Este ano realmente os nossos adversários encavaram, como se diz no poker.
Apostaram todas as suas fichas para evitar, por todos os meios, legítimos, ilegítimos, imorais e ilegais, que o Benfica seja campeão.
Mas nós vamos mantendo viva a chama do Penta, apesar das pedras e pedregulhos que nos colocam no caminho.
Hoje começámos por também não ter sorte, sofrendo um golo na primeira vez que o adversário foi à nossa baliza e praticamente na única oportunidade que viria a ter em todo o jogo.
Cedo se percebeu que iríamos ter uma montanha para subir, não apenas porque o Paços fechava bem, como porque os seus jogadores estavam ali a jogar ... a sua vida, aparentemente.
Ao passo que no fim do jogo do Porto na Amoreira, todos criticavam a falta de atitude do Estoril, no fim do jogo desta noite os jogadores do Paços diziam que "a continuar com esta atitude" iriam certamente vencer os jogos futuros e permanecer na primeira divisão... A ver vamos, como dizia o cego, porque daqui a umas jornadas receberão o Porto.
Mas não foi na atitude que os jogadores do Paços nos criaram dificuldades. Nas contantes provocações e perdas de tempo foram também pródigos.
É verdade que na primeira parte poderíamos e deveríamos ter feito mais, mas também o árbitro nos limitou, por exemplo amarelando muito cedo Zivkovic e não mantendo o mesmo critério com os jogadores da casa, ou ainda assinalando uma falta ofensiva de Rúben num canto mas não assinalando penalty num outro em que foi Rúben quem foi ilegalmente impedido de chegar à bola. De notar também como os jogadores do Paços sempre afastavam a bola do local das faltas, ou se colocavam à frente da mesma, para retardar o reatar do jogo, perante a passividade do árbitro.
Nada que nos espante ou que não esperássemos.
Na segunda parte as coisas foram diferentes para melhor, mas não mais fáceis. O anti-jogo continuou (ridícula e inaceitável a rábula dos passenses na bola ao ar de que viria curiosamente a resultar o nosso segundo golo), as constantes interrupções também - chegaram ao cúmulo de atirar uma segunda bola para dentro do campo para interromper o jogo -, os penalties por assinalar a nosso favor idem (há dois sobre Rafa mais a situação de mão que talvez não seja tão acidental assim), mas a intensidade e velocidade dos nossos jogadores foi bem maior. O cansaço do adversário começou a acumular e Rafa apareceu, decidivo, para dar o empate a Jonas, na sequência de um primeiro remate de Jimenez, entretanto entrado para dar mais poder de fogo ao ataque. O segundo golo surgiu na situação já referida, na sequência de uma combinação Jimenez-Seferovic, com este a fazer uma assistência perfeita para Jonas bisar. Estava feito o mais difícil (que chegou a parecer quase impossível face à forma como o (anti)jogo estava a decorrer), efeito de uma tremenda atitude e crença da nossa equipa, CONTRA TUDO E CONTRA TODOS.
Não posso aqui deixar de referir a atitude lamentável, vergonhosa, de elementos da nossa claque, ao atirarem tochas para o campo quando precisávamos de marcar, contribuindo para ainda maiores atrasos e perdas de tempo. São mesmo benfiquistas ou há gente de outros clubes infiltrada nas nossas claques? Fica a pergunta.
Foi, enfim, uma vitória de raça, crer, querer e também muita qualidade, destacando-se Jonas e Rafa como os dois mais influentes da noite.
Há que continuar, semana após semana, esta autêntica guerra, em que combatemos com armas desiguais. Ao passo que uns têm jogos que dificilmente podem deixar de ser classificados como FARSAS, com adversários que por vezes mal parecem conseguir manter-se de pé, nós enfrentamos batalhas que parecem de vida ou morte para as equipas que enfrentamos. No entanto isto não pode servir, nem servirá, de desculpa para nada. Queremos o Penta e tudo faremos para o conquistar. Esta vitória dá-nos mais força para acreditar.
Nem mais. O aquela mão na bola foi intencional. A 1ª vez que vi o lance disse para mim que não era falta, mas nas repetições seguintes percebeu-se que o jogador altera o movimento natural do braço quando está em corrida.
ResponderEliminarÉ bom que consigamos manter esta atitude, mas mesmo que ganhemos todos os jogos não seremos campeões. Este ano tem de ser os corruptos de azul. E o silêncio do Benfica prejudicou em muito a classificação da equipa e beneficiando as outras. Em 10 jornadas já não há volta a dar. Os jogos com Chaves e Estoril, e mesmo o caso da bancada, percebe-se quem manda e quem tem de ganhar.