terça-feira, 13 de julho de 2021

A sorte no Euro (e no futebol em geral)

 Muitas vezes se fala da sorte e falta dela no contexto do futebol. É normal, porque é um jogo e portanto há sempre um certo grau de sorte ou alietoriedade.

No entanto a sorte muito raramente é o factor decisivo e este Euro prova isso mesmo.

A Itália teve a sua dose de sorte contra a Áustria e a Espanha. Podia ter perdido qualquer um desses jogos.

No entanto a Inglaterra também teve sorte. Por exemplo no jogo com a Alemanha Muller completamente isolado atirou a rasar o poste e isso foi decisivo para a vitória inglesa. Depois a Inglaterra beneficiou de um calendário muito favorável para chegar à final.

Já na final, a Inglaterra viu-se a ganhar logo no início do jogo, numa altura em que tinha feito pouco para o merecer. E não soube segurar essa vantagem. Também no prolongamento não foi capaz de tirar partido do facto de ter menos minutos de jogo do que a Itália, que já tinha disputado dois prolongamentos nas eliminatórias.

E para terminar, esteve em vantagem nos penalties, perdeu-a, esteve à beira da derrota no penalti de Jorginho e mesmo depois deste falhar não foi capaz de levar a decisão para a morte súbita nos penalties.

Ou seja, a Inglaterra teve várias oportunidades e não aproveitou nenhuma.

Já a Itália soube sempre aproveitar as oportunidades ou a sorte que o jogo lhe ofereceu (por exemplo ter alcançado o empate ainda antes da fase de desespero começar, ou o penalti ao poste de Rashford). Em todos os jogos perseguiu o máximo possível.

Isto é válido para o futebol em geral, sobretudo um campeonato. Uma equipa pode ter sorte ou azar num jogo, mas ao longo de uma época esse factor é negligenciável.

Já a arbitragem, sendo um factor humano, tem outro tipo de influência, potencialmente mais significativa, sobretudo quando há predisposição para favorecer uma(s) equipa(s) em detrimento de outras. 

Sem comentários:

Enviar um comentário

Os comentários são agora automaticamente publicados. Comentários insultuosos poderão ser removidos.