Agora sim, é hora de pensar e preparar o próximo jogo - que acontece ser o clássico.
Num campeonato todos os jogos valem 3 pontos e nessa medida têm um valor muito idêntico.
Não são porém exatamente equivalentes, por uma razão prática mas sobretudo por uma razão mental: a razão prática é que nos jogos entre competidores directos a vitória de um faz-se à custa da derrota do outro, o que dá logo uma vantagem de 3 pontos e uma eventual vantagem (dependendo do jogo da outra volta) no confronto directo, vantagem não anulável por gol-average. A razão mental é porém ainda mais importante, pois uma vitória sobre um rival e competidor directo, dá à equipa vencedora a convicção de que é melhor e confiança para os outros jogos, ao passo que a que perde sente o contrário.
No entanto, todas as vantagens de uma vitória num clássico se diluem se na jornadas seguinte e nas outras, se a equipa vencedora se convencer de que já ganhou o campeonato e não encarar todos os jogos subsequentes com enorme seriedade e o mesmo espírito vencedor.
Acredito que depois do que aconteceu na época passada, esta realidade seja clara quer para o nosso treinador quer para os jogadores. Na altura se provou que qualquer complacência seria fatal face a árbitros determinados a prejudicar o Benfica. Nem vale a pena recordar como o fizeram, porque só um desonesto ou alguém que não acompanha minimamente o que se passa poderá ignorar esta realidade. Aliás seria muito interessante ter um especialista a analisar a linguagem corporal dos árbitros nos momentos das decisões mais escandalosas do ano passado, desde os penalties sonegados em Alvalade e Vila do Conde às expulsões de Cardozo e Aimar, ambas por Capela.
O passado é passado e neste momento o Benfica só tem que se focar em fazer o seu jogo, de forma determinada e concentrada para vencer, ainda que aqui e ali possam aparecer algumas habilidades. Na maioria dos jogos mesmo essas muito dificilmente nos poderão travar, face à qualidade do que estamos a jogar e ao espírito que a equipa tem mostrado em campo.
Claro que o jogo de Domingo é um jogo especial, um jogo diferente, um jogo mais difícil do que os outros. Por isso mesmo aqui deixarei nos próximos posts algumas reflexões acerca do que penso que podemos fazer para tornar a vitória que todos desejamos e esperamos não digo mais fácil mas mais próxima, mais provável.
Há algumas coisas que nem sempre temos feito bem - não apenas os que estão lá dentro e no banco mas nós próprios nas bancadas - e que me proponho identificar nos próximos artigos.
É hora de começar a preparar o clássico - um jogo muito importante, fulcral mesmo, para um caminho que desejamos e acreditamos que culmine no Marquês de Pombal ou até na Avenida da Boavista.
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