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terça-feira, 23 de maio de 2023

"Como é que o Santa Clara pode parar o Benfica?"

Ouvi hoje nalguns canais perguntas do estilo: "como pode o Santa Clara parar o Benfica?", "como deve o Santa Clara jogar?" ou "o que esperas do Santa Clara?". Já sobre o Guimarães não ouvi muita coisa, excepto que se perder por 11-0 (!!), o Benfica poderá, em caso de empate, perder o título ou ter de jogar uma finalíssima com o Porto. "No futebol já vi de tudo"; "tudo é possível no futebol", asseveram.

Certíssimo. O que aparentemente não é possível, nem merece ser considerado é a possibilidade do Guimarães empatar ou vencer no Porto. Isso pelos vistos já não é futebol, nem é tema "como deverá o Guimarães jogar" ou que obrigação tem o Guimarães por respeito para com a verdade desportiva.

Enfim, mais um exemplo da comunicação social amestrada, submissa e temerosa em relação ao Porto. Eu percebo. Os árbitros e suas famílias já foram ameaçados, jornalistas foram múltiplas vezes agredidos no dragão ao longo destas décadas (o Valdemar Duarte, por exemplo, entre muitos, muitos outros, incluindo por capangas de Pinto de Costa), a família do treinador do Porto foi atacada quando saía de carro do estádio e o ano passado até a festejar o título mataram um dos seus ao murro, pontapé e facadas, 16 ou 18. Tudo bons rapazes. Há pois razões objetivas para ter medo. Mas isto é o contrário do que deve ser o desporto.

O futebol português vive um ambiente de medo, bafiento. Os árbitros, que tantas vezes criticamos, se calhar são tanto ou talvez até mais vítimas do que quaisquer outros (ver os ataques aos talhos de um árbitro, as "visitas de cortesia" dos dragões ao centro de estágios, as ameaças de Luís Gonçalves todas as semanas). Alguém que ponha mão nisto. Ao fim de 40 anos se calhar já é tempo. 

terça-feira, 26 de março de 2019

Uma nação sem lei

Os adeptos do Porto dizem que "o puerto é uma naçóen" - e provavelmente têm razão.

Uma nação à qual não se aplicam as leis da República. Ponto.

Da justiça do futebol já sabíamos que nada podemos esperar pois estes órgãos dirigentes são moralmente corruptos.

Samaris por exemplo foi castigado com múltiplos jogos de suspensão nos passados dois anos mas Brahimi fazendo igual e pior, ou Slimani (este com uma agressão brutal precisamente sobre Samaris) passaram ou continuam a passar completamente incólumes.

Sérgio Conceição faz o que faz e não leva mais que multas irrisórias. Isto para nem falar de Luis Gonçalves. O treinador-agressor-com-medalhas levou duas semanas de suspensão. Dá para rir.

Enfim, sobre o futebol estamos conversados. Já não esperamos mais. De qualquer forma o que poderíamos esperar de alguém como Pedro Proença? Nada. Ou pelo menos nada de bom.

O problema é que este estado de impunidade se alarga ao campo extra-desportivo.

Há uns anos Ricardo Bexiga, na altura vereador, foi brutalmente agredido por membros da claque do Porto, a mando dos dirigentes do clube. Não foi morto por pouco. Rui Rio, quando era presidente da Câmara, teve que se abrigar no edifício para escapar à claque do Porto.

Mas pensávamos que isso eram coisas do antigamente. Dos tristes dias do Apito Dourado e do Calor da Noite. Coisas que já não aconteciam nos nossos dias, nos quais há o politicamente correcto, as  redes sociais e uma maior vigilância sobre comportamentos aberrantes.

Eis senão quando (re)aparece Vitor "Catão", o exemplo acabado do grunho portista, uma aventesma do infame Guarda Abel.

O estado deste país chegou a tal ponto que Catão se permite transmitir em directo os seus actos criminosos: agressão, sequestro, coacção e ameaça de morte!

De acordo com o agredido, houve também uma arma de fogo envolvida.

Mas quer tenha havido arma de fogo ou não, o que aconteceu é de uma tal gravidade e assumiu uma tal dimensão pública que o mínimo dos mínimos era este indivíduo ser detido e identificado num posto da polícia ou GNR. Tanto mais que tem um longo historial de agressões. Outra dessas agressões foi também transmitida em directo para todo o país ver: ao murro e cabeçadas a um repórter da RTP num jogo contra o Famalicão que o Porto perdeu.

O mínimo era portanto que Catão fosse detido e identificado. Era o que aconteceria num país civilizado. Mas esse não é o nosso caso.

Como se não bastasse o que se passou, este energúmeno ainda é transformado num grotesco espectáculo de televisão onde vai dizer toda a espécie de alarvidades e delírios, perante um pivot que nos queria fazer crer que aquilo era jornalismo.

Vitor "Catão" é claramente uma pessoa desequilibrada, talvez mesmo um doente mental.

Alguém que afirma que "estão russos em Portugal para matar Rui Pinto, a mando de três advogados de Lisboa que mandam no País", que "o Benfica queria contratar Sérgio Conceição em janeiro" ou que "Luis Filipe Vieira queria que eu comprasse todos os jogadores e todos os árbitros", não pode sequer ser levado a sério.

Mas isso não desculpa as suas acções nem justifica a passividade das autoridades.

Há uns meses Paulo Gonçalves foi ameaçado num local público à frente do seu filho. Há umas semanas o dito maior árbitro português convida as principais figuras portistas para a sua "confeitaria" onde todos estão em amena cavaqueira. Ontem passou-se isto.

