sábado, 17 de maio de 2025

O que significa ser benfiquista?

Segundo alguns, o benfiquismo está em crise. Há uma certa orfandade de um sentimento clubista que se diluiu face a desilusões e à erosão do tempo presente, dominado pelo imediatismo e consumismo. A era do vazio, segundo Lipovetsky. 

Há uma certa dose de verdade nessa avaliação: o tempo do amor à camisola, que coincidiu com as conquistas europeias do Benfica, dificilmente voltará. Os atletas hoje jogam por regra onde lhes pagam mais e raramente ficam num clube por mais de 3 anos, especialmente num clube de uma liga menor, como é o caso da portuguesa. Isso dificulta a manutenção de uma identidade. Paralelamente, os adeptos são cada vez mais impacientes e intolerantes e o futebol é o escape da monotonia do dia a dia. Passam da idolatria ao ataque muito rapidamente, quase de um dia para o outro. E atenção que não estou a dar lições de moral a ninguém, até porque não me ponho de fora da massa geral de adeptos e não sou de modo nenhum imune a esta forma de estar.

Mas se há alguma mensagem que eu quero passar, é a de que num momento como estes devemos valorizar o esforço e dedicação dos jogadores e reconhecer os pontos altos da época. O golo de Pavlidis contra o Sporting é um momento quase poético de futebol. O seu hat trick contra o Barcelona é algo quase épico. A dedicação de Otamendi, um jogador que tem 37 anos e tantos jogos nas pernas, é de reconhecer e apreciar. Claro que ganham muito dinheiro, mas se achamos que esse é um critério para desqualificar o empenho dos jogadores, então não vale a pena ver futebol.

Ser benfiquista é ter um espírito vencedor, a chama imensa de acreditar e lutar sempre, com lealdade, até ao último minuto de cada jogo, com raça, pela vitória. É estar com o clube nos bons e maus momentos, nunca desistir. Quando ganhamos, festejar como ninguém. Quando não ganhamos - o Benfica nunca perde - saber aceitá-lo com desportivismo e estar ao lado dos nossos, com o mesmo benfiquismo de sempre.


PS - o golo contra o Sporting foi marcado por Akturkoglu, a meias com um defesa do Sporting. Mesmo assim optei por não corrigir o texto, porque aquele é realmente um golo criado por Pavlidis, num momento quase sublime de benfiquismo. 

3 comentários:

  1. Sei Frank que ser benfiquista e ter um espirito vencedor e nunca desistir e mesmo para amanha apesar de nao dependermos de nos nao desistir lutar ate ao ultimo minuto, o Benfica quando nao ganha, nunca perde mas aquele empate com o Arouca para mim foi pior que perder aniquilou-me que empate tao doloroso as vezes dou comigo a descarregar toda a minha raiva sobre o Arouca que nos afastou do titulo volto a repetir nunca se sabe mas que as coisas ficaram desiquilibradas pro nosso lado la isso ficou, mas o Benfica tem largas culpas em certos jogos parecia a casa de misericordia de tanto ponto distribuir gratuitamente agora nao vale a pena chorar mais aconteceu assim e nao podemos modificar nada so o V.de Guimaraes nos pode salvar desde que facamos a nossa parte.

    ResponderEliminar
  2. Evidentemente que o facto de os orgaõs sociais não terem reagido a tempo e horas, deu liberdade aos apitadores de dicidir quem ganha, e quem nomeia os arbitros é sportinguista, os arbitros a maior parte deles vem de 40 anos de governação dos membros que estiveram na origem do apito dourado e do acordo do Altis entre lagartos e corruptos o Benfica pôs-se a jeito quando deu o seu apoio a FG na liga e depois na FPF mais grave ainda foi dàr apoio ao maior ladrão na arbitragem portuguesa contra o Benfica o desdentado Pedro Proença e o mais grave foi ter apoiado este corrupto porque é corrupto quando se assinala um penalti ao Yebda sem que este tivesse tocado no corrupto às risca prova bem que algo està mal naqueles que deveriam por obrigação defender os interesses do Benfica a diferença entre o Benfica e os associados do Altis é que eles gritam que vão ser roubados, e o Benfica diz fomos roubados.
    VIVA O BENFICA

    ResponderEliminar
  3. desde há muito tempo, desde a década de oitenta, que o que eu quero é bons profissionais e com qualidade.
    ser jogador com amor à camisola nunca tornou ninguém melhor, e o que chamavam amor à camisola mais não era do que características como a combatividade, a garra etc.

    "a chama imensa de acreditar e lutar sempre, com lealdade, até ao último minuto de cada jogo, com raça, pela vitória."
    só que para mim isso é que se esta a perder nos jogadores por culpa de quem contrata porque apenas se contrata qualidade, ou suposta, e não se contrata qualidade e garra, como se fazia antigamente porque só qualidade não era o suficiente para se contratar.

    ResponderEliminar

Os comentários são agora automaticamente publicados. Comentários insultuosos poderão ser removidos.