O jogo tornou-se extremamente complicado, apesar da clara diferença entre as duas equipas e da abissal diferença de rendimento: o golo do Estoril no seu único remate (e ataque) digno desse nome e o festival de oportunidades falhadas do Benfica fizeram com que as coisas tivessem estado complicadas - e que o Estoril pudesse, sem o merecer, conseguido o empate mesmo ao cair do pano. Júlio César fez uma defesa decisiva nesse momento. Mais: o Benfica marcou aparentemente três golos mas apenas dois contaram.
O Benfica entrou bem na partida e esteve perto do golo através de um remate de Jonas ao poste. No seu primeiro ataque, numa combinação bem feita pelo lado direito do ataque do Estoril, a equipa canarinha marcou, aliás numa boa finalização do seu avançado. Depois disso, o Benfica ressentiu-se um pouco mas continuou a dominar completamente o jogo, com muita bola, muitos ataques e mais um par de oportunidades claras, uma delas desperdiçadas por Raúl (que não fez um bom jogo) mesmo em frente do guarda-redes. O resultado era completamente desfasado do que se passara em termos de jogo jogado, mas isso pouco importa para um clube como o Benfica.
Na segunda parte a entrada do Benfica foi fortíssima e o golo apareceu rapidamente devido não apenas à atitude da equipa, muito pressionante, com especial destaque para a exibição de Fedja, mas também devido à substituição de Raúl pelo "tanque" Mitroglou. O golo do empate apareceu rapidamente, outros se poderiam ter seguido logo e... houve um que não contou. O lance é estranho mas dá toda a ideia de que a bola, vinda de um efeito caprichoso após bater no chão, sobrevoando o guarda-redes adversário, entrou mesmo por completo na baliza do Estoril. Não culpo a equipa de arbitragem por o lance ser confuso e não poder haver uma certeza absoluta. Mas naquela fase faltou alguma calma. Depois veio finalmente o golo, numa excelente conclusão de Pizzi e um episódio de interrupção do jogo que claramente abrandou o nosso ritmo e permitiu ao Estoril, até então completamente subjugado, voltar a ter bola e voltar a acreditar.
Na fase final houve muita precipitação, nomeadamente no sector defensivo, onde o teatro dos jogadores do Estoril encontrou algum respaldo na arbitragem, tendo o Benfica sofrido um conjunto de livres laterais perigosos que era completamente escusado. No último resultou um canto que podia ter dado golo ao Estoril praticamente no último lance do jogo. Seria absurdamente injusto mas esteve perto de acontecer. Valeu Júlio César.
Tudo somado foram três pontos absolutamente justos, que eventualmente poderiam ter sido conquistados de forma muito mais tranquila. Em todo o caso não se pode deixar de elogiar a excelente atitude dos jogadores do Benfica, a grande pressão exercida na maioria do tempo sobre os adversários, a rápida recuperação de bola e o grande caudal ofensivo e de oportunidades criadas. Há que continuar no bom caminho, sempre tentando melhorar a ligação dos sectores e a qualidade do nosso jogo. A melhorar há ainda a finalização (Raúl em particular tem que treinar este aspecto) e, nalguns casos, a concentração defensiva.
Muito bem.
ResponderEliminarO arbitro não pode ter a certeza... agora o arbitro assistente... o que é que está lá a fazer?
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