Que mostra em directo a coacção exercida pela organização criminosa do Porto: um capanga de cada lado do carro (com ou sem pistola), ameaças, chapadas, "eu mato-te", "nunca mais falas do Porto", "nunca mais falas do Pinto da Costa", "nunca mais falas dos superdragões".

Realmente o Porto é uma nação. Uma nação sem lei.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

A praga Proença

Não contente com todo o mal que fez ao Benfica ao longo dos seus anos de carreira, assim conseguindo ser "o melhor do mundo", o que por sua vez lhe permitiu, por exemplo, afastar o México das meias finais do último Mundial, assinalando um penalty fantasma sobre Robben, não contente, Proença, tal como uma praga que depois de aparentemente desaparecida volta para atormentar as populações, quer voltar ao futebol português e à arbitragem. As intenções não podiam ser mais cristalinas: Proença quer roubar o Benfica à grande. Porquê? Porque só assim o seu ego gigantesco, que precisa de quantidades brutais de gel na cabeça para se refrescar, conseguirá ter alguma satisfação. Prejudicando declaradamente o Benfica, Proença demonstra ser impermeável ao poder do maior clube português, sentindo-se ele próprio o verdadeiro poder, ou seja a fonte mesma desse poder. É um delírio de poder doentio que já dura há décadas mas que agora tem o apoio de um outro louco, Bruno de Carvalho e, claro está de grande parte da comunicação social que se deslumbra com o gel e com os títulos de "melhor do mundo" para se poder realizar. 

Não tenhamos dúvidas: seria um desastre para o Benfica que o afastaria completamente dos títulos. Para Proença, a isenção em relação ao Benfica demonstra-se desta forma: a favor do Benfica marcar apenas o inquestionável, contra o Benfica marcar tudo. Ser implacável nos cartões aos jogadores do Benfica, expulsando à primeira oportunidade ou até criando "oportunidades" que outros menos imaginativos não vislumbrariam mas que a posteriori os aduladores do melhor do mundo se encarregariam de justificar. Ser implacável nos cartões aos adversários do Porto, marcando penalties por tudo e por nada. Ser totalmente condescendente com os adversários do Benfica e permitir-lhes quase tudo. Proença foi talvez o árbitro que mais prejudicou o Benfica na história do futebol e o seu regresso a uma posição de dirigismo desportivo significaria com grande probabilidade um alargamento dos seus padrões a quase todos os árbitros. É uma praga que importa a todo o custo evitar. 

Os adversários do Benfica estão desesperados com o sucesso do clube nos últimos anos e a empenhar tudo no presente para alterar esse estado de coisas. Fazem tudo, inclusivamente ir buscar figuras emblemáticas ao nosso clube, engolindo toda a espécie de sapos pelo que antes disseram sobre essas figuras. Vale tudo - menos ter um pingo de vergonha na cara. No entanto eles sabem que o Benfica continua a não os temer, apesar de todas as contratações e de milhões e milhões de euros que não se chega a perceber bem como surgem neste período de crise e austeridade. Por isso eles sabem que falta uma peça. Essa peça para eles seria Proença, o homem cujo ego não tem limites. O Benfica terá que fazer tudo para que tal não se torne realidade. É preciso não ter medo de falar claro. Isto seria o regresso do sistema e o Benfica tem obrigação de tudo fazer, começando por denunciar claramente quais as intenções destas manobras, para evitar um regresso ao passado.


LAMENTÓ LOS ERRORES COMETIDOS AL FINAL DEL PARTIDO

Herrera: "Espero que Proença se vuelva a casa como nosotros"

  • "El señor del silbato es el que nos deja fuera del Mundial"
  • "Fue un Mundial en el que todo estuvo en contra de México"




DT México culpa al arbitraje por eliminación ante Holanda

domingo 29 de junio de 2014 16:31 GYT
 
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JOGO COM O TOTTENHAM

Presidente do Lyon critica arbitragem de Pedro Proença

por Octávio Lousada Oliveira15 fevereiro 2013Comentar
Presidente do Lyon critica arbitragem de Pedro Proença
Após a derrota (2-1) frente ao Tottenham de André Villas-Boas, Jean-Michel Aulas apontou o dedo ao juiz português.


Romenos não largam Proença

Publicado em 17 nov 2013 às 15:35
A imprensa da Roménia considera inaceitável que o árbitro português não tenha visto Mitroglou em fora de jogo no 1-0.

Criticism[edit]

He took some decisions to the detriment of the Romania national team. On 9 October 2010, he officiated the match France vs Romania (2–0) in Paris. In the 83rd minute of the game, Loïc Rémy opened the score from a clearly offside and he validated the goal.[3]
In November 2013 he was appointed by FIFA as referee to the match Greece - Romania in UEFA Euro 2012 qualifying play-offsRomanian Football Federationsent a letter of protest to both FIFA and UEFA, contesting his selection as the referee of the match, considering his negative precedent in the match against France, and in addition the fact he is co-national with Greece coach Fernando Santos.[8][9][3] Romanian Federation's protest was ignored and he refereed the game. Match score, which ended 3-1, was opened by Kostas Mitroglou after 14 minutes, who scored from a position of offside and he "not seeing" that - validated the goal.[10][11]











quinta-feira, 9 de maio de 2013

Será Proença.

Diz a RTPorto, que normalmente está bem informada sobre assuntos relativos à sua região que há 90% de hipóteses de Pedro Proença ser nomeado para o jogo de sábado no dragão.

Os 10% restantes são repartidos entre Olegário e Duarte Gomes. Como este último é conotado pelo Porto com o Benfica e como Olegário seria uma afronta ainda mais gravosa, os benfiquistas terão que se "contentar" com a nomeação de Proença.

