A crise do COVID19 afecta todos os sectores e profissões mas afecta muito em particular o futebol.
Duas razões para isto:
1) em tempos exigentes económica e financeiramente, haverá menos dinheiro disponível - bancos, investidores e grandes empresas canalizarão o seu dinheiro para necessidades mais imediatas ou mais essenciais para o seu negócio;
2) face a uma ameaça de um vírus muito contagioso, espectáculos de 30, 40, 50.000 pessoas estão completamente fora de questão. Eventualmente no Verão o futebol pode ter espectadores, mas até quando? O vírus surgiu na China ainda no Outono. Estamos na Primavera e ele está a atingir o seu pico nos países europeus. Por isso, enquanto não existir vacina teremos público apenas durante três ou 4 meses? No pico do calor em Portugal?
Estes dois factores reforçam-se mutuamente, criando uma espiral negativa: com menos receitas há menos jogadores de qualidade e menos motivação dos espectadores para ir aos estádios, com menos gente nos estádios (e/ou mesmo a obrigação de jogos à porta fechada), as receitas de publicidade, patrocínios, transmissões televisivas também diminuirão.
Isto é no futuro. Mas já no imediato há clubes em situação delicada que não conseguem responder às obrigações de tesouraria sem receitas. De Espanha chegam notícias de grandes cofrtes salariais nos principais clubes.
Por isso considero que o futebol está em estado de emergência e que rapidamente têm que se procurar caminhos para ultrapassar esta situação sob pena do negócio se tornar inviável a curto prazo.
O mundo ensandeceu! Atingiu um auge de desordem moral e sanitário! E o futebol em particular, passou a ser jogado nas áreas financeira e económica quando o deveria ser em campo!
ResponderEliminarO mundo do futebol descontrolou-se e transformou-se em orgias milionárias que, mais cedo ou mais tarde teriam que ser travadas.
As grandes civilizações - Grega, Romana, Egípcia e outras - colapsaram quando atingiram graus de luxúria insustentáveis!
A história repete-se! E eis que chegámos ao ponto de quse termos que começar do zero.
Para a geração mais nova, que não sabe o que é sacrifício, vai ser muito difícil porque a impreparação é total!
Sim, essa é uma reflexão interessante.
EliminarBaliza às costas outra vez, faxabôr!
ResponderEliminarninguém sabe o que vai acontecer mas se verificarmos na ultima crise que começou em 2008 mas que atingiu o pico em 2011 o futebol foi o sector que menos sofreu e estou a falar globalmente, ou na europa que é o principal.
ResponderEliminarmesmo aqui em que tivemos corte de tudo e mais alguma coisa o futebol não teve corte e até teve subidas de salários, talvez menos altas que noutras alturas mas teve.
se os jogos forem à porta fechada quem fica mais prejudicado são os três grandes, e eventualmente braga e guimaraes, porque os outros tem media de espectadores ridiculamente baixa.
e se os jogos forem à porta fechada não vejo onde patrocínios, publicidade diminuam a não ser pela crise de quem faz publicidade, e as televisões aumentam as audiências.
A crise de 2008 foi uma crise financeira. Não implicou as pessoas ficarem em casa nem os campeonatos serem suspensos. São coisas completamente diferentes.
EliminarEm relação a transmissões de jogos à porta fechada - não tem qualquer interesse nem emoção. Não antevejo grandes receitas nem grandes audiências. O futebol vive da emoção e do público. Bancadas vazias não entusiasmam ninguém, parece um jogo de solteiros contra casados.
claro que são coisas diferentes mas aquilo a que eu me referia, e que vai acontecer agora e que se pode reflectir no futebol, é as pessoas não terem dinheiro para gastar com o futebol e é por essa via que o futebol pode ser afectado.
Eliminarsim um jogo à porta fechada não tem a mesma emoção agora não acho que não tenha interesse.
e com esta paragem e com as pessoas isoladas a fome de futebol ainda vai ser maior.
em condições normais com as pessoas com varias coisas para fazerem sim o que dizes seria verdade agora as pessoas sem acesso a nada, concertos, teatros, cinemas etc, o interesse pelo futebol ainda vai ser maior.
e na pior das hipóteses as audiências serão as mesmas.
a publicidade pode baixar mas pelas condições económicas das empresas e não por o jogo ser à porta fechada mas ai quem fica a arder são as televisões.
Pois, vammos ver. Se calhar até criam um público "virtual". Quem sabe. Abraços
Eliminar