo que pelas alas o Benfica não conseguirá provocar-lhes muito dano uma vez que não há cabeceadores. Jonas ainda marcou um excelente golo, mostrando que o seu instinto finalizador continua presente, mas não chega.

A segunda decisão que Bruno Lage terá que tomar, e esta já para quinta-feira, prende-se com a gestão do cansaço da equipa. Com um jogo decisivo em Moreira de Cónegos, face ao 5º classificado (com todo o mérito) que já nos derrotou na primeira volta na Luz, que equipa se apresentará três dias antes para defrontar os croatas? Poderemos arriscar Grimaldo, Pizzi, Jonas e o próprio Félix, que estão nos limites e presos por arames? Mesmo Rafa, que é essencial nesta altura e sabemos que é muito atreito a lesões? Eu penso que não. 

Pode isto significar um adeus prematuro à Liga Europa? Certamente que sim. O resultado da ida é péssimo, um resultado muito perigoso e enganador, e a capacidade do Benfica em criar oportunidades e marcar golos diminuiu brutalmente nos últimos jogos.

Mas essa tem que ser uma decisão assumida. Com este plantel não é possível abordar Campeonato, Liga Europa e Taça de Portugal com o intuito de ganhar. A manta é demasiado curta. Há que fazer opções e a prioridade tem que ser o campeonato. Disso nem há dúvidas. Por isso, para mim quinta-feira entre os que têm habitualmente sido titulares só jogariam aqueles para cujos lugares não houvesse alternativa, nomeadamente no eixo central da defesa. De resto seriam todos (incluindo Svilar) "segundas linhas". Com ordens para dar tudo dentro de campo e mostrarem o quanto querem estar no Benfica. 

domingo, 10 de março de 2019

O Melhor Árbitro Português!

É um digno sucessor de Pedro Proença.

Ainda não chegou a "Melhor do Mundo", como o seu antecessor - os tempos também são outros - mas no território indígena os seus passos são seguros. 

Falo, claro está, de Artur Soares Dias.

A segurança da sua carreira está na exacta proporção da segurança que o Porto sente quando ele apita. 

Proença era assim. Quando apitava um clássico, já se sabia o que aconteceria: o Porto jogaria parte do jogo contra 10 adversários e muito provavelmente beneficiaria de um penalty. 

Proença teve, creio, um registo "imaculado" em clássicos no campeonato: o Porto nunca perdeu.

Não me lembro de alguma vez o ter ouvido ser criticado pelos jogadores, técnicos e dirigentes do Porto.

Pelo contrário, muitas vezes o jogo acabava com Proença aos abraços (e até beijonhos) aos jogadores e técnicos do Porto. 

Quando havia um jogo decisivo, lá apareciam os do costume (os comentadeiros da ordem e por vezes os próprios dirigentes do Porto), a requererem, a exigirem mesmo (!) que Proença fosse o árbitro.

Pudera! Com ele era, como dizem os americanos, money in the bank! A coisa era garantida. Mesmo que jogassem muito mal, perder não perdiam. Mesmo que para tal fosse necessário positivamente inventar um penalty. 

Enfim, eu escrevi aqui n posts sobre Proença e as suas habilidades. É só consultar na caixa de pesquisa do blog. Vou listar aqui apenas um.

Depois de se retirar da arbitragem, Proença foi premiado com a Presidência da Liga, com o apoio, espante-se a plebe (!) de Porto e Sporting. Em Portugal isto não é suficiente para levantar dúvidas. O manto do "melhor do mundo" serviu para tudo justificar.

Ora, estando a arbitragem "orfã" de um Proença, era preciso arranjar outro. Outro que desse as mesmas garantias. Outro que não hesitasse em beneficiar o Porto e prejudicar clara e manifestamente o Benfica nos lances divididos e nas grandes decisões. 

Soares Dias também já tem um longo historial na matéria. Parte está aqui no blog. Lembro-me de um Sporting-Benfica que marcou o fim das nossas aspirações ao título, no qual não assinala dois penalties contra o Sporting, um deles escandaloso, e depois assinala um contra o Benfica por um leve toque de Luisão a Wolksvinkel. Ou de uma defesa de Mangala dentro da área (Mangala, para quem não se lembre, não era o guarda-redes do Porto) que Soares Dias viu mas não quis marcar. E, mais recentemente, no ano passado, deixou de novo passar em claro em Alvalade dois penalties a nosso favor. 

Mas Soares Dias não é o melhor mundo. Falta-lhe arte,  teatralidade (e gel no cabelo) para tal. Segundo vi num blog do Porto "falta-lhe ainda muita coisa para ser um árbitro de topo". No entanto está confortavelmente no lugar de "melhor de Portugal", como o próprio blog do Porto reconhece ao se questionar sobre se Soares Dias já seria "de topo".

É por isso que quando a coisa aperta Soares Dias é chamado, como o era Proença. E normalmente não desilude.

Por isso tenho que discordar com o que li nalguns blogs benfiquistas sobre a arbitragem de Jorge Sousa no dragão. Digo afirmativamente e sem qualquer ironia que Jorge Sousa fez uma boa, muito boa arbitragem no dragão. E explico-o. 

É verdade que houve uma ou outra falta mal assinalada e que o "caldo" ou chapada de Brahimi passou em claro. Mas Sousa foi, no geral, coerente. Não marcou o penalty sobre Pizzi (eu possivelmente também não marcaria, mas eu não marcava metade dos penalties que são assinalados em Portugal, defendendo que o futebol é um jogo de contacto e arbitragens mais ao estilo inglesa) mas não marcou também falta na recuperação de bola que deu o golo do empate ao Benfica. Se nos quisesse prejudicar fá-lo-ia.