Eles não andaram o ano todo a pedi-lo e a chorar por ele? O loChu, o Vitinho, todos fizeram as suas declarações de amor, depois de na época passada, curiosamente no jogo de consagração do Porto contra o Sporting, todos terem andado com ele aos beijinhos.

Não há surpresas.

Mas ainda assim acredito que ganhamos. A não ser que perpetre em directo para milhões de pessoas espalhadas por todo o mundo um roubo à descarada. Se calhar isso acontece mesmo e depois Proença retira-se da arbitragem no final da época. Eu já acredito em tudo.

Mas ainda acredito mais na força dos nossos jogadores e em que desta vez se fará justiça. Justiça benfiquista.

Faltam dois dias. Se fosse possivel hibernar e acordar apenas no sábado acho que o faria agora.

Saudações benfiquistas a todos.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Regresso de Proença à Choupana - eu explico

Proença distinguiu-se o ano passado por ter dado o campeonato ao Porto. Aliás se há coisa de que os cozinheiros dessa "conquista" não podem ser acusados é de terem tentado esconder o que fizeram. Pelo contrário: tudo foi feito às claras. Tão às claras que no jogo da "consagração" (de uma farsa), Proença foi o escolhido, brindando o adversário do Porto nesse jogo com ... um penalty e duas expulsões. Pois claro! E houve abraços e beijinhos para celebrar condignadamente.
Como deu Proença o campeonato ao Porto?
Simples: não marcando uma falta que existiu e que deu um contra-ataque do Porto que resultou no 2-2 (na altura o Benfica estava a dominar o jogo e adivinhava-se o 3-1 a qualquer momento) e, vendo aí uma janela de oportunidade, expulsando poucos minutos depois Emerson por duas faltas absolutamente insignificantes (uma delas nem é claro que exista). Claro que na nossa terra de gente ignara, ninguém analisou condignadamente estes lances de amarelos (num jogo em que aliás houve entradas muito feias, sobretudo de jogadores do Porto) e expôs com clareza e coragem a injustiça da expulsão. Aliás, como o expulso foi Emerson (o patinho feio), colocou-se a culpa no jogador, apresentando-o como o elo mais fraco (ele que nos lances em causa nada tinha feito para merecer nem sequer um cartão amarelo, quanto mais dois). Para coroar a sua exibição de "melhor do mundo", Proença, aqui numa decisão do seu auxiliar que ele sancionou, deixa passar um fora de jogo claríssimo, de mais de um metro, que resultou na derrota do Benfica a minutos do fim e na vantagem do Porto no campeonato, quer em pontos, quer no confronto directo.
Já antes Proença fizera das suas: na primeira volta, na nossa visita a Braga, sancionara uma cotovelada ostensiva e evidente Djamal na cara de Gaitan com apenas cartão amarelo, deixara passar em claro um penalty sobre Luisão e ainda inventara um penalty contra o Benfica num lance em que novamente Emerson (certamente escolhido não por acaso) de costas para o lance leva com a bola, cruzada a dois metros, no cotovelo. Tudo normal. Se o "melhor do mundo" apitou está bem apitado.

Mas o que tem isto a ver com a Choupana?

Uma só coisa: Proença.

Muitos já não se recordarão das circunstâncias em que o Sporting chegou o ano passado ao Jamor. Mas a Justiça Benfiquista vai recordar.

Então foi assim: na 1ª mão, o Nacional ganhava em Alvalade por 2-0 ao intervalo. Mas logo aos 56 minutos, o jogo começa a mudar de feição: Márcio Madeira, que entrara para substituir o lateral esquerdo do Nacional, "amarelado" na 1ª parte, vê também o mesmo cartão. E apenas 9 minutos depois, surge o 2º e a respetiva expulsão. O Sporting marca então o 1-2 e 6 minutos depois da hora (seis), num livre duvidoso e num lance esquisito em que há um fora de jogo posicional que parece interferir com a jogada, surge o empate. O árbitro foi Paulo Baptista.

Mas o melhor estava ainda para vir. No jogo da 2ª mão, com o Sporting a vencer por uma bola, aos 55 minutos Proença tem uma das suas decisões: expulsa um jogador do Nacional. Mas atenção: num lance em que o jogador do Nacional só joga a bola. Incrivelmente, o Nacional empata aos 62 a jogar 10 contra 11 (ou 14). Não contente, aos 75 Proença marca um penalty dos seus , PURA E SIMPLESMENTE INVENTADO do seu cardápio e... expulsa mais um do Nacional. Que passa a jogar com 9 e ainda tem oportunidade de fazer o 2-2. Aos 90+4 minutos, o Sporting faz o 3-1. Proença estava de parabéns.


De acordo com o Presidente do Nacional, quem viajou e esteve em em amena cavaqueira com Proença no voo para o Funchal?

Ainda não estão a ver?

Esse mesmo...

Paulo Pereira Cristovão.

Pois é.

As curiosidades com Proença não ficam porém por aqui.

É que já este ano, é chamado a arbitrar um jogo importante para o Sporting: o jogo em Alvalade com o Braga. Com o Sporting a vencer por 1-0, o Braga lança-se para o ataque e encosta o adversário às cordas. Adivinhava-se um golo a qualquer momento. E finalmente ele surge, através de Alan que se eleva mais alto e cabeceia bem na área. Golo.

Golo? Não!

A bola passou realmente Patrício, que parecia intransponível nessa partida. Mas não ultrapassou Proença. Ele estava lá e anulou o golo. Anulou porque sim. O que se passou? Joaquim Rita, comentando, lança a hipótese: talvez Proença tenha visto alguma coisa no meio campo...

É o melhor árbitro do mundo e está tudo dito.

Agora reparem nesta última curiosidade.

