domingo, 13 de março de 2016

Comentadores malcriados

Estive a ver o programa "Mercado" da CMTV e é inacreditável quão vulgares e desrespeitosos os comentadores do Sporting e do Porto são com Leonor Pinhão. Paulo Andrade em particular, não apenas por isso mas pelos seus comentários facciosos, é um caso clínico e doentio.
Acabou de dizer "o caso Doyen não tem nada a ver com o Bruno de Carvalho". Começo a pensar que o dito é mesmo doente mental.

sexta-feira, 11 de março de 2016

Da Rússia com amor, suor e dedicação

Imagem do site da UEFA.
 
 
O Benfica conseguiu algo de importante esta quarta-feira em São Petesburgo. Se avançar para os quartos de final seria já sempre um feito considerável, consegui-lo com uma vitória e o brilhantismo com que a mesma foi alcançada é algo que merece ser elogiado sem reservas.
É que, recorde-se, o Benfica vinha de um jogo de exigência máxima, no qual os jogadores tiveram que disputar cada lance nos limites, estava desfalcado e tinha do outro lado uma equipa de milhões, com vários jogares de grande qualidade.  
Os nossos "meninos" jogaram mais uma vez como gente grande, desde Ederson a Renato, passando por Lindelof e Nélson Semedo. Em relação a este último, é verdade que não fez um jogo isento de erros mas também há que reconhecer que o jovem lateral está a recuperar a sua forma depois de uma lesão muito penalizadora. E claro, convém não esquecer Raúl, que não deixa de ser um jovem, que voltou a ser decisivo na Champions. Uma resposta eloquente para aqueles que se declaravam muito preocupados com o que o avançado mexicano custou aos cofres da SAD. As contas provavelmente agradecerão bastante as verbas avultadas que esta presença (para já) nos quartos de final da maior prova de clubes do mundo trazem ao Benfica.
Os destaques são múltiplos: Eliseu fez um jogo praticamente irrepreensível e Fedja foi uma autêntica muralha no nosso meio campo, ao passo que Samaris voltou a deixar a pele em campo, parecendo bem rotinado na defesa. Que, diga-se, jogou tanto mais exemplarmente quanto estiveram em campo o suposto 4º central ao lado de uma adaptação, o guarda-redes suplente e um lateral que pouco jogou desde o seu regresso de prolongada lesão.
Mas acima de tudo há que destacar a equipa, a sua união e coesão. Estes jogadores claramente sentem que fazem parte de uma equipa que inclui não apenas os 11 que entram em campo mais os suplentes mas todo o plantel e estrutura.
Como eu antevi no anterior post, esta seria a hora de jogadores com menos jogos na época aparecerem. Assim aconteceu com Nélson, com Fedja, com Raúl e com Sálvio e Talisca que vieram ajudar nos últimos minutos. Esta situação prolongar-se-á até ao fim da época: no próximo jogo Talisca será com toda a probabilidade titular e outros poderão entrar para substituir colegas que estejam em níveis de desgaste elevado. Não me surpreenderia, por exemplo, se Gaitán fosse um deles, ou até Pizzi. Os seus substitutos precisarão de estar preparados física e mentalmente para a titularidade.
 
Evidentemente não é hora de euforias. Nada está ganho. Não tenho dúvidas de que no campeonato teremos jogos dificílimos nas jornadas que faltam. Seria um erro tremendo pensar algo de diferente, erro que tenho a certeza que ninguém naquela equipa cometerá. O próximo jogo é já um deles. O facto de ser contra o último em casa pode por vezes levar a um abrandamento dos índices de tensão e concentração. Embora isso seja normal e humano, é necessário porém estar precavido para as dificuldades que o Tondela nos criará (que serão bastantes) e fazer o nosso trabalho. Ainda para mais este jogo vem após uma ressaca de derby e Champions pelo que não há espaço para facilitismos.
Rui Vitória e os jogadores estão de parabéns. Estão a fazer um grande trabalho, mas para que ele seja coroado de sucesso o mais difícil está ainda por fazer.
Segunda-feira lá estaremos para mais uma jornada. Entretanto aqui ficam uns links com ecos da vitória em São Petersburgo.
 
Crónica do jogo com relato em inglês do golo de Gaitan no site da UEFA.
 
 
Vitória do Benfica nas redes sociais.
 
 
 

domingo, 6 de março de 2016

A hora do banco

Este post não é sobre o Banif, o Novo Banco ou a CGD. É sobre o "banco de suplentes" do Benfica.
 
A vitória em Alvalade já é passado. Poderá figurar nas páginas da gloriosa história de vitórias do Benfica se continuarmos a fazer o nosso trabalho até ao fim do campeonato e significar o que todos desejamos. Mas é para a frente que temos que olhar.

