O Benfica nunca ganhou e nunca marcou em casa do Celtic.
Trata-se de um adversário perigoso quando joga em casa, face ao grande ambiente criado pelos seus adeptos e à determinação dos seus jogadores, que compensam algumas carências técnicas com muita vontade, agressividade e futebol direto.
O Benfica tem porém hoje uma boa oportunidade de pela primeira vez alterar este estado de coisas e ganhar o jogo. Se o conseguirmos damos um passo que poderá ser muito importante para a qualificação.
Técnica e tacticamente, o Benfica é superior. Tem melhores jogadores e superior cultura futebolística. Vai jogar com uma equipa muito diferente: não jogam Maxi e Luisão, além obviamente de Javi e Witsel. Nem Carlos Martins poderá dar o seu contributo. No entanto, no Celtic não jogam também Samarras e outro avançado habitualmente titular. Por outro lado, o futebol irlandês vive um momento difícil (o grande rival do Celtic, o Glasgow, da mesma cidade, desceu para a terceira divisão por falta de liquidez financeira) e o clube católico desinvestiu consideravelmente no futebol. A competitividade do futebol irlandês diminuiu, o que naturalmente não contribui para o poderio do Celtic, que neste momento e com a descida do Glasgow praticamente deixou de ter oposição interna.
Nessa medida, o adversário de hoje está ao nosso alcance. Confio em Jesus para suprir as ausências e apresentar uma equipa competitiva, como confio na capacidade dos jogadores que estarão em campo.
Se jogar Enzo no meio, Sálvio poderá também derivar para o meio nalgumas ocasiões, porque são terrenos em que se movimenta também bem, e dar algum auxílio ao seu compatriota, equilibrando o meio-campo. De Gaitan (que se pensa que voltará à titularidade) espero as suas melhores arrancadas e esticões no jogo que desarticulem a defesa irlandesa. Miguel Vítor é um jogador que dá imensas garantias, um jogador à Benfica, pela sua tremenda raça e constante espírito competitivo. Não será evidentemente um Maxi mas num jogo fora isso poderá também ter algumas vantagens, até porque no ataque não falta velocidade e "poder de fogo".
Vencer hoje traria uma vantagem adicional: mostraria que a equipa era capaz de ultrapassar adversidades e reforçaria o espírito colectivo, imprescindível para ganhar troféus.
Venha então a Champions. E tragam de Glasgow essa vitória que ainda não consta do nosso palmarés.
Não é Irlanda, é Escócia.
ResponderEliminarCaro Fernando, tem toda a razão. É óbvio que é Escócia e não Irlanda. Na minha cabeça estava a pensar na Irlanda porque este clube tem um amplo apoio dos adeptos irlandeses (por ser católico, ao contrário do Rangers), vendo-se inúmeras bandeiras irlandesas entre os seus adeptos. Mas isso não altera o facto de ser escocês. Obrigado pelo comentário.
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