No Braga-Benfica da época passada, Proença prejudica o Benfica e beneficia o Braga.
No Benfica-Porto da época passada, Proença prejudica o Benfica e beneficia o Porto.
No Nacional-Sporting da época passada, Proença prejudica o Nacional e beneficia o Sporting.
No Porto-Sporting da época passada, Proença prejudica o Sporting e beneficia o Porto.
E no Sporting-Braga desta época, Proença prejudica o Braga e beneficia o Sporting.
As constantes: em todos os jogos houve penalties, expulsões ou ambos. Com uma excepção, no Sporting-Braga houve "apenas" um golo anulado porque sim. Uma equipa foi sempre beneficiada: o Porto. Uma sempre prejudicada: o Benfica. Braga e Sporting foram prejudicados ou beneficiados de acordo com as conveniências. O Nacional também sai prejudicado deste balanço. Veremos como no fim do jogo de Domingo estará este balanço.

Isto para falar só da época passada e da presente.

Já agora, Proença recentemente também esteve em Setúbal para apitar o Setúbal-Porto. Foi uma farsa em dois actos: primeiro as poças de água "impediram-no" de realizar o jogo. Depois, umas semanas depois, lá se jogou. O que se passou? Nada de especial. Só duas expulsões e um penalty...

No fim chamou "energúmenos" aos adeptos do Setúbal.

Proença é mesmo o melhor.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Quando a indecência é virtude

Proença vence todos os prémios e obtem todos os reconhecimentos da arbitragem.
Às vezes pergunto-me, incrédulo: Isto é mesmo verdade ou estão a gozar connosco?
Estarei a sonhar?
É que, clubismos à parte, há que admitir que as decisões sobre os lances são sempre discutíveis, não são de forma nenhuma operações matemáticas cuja verificação seja possível. Até mesmo a verificação do fora de jogo, a única situação que é realmente objectiva, depende do momento em que se pára a imagem, da correcção da linha paralela, do local onde esta é colocado (e uma deslocação de um ou outro centímetro na televisão para um lado ou outro equivale a cerca de meio metro no campo). Basta ver todos os programas de discussão futebolística para perceber que isto não é uma ciência exacta.
Sobre os cartões então nem vale a pena falar.

Ora o que é indiscutível é que PROENÇA decide SEMPRE a favor do Porto (a única excepção de que me lembro em anos de futebol é a bola na mão de Cardozo no ano passado no jogo da Luz, em que foi óbvio que o jogador nem sequer percebeu onde a bola estava, mas que evidentemente os portistas se usam como bóia de salvação para negar algo que é evidente). Em 20 lances, Proença decide em 19 a favor do Porto.
Já no tocante ao Benfica, Proença decide invariavelmente (nos lances de dúvida, claro) CONTRA o Benfica - trate-se de penalties ou decisões disciplinares.

Ora sendo isto absolutamente evidente, como é possível que se continue a fazer elogios, encómios, odes a este árbitro em toda a imprensa?

Será pelo gel no cabelo? Será pelo ar sempre muito arranjadinho e seguro de si mesmo?

As arbitragens de Proença, nos jogos do Benfica e do Porto (e também nos do Sporting, diga-se, como bem atesta a arbitragem que eliminou o Nacional da Madeira e colocou o Sporting na final da Taça do ano passado, com um penalty de rir, entre outras decisões disparatadas ou talvez não) são pura e simplesmente DEPLORÁVEIS.

Dizer que Pedro PROENÇA é o melhor árbitro é simplesmente UMA AFRONTA A TODOS OS que prezam a verdade DESPORTIVA!

Porque Proença objectivamente adultera constantemente esta verdade com as suas decisões, influindo no desfecho dos jogos.

Há quem garanta que Proença é intrinsecamente um homem sério. Mas bom, a seriedade afere-se pelas acções e não por um qualquer juízo abstracto. Proença é sério e, por ser benfiquista, prejudica o "seu" clube para "provar" essa seriedade? Esse argumento é demasiado ridículo para ser levado a sério. Ao fim destes anos Proença já deveria ter percebido (se fosse esse o caso) que isso estava a acontecer e corrigir tal comportamento. Não o fazendo, é simples: não tem condições para apitar.


Aquilo que acontece é de facto indecente. Proença não tem pejo em sistematicamente, à frente de milhões de espectadores favorecer constantemente o Porto. E este clube - DESDE O PRESIDENTE AOS JOGADORES, PASSANDO PELO TREINADOR - NÃO se coibe de perante os mesmos milhões APELAR A QUE ELE ARBITRE OS SEUS JOGOS MAIS IMPORTANTES!!!

ISTO SÓ EM PORTUGAL!!!

EM NENHUM PAÍS DO MUNDO VI EU ALGUMA VEZ SEREM PEDIDOS ÁRBITROS EM PÚBLICO!!! JÁ SABÍAMOS QUE O FAZIAM ÀS ESCONDIDAS, GRAÇAS às escutas, agora passaram a fazê-lo às claras, tal a desvergonha e sentido de completa impunidade.

E o que dizer de uma imprensa que não apenas não denuncia esta autêntica vergonha como ainda a branqueia sempre que consegue, constantemente exaltando os "feitos" internacionais de Proença (sabe Deus como, porque para mim as "glórias" com que o têm coberto são de todo inexplicáveis, a não ser que se valorize a imagem exterior e o tal aspecto) como se tais feitos provassem que afinal as queixas do Benfica são desprovidas de fundamento? Basta realmente dizer isto: tal imprensa é sabuja, é bajuladora, não tem capacidade crítica, não tem capacidade de análise e, pior ainda, não é séria.

Estamos mal, estamos muito mal.

