segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Um campeonato realmente emotivo

Não falo obviamente do "nosso", onde se dúvidas houvesse à partida, o nosso Benfica se encarregou de as dissipar com a perda de pontos a resultar num atraso que deverá ser já irrecuperável. Este Benfica, como em devido tempo previ, não tem rumo. Mais recentemente tem mostrado que para além disso tem muito pouco futebol e quase nenhuma inteligência. Aliando tal facto indesmentível a um outro igualmente irrefutável - arbitragens tendenciosas - fica tudo resolvido muito cedo. Pelo menos poupam-nos a todos à angústia e sofrimento da época passada, o que já passa por ser uma coisa boa. Insisto: em devido tempo alertei para o que se está a passar, que será surpresa apenas para os mais desatentos ou mais crédulos.

Viro-me assim para outras ligas bem mais interessantes, onde o futebol continua a ser imprevisível e onde são os jogadores (e não os árbitros) quem resolve as partidas. Ainda por cima com transmissão na BenficaTV. Sendo o Benfica hoje um negócio (em detrimento de um projecto desportivo) a compra dos direitos da Liga Inglesa foi a melhor decisão que se podia tomar. Aliás, caso não fosse isso, cancelaria desde já a minha subscrição do canal porque para ver exibições como a de sábado não justificaria o dinheiro. 

Em Inglaterra o campeonato está a ter inúmeras surpresas, que permitem ao Chelsea de Mourinho manter-se na corrida apesar dos desaires pouco previsíveis.

O Arsenal está na frente o que é uma boa notícia para quem gosta de futebol de ataque. Esperemos que consiga manter este nível e a crença nas suas capacidades porque futebol tem e o seu treinador apesar de uma série de más épocas já provou poder ser vencedor.

O Liverpool tem mostrado uma maior competitividade face às épocas passadas, muito por força das exibições de Sturridge (um ex-Chelsea). Caso Suarez consiga manter o nível que mostrou no último jogo (dois golos) e exibir a classe que indiscutivelmente possui, o Liverpool poderá constituir-se como um candidato aos primeiros lugares, o que seria uma excelente notícia para o futebol inglês.

O Manchester United tem sido a maior desilusão do campeonato. Sem grandes mudanças no plantel e com a inclusão de Felaini, um jogador que acrescenta qualidade, esperava-se muito mais, apesar de ninguém ignorar que a saída de Fergusson poderia ter efeitos muito negativos. Com efeito, David Moyes não está a conseguir de modo nenhum incutir as suas ideias nos jogadores. O Manchester não tem o domínio dos jogos, é demasiado vulnerável a defender (Ferdinand parece-me já não ter condições para continuar a ser titular) e pouco acutilante no ataque. Algo terá que mudar rapidamente sob pena da equipa se atrasar irremediavelmente na luta pelo título.


Já o Manchester City depois de um começo positivo e uma vitória concludente sobre o seu rival vizinho, voltou a perder inesperadamente e a dar um passo atrás. Veremos o que trarão as próximas jornadas: se uma equipa a entrar nos eixos se uma continuada irregularidade que mina a candidatura ao título.


Temos depois o outsider Tottenham de Villas-Boas que vem mostrando, ao contrário do caso acima citado, regularidade e consistência. A equipa parece bastante equilibrada e com muito boas soluções em todos os sectores. Ao 3º ano, Villas-Boas parece estar a acertar nas escolhas. Poderá faltar porém alguma capacidade quando as coisas começarem a apertar. Na jornada passada, entrou muito bem contra o Chelsea e conseguiu estar em vantagem. No entanto deixou-se empatar, o que não parecendo um mau resultado poderá revelar-se como tal mais para a frente: estes bons momentos de forma têm que ser capitalizados, sob pena de se começar a "perder gás" prematuramente.

Finalmente temos o Chelsea de Mourinho sob o qual escrevi há dias, prevendo que teria pouco sucesso. No entanto face aos resultados pouco convincentes dos dois manchesters, tudo se torna possível, até porque não sabemos se os bons momentos de forma de Arsenal, Liverpool e Tottenham são para manter, dada a pouca consistências destas equipas nos anos anteriores. Neste momento, entre os candidatos "crónicos" dos últimos anos, a verdade é que é o Chelsea quem leva vantagem, o que não deixa de ser muito positivo para Mourinho, até porque a sua equipa já perdeu pontos pouco previsíveis. Se há coisa que Mourinho pode garantir (juntamente com a base sólida de jogadores experientes e de qualidade que possui, como Lampard, David Luis, Torres, Ramirez, Mata, Terry) é um certo patamar de consistência. Dificilmente se assistirá no clube que orienta a uma débacle ou estado de desnorte que leve à perda consecutiva de muitos pontos. Assim, num campeonato em que os candidatos perdem muitos pontos, o Chelsea tem renovadas possibilidades de vencer. As próximas 4 ou 5 jornadas ajudarão muito a definir o quadro competitivo e permitirão fazer novas projeções. 





5 comentários:

  1. Nunca é demais repetir; Não nos convencem com a maioria dos erros decisivos que têm e continuam a acontecer com índice crescente de preocupação, como são ilustrativas as primeiras 6 jornadas do campeonato que ainda nem sequer estão completadas. Não se trata de qualquer perseguição aos senhores do apito que reconhecemos têm uma tarefa assaz complexa e difícil, mas a forma visível e descarada como são praticadas acções lesivas de clubes e da verdade desportiva.

    ABRE OS OLHOS DE VEZ OU VAI AO OFTOMOLOGISTA

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  2. Não percebeste o que o anónimo disse? Disse, e muito bem, para abrires os olhos.

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  3. Abro os olhos em relação a quê? Às arbitragens de que falo há dois anos? Ou ao Fernando Gomes cuja demissão peço há ano e meio? Ou será que devo abrir os olhos em relação ao Proença sobre o qual já escrevi diversos posts, inclusive com estatísticas, antes ainda do assunto se tornar tão banal? Ao sistema, cujas várias componentes aqui identifiquei e inclusivamente merece um separador no blog?? Será que vocês sabem ler? Será que percebem português? Quem tem que abrir os olhos não sou eu de certeza absoluta.

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  4. Quanto ao resto, se não gostam têm bom remédio: desapareçam e vão para outras paragens. Não vos pedi para cá virem e não vou alimentar qualquer tipo de conversa convosco.

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