terça-feira, 26 de março de 2019

Uma nação sem lei

Os adeptos do Porto dizem que "o puerto é uma naçóen" - e provavelmente têm razão.

Uma nação à qual não se aplicam as leis da República. Ponto.

Da justiça do futebol já sabíamos que nada podemos esperar pois estes órgãos dirigentes são moralmente corruptos.

Samaris por exemplo foi castigado com múltiplos jogos de suspensão nos passados dois anos mas Brahimi fazendo igual e pior, ou Slimani (este com uma agressão brutal precisamente sobre Samaris) passaram ou continuam a passar completamente incólumes.

Sérgio Conceição faz o que faz e não leva mais que multas irrisórias. Isto para nem falar de Luis Gonçalves. O treinador-agressor-com-medalhas levou duas semanas de suspensão. Dá para rir.

Enfim, sobre o futebol estamos conversados. Já não esperamos mais. De qualquer forma o que poderíamos esperar de alguém como Pedro Proença? Nada. Ou pelo menos nada de bom.

O problema é que este estado de impunidade se alarga ao campo extra-desportivo.

Há uns anos Ricardo Bexiga, na altura vereador, foi brutalmente agredido por membros da claque do Porto, a mando dos dirigentes do clube. Não foi morto por pouco. Rui Rio, quando era presidente da Câmara, teve que se abrigar no edifício para escapar à claque do Porto.

Mas pensávamos que isso eram coisas do antigamente. Dos tristes dias do Apito Dourado e do Calor da Noite. Coisas que já não aconteciam nos nossos dias, nos quais há o politicamente correcto, as  redes sociais e uma maior vigilância sobre comportamentos aberrantes.

Eis senão quando (re)aparece Vitor "Catão", o exemplo acabado do grunho portista, uma aventesma do infame Guarda Abel.

O estado deste país chegou a tal ponto que Catão se permite transmitir em directo os seus actos criminosos: agressão, sequestro, coacção e ameaça de morte!

De acordo com o agredido, houve também uma arma de fogo envolvida.

Mas quer tenha havido arma de fogo ou não, o que aconteceu é de uma tal gravidade e assumiu uma tal dimensão pública que o mínimo dos mínimos era este indivíduo ser detido e identificado num posto da polícia ou GNR. Tanto mais que tem um longo historial de agressões. Outra dessas agressões foi também transmitida em directo para todo o país ver: ao murro e cabeçadas a um repórter da RTP num jogo contra o Famalicão que o Porto perdeu.

O mínimo era portanto que Catão fosse detido e identificado. Era o que aconteceria num país civilizado. Mas esse não é o nosso caso.

Como se não bastasse o que se passou, este energúmeno ainda é transformado num grotesco espectáculo de televisão onde vai dizer toda a espécie de alarvidades e delírios, perante um pivot que nos queria fazer crer que aquilo era jornalismo.

Vitor "Catão" é claramente uma pessoa desequilibrada, talvez mesmo um doente mental.

Alguém que afirma que "estão russos em Portugal para matar Rui Pinto, a mando de três advogados de Lisboa que mandam no País", que "o Benfica queria contratar Sérgio Conceição em janeiro" ou que "Luis Filipe Vieira queria que eu comprasse todos os jogadores e todos os árbitros", não pode sequer ser levado a sério.

Mas isso não desculpa as suas acções nem justifica a passividade das autoridades.

Há uns meses Paulo Gonçalves foi ameaçado num local público à frente do seu filho. Há umas semanas o dito maior árbitro português convida as principais figuras portistas para a sua "confeitaria" onde todos estão em amena cavaqueira. Ontem passou-se isto.

Que mostra em directo a coacção exercida pela organização criminosa do Porto: um capanga de cada lado do carro (com ou sem pistola), ameaças, chapadas, "eu mato-te", "nunca mais falas do Porto", "nunca mais falas do Pinto da Costa", "nunca mais falas dos superdragões".

Realmente o Porto é uma nação. Uma nação sem lei.

7 comentários:

  1. Esperemos que as autoridades da República em serviço na área da cidade do Porto, autoridades pagas com os impostos dos portugueses (os cidadãos de um país chamado Portugal, membro da Comunidade Europeia e, por isso, um país civilizado e de Direito, onde cada qual não pode fazer o que lhe dá na gana sem arcar com as consequências), cumpram a sua obrigação, detendo e levando a julgamento este indivíduo. Se tal não acontecer, teremos razões para crer que há uma justiça a norte que não condiz com as leis da República.

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  2. Caros Benfiquistas republica das bananas, mas alguém tem duvidas que em Palermo o tal de apito dourado.

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  3. E ainda ninguém se lembrou que esta impunidade esteja relacionado com juízes e policias comprometidos.
    Chama-se a isto um " país a brincar ". Já ninguém acredita neste país.

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  4. A injustiça da justiça portuguesa.
    Num país lusofono onde vivi, se isto viesse a acontecer, os prevaricadores eram,no mínimo, decapitados ou ficariam sem um dos membros do corpo!
    No norte, manda o porto e aquela escumalha ligada a esse clube. Por isso eles se gabam de serem " uma naçon " e que " até os comeamos caralho"!
    Eu não os odeio, mas adoraria que fossem extintos, qual praga de gafanhotos...

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  5. As autoridades estão mudas e quedas. O principal objectivo é derrubar o SLB e o seu presidente LFV.
    Não há solução possivel ou há estudar fortemente a possibilidade de o Benfica e todas as suas equipas irem competir para Espanha.

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  6. mas estes casos de ameaças só implicam a acção das entidades policias em caso de denuncia.
    a malta fala muito mas depois não apresenta queixa e depois muitos andam a passear por ai como se nada fosse.

    mas as televisões gostam é disto circo para entreter, mas o pior é que a malta vê e por isso dá audiência e eles continuam a fazer o mesmo.

    enquanto as pessoas continuarem a se queixar dos media mas depois não deixam de lhe dar audiência as coisas vão continuar como até aqui.

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  7. É por estas e outras coisas,que cada vez tenho mais pena de ter nascido neste País? de corruptos.

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