Uma coisa eu vos garanto, com Soares Dias não teríamos ganho no dragão. Aliás basta recordar como ele voltou atrás na sua decisão em Alvalade para anular um golo de João Félix (ou não "viu" o penalty sobre Pizzi, novamente ele) ou marcou um penalty sobre Bas Dost (mas não um parecido sobre Seferovic) no último derby.

EM todo o caso, este post vem apenas a propósito do jogo desta noite Feirense-Porto. É um sinal de grande intranquilidade do Porto ter tido que "convocar" Soares Dias para este jogo, no qual jogou contra o lanterna vermelha destacado. Soares Dias não desiludiu, com uma arbitragem discreta mas eficaz.

Quem quiser conhecer os dados OBJECTIVOS deste árbitro, para poder constatar se eu estou a ser justo ou, pelo contrário, parcial, pode consultar este post, no blog Influência Arbitral.



sexta-feira, 8 de março de 2019

Era o que mais faltava que FCP não vencesse o Feirense

Entramos na recta final do campeonato e a dimensão mental dos jogos terá um papel cada vez mais decisivo no desfecho do mesmo.

Semana após semana os jogos terão uma carga mais dramática, visto que qualquer deslize pode ser fatal para as ambições de Benfica e Porto. A pressão será enorme e os media e comnicação dos clubes explorarão esta dimensão semana após semana.

É um pouco como um duelo do faroeste no qual qualquer hesitação ou piscar de olhos pode ser a morte do atirador.

Cada clube procurará valorizar as suas vitórias como marcos decisivos (quando é um pouco o contrário que é verdade - a perda de pontos é que será decisiva), sendo que o Porto, estando atrás, é quem usará mais deste expediente e procurará fazer mais mind games.

E começa já esta semana. Vários media já estão a dizer que "o Porto pode passar para a frente ainda que de forma provisória", pois joga antes do Benfica, que apenas segunda-feira receberá o Belenenses no Estádio da Luz.

Nessa medida, tentarão fazer da, mais do que previsível, quase inevitável vitória do Porto em Santa Maria da Feira, um grande feito e um passo na direcção do título. Depois dela acontecer comportar-se-ão como se o Benfica agora estivesse sob pressão adicional.

Ora isto é absurdo por duas razões.

Em primeiro lugar não há primeiros lugares "provisórios". A classificação faz-se ao fim de cada jornada. Antes disso não há trocas de posições.

Além disso, neste caso em particular, era o que mais faltava que o Porto não vencesse o Feirense! Estamos a falar do último classificado contra o campeão em título! De uma equipa que tem sido constantemente o lanterna vermelha e que perdeu por 4-0 com o Belenenses na última jornada.

Ou seja, o Porto tem mais do que obrigação de vencer (mesmo com o desgaste da Liga dos Campeões) e até de forma muito tranquila.

Digo isto porque é fundamental que tenhamos noção das realidades e que nesta altura saibamos estar completamente imunes a pressões externas. 

O Benfica tem que olhar exclusivamente para os seus jogos e abordá-los como tem feito até aqui no campeonato: com grande concentração, determinação e instinto goleador. 

E também com confiança: estou seguro de que a derrota e má exibição de Zagreb foi um acidente de percurso que não se repetirá, pois os jogadores aprenderam a lição. Contra o Belenenses adeptos e equipa recuperarão o élan que nos levou a vencer no Porto e ocupar o primeiro lugar com todo o mérito. 

O resto, as "passagens para o primeiro lugar" por jogarem antes de nós, a "pressão acrescida" para "recuperar o primeiro lugar", tudo isso é paisagem, conversa de quem sabe que não depende de si e que só contando connosco pode alcançar os seus objectivos. Por isso é deixá-los falar à vontade: disso, de VARs, de toupeiras e o que mais quiserem. Aliás, o Porto é que está na corda bamba: cometendo um deslize antes do Benfica fica quase definitivamente arredado do título.

Temos pois apenas e exclusivamente que nos focar no que já provámos fazer melhor que quaisquer outros em Portugal: jogar futebol e ganhar.


quinta-feira, 7 de março de 2019

Um desastre (semi) anunciado

Uma exibição desastrada e desastrosa foi o que se viu este fim de tarde, início de noite em Zagreb por parte do Benfica.

Previsível?
Não, se olharmos para o que o Benfica de Bruno Lage vem fazendo.

Mas as análises não podem ser feitas só assim.

Infelizmente o que aconteceu hoje era uma questão de tempo. Era previsível desde o fim de Janeiro.

Porquê? Porque desde essa altura deixámos de ter uma alternativa a Seferovic.

Não escrevo isto agora, em cima de um mau resultado. Escrevi-o quando o mercado fechou e saíram dois avançados não tendo entrado ninguém para os substituir.


Com Seferovic a ser determinante no actual futebol do Benfica, porque é realmente o único jogador deste plantel que, como agora se diz, ataca a profundidade, a sua utilização foi constante e a lesão de esforço acaba por ser previsível. João Félix é outro jogador que tem jogado sempre e corre os mesmos riscos.

Já no jogo com o Porto a quebra física destes e outros jogadores foi notória, algo que também assinalei nos anteriores posts. Grimaldo é outro caso.

