quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Avizinham-se jogos cruciais

Não levem a mal mas neste post vou-me citar muito a mim próprio.

A 21 de Maio, numa altura em que muitos já diziam que o resultado da Taça era indiferente pois já não alterava substancialmente o desfecho da época, "não salvava a época", discordei em absoluto e considerei obrigatório vencer a Taça.

Depois desse triste jogo considerei que Jesus tinha deixado de ter condições para continuar no Benfica.

O Presidente do Benfica teve obviamente outro entendimento e inclusivamente reforçou o plantel mas o rendimento da equipa tem estado muito abaixo do exigível. O objectivo de uma boa campanha na Liga dos Campeões que alimentasse o "sonho" foi completamente falhado, mantendo-se entretanto o Benfica "vivo" nas outras competições. Na Taça estamos numa boa posição para passar aos quartos de final e no campeonato estamos a 2 pontos do 1º, o que não é uma posição muito confortável mas ainda assim não desesperada. 

As críticas na blogosfera quer a JJ quer a Vieira têm sido constantes e muito duras, muitas das vezes com razão, outras vezes com manifesto exagero e a despropósito.

Permitam-me continuar a citar anteriores posts como forma de chegar ao ponto que quero fazer. Há pouco mais de 15 dias, considerei:

"O Sporting é mesmo candidato e o mais natural é o Porto começar a ganhar os seus jogos e deixar de perder pontos desta forma, com ou sem Paulo Fonseca."


"O Sporting tem uma equipa jovem e ambiciosa e um treinador competente e equilibrado que faz uma boa leitura dos jogos. O Sporting é uma equipa perigosa quando tem um avançado concretizador e embala para sequências de vitórias para lá do ciclo do Natal, pelo que não deve ser subestimado como adversário, apesar das más épocas que tem feito no passado recente."

 Nesta medida, a margem de erro de Jorge Jesus é neste momento nula. Qualquer deslize poderá permitir que os nossos adversários se distanciem de forma muito perigosa e potencialmente irrecuperável. Até pela questão das arbitragens, de que falarei noutro artigo. E vêm aí jogos absolutamente cruciais. Sexta-feira em Setúbal o Benfica enfrentará um desafio difícil. É sempre difícil jogar naquele estádio e nesta fase e com a falta de confiança existente (em contraste com o que se passa em Setúbal) as coisas agravar-se-ão. Na jornada seguinte, a 15ª, jogada a 11 ou 12 de Janeiro, o Benfica recebe o Porto. É obrigatório vencer. Na 18ª jornada, a 8 ou 9 de Fevereiro, o Benfica recebe o Sporting

Não tenho dúvidas de que do desfecho destes jogos dependerá não apenas o destino do Benfica neste campeonato mas também o futuro imediato de Jorge Jesus. Não tenho, admito-o, grande expectativa em relação a eles: as más exibições do Benfica não deixam antever nada de bom. A qualidade do plantel (superior ao dos nossos adversários) é porém uma realidade pelo que a dúvida se mantém. 

Nas próximas 5 jornadas, espaçadas em pouco menos de 8 semanas, um dos três candidatos embalará para o título. Veremos qual será. Se não for o Benfica chega ao fim o ciclo de Jorge Jesus. As provas de fogo começam porém já depois de amanhã e são todas cumulativas - não basta ganhar uma, é preciso ganhar todas. Estamos proibidos de falhar. 

6 comentários:

  1. Caro Benfiquista,

    A análise apesar de lúcida está incompleta. Há que analisar o inverso e não colocar no fio da navalha tão sòmente o Benfica.
    Esta é uma forma habitual de colocarmos o futuro do Benfica em causa e consequentemente provocar involuntàriamente aquele clima de instabilidade que sejam quais forem as circunstâncias não vemos retratado por ninguém, quer nos corruptos, quer nos submissos do lagartêdo. Antes pelo contrário.

    Saudações.
    GV

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  2. Jesus tem de fazre mudanças naquela defesa, experimentar Oblak, Steven... Cancelo, está na hora de mudar e os proximos jogos são decisivos, mas ve, aí a taça da liga para fazer algumas experiencias..



    http://nossobenfica.blogspot.pt/

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  3. De acordo com tudo quanto descreveste nao a mais margem para desaires jogando mal com um plantel rico.

