Tirou muitos benfiquistas do sério ontem à noite. Não é a primeira vez, mas ontem a sua tremideira foi demasiado evidente bem como as suas limitações.
Emerson já provou ter algumas qualidades. É esforçado, parece ter algum pulmão, mantém uma condição física relativamente constante durante os jogos e ao longo da época e é muitas vezes o homem que aparece como último defesa, sobretudo nos lances de bola parada.
Tem porém também limitações que se começam a tornar numa vulnerabilidade que ameaça custar a época ao Benfica.
Contra o Porto Emerson foi expulso e tem responsabilidade em dois golos. Ontem é ultrapassado por Ramirez de forma constrangedora para qualquer benfiquista em várias cavalgadas do queniano, uma das quais resultou em golo. Mas além disso e talvez ainda mais grave é que Emerson intranquilizou toda a equipa e as bancadas, perdendo bolas inacreditavelmente na defesa e desperdiçando combinações de ataque. A dados momentos pareceu à beira de um ataque de nervos, demonstrando não ter estrutura mental e confiança para jogar a este nível.
Começa a ser demasiado mau e Jesus terá que tomar uma atitude.
Não há nenhum adversário do Benfica que não privilegie o lado de Emerson para atacar. Ramirez admitiu ontem que o Chelsea o fez por saber que existiam ali "fragilidades".
Emerson ouviu ontem os primeiros assobios a sério do Estádio da Luz. É cruel um jogador ser assobiado pelos seus adeptos, faz-nos ter pena do jogador.
No entanto não é a primeira vez que acontece e as coisas podem-se tornar bem piores se as exibições continuarem a ser deste nível e os erros a sucederem-se.
Lembro-me de um certo Michael Thomas, veterano inglês já sem condições para jogar futebol e que Souness insistia em fazer titular. Ouvia assobios esporádicos até ao dia em que marcou um golo. Souness achou por bem substitui-lo, esperando que aquele jogo marcasse a reconciliação com os adeptos. Houve um coro monumental de assobios e aquele matulão inglês de 35 ou 36 anos saiu do campo lavado em lágrimas. Pouco mais jogou e Graeme Souness saiu com ele pouco depois pela porta pequena.
Espero que não aconteça o mesmo a Emerson, nem a Jesus. A paciência dos adeptos é porém muito limitada e as bancadas podem ser cruéis.
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