Por isso defendi aqui antes do jogo que hoje deveriam ter jogado Jota e Yuri Ribeiro.

https://justicabenfiquista.blogspot.com/2019/03/equipa-para-zagreb.html 
 
Grimaldo deveria ter sido poupado, tal como Félix ou Seferovic. São jogadores com grande desgaste nesta fase da época. (Isto para já não falar nos centrais, mas aí não há aparentemente alternativas face às múltiplas lesões.)

Concordo completamente com a não convocatória de Pizzi e André Almeida mas acho que Lage deveria ter ido bem mais longe. E não percebo a ausência de Jonas. Se está novamente lesionado então as coisas vão ser ainda mais complicadas e arriscamo-nos a deitar pela janela tudo de excelente que foi feito até agora.

O campeonato é a prioridade número um e nenhuma outra competição o pode colocar em causa. Se fôr preciso colocar 11 não habituais titulares em campo na Liga Europa é isso que tem que se fazer!

Outra coisa que não gostei no jogo de hoje foi uma certa displicência e sobranceria. O que se fez nos jogos anteriores não dá qualquer vantagem quando o árbitro apita para o início de uma nova partida. Só estando concentrados e solidários do princípio ao fim os jogadores podem vencer os adversários.

É agora tempo de reagrupar, cerrar fileiras e perceber que NADA, absolutamente nada está ganho. Na primeira volta ganhámos ao Porto, passámos para a liderança e depois perdemos com o Belenenses e começou o descalabro. E há uns anos atrás pensámos que o campeonato estava ganho quando vencemos na Madeira (porque dávamos como certa a vitória em casa sobre o Estoril) e perdemo-lo na penúltima jornada. A euforia e o triunfalismo antes do tempo são receitas certas para o falhanço!

Não vamos novamente cometer os mesmos erros! Que este jogo sirva como alerta à navegação para todos!

domingo, 3 de março de 2019

Equipa para Zagreb

Houve sinais de desgaste evidentes em vários jogadores no fim do jogo no dragão. Nada de anormal perante um calendário tão exigente mas é mais uma prova, se ela fosse precisa, de que o Benfica terá que gerir muito bem o esforço até ao final da época.
A Liga Europa será para já a segunda competição, em termos de prioridades e portanto ali deve haver rotação.
A minha aposta é então a seguinte:


Odysseias
Corchia
Jardel (caso esteja disponível)
Ferro
Yuri Ribeiro
Florentino
Gabriel
Cervi
Gedson
Jota
Seferovic

FCP - 1 SLB - 2: Raça Benfiquista

Foi uma das exibições mais personalizadas do Benfica no Porto nas últimas décadas, protagonizada por uma das equipas mais jovens que nos representaram.
É, como se sabe, raro o Benfica ganhar no Porto e se o conseguímos esta noite - e com todo o mérito - isso deve-se à grande entrega e entreajuda entre todos os jogadores, àquilo que chamamos - e bem - a Raça Benfiquista!
Imagem de "A Bola"
Claro que correr, fazer pressão e entregar-se ao jogo não chega. É preciso ter a estratégia correcta, os posicionamentos, os movimentos e as dinâmicas bem pensados. E nisso Bruno Lage esteve magistral. Mas claro que sem que os intérpretes coloquem em campo a atitude certa, essa estratégia e a táctica não dão resultado. É da combinação do planeamento do jogo e da atitude dos jogadores que resultam exibições destas e vitórias tão importantes como a desta noite.
Ora se a estratégia foi muito boa - o Benfica foi igual a si próprio, como o próprio Sérgio Conceição admitiu, jogando sem qualquer medo ou nervosismo no "Dragão" - a atitude foi enorme. Os cortes de André Almeida a fechar a primeira parte, de Ferro no chão (é verdade que a bola não foi para o melhor sítio, mas se não tivesse acontecido ela chegaria ao jogador do Porto que estava atrás) e de Samaris (!!) a limpar um golo certo quase no fim do jogo, foram exemplos perfeitos dessa atitude.
Não demos uma bola por perdida, não nos escondemos de nenhum duelo e tivemos a cabeça para tirar o pé em lances dentro da área que podiam dar choques e penalties. Uma enorme raça e um tremendo equilíbrio emocional.
Samaris, diga-se, foi um autêntico monstro! Que exibição! Que jogador! Renovem já!
Gabriel vê a sua exibição manchada pela expulsão, mas até então estava a ser o que é. Se Samaris é um monstro, Gabriel é uma besta! Futebolisticamente falando, claro. É um jogador com uma potência física e simultaneamente capacidade de passe e inteligência em campo que faz dele um enorme jogador. Obrigado a Rui Vitória por se ter batido tanto pela sua contratação!
Quanto a Pizzi e Rafa... Já nem sei o que dizer. Olhem, vou dizer o seguinte: não jogam nada!! Aquele segundo golo do Benfica (para além de tudo o que têm feito esta época), é o perfeito exemplo disso. Um lance banal!!! Enfim, dois mágicos com a bola nos pés, que esta noite tiveram também um papel fundamental no equilíbrio defensivo da equipa. Estão a confirmar o que sempre pensei que fossem capazes de fazer no Benfica e isto aplica-se mais a Rafa que esta época realmente está a "explodir", pois Pizzi já vem jogando a este nível há bastante tempo, apesar das críticas ignorantes que alguns persistiam há até pouco tempo em fazer.
Os centrais tiveram um teste de fogo e passaram com distinção. Admito que nunca pensei que Ferro pudesse estar a este nível tão rapidamente. Mérito seu e de quem nele apostou. Almeida ter sido capitão (e com mais uma grande exibição, apesar de também muitas vezes ter ouvido tantas e tão injustas críticas) é a prova de que o trabalho e a seriedade compensam. É feito de ferro, como o seu colega da defesa. Grimaldo é um virtuoso e dá aquele toque de leveza, velocidade e classe à nossa defesa.
De resto Félix voltou a mostrar que as coisas não têm acontecido por acaso, ao passo que Seferovic desta vez esteve um pouco abaixo do que é capaz, apesar de ter sido decisivo, com a assistência para o primeiro golo.
Vlakodimos foi imperial e garantiu a vitória.
O golo do Porto deveria ter sido anulado pois Pepe estava fora de jogo. Há uma imagem em que isso é claro. O VAR deveria intervido. Jorge Sousa que nem tem culpa disso, fez uma excelente arbitragem. Errou apenas em não dar um amarelo (ou até vermelho) a Brahimi, mas se queremos ser justos temos que admitir que Rúben Dias andou também metido na confusão e poderia no limite também aí ver o segundo amarelo e ser igualmente expulso.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Não tenho ilusões

