segunda-feira, 29 de junho de 2020

Um desfecho previsível

A derrota de hoje não me surpreendeu nada. Estive até para a antecipar aqui mas achei que não vinha daí nenhuma vantagem.
No entanto era evidente já há algum tempo que Lage não tinha condições para continuar.
Agora não vale a pena bater mais no ceguinho.
Deu o que podia e inclusivamente temos que lhe agradecer pelo campeonato do ano passado.
As atenções viram-se agora para Vieira e para as terríveis decisões tomadas no passado recente e muito especialmente este ano.
Os benfiquistas já estavam insatisfeitos e com razão com o que se passou no ano do suposto penta, no qual houve um desinvestimento inexplicável no plantel.
Mas as decisões deste ano roçam a gestão danosa e indiciam que o Benfica é gerido de fora, obedecendo a interesses estranhos.
De facto, só um cego ou um patego não vê que desde a venda de João Félix que o Benfica começou a desbaratar dinheiro com muito pouco sentido ou lógica.
Primeiro foram as contratações chapa 20,como aqui em tempo alertei: Raul de Tomás, Weigel e Pedrinho. Depois as renovações com jogadores que tinham contratos válidos por 2 e mais anos. Uma pessoa mais desconfiada diria que o tal "crédito"  dos 120 milhões foi abatido em comissões de renovações...
Depois houve a estória mal explicada da OPA.
E há ainda, claro, os diferentes casos pouco claros na justiça que em nada prestigiam o clube.
Este campeonato perdido acontece num contexto em que o Porto está financeiramente de rastos, sendo incapaz de contratar qualquer jogador com um mínimo de mercado.
Também sobre a vertente financeira, a antecipação de receitas e o empréstimo obrigacionista causam perplexidade. Havia tanta pujança financeira e de repente temos necessidade de ter dinheiro vivo em caixa? Algo não bate certo.
Vieira insinuou que ia pensar sobre se deveria continuar mas ninguém acredita verdadeiramente numa saída antes das eleições.
Nessa altura os benfiquistas terão que pensar muito bem.
Claro que o passado um pouco mais distante foi desastroso e que foi feita uma recuperação do clube. Mas isso também não pode servir para tudo, para sempre.

sexta-feira, 26 de junho de 2020

Orçamento chumbado - sinal importante

LFV teve hoje uma derrota com o chumbo do orçamento.
A margem não foi muito grande, mas a notícia é que muitos sócios com 20 votos (o principal reduto do apoio de Vieira) se opuseram.
É um sinal claro de insatisfação e de fadiga dos sócios em relação a esta liderança cada vez mais errática.
Veremos se foi uma situação episódica ou se uma tendência de viragem.

quinta-feira, 25 de junho de 2020

Prendam-nos todos

Há muito tempo que é óbvio para mim que as claques de futebol são o albergue de marginais e criminosos. O caso de Alcochete e as detenções de hoje, com a apreensão de várias armas e drogas são apenas os casos mais visíveis e mediáticos de uma atividade criminosa bem conhecida de quem preste a mínima atenção a estes fenómenos.
Prendam-nos todos, mas mesmo todos. Os do Benfica, os do Sporting e os do Porto. Estes últimos, inexplicavelmente continuam a actuar em impunidade, apesar das suas façanhas serem conhecidas, estarem documentadas em vários vídeos e inclusivamente terem sido confessadas, em estilo gabarolas, em livro autorado pelo líder dos superdragões.
O despautério associado ao caso deste indivíduo é tal que Fernando Madureira é legitimado pela Liga e pela Federação, andando aos abraços com o imbecil Pedro Proença. Isto apesar de múltiplas agressões, ameaças e coacção gravadas em plena luz do dia e as referidas confissões de vários outros crimes. E temos ainda o caso de Vítor Catão, também gravado em vídeo. É absolutamente escandaloso e inacreditável que estes indivíduos não tenham ainda sido detidos.

terça-feira, 23 de junho de 2020

Rua

Resultados desastrosos, recordes negativos, futebol patético, declarações miseráveis.

Chega de amadorismo.

PS - Bruno Lage tem que sair de imediato mas as culpas não são apenas suas. Perder dois campeonatos em três para um clube falido e intervencionado pela UEFA, quando supostamente respiramos saúde financeira e vendemos um jogador por 120 milhões de euros há menos de um ano, é um atestado de absoluto falhanço e incompetência.

sexta-feira, 5 de junho de 2020

Uma vergonha

O Benfica é um grande negócio para muitos: dirigentes, treinadores, jogadores, empresários e intermediários. Toda essa gente ganha muito dinheiro em ordenados, prémios e comissões. Os adeptos por sua vez não ganham dinheiro nenhum. Têm alegrias quando o clube vence, sentindo (ou iludindo-se) que eles próprios ganharam alguma coisa e desilusões, por vezes profundas, com as derrotas. Mas em geral gastam dinheiro e tempo com o seu clube. São eles que alimentam todo o negócio. Alimentam os ídolos que depois saem por milhões. Mas eles adeptos não vêem nem um cêntimo.

O Benfica, tendo milhões de adeptos, é um negócio muito apetecível. As receitas são brutais, muito dinheiro corre, o que quer dizer muitas comissões. Só isso explica negócios completamente ruinosos para o clube como Roberto, Raúl de Tomas, Weigel e quase de certeza Pedrinho.

Isto para dizer que até Weigel chegar o Benfica estava bem (para o panorama nacional e os padrões que aqui se praticam). Tinha uma vantagem ampla e o campeonato parecia ganho. Depois veio Weigel por 20 milhões. Foi necessário mexer num meio campo que estava a funcionar bem e as coisas descambaram por completo.

É óbvio que há muito mais culpas. O alemão não é o único responsável pela perda de toda a vantagem que tínhamos e pelo péssimo futebol que passámos a apresentar desde a sua chegada. Claro que ter um elemento nulo no meio campo que não ataca nem defende é um grande handicap para qualquer equipa. É verdade também que quando ele não joga costumamos ganhar. No entanto quando uma equipa como o Benfica, que apesar de tudo tem jogadores de qualidade acima da média, não consegue sequer marcar um golo ao Tondela é porque há muita incompetência de quem dirige a equipa.

Falo, claro está, de Bruno Lage. É verdade que fez um trabalho extraordinário no ano passado. Mas parece cada vez mais evidente que o sucesso ficou-se a dever muito a 1) João Félix (em quem Lage teve o mérito de apostar) e 2) a um factor psicológico que este ano não está a funcionar e não é certo que alguma vez volte a acontecer.

Lage entrou como um treinador humilde mas rapidamente se convenceu de pairar numa esfera superior, armando-se em moralista e envolvendo-se em teimosias e conflitos, por exemplo com Samaris.

O futebol deste Benfica é paupérrimo. Não tem ideias, não tem imaginação, não tem dinâmica. Lage mexe mal na equipa, por vezes tirando os melhores jogadores. Não tem capacidade de dar a volta a situações negativas, afundando a equipa num ciclo depressivo.

Para acabar a noite de ontem em vergonha, uns criminosos foram apedrejar o autocarro do clube, ferindo dois jogadores.