quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Inglaterra: City-Liverpool às 17.30 h

O Liverpool tem hoje um teste de fogo à sua liderança: vai a um terreno onde ainda nenhuma equipa pontuou esta época, o Etihad do Manchester City. O Tottenham e o Arsenal já de lá saíram com 6 golos, o Newcastle e o United com 4 e o Norwich com 7 no "cabaz", para usar uma expressão natalícia.

No início desta liga inglesa dei o City como favorito à sua conquista. Depois de ter estado 6 pontos atrás e ter andado por posições mais baixas na tabela em virtude de uma grande incapacidade nos jogos fora, o City está a acertar passo e a conseguir a consistência de que precisará para poder ser campeão.

Para o Liverpool será um tremendo desafio. A sua liderança de uma semana é posta em cheque no estádio mais difícil da Premier League. Até agora o Liverpool tem surpreendido tudo e todos sobretudo graças à prestação soberba de Luiz Suárez. Tem sido um outsider na corrida mas chegado a esta altura em 1º lugar tem que assumir outro estatuto, ou seja tem que se assumir como candidato. Acontece calhar que tal coincida com duas jornadas muito difíceis: primeiro o City e depois o Chelsea, ambos os jogos fora de portas.

Passando agora para o Arsenal, que comandou o campeonato desde a 5ª jornada, mais uma vez a equipa de Wenger voltou a desiludir. Três jogos difíceis e desde logo 7 pontos perdidos e a incapacidade de bater equipas de topo. Primeiro foi o Everton de Martinez que emperrou e anulou a habitual máquina atacante da equipa londrina. Depois foi o City que abafou e depois massacrou o Arsenal. E finalmente o Chelsea de Mourinho controlou quase sempre o derby da última jornada, aliás um dos piores jogos que me lembro de assistir na Premier League. Foi uma verdadeira desgraça. Mourinho voltou ao seu estilo ultra defensivo anti-futebol, nem sequer se tendo coibido de nos últimos minutos, tirar o único ponta de lança para colocar em campo David Luiz e Wenger foi completamente incapaz de alterar o rumo dos acontecimentos, parecendo bloqueado: nem sequer fez uma única substituição!

O Arsenal tem esta jornada uma segunda oportunidade, pois se ganhar o seu jogo e o Liverpool não vencer regressa ao comando. E bem precisa porque muita da sua aura advém do facto de ter estado no comando. Caso a equipa caia na tabela é bem possível que as coisas se comecem a desmoronar. Daí ser tão importante vencer esta jornada. De assinalar que Podolsky está de regresso, o que são excelentes notícias para o Arsenal, pois o alemão tem uma grande capacidade física que faz falta à equipa.

Finalmente o Chelsea de Mourinho, goste-se ou não, continua na luta e com a possibilidade de a qualquer momento poder ascender à liderança. É um ano muito incaracterístico para o agora "happy one": muitos pontos perdidos, muitos golos sofridos, muitas mudanças na equipa e muita irregularidade exibicional. 

A situação de David Luiz é estranha. Ainda que se compreenda que Cahil é um jogador de grande qualidade e que custou muitos milhões ao Chelsea e que Terry seja um símbolo do clube, ter um titular da selecção brasileira sentado no banco desde Setembro é pouco menos que insustentável. Inversamente, as trocas na frente parecem exageradas, assim como as declarações de Mourinho de que os seus avançados não marcam golos.

Seja como for, a verdade é que o Chelsea voltou a estar na corrida pelo título e isso é um progresso em relação aos anos imediatamente anteriores.





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