O jogo de sábado tem uma forte probabilidade de decidir o título.
Claro que sabemos que ficam muitos pontos por disputar e que muita coisa acontecerá até ao fim do campeonato. No entanto lugares comuns ou enormes surpresas à parte, quem vencer terá todas as condições para ser campeão. Um empate deixa as coisas em aberto, até porque em caso das equipas acabarem o campeonato em igualdade pontual o Benfica teria a vantagem do confronto direto e seria campeão.
Ora tendo isso em atenção, tenho a plena consciência de que será um jogo muito difícil e que só um Benfica superlativo poderá trazer a vitória.
Isto porque não apenas o Porto é forte em sua casa e em geral nos jogos contra o Benfica, como porque podemos esperar uma arbitragem amiga do Porto, como quase sempre acontece. Com árbitros e VARs como os que se tem visto, entramos em campo já em desvantagem.
Só com uma exibição avassaladora podemos ganhar de forma categórica. Possível? Sim. Provável? Não muito. Esperemos porém que Lage o consiga e nos dê uma grande alegria.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Perdoem-nos o 10-0!

O futebol português tem de facto uma incrível capacidade de inovar e surpreender. Quando pensamos que já vimos tudo, eis que algo completamente inusitado e anormal aparece e toma conta da agenda mediática.
Aqui há uns tempos houve um "caso" do qual se falou durante dias a fio de forma indignada: um golo que o árbitro validou ao Benfica escandalizou a nação futebolística devido à posição do nosso jogador. Fora de jogo? As imagens provavam que não. No entanto - isto parece mentira mas é pura verdade - o fiscal de linha "não podia ter visto". Da posição em que se encontrava, o lance "dava a sensação de fora de jogo", pelo que ao não o anular (um golo legal, recordo) a equipa de arbitragem beneficiara o Benfica. Isto é autêntico.
É possível descer mais baixo?
É. Pedro Proença (o comentador que se tornou famoso de um dia para o outro ao aparecer em todo o lado a defender Bruno de Carvalho) e Manuel Serrão ontem deram uma enorme lição de como ser torpe, indigno e imoral. Basicamente estes dois comentadores insinuaram que o Benfica compra as outras equipas (ou droga-as) de forma a que não ofereçam resistência no estádio da Luz. Além da corrupção activa do Benfica, um enorme número de equipas da Liga seriam também corruptas na forma passiva. Boavista, Braga e Nacional foram mencionados pelo nome como equipas que foram à Luz propositadamente para perder. Também exigiram que o Braga e o Boavista jogassem mal contra as suas equipas (uma vez que tinha acontecido o mesmo com o Benfica) o que parece equivaler a exigirem que estas equipas facilitem.
Enfim, um chorrilho de asneiras, insinuações e indignidades, uma exibição doentia de ódio, dor de cotovelo e anti-benfiquismo primário que lamento e me arrependo de ter visto.
Esperava ouvir o representante do Benfica questionar o do Sporting se os 4 que a sua equipa levou em casa (e que podiam ter sido 8) também tinham sido de propósito. Em vez disso, apresentou uma lista de goleadas do passado, como se tivesse que justificar alguma coisa.
A dada altura, noutro canal discutia-se se era "imoral" dar 10. Supostamente aos 3 deveríamos ter parado de jogar... Mais à frente questionava-se "Será que houve apostas?". E assim, chafurdando na lama, no lodo e na porcaria, tentam virar tudo ao contrário e transformar uma vitória histórica, memorável, uma exibição de puro talento e poder futebolístico, numa qualquer estória sórdida em que o Benfica tanto é culpado de comprar o adversário como de o humilhar indevidamente - nem é preciso escolher entre estas duas opções contraditórias entre si, usam-se as duas ao mesmo tempo. E ainda há outra razão para carpir e lamentar esta derrota. - perdão, vitória - do Benfica: a falta de competitividade da Liga Portuguesa.
Obviamente que esta conversa nojenta e doentia não cola. Mas ela serve outro objetivo: manter um clima de permanente suspeições e guerrilha contra o Benfica.
Ora nisto o Benfica tem que ser simultaneamente sagaz e implacável.
Concordo com a comunicação de ontem de respeito pelo Nacional - comportamento que os nossos jogadores e treinador mostraram logo no campo- mas há mais que deve ser feito.
Pedro Proença fez ontem insinuações gravíssimas. O Benfica, eventualmente até envolvendo os clubes que são acusados de perder de propósito, deveria apresentar uma queixa crime contra este homenzinho. Não se pode viver num estado de impunidade em que se lança lama sobre centenas de profissionais em directo perante centenas de milhares de espectadores. As pessoas têm que ser responsabilizadas pelas suas afirmações.
Ainda há pouco li uma notícia de que Bruno de Carvalho, o mentor deste comentador, foi obrigado a fazer uma declaração a desdizer todas as insinuações que fizera sobre o ACP e Carlos Barbosa e basicamente a pedir desculpa a este, para evitar ser condenado por difamação. O facto de Barbosa não ter aceite o desaforo inicial (colocando uma queixa em tribunal) é o aspecto chave aqui, o que causou este desfecho.
O Benfica não pode também permitir que qualquer desgraçado venha colocar em causa a sua reputação e o trabalho duro e sério dos seus profissionais. Estes comentadores que digam todos os disparates que quiserem. Agora acusarem-nos de corrupção ultrapassa os limites e o Benfica precisa de reagir.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Benfica - 10 Nacional - 0: Futebol Total