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  4. Recuperando os lesionados nós somos os mais sérios candidatos a ser campeões. Ainda não fizemos um jogo esta época com o nosso melhor 11 possível. E quando o 11 se aproximou do melhor (Olympiacos e Sporting) mostramos que estamos num nivel superior a Porto e Sporting. É preciso é recuperar esses jogadores. Tendo em conta que o Benfica já teve jogadores como Gaitan, Siqueira, Silvio, Fejsa, Markovic, Sulejmani, Salvio ou Cardozo parados mais do que 3 semanas e jogos em que outros como Enzo Perez, Matic, Rodrigo ou Maxi Pereira não poderam jogar, a posição que estamos em todas as frentes não é má ou pelo menos podia ser pior. Se a esta razia de jogadores ainda juntarmos os roubos do inicio da época e o castigo a Jesus durante um mês então pode-se dizer que sobrevivemos a uma grande tempestade.

    Para mim esta paragem de Natal vai ser crucial. Se mantivermos os melhores jogadores e se conseguirmos recuperar praticamente todos os lesionados acho que vamos partir para uma segunda parte da época melhor do que a época passada.

    É preciso é também os adeptos terem calma. O ruido que tem existido em torno do Benfica desde a época passada é gigante. Na Europa pareceu que fomos os unicos eliminados quando fomos de longe os que melhores resultados apresentou. No campeonato praticamente ninguém questiona o que se passa no Porto quando eles perdem pontos. Ninguém questiona o plantel desequilibrado que eles têm (chegaram mesmo no inicio da época a dizer que era o melhor plantel). Com o Benfica mesmo em caso de vitórias em terrenos complicados e com vários titulares de fora tudo se aponta como estando mal. Era bom que existisse união entre os benfiquistas até final da época. Sem dúvida que seria mais fácil.

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  5. A "pressão" adicional sobre esta liderança do Benfica deve-se a 3 anos seguidos de fracassos, dois deles dificilmente explicáveis. É um facto que as arbitragens desempenharam um papel muito importante, sobretudo há dois anos. Mas também não é menos verdade que muitos de nós estavam a ver à distância os "caldinhos" que se aprontavam ao passo que os nossos dirigentes parecem ter sido apanhados de surpresa. Se em Guimarães, há dois anos, tivessemos jogado como deveríamos, o prejuízo arbitral não teria tido qualquer efeito. Se, depois disso, após o que se passou em Coimbra, tivessemos tido a reacção de indignação devida àquele ultraje, teríamos conseguido unir as energias de todos os benfiquistas e certamente vencido o Porto na jornada seguinte. E assim teríamos sido campeões. Lembrem-se o que se passou o ano passado relativamente à "Liga Capela". E os efeitos reflectiram-se não só na motivação dos nossos adversários como na "Liga Hugo Miguel". Se depois de Coimbra tivessemos tido esse mesmo discurso de combate, de indignação, de tocar a reunir, certamente teríamos colhido frutos, mais que não fosse ao nível da motivação.
    É por estas razões que o crédito dos nossos responsáveis é hoje muito reduzido, sem colocar em causa o trabalho meritório que foi feito em várias áreas e que permitem ao Benfica estar hoje novamente num nível bastante elevado e perto da élite europeia. Agora é indiscutível que isso não basta. O Benfica precisa de títulos e começa a tardar um bocadinho demais. Vemos os outros ganhar e festejar e a nós só nos calham desilusões. Daí essa pressão.

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  6. Gostei do comentário do João Oliveira: união e tranquilidade precisam-se. E de facto temos sido muito castigados por lesões. O que também coloca uma questão: será que o treinador exige demais dos jogadores?

    Quanto ao facto de se aproximarem jogos decisivos, é bem verdade. Mas quando se está na luta por títulos - e não a dez pontos ou mais, já fora do corrida - todos os jogos são cruciais, todos os pontos são preciosos. Ao 'decisivos', acrescentaria 'difíceis'. Saudações a todos

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