quarta-feira, 23 de agosto de 2023

Início atribulado

O Benfica tem aparentemente o melhor plantel em Portugal. Tem, sem qualquer dúvida, as maiores individualidades do meio campo para a frente, onde as opções são de luxo para a nossa realidade. Na defesa e meio campo defensivo as coisas são mais equilibradas, até porque saíram Grimaldo e Lucas Veríssimo, falando-se ainda em propostas por Mourato e na saída de João Victor. De 6 centrais que chegámos a ter, arriscamo-nos a ficar com 2 de qualidade comprovada...

Este é um dos sintomas de uma época que parecia ir ser um passeio e que começa a dar sinais de poder ser complicada.

No Bessa é verdade que o Benfica foi extremamente infeliz e que o resultado é altamente injusto, se é que se pode falar disso em futebol. Do 1-1 para o 1-2 o Benfica faz uma partida notável e mesmo até ao 2-2 estávamos a dominar claramente o jogo. Mas no futebol o que conta são os resultados e neste momento temos já 3 pontos para recuperar, o que poderá não ser tão fácil quanto parece. Além disso houve erros defensivos que não se podem admitir. 

Desse mau jogo fica ainda a situação de Vlachodimos. Claro que o grego não fez o melhor jogo. O primeiro golo é um pouco "esquisito" e no segundo sai a destempo da baliza, tornando um lance que parecia algo inofensivo num golo eminente. Mas também não se justifica que Schmidt o aponte quase como o culpado pela derrota. Os jogos perdem-se e ganham-se como equipa. Não pode haver bodes expiatórios. E houve ainda a situação de Di Maria. A um jogador com a sua experiência exige-se contenção nestes momentos.

Foi uma aplicação exemplar da lei de Murphy. O Boavista teve imensos amarelados mas nós é que ficámos reduzidos a 10 (num lance em que a avaliação do árbitro me parece muito exagerada, mas enfim), a seguir à expulsão sofremos logo golo nessa mesma jogada, apesar da entrada de Mourato; atacámos muito e atirámos bolas à barra mas o Boavista nas poucas oportunidades que teve fez 3 golos...

Enfim, já lá vai e esperemos que seja "aquele" jogo que acontece sempre uma vez por época, na qual apesar de todos os esforços para ganhar e múltiplas oportunidades se perde porque aparentemente estava escrito que assim seria. Depois disso já vencemos- não sem dificuldade - o Estrela da Amadora em casa. Mais uma vez, foi um jogo em que a produção ofensiva claramente deveria ter tido outro resultado, ou seja, outro aproveitamento. Eficácia precisa-se. E desse jogo resulta também evidente que Neres é um elemento que desequilibra como nenhum outro (exceptuando talvez Di Maria) e que tem de jogar com regularidade.

Acima de tudo precisamos todos (treinador e plantel) de nos convencer que os nomes não ganham jogos e que "merecer" não basta - é preciso colocar a bola dentro das redes adversárias mais vezes do que o oponente; e recordar também uma máxima do futebol: os ataques ganham jogos mas as defesas ganham campeonatos. Por fim, lembrar o nosso lema; sem união será impossível ganhar seja o que for. 

4 comentários:

  1. como sempre a capacidade que temos de dar tiros nos pé de forma incrível.

    não falta termos um plantel coxo sem defesa direito, sem um trinco alternativa ao florentino e isto desde a época passada, agora a uma semana do fecho do mercado decidimos criar dois problemas onde não existiam na baliza e na defesa esquerda.

    isto quando já não andávamos a jogar bem e com um péssimo resultado a juntar.

    odysseas poderia ser mudado mas nunca pelo samuel, nem numa situação em que foi o bode expiatório de uma derrota que teve muitos culpados e mais nenhum foi penalizado.

    mas o nosso problema é que defendemos mal como equipa, muito pela características da dupla de meio campo, e não apenas por culpa da defesa que desta forma fica mais exposta e mais evidentes ficam as limitações de alguns jogadores.

    no caso do musa não temos nada que nos queixarmos quem entra com os pitons à perna do adversário pisando inclusive não existe margem nenhuma de manobra.

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    1. Não foi de modo nenhum isso que aconteceu com o Musa. Ele pisa a bola e desequilibra-se, na sequência do que o pé resvalou para a perna do adversário. Não "entrou" à perna do adversário. É um lance infeliz. Não culpo o árbitro mas se tivesse ficado pelo cartão amarelo acho que era bem decidido porque não existe a mínima intenção de magoar, nem provavelmente o Musa conseguia evitar o contacto dada a forma como pisou a bola.
      Quanto ao demais, concordo, estamos a criar problemas onde eles não existiam.

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    2. Aliás, pode-se ver aqui https://drive.google.com/file/d/1lAPmpM9X5xSInFqspp1-RfvkaRdcE60i/view?usp=drivesdk
      como houve lances idênticos ou piores NO MESMO JOGO em que o árbitro deu amarelo.

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    3. só que a intenção neste tipo de lance não conta.
      a intenção conta quando alguém tenta agredir outro e acaba por não consumar o ato é como se tivesse agredido.
      neste lance ele tem intenção de jogar a bola só que a maneira como abordou o lance propiciou aquele desfecho se ele tem acertado de raspão ai sim era exagerado mas ele acabou por acertar em cheio na perna que ainda por cima estava em apoio.
      visualmente o lance é arrepiante o que não deixa margem de manobra.

      mais se o lance fosse ao contrario e não fosse mostrado o vermelho andávamos todos aqui a dizer que tinha sido uma vergonha não ter sido mostrado.

      mas a questão do critério ai já é outra coisa ai já concordo.
      mas só existiu um lance parecido com este foi o sobre o neves e é o único que nos podemos queixar porque acertou na perna embora com muito menos aparato visual.

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