Não há falta de adjectivos na língua portuguesa mas, nestas 24 horas que se seguiram ao Benfica-Nacional, a maioria deles já foi utilizada para classificar o jogo. Aliás, o resultado e a exibição tão avassaladora do Benfica ontem por si só expressam, melhor do que as palavras o podem fazer, o que aconteceu. Deixam um testemunho para a história que tão cedo não será esquecido.

Porque goleadas e exibições destas - é preciso termos a perfeita consciência disso - acontecem uma vez em décadas. A última assim acontecera há 55 anos. Claro que o Benfica terá outras tardes e noites de glória muito antes disso (esperemos mesmo que ainda esta época). No entanto um resultado desta ordem (como se costuma dizer, "já não se usam" números destes) aliado a uma exibição que esteve muito perto da perfeição, é algo que não acontecerá tão cedo. 

E é bom ter noção disso para nos prepararmos para as muitas dificuldades que seguramente surgirão daqui até ao final da época, para tardes e noites em que as coisas não correrão tão bem, tão fluidamente, em que parecerá que "estava escrito" que não iríamos ganhar, e nas quais os jogadores terão que lá ir pela determinação, combatividade, garra e raça. Porque isso é o Benfica. 

Mas claro que este dia (e apenas este, porque amanhã começa já outra história) foi de festa.

Há um mérito inegável de Bruno Lage - mas também de Luis Filipe Vieira - no que ontem aconteceu. Vieira tem apostado na formação (será talvez a única opção viável para os clubes portugueses, atendendo a que a nossa economia está muito distante das grandes Ligas) e os resultados são evidentes.

Rúben Dias, João Félix e o próprio Gedson, que tem tido menos oportunidades neste momento, são já certezas. São jogadores de qualidade indiscutível que já mostraram ser capazes de jogar a este nível. Veremos o que acontece com Ferro (que para já tem dado indicações muito positivas), Florentino (uma excelente entrada no jogo, mas sabemos que provavelmente será preciso tempo para amadurecer) e Jota. Este último é a maior promessa e a maior certeza a nível de talento. Pode vir a ser uma pedra preciosa. Mas vamos ver.

Mas claro que o mérito de quem os coloca a jogar - e como - é do treinador. Lage nesse aspecto tem feito as coisas bem. Com tranquilidade mas dando confiança aos jogadores.

O seu mérito vai, claro, além disso. A forma como a equipa se posiciona, pressiona e lança os seus ataques (as tais "transições") é algo que dá verdadeiramente gosto ver. Há muito talento, mas Lage está a potenciá-lo de uma forma que não víamos há muitos anos (se é qua alguma vez vimos). 

Da exibição de ontem, que não vale a pena adjectivar, tão avassaladora e eloquente ela foi, gostaria de destacar Pizzi. Faço-o não apenas por ontem mas pelos últimos jogos - e por últimos entendo aqui uma quantidade bem grande. Pizzi é, sem sombra de dúvidas, um dos melhores jogadores do Benfica e de Portugal. É absolutamente inacreditável que alguns adeptos ainda tenham a completa falta de noção de o criticar. Claro que falha alguns passes (especialmente porque arrisca sempre lançar passes de rotura) e claro que tem exibições por vezes menos conseguidas, especialmente quando fatigado. Como todos os jogadores aliás. Mas quando está bem (que é quase sempre) Pizzi é um jogador que faz o Benfica jogar. Mesmo à direita, é o motor e a casa das máquinas do futebol ofensivo da equipa. Os seus números (golos, assistências, envolvimento em jogadas de golo) são absolutamente assombroso. E ontem foi, claro está, uma noite memorável neste particular. 

