quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

VAR - o balanço é negativo



Sei que este não é um tema consensual entre os benfiquistas e percebo o argumento de que o VAR é mais um instrumento em prol da verdade desportiva. 

No entanto as minhas reservas em relação ao VAR são mais do que muitas. Penso que não resolveu nada e nem sequer contribuiu significativamente para a redução dos erros de arbitragem grosseiros.
Vou dar alguns exemplos.

No jogo da Luz contra o Sporting, para além daquele que foi assinalado, há dois penalties claros contra o Sporting. 

Em ambos, os braços dos jogadores (Coentrão e William Carvalho) estão abertos, em posição anormal, aumentando a volumetria e tocam a bola dentro da área, num caso impedindo-a de ir para a baliza, no outro dominando-a. 



Imagem slbenfica.pt

Erros flagrantes do árbitro, portanto. O VAR corrigiu-os? Não...

Nesse jogo, como se não bastasse, o golo do Sporting é precedido de fora de jogo. Trata-se de uma situação objetiva, que não depende da interpretação. Por que razão o VAR ficou calado? 

Outro caso: no Benfica-Chaves do passado fim de semana há dois penalties sobre Jonas, um deles indiscutível, e ainda um outro (para mim, pelo menos) sobre Sálvio. O VAR não viu nada?

Por outro lado - e para que não se pense que vejo só para um lado - no jogo contra o Portimonense na Luz, logo no início do campeonato, foi anulado um golo ao clube algarvio por um fora de jogo milimétrico no início da jogada (nem é o jogador que marca o golo). 



No Guimarães-Estoril da última jornada há um penalty evidente por mão na bola de um jogador estorilista num livre (o jogador, que fazia parte da barreira, levantou o braço acima da cabeça). O árbitro era Jorge Sousa que reviu, ele próprio, as imagens e nada marcou! Um erro escandaloso.

Já ontem, no jogo dos aliados, há um penalty claríssimo cometido por Danilo que o VAR ignorou, ao passo que depois anula um golo por um pretenso fora de jogo que é tudo menos claro.

E o que dizer dos insultos de Brahimi a Soares Dias e de Coentrão a Fábio Veríssimo? Não são lances indiscutivelmente para vermelho, susceptíveis por isso de merecer intervenção do VAR?

Imagem de "Record"

Imagem de "A Bola"

Ou seja, o VAR não resolveu os principais problemas da arbitragem, nomeadamente a falta de coerência, a falta de critérios claros, definidos e uniformes, nem sequer é um meio fiável para corrigir os chamados erros grosseiros, como vimos ao longo de alguns destes exemplos. Técnicos e disciplinares!

Inclusivamente o VAR contribui para erros flagrantes. Em Braga há um penalty descarado sobre Jonas. Soares Dias viu mas, sabendo que há VAR, não marcou, esperando por este. Que também não marcou, supostamente porque Jonas estaria (ou poderia estar) em fora de jogo. Ora, o fora de jogo não se prova mas o penalty sim. Em que ficamos?

Ora faltando coerência, faltando critérios, não se corrigindo sempre os erros flagrantes e nalguns casos intervindo-se em erros menores, gerando inclusivamente ele próprio erros, em que medida o VAR está a contribuir para a verdade desportiva? Em minha perspectiva em nada.




1 comentário:

  1. Caro Frank ao contrario do titulo do teu texto acho que o VAR resolveu muita coisa mas a favor do ceporte eles estao onde estao ganharam o que ganharam tudo com a ajuda do VAR,e este para nos tem sido desfavoravel.

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