Quanto ao nosso Benfica tem que continuar a dizer a verdade, a denunciar esta farsa - porque é de uma verdadeira farsa que se trata, onde todos fingem não ver o que está à frente dos olhos - e tem que explicar claramente aos seus atletas que esta farsa existe, simultaneamente dizendo-lhes que continuem fazendo como até aqui: jogando bem, com confiança, com convicção, com raça, não se deixando afectar pelas arbitragens, antes delas retirando motivação extra e sabendo acima de tudo uma coisa - AS NOSSAS VITÓRIAS SÃO REAIS. Ao contrário de um outro, elas não se cozinham com xistras ou proenças, nem têm sabor a café com leite ou a fruta.

ADENDA: comparem as reacções (?) dos responsáveis do Vitória em relação à arbitragem deste Setúbal-Porto (em que o primeiro golo surge de um penalty duvidoso e o 2º e 3º apenas nos últimos minutos depois de duas expulsões patéticas e injustificadas dos seus jogadores) com o que esses mesmos responsáveis disseram (responsabilizando quase exclusivamente o árbitro pela sua derrota) depois de perder com o Benfica por... 0-5. Façam essa comparação e depois digam-me se sou eu que ando a ver coisas onde elas não existem.
2ª ADENDA: o Presidente do Vitória acabou por realmente reagir, mas apenas depos de Proença chamar "energúmenos" (!) aos adeptos do clube que o contestaram após a partida. Ainda assim foi bastante timorato, dizendo apenas que se fosse ao contrário não havia penalty nem expulsão e não fazendo a relação directa entre esses factos e o desfecho da partida. Sublinhou também, em relação a Pinto da Costa, que «Assistimos ao jogo e só comentámos no fim. Ficam as boas relações que temos com o FC Porto, como temos com Sporting e Benfica. Alias, o Vitória é dos poucos clubes que se pode gabar de ter boas relações com todos os clubes portugueses». Com uns melhores do que com outros, acrescento eu.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Momento de humor


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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Porque não jogou o Porto em Setúbal?

Portugal é a vários títulos um País singular. Onde se passam coisas por vezes quase surreais. Onde ninharias merecem páginas e páginas de jornais, dias e dias de debates encarniçados, mas outras bem mais graves são quase ignoradas.

Não digo que o adiamento do Setúbal-Porto seja grave, longe disso. Mas que é estranho, é.

É uma decisão que não se percebe e que não foi explicada.

As imagens do árbitro Proença a deitar a bola para umas poças de água para provar (?) a impraticabilidade do terreno são caricatas. A justificação de que não se viam as linhas do campo são pura e simplesmente falsas porque as imagens mostraram-nas claramente.

Estava a chover? Estava um vento forte? Bom, mas isso não são razões para adiar um jogo.

O Benfica ganhou 6-3 em Alvalade sob fortíssima chuva.

Claro que no reino das coisas mal explicadas que é o nosso futebol, situações destas geram suspeitas. Nomeadamente a de que o jogo foi adiado porque o Porto assim o quis e a própria SportTV terá tido uma palavra a dizer. O que gera novas suspeitas de que há aí uma troca de favores e de que mais uma vez a integridade da competição é posta em causa.

Seja o que fôr, há também que dizer que - mais uma vez - Proença terá feito um favor ao Porto (ou a Joaquim Oliveira). Como árbitro só lhe competia uma coisa: dar início ao jogo e deixar-se de fitas. Se com o decorrer do mesmo o relvado se tornasse verdadeiramente impraticável, então sim interrompia o jogo. Se não procedeu desta maneira é porque alguém lhe disse que não era conveniente que o jogo se disputasse.

Proença até sentiu a necessidade de vir no dia seguinte a público explicar a decisão na televisão, não tendo porém sido nada convincente. Ao ouvi-lo fiquei a pensar: ou realmente este homem é de uma ingenuidade a toda a prova ou então é a nós que nos querem fazer de parvos.

De qualquer modo e para encerrar esta questão, parece-me estranho que o Porto tenha desejado adiar um jogo e colocar-se na posição de estar 3 pontos atrás do Benfica nesta fase do campeonato e apenas com uma jornada de permeio antes do clássico. À partida não me parece a melhor decisão. A não ser que algo me esteja a escapar.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Braga-Porto - uma sorte de Xistra

Falei do post anterior deste jogo entre o azarado Braga de Peseiro e o clube de futebol de Pinto da Costa, que tem uma enorme sorte, sobretudo com as arbitragens. É um fenómeno curioso: na área do Porto os árbitros nunca vêm nada (estão tapados, estão distraídos, estão bloqueados), mas na área do Benfica vêm tudo: o que acontece e o que não acontece.

Por exemplo, em Coimbra Xistra viu dois penalties contra o Benfica quando nenhum existiu; ontem o mesmo Xistra não viu um contra o Porto que aconteceu.

Na 1ª jornada desta época, na Luz contra o Braga, o árbitro (um Soares Dias) viu falta num lance que daria o golo da vitória ao Benfica. Mas as imagens demonstram que  Cardozo não tocou no guarda-redes Beto. Curiosamente esse mesmo árbitro não viu no ano passado um penalty escandaloso de Polga sobre Gaitan. Mas ainda o mesmo árbitro no mesmo jogo de Alvalade conseguiu ver um penalty num lance em que Luisão toca ao de leve no pescoço de Wolfsvinkel. Luisão que viria a ser expulso, ao passo que o árbitro não viu razão para João Pereira o ser, apesar deste ter por mais do que uma vez agredido, pisado e insultado jogadores do Benfica.

São tudo coincidências.

O ano passado o Benfica empatou em Braga num lance em que Emerson, de costas e com os braços colados ao corpo, intercepta com o cotovelo um cruzamento numa jogada perfeitamente normal sem qualquer perigo. Proença viu ali penalty. Mas Xistra ontem não viu razão para penalty numa jogada perigosíssima do Braga em que um remate de Alan é deliberadamente interceptado por um braço levantado de Alex Sandro.