10 a zero. Uma noite (mais) para a gloriosa história do Benfica.
















terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

A fraude do VAR

Tal como está, o VAR é uma fraude. Quando Oliver faz falta clara sobre Gabriel no início da jogada (primeiro golo do Porto na Taça da Liga) o VAR não intervém e todos cantam e assobiam. Quando João Félix se embrulha com Wendel nas barbas do árbitro - perfeitamente posicionado para ajuizar o lance, deixando-o seguir - o VAR decide interferir a pedido do público. Pressionado pelas bancadas, o árbitro retira o golo ao Benfica num lance normal de futebol, em que a única coisa anormal é a forma como o jogador do Sporting desiste da bola que estava perfeitamente ao seu alcance. Mas alguns benfiquistas anjinhos ainda acham muito bem.
Quando Pizzi é claramente ensandwichado e derrubado por dois jogadores do Sporting na área, o VAR não vê nada.
Quando após rematar ao poste Seferovic é abalroado por Renan, o VAR não vê nada.
Mas quando Vlachodimos se tenta proteger do joelho de Bas Dost, o VAR já vê. Mas alguns benfiquistas anjinhos acham muito bem e ainda são capazes de dizer que o VAR foi óptimo e ajudou muito a verdade desportiva.
Se por verdade desportiva entendermos prejudicar sempre o Benfica, aí posso concordar.
Aliás é engraçado: sempre que o Benfica marca, tenta-se anular o golo através do VAR. Em Braga na Taça da Liga anularam um e estiveram a rever o outro. Aqui anularam um a João Félix e no segundo o miúdo já nem festejou, com os jogadores todos do Sporting a pedirem o socorro do VAR.
Repito: nestes dois jogos (clássico e derby) o VAR só chamou o árbitro a rever lances contra o Benfica. Fosse para anular golos ou marcar penalties contra. Em nenhum caso o VAR chamou o árbitro para rever situações em que nós pudéssemos ser benificiários - e não por falta de lances para analisar e rever mas apenas por falta de vontade. Mas há benfiquistas que vão nas cantigas dos ruis santos desta vida e continuem a achar que o VAR é uma coisa fantástica. Como ele está, não passa de mais uma forma de prejudicar o Benfica.
Ainda sobre a arbitragem de Soares Dias, e aí não tanto o VAR, é incrível como é possível ter um critério disciplinar tão mau e tão inconsistente. Bruno Fernandes deveria ter sido expulso e vários jogadores do Sporting mereciam amarelos tanto por entradas violentas como por pararem contra ataques perigosos, perante a total passividade de Soares Dias. Outro critério curioso do árbitro foi o de deixar os lances de ataque do Sporting decorrerem até ao fim mas depois quando não davam em nada ir descortinar uma falta ou pretensa falta num momento precedente da jogada. É sem dúvida uma interpretação original da lei da vantagem. Se não der nada volta-se atrás, rebobina-se. Está sem dúvida dentro do espírito do VAR, o de escolher sempre a opção que possa prejudicar mais o Benfica. Segundas oportunidades...
Enfim, mais do mesmo da parte de Soares Dias, com um longo histórico de prejuízos ao Benfica em Alvalade. Não costuma ver os penalties a nosso favor (o ano passado foram só 3) mas tem um olho clínico para ver faltas dos nossos na nossa área. Como é óbvio esta parcialidade não foi resolvida pelo VAR, muito pelo contrário.
Penso que o Benfica tem que se revoltar e denunciar o que está a acontecer.
Não é por termos ganho de forma clara que devemos achar que não vale a pena falar. Nem se convençam que é a bajular os árbitros, como faz Pedro Guerra, que eles passam a gostar mais de nós e nos vão prejudicar menos.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Recital

Não posso dizer que esteja surpreendido porque realmente esperava uma vitória clara do Benfica. Sobretudo depois do jogo extra que fez na final da Taça da Liga, de ter tido menos um dia de descanso e de ter jogado bastante tempo com 10 em Setúbal, o Sporting chegava mais desgastado ao derby. Para além disso, o Benfica é claramente melhor, individual e colectivamente.
No entanto por vezes estes factores nada pesam. Há sempre uma grande imprevisibilidade num jogo de futebol e mais ainda num derby.
Mas esta noite os jogadores do Benfica tinham a missão bem estudada e estiveram a um nível altíssimo.
A vitória só peca por escassa.
Foi das melhores e mais categóricas exibições do Benfica em Alvalade nos últimos anos. O domínio foi avassalador e só não foi absoluto devido à expulsão de Vlachodimos que ditou a saída de Rafa e um quase abdicar do ataque nos últimos 10 minutos.
Seria redundante estar aqui a elogiar as exibições dos jogadores. Félix voltou a encher o campo e Seferovic voltou a ser um avançado de mão cheia como tem sido nos últimos jogos. Para Grimaldo também já quase não há adjetivos que lhe façam justiça. Os centrais foram dois gigantes. Como dizia todos estiveram num grande nível.
Vou por isso passar já ao tema da arbitragem que já por aí vi ser muito elogiada.
Foi uma arbitragem vergonhosa!
O Benfica ganhou de forma clara, em resultado da sua exibição demolidora mas fomos brutalmente prejudicados.
Ponto 1: o primeiro golo de João Félix não tem nada que ser anulado. O lance passa-se mesmo ao lado do árbitro que nada assinalou. O VAR não pode intervir! O que o protocolo diz é que só intervém em erros claros. Ora o lance não é claro. Há um colocar de mãos de Félix no jogador do Sporting mas não é claro que isso o tire do lance. É o jogador do Sporting que desiste da bola.
Ponto 2: penalty claro sobre Pizzi. Nem árbitro nem VAR "viram".
Ponto 3: penalty muito duvidoso assinalado contra o Benfica e expulsão escandalosa de Vlachodimos. Então o que aconteceu ao "fim da dupla penalização"? Quando é para prejudicar o Benfica não se aplica?
Enfim, uma completa vergonha que só a nossa exibição avassaladora fez com que não tivesse consequências de maior.
No entanto não teremos Vlachodimos para a Taça.
Uma nota final para pedir para não se embandeirar em arco. O próximo jogo começa 0-0 e o que aconteceu hoje não garante nada para quarta feira.
Dito isto, os jogadores e Bruno Lage estão de parabéns por uma exibição e vitória memoráveis. Deram-nos uma enorme alegria. Vou acreditar, como o presidente pediu, apesar de continuar a achar que falta um ponta de lança no plantel. Precisamos agora que Jonas recupere rapidamente e possa ser alternativa. Há ainda muitos e muitos jogos até ao fim da época e não é possível Seferovic fazê-los todos, especialmente ao nível altíssimo a que tem estado.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Mercado de janeiro - quando a lógica é uma batata

Qualquer benfiquista que se preze e com dois dedos de testa está nesta altura a interrogar-se: o que passou-se?

