O Benfica entra hoje na fase crucial da época, praticamente sem qualquer margem de erro.
A táctica para sábado será hoje ensaiada a partir das 5 da tarde no Seixal.
Ao jogo com o Braga seguir-se-ão a viagem para Londres na terça-feira e jogo com o Chelsea na quarta.
Depois virão alguns dias de descanso e segunda-feira, dia 9 de Abril, o jogo com o Sporting.
O resultado destes 3 jogos grandes determinará se a Final da Taça da Liga, que se disputa dia 14 de Abril no Algarve, é ou não importante. Se o campeonato estiver encaminhado (e uma improvável qualificação para as meias-finais da Champions se alcançar) a conquista da Taça da Liga será vista como um acrescento de brilho, um factor extra de motivação para as jornadas finais. Se aqueles jogos tiverem corrido mal, a Taça da Liga será uma fraca consolação e os benfiquistas sentir-se-ão demasiado fragilizados para contrariar a desvalorização que os nossos adversários constantemente fazem desta competição.
Tudo se joga portanto em aproximadamente duas semanas.
Sem prejuízo de uma análise mais detalhada do jogo de sábado, que ainda farei até lá, apontarei por agora o seguinte.
O Braga atravessa neste momento a fase que o Benfica viveu até ao factídico jogo com o Zénite. Está forte e motivado, tem jogadores em excelente forma. É consistente e seguro.
Também o Benfica, até São Petersburgo e Guimarães, parecia uma equipa muito sólida, que dificilmente perderia um jogo. Na verdade esteve imbatível até àqueles jogos.
Por outro lado, o Benfica tem vindo a fazer jogos que, sem serem brilhantes, em circunstâncias normais teriam tido outros desfechos.
A sorte desempenha no futebol, como na vida, um papel importante. Na minha análise, que muitos partilham, o Benfica não tem sido feliz em momentos decisivos do jogo, quer na concretização de oportunidades, quer nas decisões dos árbitros.
A qualidade porém não desapareceu. Cardozo continua a ser dos melhores a finalizar, Gaitan, Bruno César e até Nolito não deixaram de um dia para o outro de ser jogadores criativos, imprevisíveis, Javi Garcia e Luisão não desaprenderam de jogar futebol, ao passo que Maxi está (continua) num grande momento de forma.
Serve tudo isto para dizer que sábado as coisas podem mudar e a sorte que nos tem faltado pode-nos voltar a sorrir.
Para além dos treinos e das tácticas, há porém algo que será decisivo - a motivação e a confiança dos jogadores em si próprios. Neste capítulo o treinador tem um papel fundamental.
Ao invés de medo de perder tudo em duas semanas, os profissionais do Benfica têm que sentir que os grandes objectivos da época estão ao seu alcance e que ganhando os jogos que se seguem quase os garantirão. A sorte vem por marés e gosta de se dar aos que confiam em si mesmos. Saiba o Benfica meditar nisto. Apesar dos maus momentos que vivemos esta época, nada está perdido, havendo muito (tudo) para ganhar.
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