Há dois anos Xistra expulsou Javi Garcia numa disputa de bola em que este e Alan se envolvem. Xistra viu a alegada "chapada" de Javi no peito do adversário (que podia ou não merecer cartão amarelo ou vermelho, dependendo da interpretação) mas não viu a acção de Alan. Como ontem voltou a não ver as acções de Fernando passíveis de segundo amarelo.

Ainda no jogo do Benfica em Braga no ano passado, o do "penalty" de Emerson, Proença (o tal "rigoroso" árbitro, que expulsou o mesmo Emerson na Luz contra o Porto por duas faltas absolutamente triviais) viu na agressão de Djamal a Gaitan com uma cotovelada na cara razão para apenas cartão amarelo.

O mesmo Proença viu numa jogada normal do golo do Braga em Alvalade na jornada passada uma falta ofensiva. Como viu um penalty fantasma nas Antas sobre Lisandro Lopes ou um penalty inexistente de Moreira sobre Deivid do Sporting em anos passados. Mas coitado não viu, porque estava tapado ou distraído, penalties flagrantes os lances sobre Mantorras, Simão e Geovanni noutras épocas. É só seguir o link para ver o vídeo. Desde já advirto que as consciências mais honestas poderão sentir-se incomodadas.

Olegário é outro que e deixa de ver conforme as áreas e o mesmo se pode dizer de muitos outros, nomeadamente naqueles que vêm, por exemplo, num penalty sobre Aimar em Coimbra no ano passado, uma falta do nosso jogador. Coitados, eles são humanos.


Sim, foi Olegário. Sim, foi contra o Benfica. Sim, foi...perdão, não, não foi golo. Imagem do site "foi penalty".

Daí os jogadores do Porto, nomeadamente aqueles aos quais é permitido marcar golos em posições de fora-de-jogo de metro e meio dizerem: "Para nós está tudo bem com a arbitragem". Pudera.

Para terminar, uma nota sobre o jornalismo desportivo que se continua fazendo em Portugal. Cada um que tire as suas conclusões.

Dei-me ao trabalho de ir ver o que diziam os sites dos desportivos no seus "relatos" online sobre o lance em que Sandro corta com a mão a bola de Alan. Partilho-o convosco com os meus comentários.

"A Bola" online:

"Grande corte de Alex Sandro a negar o golo ao extremo do SC Braga. É a primeira jogada de perigo do ataque da equipa da casa. Alan ficou a pedir mão na bola do lateral esquerdo dos dragões."

Destaco como uma intercepção com a mão é classificada como "grande corte".


"Record" online:
"lance polémico na grande área portista. Alan rematou em boa posição, após desmarcação de Ruben Micael, e a bola é intercetada pelo braço de Alex Sandro. O árbitro nada assinalou."

A descrição é factual, pelo que não há nada a dizer.

"O Jogo":
"Que perigo na área do FC Porto! Alan a receber ao segundo poste e a rematar contra Alex Sandro, canto para o Braga!"
Não há qualquer menção ao uso da mão. Esta é a realidade paralela em que vivem os adeptos do Porto.
Para terminar, na Antena 1 ouvi ao intervalo a referência clara pelo locutor nos estúdios a "um penalty por assinalar" como um dos factos marcantes da primeira parte. Até aí tudo certo. Mas o que dizer de Manuel Queiroz, um DECLARADO portista, completamente incapaz de ser imparcial, ser sempre o comentador dos jogos do clube do Porto? Segundo li noutro blog, Queiroz terá ontem chegado a chamar "estúpido" ao árbitro por alegadamente prejudicar o seu clube. Isto num jogo em deveriam ter tido um penalty contra e uma expulsão! O grau de fanatismo, de doença desta gente é tal ponto que se realmente fossem prejudicados eu nem imagino do que seriam capazes.
Queiroz chegou em tempos a dizer na TVI que uma agressão de James Rodrigues que na altura mereceu o vermelho não era razão para expulsão, porque um vermelho só podia ser dado por "algo muito grave".
Quantas vezes teria Gobern sido demitido se dissesse só metade destas enormidades?

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Proença - porque só ele sabe...



NOTA: O VÍDEO QUE AQUI ESTAVA E MOSTRAVA AS HABILIDADES DE PROENÇA FOI CENSURADO DO YOUTUBE PELA SPORTTV. PORQUÊ? TAL COMO PROENÇA ELES SABEM O QUE FAZEM. NADA COMO A CENSURA PARA MANIPULAR MENTALIDADES E OCULTAR REALIDADES.



Pedro Proença - o que mais dizer sobre este senhor?
Só isto: ele sabe porque faz o que faz.
Proença é o homem de mão do sistema. Daí ele ser o árbitro mais premiado por todas as estruturas do futebol, português e europeu.
Proença é muito simplesmente o que no futebol se chama um gatuno. E ontem entrou de novo em acção. Ele sabe porquê.

Quem o nomeia também.
Ontem o Sporting não podia deixar de ganhar. Todos o sabiam. E só havia uma forma de o assegurar: nomear um homem de confiança. Um árbitro "credível" que pode exibir na lapela as insígnias máximas da FIFA e da UEFA. Um homem com o qual o desfecho do jogo estivesse garantido. É que Proença é realmente um GARANTE dos resultados. A sua especialidade são penalties mas, como se viu ontem, tem mais no cardápio.