É demasiado mau debilitar desta forma o plantel a um treinador que está a começar e tem ainda três competições pela frente. 

Acima de tudo, eu pergunto-me: qual a lógica?

Qual a lógica de ter 4 pontas de lança mais João Félix quando se jogava com apenas um avançado e qual a lógica de se ficar apenas com 2 pontas de lança mais João Félix quando se joga com dois avançados?! 

Alguém que me explique isto, mas de preferência com um desenho, porque de facto terá que ser uma explicação muito complexa. Só assim se apreenderão estas razões que a razão desconhece e é incapaz de perscrutar. 

Com o 4-3-3 de Vitória que contemplava apenas um ponta de lança tínhamos quatro no plantel (mais Félix), o que significava que mesmo com dois no banco um nem sequer era convocado

Agora passamos a ter apenas a possibilidade de ter um no banco. Quando Jonas estiver lesionado (como é presentemente o caso) quem estará no banco para substituir Seferovic (e vice-versa)?

Isto parece uma brincadeira. 


segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

O FC Porto é um exemplo

Anda-se a dizer muito disparate por aí! Criticar o FêQuêPê pelo que se passou na Taça da Liga

Isso é inaceitável, como muito bem, e da forma indignada que se impunha, Rui Santos (exemplo e autoridade moral para todos os que andam na bola) denunciou com toda a veemência.

Vamos lá então analisar, sem facciosismos, o que se passou na última semana na Taça da Liga, começando pelo Benfica-Porto.

1. O Porto chegou mais de 5 minutos atrasado para a entrada em campo, fazendo adversários, equipa de arbitragem, espectadores e jornalistas esperar. Isto está bem feito, porque o Porto é o maior, o campeão e os outros têm mais é que esperar por eles! Inaceitável é um comentador da BenficaTV criticar esse comportamento! Esse é que é o facto mais importante em toda esta situação!

2. O árbitro e o VAR permitiram um golo manifestamente ilegal do Porto (Gabriel foi clara e ostensivamente derrubado por Óliver Torres na origem da jogada) e anularam um golo legal ao Benfica por pretenso fora de jogo. Além disso, o árbitro, por indicação do VAR, esteve a rever o domínio de bola com o peito de Seferovic no golo de Rafa por cerca de um minuto. Tudo bem feito! Isto porque há vouchers, emails, toupeiras e sabe-se lá mais o quê! Xistra e Veríssimo agiram em conformidade!

3. Durante o jogo, Rui Costa foi expulso por ter sido injustamente anulado um golo ao Benfica e Luis Gonçalves por o outro golo também não ter sido injustamente anulado. Gonçalves tinha razão! Como é possível não se ter anulado também esse golo? Um golo das toupeiras?!? Após o jogo, LFV protestou com a arbitragem - mal. Devia estar calado.

4. No "pós-jogo", o director de comunicação do FCP, o ilustre e credível Dr. F. Janota Marques, disse que:

  • o Porto ia apresentar uma queixa-crime contra o comentador do Benfica que chamou "corja" aos jogadores do FCP;
  • que o Benfica devia ser "exemplarmente castigado" por coacção aos árbitros, devido às críticas de Vieira.

5. O director do Porto tem razão, porque o que Vieira disse é muito mais grave do que fazer uma visita ao centro de estágios dos árbitros (como fez a claque do Porto), para lhes dizer para terem cuidado porque sabiam onde viviam e em que escolas andavam os seus filhos. Isso é uma atitude de genuína preocupação e cuidado relativamente aos árbitros e às suas famílias! A claque do Porto quis tranquilizar os árbitros! Já Vieira lançou o pânico com as suas declarações incendiárias, pelo que o Benfica deveria descer de divisão! No mínimo!

Janota também tem razão no que diz respeito à palavra corja. Alguns mal intencionados podem tentar aleivosamente lembrar que Janota também usou a palavra "corja" para classificar o Benfica. Mas isso não tem nada a ver! Para já, Janota usou num sentido diferente do do comentador do Benfica. Depois, Janota é director e o outro é um mero funcionário, pelo que o estatuto de Janota também lhe dá mais latitude para falar como quiser, o que o comentador do Benfica não pode ter. E em terceiro lugar, quando Janota chamou "corja" ainda não estava a contar. O meu sobrinho de 5 anos explicou-me isto. Pode parecer um pormenor mas é muito importante do ponto de vista jurídico.