Quarta-feira temos já um novo e enorme desafio. Felizmente chegamos ao jogo da 2ª mão com possibilidades de seguir em frente numa competição da importância da Liga dos Campeões. Depois de um jogo tão intenso como o de ontem, enfrentaremos novo desafio de máxima dificuldade e alguns dias depois haverá nova jornada do campeonato.

Nesta altura da época torna-se por isso importante contar com os jogadores que normalmente não fazem parte do 11 inicial.
 
A bem da verdade diga-se que com tantas lesões, isso já vem acontecendo há bastante tempo. Mas nesta altura, com os castigos e a necessidade de gerir o esforço físico, tal torna-se ainda mais premente. Nélson Semedo, Fedja, Talisca e Raúl Jimenez (mas também Sálvio) precisam de estar prontos para ser titulares nalguns jogos decisivos, mantendo a elevada bitola de rendimento dos que têm jogado nestas posições.
Talisca já jogou contra o União e deverá jogar contra o Tondela, pois Renato está castigado após acumulação de amarelos. André Almeida e Jardel estão suspensos e não podem defrontar o Zénit pelo que Nélson deverá ser titular na direita, restando saber se Lisandro recupera ou se Fedja jogará a central. Por outro lado é possível que Rui Vitória aposte na velocidade e capacidade física de Raúl em São Petesburgo.
 
O plantel está esticado aos limites e todos são necessários. Há que fazer das fraquezas forças, como tem sido até aqui.

Fibra de campeão

Imagem globosesporte



Noite à Benfica!
Foi aquilo que eu esperava.
Não nos iludamos: por muito que por vezes queiramos deitar abaixo o Sporting - porque realmente o comportamento de muitos dos seus responsáveis é execrável - não é fácil ganhar em Alvalade.
Por isso teria que ser difícil.
Teria que ser de forma inteligente, aproveitando ao máximo as nossas oportunidades, reduzindo os espaços, procurando anular os melhores jogadores do Sporting e sabendo sofrer nos momentos nos quais estivéssemos por baixo no jogo.
Teríamos que equilibrar o meio campo, tirar o pé ao Sporting, no sentido de frustrar constantemente o seu jogo e ser letais nas nossas iniciativas atacantes. Estivemos quase perfeitos. Faltou um melhor aproveitamento de lances nos quais o Sporting estava claramente desequilibrado defensivamente (nomeadamente um na segunda parte no qual tivemos 3 para 2 já no último terço do terreno) para alcançar a perfeição.
Os nossos homens do meio campo foram heróis. Renato e Samaris foram, insisto, autênticos heróis esta noite. Não porque não tenham cometido nenhum erro. Não porque tenham marcado o golo decisivo - mas porque nunca se esconderam, sempre assumiram o jogo e nunca deixaram o Sporting assumir por completo o controlo do sector, apesar da inferioridade numérica. A teoria de que o 4-3-3 bate sempre o 4-4-2 foi hoje mais uma vez contrariada. Como tenho referido insistentemente, a dinâmica é o mais importante. Rui Vitória foi inteligente, manteve-se fiel aos princípios de jogo do Benfica e foi premiado com uma vitória tão feliz quanto merecida.
Outro herói desta noite foi Lindeloff. Admito que nunca pensei que o jovem sueco pudesse dar conta do recado desta forma tão competente, tão fria, tão discreta quanto eficaz. Ice man é de facto uma alcunha que lhe assenta como uma luva. Outro que tal foi Ederson. Espectacular! Um menino de 19 ou 20 anos calçar as luvas e assumir a baliza do Benfica num jogo desta responsabilidade e não tremer, fazendo ademais um par de grandes defesas, demostrando sempre grande segurança e tranquilidade é de homem. Temos sucessor à altura do grande Júlio.
Para terminar, uma palavra para Mitro. Mais uma vez foi decisivo. Um enorme avançado que o Benfica contratou finalmente esta época depois de muitas tentativas. Forte fisicamente, frio, matador. Um jogador fundamental esta época.
Esta noite fomos Benfica! Fomos não apenas uma equipa, com coesão, união autêntica, mas Benfica, como clube, incluindo adeptos, direcção e toda a estrutura. Foi impressionante ver o banco, todo de pé, em enorme ansiedade nos últimos minutos. Talisca, jogador que nem entrou, era um dos mais desejosos que o jogo acabasse. Parabéns também a todos os autênticos que estiveram em Alvalade esta noite e não se cansaram de dar força à nossa equipa.
Vitória fundamental que nos coloca na liderança. Nada está evidentemente ganho, embora tenhamos dado um passo importante, tenhamos quebrado o enguiço dos derbies/clássicos e estejamos no bom caminho. Para a semana há novo jogo a valer três pontos mas entretanto volta a Liga dos Campeões.
 
