segunda-feira, 8 de novembro de 2021

6-1. Mudou alguma coisa?

 O Benfica fez uma boa exibição com momentos de grande brilhantismo, individual e colectivamente. Mas nem tudo foram boas notícias. A lesão de Lucas Veríssimo é uma péssima notícia, que nos deixa a todos tristes, havendo ainda a lamentar as lesões de Sequeira, do Braga, que também saiu de maca, e ainda de João Mário, Rafa e Darwin, cujas extensões se desconhecem à altura em que escrevo.

Para além desse aspecto e focando-nos na análise ao jogo, claro que é uma vitória importante, da qual saem coisas muito boas, como a excelente exibição de Cebolinha, a boa entrada de Paulo Bernardo, a resposta do nosso meio campo, a eficácia na frente de ataque e o quebrar de um ciclo negativo de resultados antes da pausa no campeonato.

Tudo isso é muito positivo.


Mas uma análise fria do jogo diz-nos que que até ao segundo golo estávamos a ter bastantes dificuldades - e que provavelmente não mudou assim tanto no jogo do Benfica em relação ao que temos feito esta época.

O Benfica marcou o primeiro golo na sua primeira jogada de ataque, logo aos 2 minutos. Após esse golo, que não tinhamos justificado, o Braga equilibrou, empatou e durante algum tempo foi até superior ao Benfica. Depois, em 7 minutos o Benfica marcou 3 golos e resolveu o jogo. Acaso? Mera sorte? Claro que não. Há muito mérito e há sobeja qualidade no plantel do Benfica. Mas há também um aspecto que deve ser sublinhado: 5 dos 6 golos do Benfica são marcados em contra ataques ou transições ofensivas rápidas. Ou seja, marcámos quase todos os golos quando a defesa adversária estava desposicionada. A excepção foi o 2-1.

Isto é mau? Não, como é óbvio. Isto é treinado, é mérito e é qualidade dos jogadores: Rafa, Darwin e Cebolinha conseguiram imprimir uma velocidade vertiginosa no ataque. Os golos são muito bem conseguidos. A questão é outra. 

Em primeiro lugar, para poder "soltar" estes contra ataques, o Benfica precisa de que os dois primeiros passes defesa-meio campo saiam bem. Quando as primeiras linhas de pressão adversária sobre os nossos defesas e centro campistas são ultrapassadas e conseguimos colocar a bola em Rafa ou Darwin em boas condições, os adversários estão em apuros porque qualquer um destes jogadores e também Everton quando lançados em velocidade são difíceis de parar.

Por isso os melhores jogos que fizemos até agora foram este, o Barcelona e o Guimarães. Os adversários jogaram subidos e pressionaram o Benfica ainda no seu meio campo mas depois quando conseguíamos sair para o ataque, as suas defesas tiveram muitas dificuldades em acompanhar a mota Rafa e a gazela Darwin.

Mas já contra o Bayern não conseguimos fazer o mesmo, porque é uma equipa mais compacta, mais rápida, melhor. Aí os nossos contra ataques eram praticamente abafados à nascença, deixando-nos na maior parte do tempo a ter que remar para trás.

O outro problema que o Benfica tem tido - e que este jogo não mostra que tenha sido resolvido - é o agora chamado ataque posicional. Ou seja, quando as equipas adversárias se refugiam muito lá atrás e têm os seus defesas bem posicionados no campo, temos muitas dificuldades em conseguir criar espaços e oportunidades. Aí Darwin começa a perder bolas e a equipa a esbarrar contra o muro adversário, parecendo ter poucas soluções.

Ontem Everton apareceu muito bem num par de ocasiões a criar desequilíbrios que geraram o espaço para outros aparecerem, como na origem da jogada que deu o 2-1, ao fintar dois jogadores e depois passar para Grimaldo. Everton que fez, diga-se, um enorme jogo. Além desse lance fez dois golos e duas assistências. O primeiro golo é um bom trabalho com os dois pés, ao passo que o segundo é uma raquetada ou tacada de bilhar que coloca a bola a fazer tabela no poste, fora do alcance de defesa e guarda redes, para dentro das redes. Aliás foi curioso que já o centro de Darwin foi assim, atravessando a área, a fugir do guarda redes e fora do alcance do defesa. 