6. Após esse jogo e esses lamentáveis acontecimentos - atribuíveis unicamente ao Benfica - Sérgio Conceição lembrou a coragem do VAR em decidir em favor do Porto. Só lhe fica bem! Depois, usou da sua autoridade moral de campeão, homem equilibrado, sempre calmo e sensato, para alertar para o estado do futebol português. "Isto está a tornar-se quase insuportável", disse. Finalmente haja decência e uma voz da razão no meio disto tudo! Talvez Sérgio pudesse também ter recordado o papel de Luís Gonçalves para a pacificação do futebol português e o bom ambiente nos campos e fora deles, para a sua declaração ser ainda mais completa. Mas mesmo assim já foi bom. Toda a imprensa ficou de cócoras, babada com estas declarações de Sérgio! Que maravilha! Que bom senso! Que exemplo para os outros (principalmente os incendiários do Benfica)!

7. Não se pode macular as declarações de Sérgio, tentando maldosamente dizer que houve incoerência entre elas e o seu comportamento no dia seguinte. E com isto passamos para o segundo momento destes acontecimentos, a final Porto-Sporting

8. Vamos lá ver se nos entendemos! Sérgio, o seu adjunto e toda a equipa FCP deram verdadeiros exemplos de como se deve viver o desporto! Esta é que é a verdade!

9. Sérgio mandou a equipa recolher ao balneário, não ficando para a entrega da Taça ao adversário e não retribuindo a guarda de honra ao Sporting, por várias razões que passo a explicar:

a) o Sporting fez batota. Sérgio disse na conferência de imprensa que os jogadores do Sporting quebraram demasiado o ritmo de jogo. Ora efectivamente dois jogadores do Sporting quebraram os seus narizes no jogo. Cá está: quebraram! E foi no jogo! Acresce que foi de certeza por essa razão que o Porto não ganhou o jogo. Portanto Sérgio tem razão!

b) a "guarda de honra" foi interpretada por Sérgio como "corredor da morte" e como tal achou melhor não entrar por aí dado que já havia dois jogadores do Sporting "quebrados" e Filipe e Pepe andavam por ali. Ou seja, foi generoso.

c) o Sporting não precisava de ajuda para levantar a Taça. Sérgio dixit, pelo que nem vale a pena elaborar sobre um argumento com um peso e uma elevação desta grandeza. Nem tem discussão.

d) os adeptos do Sporting foram desagradáveis! Até insultaram os jogadores e técnicos do Porto. Ora isto é completamente inaceitável! Isto é que é falta de fair play! Disto é que todo o país deveria estar a falar! É uma vergonha! 

No estádio do dragão, os adeptos do Porto costumam aplaudir os adversários! Nunca no estádio das Antas algum adversário foi insultado! E quem diga o contrário está a difamar o Porto. Deverá (isto tem que ser confirmado com Janota Marques, mas penso que é assim) ser objecto de uma queixa-crime!

Quando os adeptos do Porto atiraram bolas de golfe para o guarda-redes do Benfica, por exemplo, estavam a ajudá-lo a treinar para o jogo! Porque quem defende bolas de golfe, por maioria de razão defende bolas de futebol. Isto é que é desportivismo, fair play! Quando na Taça da Liga que perderam por 3-0 com o Benfica atiraram cadeiras para o campo, estavam a enviar a subtil mensagem de que os jogadores do Benfica estavam a jogar "de cadeirinha". Foi uma forma implícita de reconhecer o mérito do adversário!

Mais: os adeptos do Porto até dedicam vários cânticos aos adeptos do Benfica! Eles cantam, por exemplo, SLB, SLB... E não me venham com histórias de que isso é para insultar! Era o que mais faltava. Como disse Pinto da Costa, no Porto é normal, é salutar, cumprimentar um amigo, dizendo: "Como é que estás, ó Filho da Puta?".

Portanto, no dragão há sempre um ambiente saudável de respeito pelos adversários. O que não se verificou neste jogo!! De tal forma que um adjunto do Porto até teve que se defender, saltando e tentando atingir um adepto com a medalha acabada de ganhar. Como disse José Manuel Freitas, da CMTV: "quem não se sente não é filho de boa gente"! A atitude foi pois de um homem que defende a sua honra - e não de uma banal saudação "à Porto" mas sim de um verdadeiro insulto. Sabe-se lá o que terá dito o adepto! Algo de muito grave foi de certeza, ou o adjunto de Conceição não teria agido assim. De forma nenhuma.

Proponho pois que Proença - que até disse (o que estava à vista de todos) que as coisas tinham corrido muito bem (já agora, fez muito bem em ter escondido o emblema do Benfica que assim não apareceu ao lado dos outros na final four, ou final three, para evitar desacatos; este homem pensa em tudo!) - proponho, dizia, que Proença prepare desde já um louvor ao adjunto de Conceição, por defesa da honra face à falta de educação generalizada.

e) o Porto não gosta de perder! Os outros clubes não se importam. Os outros clubes gostam. Os outros clubes por vezes até se deliciam quando perdem finais. Mas o Porto não! E é preciso perceber isso. Os outros, mesmo que percam uma final europeia e um campeonato aos 92 minutos, têm obrigação, após perderem mais uma final, de demonstrar toda a compostura e aguardarem pela entrega da Taça aos seus adversários. Mas o Porto (mesmo que seja o campeão em título e tenha vencido a supertaça, último troféu em disputa antes deste), não tem essa obrigação! Porque o Porto não gosta de perder. Penso que este argumento também fica plenamente demonstrado.

10. Em suma, só pessoas mal intencionadas podem criticar o FCP. Como ficou demonstrado, o seu comportamento é irrepreensível. É um exemplo para o desporto e para as crianças e jovens deste país. Foi por isso que o adjunto de Conceição fez o que fez, para dar o exemplo às criancinhas. Ora olhem lá bem para a foto: