O Benfica venceu o Moreirense (numa exibição apagada) e, graças à derrota do Sporting na Madeira, alcançou o 2º lugar que lhe dará acesso à 3ª pré-eliminatória de acesso à Liga dos Campeões.
É o que se podia alcançar nesta fase. Chegando à fase de grupos (e o Benfica terá duas eliminatórias a superar até o conseguir), o Benfica conseguirá um encaixe financeiro muito importante, podendo-se manter no futebol europeu de mais alto nível com os benefícios daí advenientes.
É, por outro lado, o desfecho justo do campeonato. Já em Alvalade o Benfica fôra superior e só não vencera por manifesto azar. Rafa, como aqui antecipei, foi o nosso jogador mais perigoso e esteve por duas vezes a centímetros do golo. O Sporting jogou para o empate a zero, que conseguiu, mas o Benfica acabou por ser justamente premiado pela sua atitude - não nesse jogo mas uma semana mais tarde.
Seria uma enorme injustiça o Benfica terminar a época em terceiro. O Sporting venceu muitos jogos graças à arbitragem, tendo praticado um futebol de qualidade medíocre na maior parte do campeonato. O Benfica começou muito mal, depois teve um período de grande qualidade e só a lesão de Jonas impediu o penta. Em ambos os jogos contra o Sporting o Benfica foi superior, não tendo vencido nenhum deles por manifesta infelicidade e algumas decisões arbitrais, especialmente na Luz. Este desfecho é por isso aquele que melhor traduz o que aconteceu ao longo da época.
É um pequeno consolo, mas é certamente um desfecho bem melhor do que ficar em terceiro o que, aí sim, seria um verdadeiro desastre.
Muita coisa deve ser aprendida desta época. Algumas coisas terão que mudar. Há vários processos em curso na justiça e demasiado barulho e rumores à volta do Benfica sobre ilícitos. Agora que a época terminou há que olhar para a situação com toda a frieza e tomar algumas decisões. Se alguém tiver tido comportamentos menos próprios não pode estar no Benfica.
Foi um ano de forte desinvestimento e por isso pagou-se o preço. Espera-se agora que o abatimento feito no passivo traga um outro desafogo ao clube e se revele uma decisão estratégica de visão a longo prazo. Dito de outro modo, espera-se que esse desinvestimento pontual (e em geral uma política de uma certa contenção de custos, para não lhe chamar de austeridade) traga ao Benfica uma vantagem face aos seus competidores no futuro. Será porém também importante exigir um tratamento de igualdade relativamente aos outros competidores. Se nós pagamos as dívidas e os outros obtêm perdões bancários, estamos perante concorrência desleal, algo que o nosso clube não pode admitir.
O balanço final ficará para mais tarde. Por agora há que saborear um pouco este segundo lugar e as consequências que daí resultarão.
A possibilidade do desastre ainda não desapareceu.
ResponderEliminarPara o evitar é necessário passar duas eliminatórias e ir à fase de grupos da Champions.
Outra coisa e será um desastre!
O «Triunfo dos Porcos» foi meticulosamente preparado pelos porcalhões de mão dada, amorosamente unidos pelos laços da «verdade desportiva» deles. E ia resultando em pleno. Mas não resultou. O Porco-Contumil ou Porco-Patrão, rata velha em velhacarias e em toda a espécie de filhas-da-putice, enrabou o subalterno (mais uma vez – que mania, pá, passam a vida a dar as nalgas ao manifesto!), e tirou proveito. Já o subordinado, o Porco-Lumiar ou Porco-Quenga, ficou a ver o acesso à Champions por um canudo, e lá terá de se contentar com a Taça da Cerveja (deram-lhe o nome, aturem-na) e com a célebre exclamação que já vai tendo barba branca de 16 anos: «Prò ano é que é!» - porque o Aves vai ganhar a Taça de Portugal.
ResponderEliminarComo se não lhe bastasse a violação à bruta e a seco do subalterno, o Porco-Patrão acaba de atirar uma farpa ao cachaço do Porco-Quenga: «Nunca tivemos perdões de dívidas». Coisas de porcos, que só os porcos merecem. Hem, ó nalgas, ó sem-pescoço, ó imundo mundo calimero?