Uma outra curiosidade é que o golo do Braga (que por sinal também resulta de uma recuperação de bola no nosso meio campo) é um remate de André Horta ao mesmo poste onde Cebolinha a viria a colocar na segunda parte. Dois golos com alguma semelhança.

Finalmente uma nota para o VAR. Eu penso que todas as decisões foram correctas relativamente ao posicionamento dos jogadores em jogo nos golos. Mas note-se que a imagem que é mostrada a dar conta de que André Horta está em posição legal não é a do golo. Veja-se as duas imagens: a mostrada e a correcta:

Este não é o lance do golo mas é apresentado como tal a propósito da revisão do VAR.

Este sim, é o lance do golo do Braga. Grimaldo parece colocar em jogo Horta. Grimaldo esteve aliás envolvido nos 3 primeiros golos do jogo: marcou o primeiro, está aparentemente desalinhado com os companheiros defensivos neste e faz o remate de cuja recarga surge o 2-1 por Darwin.




9 comentários:

  1. a principal mudança até foi a eficácia.
    de resto como dizes pouco mudou a não ser a maneira como o adversário joga.

    para adversário que jogam desta maneira esta é a estratégia correcta e para a qual temos jogadores para a executar.

    o mal esta por um lado jogar com esta estratégia contra equipas fechadas que claramente não resulta, esta mais do que provado, e por outro jogar com alguns destes jogadores que mesmo que mudes de estratégia e passes a ter um jogo mais associativo eles não tem características para ele como é o caso do darwin.

    mas pelos vistos toda a gente já viu isso, mesmo meros adeptos como nós, menos o bazofias do treinador.

    já sobre o lance que falas existe outra imagem captada do mesmo ângulo que a primeira imagem que mostras, em que fica evidente que o grimaldo coloca o horta em jogo, e mesmo o vertoghen que esta mais adiantado que o grimaldo acho que também o estaria a colocar em jogo.

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  2. A eficácia, o cansaço do Braga, e algum excesso de confiança ajudaram ao resultado desnivelado de anteontem.
    Não será pela vitória folgada que devemos começar a pensar que tudo o qu criticamos no futebol do Benfica seja exagerado, o que o resultado nos permite é encarar as coisas com um pouco mais de optimismo.
    Para esse optimismo que falo, ajuda muito a ideia que começo a ter de que o Benfica é uma equipa que está algo mais talhada para jogos de um certo grau de dificuldade. Até agora não temos tudo maus resultados em jogos supostamente mais complicados, onde falámos foi com equipas de menor estatuto que não se importam de jogar os 90 minutos fechadas pois o empate já é uma vitória.

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    1. Concordo, com excepção dos jogos contra o Bayern...

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    2. Objectivamente o Bayern é de outro campeonato. Podemos até num dia bom sacar um empate ou uma vitória contra o Bayern, mas o mais provável é perdermos, a dúvida é por quantos. Nós e os dragartos, que eles também seriam "atropelados" se estivessem no grupo deles.

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  3. Excesso de confiança por parte do Carvalhal, obviamente.

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  4. Embora não sejamos experts em táticas, vamos percebendo que o equipa do Benfica se dá muito bem em jogos abertos, com os adversários a jogarem subidos.
    Nos jogos internacionais a coisa normalmente funciona bem porque os adversários são equipas do mesmo nível e não vão a jogo à Arouca ou à Tondela.
    Claro que com o Bayern, sendo a equipa que são, a diferença de qualidade, jogassem eles como jogassem não nos dariam nenhuma chance.
    Intramuros vamos viver com o problema de só 3 ou 4 equipas jogarem mais abertas.
    E os nossos avançados não se dão com cabines telefónicas.
    Em relação aos médios, também não temos nenhum com remate de longe para poder desbloquear resultados.
    Portanto temos uma equipa que vai ter de lutar muito e ter muita sorte para conseguir o campeonato uma vez que foi muito mal montada para as necessidades da época.
    Apesar de tantos milhões estoirados, continua a ser uma equipa coxa, descompensada e sem banco que possa fazer diferença.
    Cada subsituição, ou é mal feita ou não traz nada de novo por falta de qualidade e/ou capacidade de "dar a volta" ao jogo.
    O Carvalhal, inchado, com a equipa com dois dias a menos de descanso, vir jogar daquela maneira, mereceu bem a derrota e não sei se o pedreiro-mor não lhe deu nas orelhas!

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