sexta-feira, 26 de julho de 2013

A grandeza e o museu do Benfica

Correndo o risco de ser mal interpretado, a grandeza de um clube de futebol faz-se sobretudo de vitórias e títulos. É evidente que a forma como eles são obtidos tem toda a relevância para o caso, pois apenas vitórias resultantes do mérito são dignas de ser celebradas. Por outro lado, a postura social do clube e os valores que defende (e pratica) são também importantes. Ser gracioso nas vitórias e digno nas derrotas é o mínimo que se pode esperar - que se exige - a todos os que representam o Benfica.

O museu do Benfica cuja inauguração está hoje a ser celebrada, é, pelo que vi e ouvi, uma obra que dignifica a história do Benfica e que merece ser elogiada.

Convém porém ter em mente que este museu só é o que é devido às múltiplas conquistas que o Benfica obteve no passado. Essa é que é a verdadeira grandeza do Benfica - a sua história de vitórias e conquistas

Nunca no passado, os grandes atletas e dirigentes do Benfica aludiram a (menos ainda se refugiaram em) uma pretensa grandeza baseada apenas em números (ser o clube com mais adeptos) ou numa história remota. Quem o faz aliás já percorreu metade do caminho que leva à derrota: assumiu a postura que é melhor do que os outros, o que quase inevitavelmente leva a subestimar o adversário e a ser surpreendido por ele.

Importa portanto não perder a noção das prioridades: o museu é uma excelente realização que merece ser aplaudida e apreciada; mas a história e a identidade do Benfica fizeram-se através de conquistas dentro do campo.

É portanto aí que teremos que nos concentrar se nos próximos anos quisermos de facto ser grandes. Se quisermos ser campeões.


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