Decide-se amanhã, na Luz e em Atenas simultaneamente, o sucesso ou insucesso do primeiro (não em termos de importância ou prioridade mas de calendário) objectivo da época: a passagem aos oitavos de final da Liga dos Campeões.
Penso que ninguém questionará que alcançar os oitavos de final da Liga dos Campeões seja um dos objectivos - o objectivo mínimo em termos da competição - do Benfica para a presente época. Se assim não fosse, o sonho, confessado por presidente e treinador, de chegar à final, este ano disputada na Luz, não apenas seriam um absurdo mas mesmo uma manifestação de completo desnorte.
Nessa medida, Jorge Jesus terá amanhã a sua primeira prova de aferição da época: alcançará ou falhará o primeiro objectivo.
As hipóteses de o alcançarmos são mínimas, como assinalei há 15 dias, mas felizmente existem. Estarei como é por demais evidente, a torcer para que o "milagre" aconteça, mas não tenho muitas esperanças. Aliás procuro já não alimentar muitas esperanças com este Benfica pois as desilusões são sempre proporcionais à crença e infelizmente as desilusões têm sido mais que muitas nas 3 épocas que antecederam a presente.
Voltando a Jorge Jesus, claro que se o meu objectivo fosse defendê-lo com unhas e dentes, eu não estaria aqui a recordar que o treinador tem elevadas possibilidades de amanhã ter o primeiro fracasso da época.
Mas eu só estaria aqui a defender Jorge Jesus com unhas e dentes se estivesse convencido de que Jorge Jesus era o melhor para o Benfica. Já o estive no passado, mas neste momento já não estou.
Neste momento penso que os resultados de Jorge Jesus têm que ser analisados fria e objectivamente e que não se pode continuar a atribuir a factores externos as razões dos desfechos, regra geral negativos, das últimas épocas do Benfica.
Em relação à Liga dos Campeões, agora em causa, o facto do Benfica não depender apenas de si não pode servir de forma nenhuma de factor desculpabilizante: o Benfica entrou como cabeça de série no sorteio (pertenceu ao pote 1) e tinha todas as condições para garantir um lugar entre os dois primeiros. Foi Jorge Jesus quem logo após o jogo com o PSG (apenas o 2º jogo da campanha) deu o primeiro lugar como perdido. Foi também o treinador do Benfica que antes do jogo em casa com o Olympiacos, equipa que, nessa medida, passava a ser a nossa única competidora, veio dizer que o jogo não era decisivo.
Em resumo, se o Benfica não se qualificar para mim não haverá desculpas e a responsabilidade será em primeira análise de Jorge Jesus. Da mesma forma, se o Benfica se qualificar, não desmerecerei o facto, atribuindo-o à sorte.
Como digo, é hora de deixar os resultados falarem friamente.
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