Vou começar pelo pior da noite: Maicon. Aquilo que este indivíduo fez no fim da 1ª parte é inqualificável. E é incompreensível (será?) que o árbitro não tenha tomado medidas. O treinador do Benfica falou em cartão vermelho; mas amarelo teria sempre que ser dado. Maicon não presta para nada. E já que falamos de arbitragem, não é possível disfarçar o amarelo que ficou por mostrar a Pereira que teria que ser expulso. Pareceu-me novamente uma decisão muito pouco justificável. Para disfarçar o árbitro nem sequer marcou falta mas só um imbecil é que se deixa enganar por um expediente tão canhestro.
Quanto ao jogo em si, acho sinceramente que foi um dos melhores jogos do Benfica no dragão nos últimos anos. Já vi o Benfica ganhar no Porto (por exemplo com os golos de César Brito que celebrei nas bancadas do antigo estádio das Antas) e não jogar tão bem. A primeira parte foi de grande personalidade, de grande maestria táctica por parte do Benfica, que anulou quase por completo o Porto e criou várias boas jogadas atacantes. Casillas fez duas belíssimas defesas que evitaram outros tantos golos e houve algumas saídas para o contra-ataque muito mal aproveitadas. O Benfica deveria ter saído para o intervalo a ganhar.
Depois houve os casos do jogo. E a verdade é que na 2ª parte o Benfica não esteve tão bem como na primeira. Houve alguma atrapalhação no ataque, onde faltou discernimento a Jonas e Mitroglou. O próprio Gaitan não conseguiu semear o pânico na defesa adversária como fizera na 1ª parte. O "menino" Gonçalo Guedes fez, tal como Nélson, uma grande exibição, mas ambos davam sinais de desgaste nesta fase do jogo em que o Porto jogou muito bem: circulou a bola entre os vários corredores, com intencionalidade atacante e teve em Aboubakar e Brahimi sempre lanças apontadas à nossa baliza. O Benfica tinha dificuldades em segurar a bola e criar perigo mas percebia-se que o jogo estava muito aberto. Se no nosso caso era o cansaço que fazia abrir espaços, no caso do Porto era o balanceamento ofensivo que tornava possível um golo do Benfica. Rui Vitória tentou ganhar mais posse de bola com a entrada de Talisca e depois de Pizzi mas as alterações não produziram os resultados desejados: num lance cheio de ressaltos a bola acaba no flanco esquerdo do ataque do Porto com a nossa defesa descompensada. Depois Eliseu está sozinho no corredor central com dois adversários acabando André por ficar isolado frente a Júlio César e marcar já aos 85 minutos.
A partir daí pareceu-me muito difícil o Benfica sequer criar perigo. A derrota consumou-se.
Haverá que aproveitar as muitas coisas boas que já se fizeram até ao momento. As apostas nos jovens do clube estão a dar resultado e o futebol apresentado pela equipa começa a ser de muito boa qualidade. Não podemos por isso deixar que este resultado negativo coloque as coisas em causa e faça a equipa recuar no seu processo de crescimento.
O que mais gostei de ver hoje na primeira parte foi o Benfica a dominar no dragão, sem medo, a enfrentar os duelos individuais e ganhá-los na maioria. Se continuarmos assim, se continuarmos a crescer, no futuro poderemos ter ainda mais consistência ao longo dos 90 m e aliar os resultados às exibições. É isso que todos desejamos.
Faltaram quinze minutos de força ou o jogo teve quinze minutos a mais... Pode ser visto das duas maneiras!
ResponderEliminarConcordo em geral com a análise. O Benfica fez um bom jogo, melhor do que eu estava à espera. Só não concordo com a parte da arbitragem, que me pareceu boa e isenta. É verdade que Maicon devia ter sido punido, mas em relação aos amarelos (ou duplos amarelos), penso que foram em geral bem geridos. O futebol é 11 contra 11 e só numa situação mais grave é que se deve recorrer à expulsão e nisso creio que o árbitro foi coerente
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