Assistiu-se a uma grande jornada de benfiquismo este Domingo.
O ambiente foi extraordinário em todos os aspectos: Estádio cheio, grande apoio à equipa e grande respeito pela memória de Eusébio, o maior jogador de sempre do Benfica.
Começando por este último aspecto, há que dar os parabéns à estrutura benfiquista pela forma como organizou as cerimónias até ao jogo de ontem inclusivé. A coreografia foi simplesmente espectacular, provavelmente a melhor que já vi num Estádio de futebol. Há igualmente que reconhecer a forma como o minuto de silêncio foi respeitado por todos os adeptos, inclusivamente os do Porto (entre quase 63.000 pessoas houve apenas meia dúzia de espectadores que ensaiaram uns berros mas foram de imediato silenciados por quem os rodeava). Esse facto merece ser destacado face ao clima de grande tensão que bem se conhece.
Ainda sobre a coreografia, o virar de página ou virar da cartolina teve um grande simbolismo e permitiu que da respeitosa memória de Eusébio se transitasse com naturalidade para as emoções mais coloridas do jogo de futebol, de que aquele foi "King". Bonita igualmente a decisão dos jogadores terem nas camisolas o nome de Eusébio.
Ainda sobre a coreografia, o virar de página ou virar da cartolina teve um grande simbolismo e permitiu que da respeitosa memória de Eusébio se transitasse com naturalidade para as emoções mais coloridas do jogo de futebol, de que aquele foi "King". Bonita igualmente a decisão dos jogadores terem nas camisolas o nome de Eusébio.
O ambiente foi fantástico. Pela primeira vez em muitos anos o Benfica - adeptos incluídos - não enfrentou este jogo a medo, quase com as pernas a tremer. Nas partidas dos últimos anos em particular isso era absolutamente evidente: o Benfica mostrava-se mais forte no campeonato mas quando chegava a estes clássicos parece que se sentia em inferioridade mesmo quando jogava em casa. Havia uma ansiedade e um receio que já se transmitiam das próprias bancadas para dentro do campo.
Desta vez parece-me que os benfiquistas todos acharam que vencer o Porto em casa é um desfecho normal pelo que não se justificava tamanha ansiedade, tamanho nervosismo. Creio também que o "efeito Eusébio" nos libertou de uma certa negatividade em relação ao Porto que não estava a ajudar. Penso que o Benfica nos últimos anos se deixou embrenhar num jogo em que sai a perder: o de entrar num processo de ódio ao Porto. Talvez para o Porto a lógica do "contra" possa funcionar, uma vez que Lisboa é a capital e o Benfica o maior clube em adeptos. Mas para nós não. Nós não podemos entrar nesse tipo de lógica; o ódio não nos dá força, pelo contrário inibe-nos de mostrar o nosso melhor. Temos sim que interiorizar a grandeza e dimensão do Benfica e jogar sem qualquer medo, como foi o caso, permitindo que essa grandeza e o grande ambiente à volta do campo funcione a nosso favor. Foi isso que, como em tantas décadas no passado, sobretudo desde os anos 60 aos 80, ontem voltou a acontecer.
Este jogo trouxe várias lições. É verdade que este Porto estava mais fraco do que no passado. Mas também no tempo de Vitor Pereira se pensava que o Benfica estava mais forte e no entanto não conseguíamos ganhar. Mesmo na época de Villas-Boas, sobretudo no primeiro jogo, para Supertaça, o Benfica era favorito e depois aconteceu o que se sabe. Uma das lições que este jogo trouxe é que o Benfica pode ganhar ao Porto em casa jogando com dois pontas de lança.
Vejo muitas vezes especialistas de internet explicarem que Jorge Jesus é ignorante tacticamente por insistir em jogar com dois pontas de lança nestas partidas. No entanto o Benfica não apenas jogou Rodrigo e Lima como ainda acrescentou aos avançados Markovic, para não falar de Gaitan. Isto mostra que de facto para lá dos sistemas, conta sobretudo a dinâmica que os jogadores são capazes de imprimir. E mostra que as certezas absolutas que algumas pessoas dizem ter devem ser refreadas.
Nesta partida os jogadores do Benfica foram solidários e esse foi outro factor determinantes na vitória. Houve de facto uma grande comunhão de sentimentos entre todos os que estiveram no campo e os que estavam nas bancadas com as camisolas do Benfica.
Os "11 Eusébios" foram confiantes, determinados e abnegados e ganharam com toda a justiça e sem margem para dúvidas, dedicando a vitória e os golos ao Pantera Negra. Foi uma jornada de grande benfiquismo que nos faz pensar que podemos esperar coisas boas no futuro. Esperemos que assim seja.
Os "11 Eusébios" foram confiantes, determinados e abnegados e ganharam com toda a justiça e sem margem para dúvidas, dedicando a vitória e os golos ao Pantera Negra. Foi uma jornada de grande benfiquismo que nos faz pensar que podemos esperar coisas boas no futuro. Esperemos que assim seja.
Ganhámos bem, mesmo com ausências importantes (Cardozo e Sálvio, que se espera que estejam aí para a segunda volta). Gostei de ver o David Luiz nas bancadas. Hoje, quando um jogador sai, leva o nosso clube no coração, o que é um bom sinal.
ResponderEliminarGrande condução da jogada por Markovic no primeiro golo. Um verdadeiro abre-latas. Parece que começa a definir-se melhor a sua função em campo.
Ontem, contra o Leixões, gostei de ver Cavaleiro (já estava a gostar antes do golo) e Funes Mori. Penso que Ola John, apesar da reprimenda de JJ, esteve melhor do que nas últimas exibições. Parece que está de saída - espero que volte ao seu melhor nível.