sexta-feira, 26 de março de 2021

A vitória em Braga e o objectivo do 2° lugar

 O Benfica confirmou em Braga a melhoria que se vinha a verificar nos jogos anteriores, desta vez num jogo de dificuldade elevada (a primeira vitória num jogo deste tipo).

Foi também a primeira vitória a jogar no sistema de três centrais - e é por aqui que começo.

Quando Jorge Jesus insistiu na contratação de Lucas Veríssimo, eu escrevi aqui que tal só se compreendia se o treinador estivesse a pensar em jogar num esquema de três centrais.

Admito, sem qualquer problema, que Veríssimo trouxe coisas novas e positivas à equipa e que tem bastante qualidade. Mas com jogadores do nível dos outros centrais é realmente neste sistema (não digo em todos os jogos, mas certamente em muitos) que tiramos o máximo partido do plantel (pelo menos no que diz respeito aos defesas). Dito de outra forma, é um desperdício ter um jogador como Vertongen no banco. É, digamos, um luxo que o Benfica não se deve permitir.

Aliás os defesas do Benfica estiveram entre os melhores jogadores em Braga - e isto num jogo em que toda a equipa esteve a um nível bastante elevado. Weigl esteve bem, os avançados idem e até Taarabt não esteve mal. Ottamendi era, a dado momento, o jogador com mais recuperações de bola (não sei se acabou o jogo com esse estatuto) e se não fosse aquela falha que poderia ter sido comprometedora, teria feito um jogo quase perfeito. Vertongen por sua vez esteve envolvido no lance do primeiro golo e deu uma enorme tranquilidade à equipa. Menos exuberante do que o argentino mas também mais fiável. Já Veríssimo tem como principal característica e qualidade o jogo aéreo, em que realmente é impressionante. Mas também tem estado muito bem a controlar o espaço atrás da linha defensiva.

Uma palavra ainda para Helton Leite que fez uma defesa absolutamente decisiva no final da primeira parte, no tal lance de Ottamendi.

O objectivo agora no campeonato tem que ser um e só um: o segundo lugar e o consequente acesso directo à Liga dos Campeões.

Para isso temos "só" que ganhar os nossos jogos, incluindo a recepção ao Porto. É um objectivo perfeitamente acessível e que realisticamente é talvez o melhor que podemos alcançar neste momento.

Depois disso haverá ainda uma Taça para ganhar, o que nos permitirá, a concretizar-se, disputar também a Supertaça na próxima época e assim ter a possibilidade de vencer mais um troféu.

São objectivos perfeitamente ao alcance desta equipa e deste plantel. É preciso agora concentração máxima, confiança (que agora com as vitórias tem que estar restaurada) e muito trabalho para tornar esse final de época uma realidade e compor um pouco essa mesma época, de modo a não termos tido um ano perdido. Com um tal capital poderíamos encarar a próxima época com uma perspectiva favorável, quer desportiva quer financeiramente. 

1 comentário:

  1. e mesmo o erro do otamendi tem uma atenuante é que o passe foi feito à queima e com a bola muito para um jogador que estava de costas para o adversário, o que não invalida o mau gesto técnico.

    continuo a preferir tres no meio campo que tres centrais.
    mas prefiro jogando com tres centrais que um deles seja um medio defensivo, tipo weigl ou samaris, e que deste modo permita a qualquer momento do jogo voltar a ter uma defesa a quatro.

    mas neste sistema temos de jogar sempre com tres no ataque esse foi um dos erros nos jogos com o arsenal, principalmente no primeiro, porque de outro modo somos uma nulidade no ataque.

    no entanto continuo a achar estranho que enquanto tivemos cinco centrais nunca tivéssemos optado pelo sistema e que agora só com quatro centrais e que ele seja equacionado.

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