E chega-se a este ponto: quando a equipa que é suposto perder marca um golo perfeitamente normal, em que não há hipótese de marcar fora de jogo, pura e simplesmente anula-se. É tão simples como isto. O que viu Proença para anular? Não pode ter visto nada porque não houve nada para ver. Anulou porque o Braga não era suposto marcar aquele golo. É só mesmo isso. Os árbitros em Portugal continuam fazendo o que querem (ou que os mandam fazer).

E os sportinguistas que não se iludam. O mesmo que agora os ajudou pode amanhã dar-lhes uma facada nas costas. Tudo isto se gere a partir de equilíbrios que mudam conforme as circunstâncias, desde que o centro de poder se mantenha na torre das antas. O ano passado fomos roubados como fomos em Alvalade não para beneficiar o Sporting mas para prejudicar o Benfica. Se as circunstâncias fossem inversas, se o Sporting estivesse na altura a lutar pelo título com o Porto, provavelmente o árbitro teria prejudicado o Sporting para beneficiar não o Benfica mas o Porto.

Sou eu que ando a sonhar com ladrões? Vejam o vídeo e depois digam-me.

Proença é, como eu já disse, talvez o maior árbitro de sempre. É aquele que NUNCA ERRA. Porque não erra de facto. Ele sabe muito bem o que faz- e fá-lo muito bem.

terça-feira, 10 de julho de 2012

(Ainda) Proença

Pedro Proença, o árbitro, continua a dar que falar, agora pelo que disse em relação ao Benfica.
Em primeiro lugar, não posso deixar de manifestar estranheza por um mesmo árbitro ser, no mesmo, ano, o escolhido pela UEFA para apitar a final da Liga dos Campeões e a final do Europeu. Seria sempre estranho, qualquer que fosse o nome escolhido. Sendo Proença a coisa assume outras proporções.
Dito isto, nada me move contra Proença. É um facto que ele vem prejudicando o Benfica de forma constante e com consequências desportivas gravosas. Mas não é por isso que lhe desejo mal. Desejo apenas que não volte a apitar o Benfica, porque de facto não tem condições para tal. Além disso, não é o meu tipo de árbitro: todo ele é estilo e pouca substância, não raro falhando nas principais decisões por - creio - se ter em tão alta conta.
Ao regressar do Europeu, Proença falou de alto. O que é estranho.
Proença teve sorte pois o resultado final de 4-0 da final fez com que a sua decisão de não marcar penalty na mão clara de um jogador italiano na sua área não tivesse sido criticada pelos espanhóis. Ora considerando que Proença marcou um penalty sobre Emerson num lance muitíssimo menos aparatoso, em que (ao contrário do jogo da final do Euro) o jogador do Benfica tinha o braço junto ao corpo, não esboçou qualquer movimento do mesmo e a bola não ia para a baliza, tendo-se tratado de um cruzamento sem qualquer perigo, Proença deveria ter humildade e sobretudo não aludir de forma nenhuma ao Benfica. Tendo-o feito, ainda por cima a despropósito, para se vangloriar e fazendo reparos absolutamente inaceitáveis num árbitro, em relação à gestão e resultados do Benfica (nos quais tem a sua dose de responsabilidade por decisões que sistematicamente nos prejudicam), Proença demonstrou, se quaisquer dúvidas existissem, que não tem condições para arbitrar o nosso clube. Mostrou, para além disso, quão vaidoso e egocêntrico é, ao colocar-se em bicos de pés, permitindo-se criticar Governo, Benfica e todos aqueles que não se lançaram aos seus pés à chegada ao aeroporto, como se tivesse feito algo de extraordinário, de suprahumano.
Proença teve o seu momento e ainda bem para ele e de alguma forma para a arbitragem nacional. Talvez esse pudesse ter representado um novo começo para a arbitragem nacional: os seus agentes verificarem que são capazes de ser honestos e imparciais e que isso é bonito e é apreciado por todos os intervenientes no jogo. Ou Proença tem dúvidas de que se tivesse feito arbitragens como em Portugal marcando penalties à "Lisandro", à "Emerson" ou expulsando jogadores arbitrariamente como aqui faz, teria sido criticado por todo o mundo do futebol? Qual então o seu espanto pelos seus "erros" (quando se "erra" sempre para o mesmo lado ou se é zarolho ou não se é sério) serem criticados em Portugal? Em vez de fazer um auto-exame, Proença optou por usar o seu "crédito" para atacar o Benfica. A sua parcialidade ficou patente.

Uma nota final para os seus assistentes. Ao contrário de Proença não acertaram apenas nas decisões fáceis. Pelo contrário tomaram decisões difíceis e corajosas - e em todas elas estiveram certos. Para eles os meus parabéns.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Proença no Europeu

À partida para o Europeu, Proença voltou a falar da arbitragem portuguesa como se fosse uma coisa espantosa que alguns mal-intencionados insistem em denegrir.
Proença deveria estar caladinho e concentrar-se em fazer um bom trabalho, antes de deitar foguetes, até porque as coisas ainda lhe podem correr mal. Não que eu o deseje, pois tenho por princípio não desejar mal às pessoas ainda que elas me possam ter feito mal. Mas é que às vezes, quando se fala demais, as palavras podem-se virar contra nós. Pela boca morre o peixe, diz o ditado.
O que é um facto é que Proença fez uma péssima época, com demasiados erros, alguns dos quais grosseiros e com influência directa não apenas em jogos mas no desfecho das duas competições nacionais mais importantes. E mesmo na Liga dos Campeões, pode-se dar por muito satisfeito pelo facto do penalty que não assinalou a favor do Chelsea não ter sido decisivo para a atribuição do título. Se Robben não tivesse falhado o penalty que, minutos após aquele, Proença assinalou, o Chelsea teria perdido o jogo e no fim ter-se-ia certamente queixado - e muito - da arbitragem.
Por isso, senhor Proença, seja menos vaidoso e preocupe-se em ser mais justo nos seus juízos. Talvez assim possa um dia ser um árbitro que mereça todos os prémios que está hoje - sem o merecer - a receber. Fale menos e apite melhor. Sobretudo em Portugal.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Sem comentários...

