quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Como se conserta o futebol português?

A resposta rápida e directa é a de que são precisos outros protagonistas: outros árbitros, outros funcionários e outros dirigentes. Nada neste sistema funciona nem nenhum destes protagonistas é reciclável. Na Liga, na Federação mas também nos clubes, sobretudo num deles.
Pinto da Costa deveria ter sido erradicado há muitos anos, juntamente com Reinaldo Teles e vários outros. Mas não apenas isso não aconteceu (apesar de serem comprovadamente corruptos - foram condenados e não recorreram, sendo a amnistia de que beneficiaram um exemplo da justiça desportiva travestida deste país) como agora são os seus descendentes (familiares ou "espirituais") que vêm ocupar lugares de responsabilidade.
O caso de J. Marques, um exemplo acabado de indigência humana, para mim é dos mais chocantes. Este indivíduo nada mais faz do que provocar, insinuar, insultar e incendiar o futebol português. É um parasita do futebol. Nada, absolutamente nada de positivo ou bom ele traz. Não produz nada, não contribui com nada mas vive desta indústria.
Correr com esta gente não será porém fácil nem rápido.
Isto para não falar da arbitragem, onde a mudança é talvez ainda mais difícil e importante, pois é nas mãos desta classe que continua a estar o poder de decidir jogos, como ontem ficou mais uma vez claro. Ontem ficou também clara outra coisa e aqui tenho que recordar algo que disse há muito tempo e nesse sentido fazer o papel um pouco desagradável do "eu avisei", especialmente aos benfiquistas que se deixaram iludir. Refiro-me ao VAR. Como antecipei em tempo útil, ou seja, há muito, o VAR não resolveu nada e nalguns casos agrava os problemas da arbitragem.
Agora estamos na situação em que estamos: o VAR é mais um instrumento ao serviço dos mesmos de sempre para viciarem como fazem há décadas os resultados do futebol português.
Retomando a pergunta com que lancei o post, o futebol português pode eventualmente ser consertado, mas não será tão cedo. Até lá não sei se vale a pena ver esta vergonha. Certamente não vale a pena levá-la a sério. Isto é uma palhaçada.


Adenda: está a ser noticiado que Fábio Veríssimo pediu uma licença para se afastar da arbitragem por um período indefinido. A ser verdade, acho bem: é o reconhecimento de que não tem condições (presumivelmente psicológicas) para arbitrar. O problema é que no que diz respeito a competência, ou falta dela, Veríssimo é a regra e não a excepção.

8 comentários:

  1. A ideia do VAR até é boa. O pior é que os criminosos tomaram de assalto uma boa ideia e tornaram-na um instrumento de corrupção e de tráfico de influências para seu benefício. Com já tinham usado as putas e o doping para o mesmo efeito.
    E querem voltar aos tempos antigos, leiam o email do dr. Rogério Joia, presidente da Autoridade ADOP, para o médico do Porto.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. As boas ideias normalmente dão bom resultado. Eu não acho a ideia boa (embora perceba o raciocínio subjacente) porque deixa demasiadas questões em aberto. As regras não são claras e permitem demasiadas interpretações. O protocolo de intervenção do VAR não resolve esta e outras questões. Por mim acabava amanhã.

      Eliminar
  2. O VAR só funcionará quando for à Americana! Bandeirinha no bolso dos treinadores, têm direito a 2/3 lances por cada parte a atirar a bandeirinha a interromper o jogo e a exigir que o árbitro vá ao VAR analisar as suas queixas. E no final, o árbitro principal terá de abrir microfone e justificar às dezenas de milhares de espectadores no Estádio e aos milhões em casa que decisão tomou e em que bases!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Talvez, mas o futebol americano é uma seca porque o jogo está sempre parado. Não é só por causa do VAR mas é também por causa do VAR. O futebol - o nosso - precisa de fluidez. As próprias revisões dos lances de golo quebram a emoção do golo que já não se celebra da mesma maneira porque se sabe que pode ser anulado - e atenção, se um árbitro quiser pode sempre encontrar uma razão para anular um golo. Esta Taça da Liga é o exemplo acabado disto. Eu temo que o VAR possa matar o futebol. Pelo menos na forma como eu o vejo, como um jogo de emoções (e até de erros, desde que não intencionais ou premeditados).

      Eliminar
    2. Sempre foi essa a minha opinião e por isso fui, sou e serei sempre contra o VAR!
      Em Portugal, não há VAR que impeça tanta corrupção!
      E se antes, sabíamos que havia marosca, ficamos na dúvida entre o erro, a incompetência e a malandrice! Agora não! Temos a total certeza do fim para que servo o VAR!
      Se o árbitro teve tantas certezas nos dois golos precedidos de falta dos corruptos e tantas dúvidas nos golos de Benfica ao ponto de anular um... Porquê ontem ter essa dúvida e anular um limpinho ao Braga?
      A tramóia está montada! Só não vê quem não quer!

      Eliminar
  3. tens razão quanto à vassourada nos dirigente mas infelizmente não são só esses, o nosso presidente também tem um passado pouco recomendável aquilo que fez no alverca as ligações que teve, sempre assumidas, com os corruptos também não são coisa boas que depois o deixam, sempre deixaram, condicionado.

    é que não se pode apregoar a limpeza quando se andou a chafurdar em porcaria durante algum tempo.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Eu só falei sobre os casos mais gritantes... mas concordo que há seguramente outros...

      Eliminar
    2. Nós estamos numa situação frágil para termos voz ou força para criticarmos o sistema corrupto que se apoderou do futebol português e quiçá em outros, muitos, países da Europa e do mundo!
      Só quando tivermos a coragem de correr com a corja que está a conspurcar o nome do Benfica, teremos alguma credibilidade e mesmo o direito a criticarmos e encetar a luta que se impõe e urge!

      Eliminar

Os comentários são agora automaticamente publicados. Comentários insultuosos poderão ser removidos.