 

quarta-feira, 2 de março de 2016

Agora é mesmo decisivo

O Benfica está forte. Depois da saída do treinador mais marcante do passado recente do Benfica, de um claro desinvestimento financeiro e da aposta nos jogadores da casa, nomeadamente da equipa B, das lesões de Sálvio, Gaitan e Luisão, após derrotas em todos os jogos contra os rivais, quem diria que o Benfica estaria a apenas um ponto do 1º lugar (e dependente apenas de si para ascender à liderança) à entrada para a última dezena de jogos do campeonato?

O Benfica está forte, está a marcar muitos golos e a criar muitas oportunidades. O último jogo para o campeonato confirma-o: o Benfica marcou dois, podia ter marcado facilmente 6 e jogou sem três titulares, sem contar com as ausências de Luisão, Lisandro e Fedja. E diga-se que Gaitan e Samaris estiveram bastante desinspirados, assim como Talisca.
 
O Benfica está forte enquanto equipa, enquanto clube, com o apoio extraordinário dos adeptos a contribuir muito para que estejamos nesta situação.

Mas não nos enganemos: Sábado é o tudo ou nada. Não nos iludamos: o Benfica não pode perder novamente. Seria muito importante ganhar, deixar-nos-ia bem mais perto do título, mas um empate não compromete pois o Sporting tem deslocações de grande dificuldade (Braga e Porto) pela frente. Ficaríamos porém dependentes de maus resultados dos outros para sermos campeões, o que nunca é bom.

Sejamos realistas: uma derrota em Alvalade seria o fim das possibilidades do tricampeonato: a partir daí teríamos que esperar que em apenas 9 jornadas o Sporting perdesse mais 5 pontos do que o Benfica (e poderíamos até ser ultrapassados pelo Porto).

O jogo assume pois um carácter decisivo e é assim mesmo, sem medos, sem desculpas, sem hesitações que ele tem que ser assumido.
 
Não é um jogo igual aos outros, não vale 3 pontos como os outros (vale 6), não tem as mesmas implicações psicológicas na equipa e nos adeptos que os outros.
 
O Benfica está bem, está forte, tem capacidade para chegar a Alvalade dominar o jogo e ganhar. Têm a palavra Rui Vitória e os jogadores. Nestes momentos tão importante quanto a estratégia e a táctica é a capacidade mental e a vontade. Estes jogos são batalhas mentais, guerras de nervos. O Benfica é bicampeão e tem que saber usar esse estatuto em seu benefício. Rui Vitória disse, após perder os primeiros jogos no início da época que o importante no campeonato era como acabava e não como começava. Também disse que se a tarefa fosse fácil provavelmente não era para si e a sua equipa. Tem agora a possibilidade de provar a veracidade e dar substância às suas afirmações. Tem o apoio e a confiança de todos os benfiquistas para o conseguir.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Auf Wiedersehen

4 jogos, 4 derrotas, 1 golo marcado e 7 sofridos, eis o assinalável balanço de Sporting e Porto nesta eliminatória que evidentemente significou a sua eliminação da Liga Europa. Pelos vistos é tudo normal e ninguém ficou preocupado.

Olhando para os jornais de hoje, a notícia da eliminação de Porto e Sporting até nos poderia passar despercebida, de tal forma ela é desvalorizada e remetida para um canto. Estranho? Talvez não. Os desportivos pelos vistos prestam-se ao papel de caixas de ressonância da propaganda do rapaz que faz de presidente do Sporting.

Só nos resta portanto recordar o êxito de José Cid levado ao Eurofestival de 1980, "Um grande, grande Amor": Addio, Adieu, AUF WIEDERSEHEN, goodbye




quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Porto Canal bloqueado?

A MEO bloqueou o Porto Canal, de que adquiriu o exclusivo no âmbito do contrato de transmissão de jogos que celebrou com o Porto, na operadora NOS. Ou seja, quem tem NOS deixa de poder ver o Porto Canal.

Ora eu agradeço muito e tenho a certeza que quase todos os benfiquistas senão mesmo todos me acompanham nesta sentimento. Só é pena que não possam bloquear também a SportingTV.

Já agora: estes dois outros clubes não têm vergonha de andar sempre a reboque do Benfica e a imitar as nossas ideias e os nossos modelos? Aprendam a andar pelo vosso pé e fazer o vosso caminho, em vez de andarem sempre a copiar o Benfica!