Lisboa, 17 mai (Lusa) - O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, considerou hoje que a nomeação do árbitro Pedro Proença para dirigir a final da Liga dos Campeões "enche todos de alegria e orgulho".
"É o reconhecimento, ao mais alto nível, das qualidades de Pedro Proença e daqueles que o têm acompanhado, que terão a oportunidade de dirigir o mais importante jogo entre clubes da Europa e, certamente, o mais mediatizado do mundo", afirmou o dirigente federativo ao sítio da FPF na Internet.
Para Fernando Gomes, este é "o momento (...) de estender esta congratulação à arbitragem portuguesa, que, apesar das constantes criticas internas, continua a dar mostras de vitalidade e qualidade, sendo objeto de admiração internacional".

segunda-feira, 14 de maio de 2012

O apagão

Este post estava escrito há muito, mas não o publiquei antes por falta de oportunidade. Aproveito agora o balanço do "Tempo Extra" de ontem (Rui Santos tem ultimamente dito muita coisa) para o fazer.

"Quando o Benfica aqui joga passam-se coisas do outro mundo" - Artur Moraes, após o jogo Braga-Benfica.

Há pouco menos de um ano, o Benfica assistiu ao consagrar do Porto como campeão na Luz. Foi um momento difícil para todos os benfiquistas. O que então alguém fez só serviu porém para nos diminuir. Foi um acto ridículo, que nos rebaixou ao nível de determinados adversários, incompatível com a história do Benfica e dos seus valores. Falo do apagão.

Alguns meses depois, na primeira volta do presente campeonato, passou-se em Braga algo de grave, que permanece por explicar e de que muitos benfiquistas já se esqueceram.

O Benfica vinha de uma grande série (apenas dois empates, em Barcelos e Antas) e estava a entrar muito bem nos jogos, marcando cedo. A vencer em Braga ficaria a faltar apenas a deslocação a Alvalade, das três mais difíceis do campeonato, com toda a segunda volta à frente.
O Benfica entrou muito bem no jogo, pressionando e ameaçando o golo. Veio então o primeiro apagão. Seguiu-se o segundo e o terceiro, para desespero dos nossos atletas. O Benfica viria a empatar o jogo, num remate fraco de Rodrigo que Douglão desviou do alcance de Quim, depois do Braga se ter adiantado, no fim da primeira parte, num penalty muito discutível (daquele tipo de que o Benfica nunca beneficiou este ano) assinalado por...Pedro Proença.

Muitos benfiquistas se indignaram (e bem) com este triste episódio de apagão, assim como com os constantes incentivos gritados pelo speaker através do sistema de som do Estádio, em pleno decurso do jogo. No que os benfiquistas se enganam é quando dizem que nenhum episódio do género aconteceu em Braga, aliás um dos mais modernos estádios portugueses, construído para o Euro 2004.

Ora isso não é verdade, porque um novo episódio deste género  aconteceu, precisamente na jornada passada. Falo do Braga-Porto.

Nesse jogo, que poderia marcar a subida do Braga de novo ao primeiro lugar do campeonato, ainda que à condição e à espera do que faria o Benfica em Alvalade, assistiu-se a um estranho apagão de alguns jogadores do Braga. Falo sobretudo de Hugo Viana.

Contra o Benfica Hugo Viana costuma fazer exibições impressionantes tendo já marcado golos das distâncias e os ângulos mais improváveis. Na anterior jornada, na Luz, não marcara mas colocara a bola de tal forma perigosa que Elderson só teve que encostar. No entanto, contra o Porto Viana a poucos metros da baliza não conseguiu nela acertar. Além do remate, Viana destaca-se pelo passe. Mas curiosamente neste jogo com o Porto o grande passe de ruptura que fez foi o que deu o golo do Porto. São situações que se enquadram num padrão de coincidências que teima em se verificar.

Alan e Mossoró, contra o Benfica também sempre tão perigosos e aguerridos (Mossoró chegou a socar Cardozo por trás, há dois anos, ao passo que Alan acusou Javi Garcia de racismo), também se apagaram contra o Porto. De Alan até se disse que se teria ressentido da lesão e da paragem, tão fraca foi a sua prestação. Leonardo Jardim aliás substituiu-o aos 68m. O que é curioso é que Alan já jogara (e que bem) na Luz, na semana anterior.

Houve um jogador que não se resignou. Tratou-se de Lima. É curioso observar quão diferente foi a sua linguagem corporal de outros jogadores do Braga. Tentou, correu, foi perigoso, exactamente como fez na Luz, onde criou várias ocasiões, uma das quais até talvez parada ilegalmente por Javi Garcia no limite da linha de grande área. E nas antas fez o mesmo, tendo marcado dois golos.

Nas bancadas do Axa o ambiente também foi desde o início sorumbático e resignado, muitíssimo diferente de quando ali joga o Benfica. O próprio speaker esteve estranhamente silencioso durante quase todo o jogo.

No futebol português há muitas coisas estranhas.


Adenda: Temos que dar os parabéns a Pedro Proença pela nomeação para a final da Champions League e desculpá-lo pelo mal que nos fez esta época. Afinal de contas, ele sabia muito bem o que estava a fazer, porquê e para quê... Parabéns também a Platini... Num ano em que fez arbitragens como fez (Braga-Benfica, Benfica-Porto, Nacional-Sporting, Porto-Sporting), Proença está a ser premiado por o quê, exactamente? Platini saberá.