domingo, 8 de julho de 2018

Mundial - já só há um favorito

Alemanha, Argentina, Espanha e finalmente Brasil, um após o outro, os principais candidatos foram caindo na competição, restando neste momento apenas um: França.
A saída do Brasil foi para mim a mais surpreendente eliminação por considerar a canarinha a principal favorita a vencer o troféu. Na minha perspectiva, o Brasil tinha a selecção mais forte em termos individuais, conseguindo também atingir um equilíbrio como equipa.
No entanto perante adversidades que o jogo lhe trouxe (oportunidades falhadas, grandes defesas de Courtois e um autogolo), o Brasil não foi capaz de se superar e elevar ao nível que se exigia. A sua reacção foi insuficiente e a vitória da Bélgica acaba por ser justa. Os diabos vermelhos tiveram a sorte do jogo mas aplicaram a estratégia correcta para a procurar encontrar, nomeadamente a aposta na dupla Fellaini - Witsel para entupir o jogo atacante dos brasileiros. No contra golpe foram a equipa letal a que há décadas habituaram o mundo do futebol.
Com o Brasil fora cai o quarto dos cinco favoritos, deixando apenas a França em prova. Esta eliminou o Uruguai com naturalidade e parte para as meias-finais como favorito. No entanto a Bélgica será seguramente o adversário mais forte que já enfrentaram.
No que toca ao outro"lado" do quadro rumo à final, a Inglaterra confirmou a superioridade que se antevia perante uma Suécia que chegou aos quartos com muita sorte.
A Croácia também confirmou o que se esperava e ultrapassou a Rússia apesar da grande réplica que esta deu.
Dizer que agora tudo pode acontecer é um lugar comum. Eu gostaria que a Bélgica estivesse na final porque acho a França uma equipa demasiado calculista. No entanto analisando friamente parece-me que a França estará na final. Quanto à outra meia final, a Inglaterra tem ganho a minha simpatia ao longo do torneio mas também tenho gostado muito do futebol croata. Apesar de tudo vejo a Croácia como a outra finalista.

3 comentários:

  1. Entre os quatro, venha o diabo e escolha! A FIFA e todos os organismos que regem o futebol, deviam analisar o porquê de entre tantos países restarem apenas europeus... Nada me importo pois estou sempre do lado dos meus e a Europa é o continente onde nasci e sempre vivi. Mas é caso para análise e questionar.
    Também gostaria que a Bélgica estivesse na final, com a Inglaterra ou com a Croácia. Nunca os franceses que acho demasiado convencidos e arrogantes!
    Mas foi lindo ver o ressabiamento dos jornaleiros portugueses após o adeus do Brasil... Meia hora antes do jogo, ouvi um a dizer: "Agora que tudo indica que o Brasil vai estar nas meias finais"! Como? Mas não são onze contra onze? Gente facciosa.
    O Problema do Brasil, é o facto de todos os jogadores jogarem na Europa e serem treinados na selecção por um brasileiro... Aquilo não dá a bota com a porcalhota! Depois o teatro do menino mimado e candidato a craque, só desajudou!
    O Mundial já não é o que era! O último verdadeiro foi o de 1982 em Espanha! A partir daí, os intereses sobrepuseram-se ao futebol espectáculo!

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    1. Eu penso que as selecções europeias são mais fortes. As únicas que estão ao seu nível (e provavelmente até acima), do ponto de vista da qualidade individual, são o Brasil e a Argentina. No entanto a Argentina é o que se sabe, o caos táctico e disciplinar e por isso não tem condições para ganhar. Já o Brasil progrediu muito a nível táctico mas ainda está - do meu ponto de vista, claro - um furo abaixo dos europeus.
      Repare-se que a Inglaterra teve óptimas selecções que não fizeram nada nas últimas décadas e agora está numas meias-finais com uma equipa que sendo boa está provavelmente abaixo de outras do passado. Porquê? Porque evoluiu muito tacticamente. Esta é a minha explicação.

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    2. Em relação ao futebol espectáculo, penso que a questão passa novamente pelo aspecto táctico. As equipas são hoje muito mais competentes defensivamente e sabem que se o não forem têm poucas hipóteses de chegarem à fase das decisões. Por isso são muito compactas, há muita pressão sobre a bola e pouco espaço para as arrancadas que fazem as delícias dos espectadores. Há poucas fases em que os jogos "partem" e entram na "parada e resposta". Isso torna o jogo um pouco mais monótono mas tem a ver com a aprendizagem táctica e dificilmente se voltará para trás.

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