domingo, 25 de agosto de 2019

Não se deitam foguetes antes da festa

Já aqui escrevi múltiplas vezes acerca da crónica incapacidade do Benfica em jogos contra o Porto.
Mesmo nos últimos anos, nos quais vencemos 5 campeonatos em 6 e portanto dominámos quase por completo o panorama nacional, o Porto tem um registo melhor do que o Benfica... na nossa casa.
É confrangedor e roça mesmo o misterioso. A nossa equipa parece que se amedronta, ao passo que o Porto se agiganta.
No entanto a explicação para esta derrota talvez seja um pouco diferente e de alguma forma até a oposta: desta vez perdemos por arrogância e sobranceria.
Antes do apito inicial parecia que já tínhamos ganho e que o Porto estava ali para servir de bombo da festa: houve fogo de artifício e faixas alusivas ao 38... Isto quando estamos em Agosto, apenas na terceira jornada.
Um ambiente despropositado, que influenciou o desenrolar do jogo.
O Porto cerrou os dentes e enfrentou o jogo como um desafio crucial, disputando os duelos sempre nos limites. Aceitou o papel de não favorito, percebeu que não podia ganhar no talento mas apenas na entrega e no rigor tático e executou o seu plano de modo quase perfeito.
Já o Benfica entrou de forma altiva, convencido de que lhe bastaria conter a previsível entrada forte do Porto para no momento certo impor o seu ritmo e ferir o adversário. O problema é que o Porto foi ganhando cada vez mais confiança e emperrando sempre o jogo ofensivo do Benfica, pressionando bem alto a nossa defesa, manietando muito bem o nosso meio campo (quase sempre em inferioridade numérica), cortando constantemente as nossas linhas de passe e anulando os nossos avançados (que, diga-se, são praticamente inofensivos).
Cedo se percebeu que só o talento de Rafa, Pizzi ou Grimaldo poderiam conseguir suprir as deficiências colectivas, mas os dois últimos estiveram num péssimo plano e Rafa sozinho não poderia resolver.
O Porto marcou logo após o seu primeiro lance de perigo (e primeiro remate à baliza), no canto daí resultante.
A reacção do Benfica surgiu apenas na segunda parte, quando durante uns 15 a 20 minutos conseguimos encostar o Porto atrás, com Taarabt a conseguir impor alguma velocidade ao nosso jogo ofensivo. Nessa altura o Porto recorreu ao anti-jogo com Pepe literalmente a gozar com os espectadores perante a complacência do árbitro. A dinâmica que pretendíamos foi assim quebrada, mas diga-se que também não fomos capazes de criar oportunidades claras e que o contra ataque do Porto nos colocou sempre em sentido, especialmente com a autoestrada que se abriu com a saída de Samaris.
Bruno Lage terá que reflectir sobre o que se passou e encontrar soluções diferentes. Esta dupla de avançados não funciona e assim todo o jogo da equipa fica emperrado. Também o meio campo neste jogo foi dominado pelo adversário, mostrando dificuldades tanto a construir como a defender. No sector recuado houve múltiplas falhas, tanto ao nível dos passes errados e perdas de bola como dos posicionamentos, com jogadores do Porto a aparecerem várias vezes nas suas costas, apenas com Vlacodimos à sua frente. Não pode ser. As mudanças mais óbvias passam pelo desfazer desta dupla de avançados e com a entrada de Vinícius no 11. O brasileiro é muito mais rápido, agressivo e acutilante do que qualquer dos avançados titulares.
No entanto há mais mudanças necessárias, nomeadamente ser intolerante com a complacência e a sobranceria, no plano mental, e encontrar novos equilíbrios pós-Jonas e Félix que claramente ainda não existem apesar das goleadas ao Sporting e a vitória na ICC terem dado (erradamente) a impressão contrária.

4 comentários:

  1. Pensa um pouco mais à frente! O Porto quando vem a nossa casa dopa-se! É tão fácil perceber isto! Desta vez doparam o team todo!

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  2. o que mais irrita nem é eles saberem como nos anular e quais os nossos pontos fracos, isso até meros adeptos já tínhamos visto só não viram os cegos e os que não querem ver por acharem que esta tudo bem, é a nossa incapacidade para mudar a nossa forma de jogar só temos o plano a se nos param somos uma nulidade completa.

    os erros são evidentes só pelos vistos a estrutura é que não vê, se calhar esta a olhar para um qualquer evento daqui a dez anos.

    demasiada falta de experiência nos titulares.
    falta de um defesa direito que seja opção ao andre.
    um segundo avançado com qualidade para ser titular.
    e um garda redes para lutar pela titularidade com o odysseas e que saiba jogar as bolas pelo ar.

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  3. se o benfica se borra todo contra o porto e nao aguentam a pressao nesses jogos se ve quem temmais amor a camisola e desculpe que diga o futebol nao tem de ser uma guerra mas tambem nao tem de seruma missa e o porto demonstra sempre mais vontade aguerrida de ganhar ao benfica logo merito do porto

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  4. a mentalidade do porto mais lutadora a mentalidade do benfica masi mansa leviana banal e superficial houve o«um treinador que disse que uma equipa tem de ter 8 carregadores de piano e 3 que sabem tocar o piano ora os carregadores do benfica vejamos o reanto se foi ficaram um fejsa completamente arrebentado e ums samaris e gedson muito abaixo do renato e os tres que sabem tocar o rafa grimaldo e pizzi nao joagaram nada e o seferovic falha que se farta

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