O sorteio da fase de grupos foi razoável para o Benfica. O Atlético de Madrid é o favorito do grupo mas não é impossível ao Benfica bater os espanhóis na Luz, o Galatasaray, embora forte, é uma equipa que está ao nosso alcance e o Astana é seguramente um dos clubes mais fracos desta fase de grupos.
Tudo somado, o Benfica deverá discutir o apuramento e, na pior das hipóteses, terá a passagem à Liga Europa praticamente assegurada. Ou seja, um cenário bem melhor do que o da época passada na qual fomos tristemente eliminados das competições europeias sem honra nem glória. Por outro lado, o Benfica tem boas possibilidades (caso encare os jogos com máxima seriedade) de fazer 6 pontos contra o Astana, o que lhe permitirá por si só um encaixe financeiro importante.
Conforme tenho dito nos últimos dias (mais digerida a derrota contra o Arouca) devemos ver esta época como uma época de transição, na qual as expectativas não devem ser elevadas. Acima de tudo temos que criar as bases de uma equipa forte e renovada, pois a verdade é que vários jogadores do Benfica já estão numa fase adiantada das suas carreiras. (Nessa perspectiva a saída de Maxi acaba por não ter sido assim tão má pois permitiu o aparecimento de Nelson Semedo). Júlio César, Eliseu e Luisão são alguns dos exemplos dessa relativa veterania.
No caso particular da Champions, parece-me que Rui Vitória poderá ter aqui algum espaço que não tem no campeonato, ou seja, ninguém lhe exigirá que ganhe todos os jogos ou que se apure em primeiro lugar e o passado recente oferece um termo de comparação muito baixo, pelo que tudo o que fôr alcançado será sempre visto como positivo. Desejo e acredito que num contexto desses, sem obrigação de assumir os jogos do princípio ao fim e sem o estatuto de claro favorito, Vitória possa libertar-se e contribuir para que o Benfica tenha boas prestações.
O calendário também me parece favorável à partida: começamos com o jogo mais fácil em casa, numa jornada em que um ou ambos os nossos competidores pelo apuramento perderão pontos e acabamos a fase de grupos recebendo o Atlético em casa. Parece-me auspicioso.
Finalmente gostaria de destacar o feito de Nélson Évora que alcançou a medalha de bronze nos mundiais de atletismo (triplo salto), competindo realmente com os melhores do mundo. Se acrescentarmos que Évora já não é um jovem (em termos desportivos) e que teve uma longa série de lesões, este feito é ainda mais admirável. Parabéns ao nosso atleta!
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