sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Memória de benfiquista

O futebol é um desporto e, costuma-se dizer, uma festa.
Mas festa significa coisas diferentes para diferentes pessoas.
Convém não esquecer quem vai jogar na Luz depois de amanhã: um clube condenado por corrupção, por viciar resultados, por fazer batota. Uma equipa em que os adeptos e os próprios jogadores entoam constantemente "cânticos" de insultos soezes, quase sempre "dedicados" ao Benfica, incluindo até em jogos internacionais.
Um clube que controla uma cidade e que nos recebe com um nível de hostilidade que ultrapassa as fronteiras da rivalidade para figurar no puro ódio. Um clube cuja claque está envolvida em múltiplos e constantes episódios de violência, gratuita e por vezes brutal, com um longo historial. Cujo líder se vangloria dos seus "feitos" de agressão.
Um clube que há anos promove um clima de "guerrilha" constante, que serve de combustível às suas vitórias. Um clube que promove o regionalismo e o divisionismo do País, não se coibindo até os seus mais reputados adeptos de insultar a capital de Portugal apenas para atacar um adversário desportivo.
Um clube cujos atletas, não contentes com insultar e provocar os adeptos adversários, de quando em vez agridem espectadores e assistentes de jogo, tendo ainda a desfaçatez de depois se vitimizar.
Um clube que joga com os sentimentos mais primários das multidões, o ódio, a raiva, o desejo de vingança e de humilhação, de onde retira a sua motivação.
Um clube que quando perde parte para a violência e quando perde de forma consecutiva chega ao caricato de encerrar modalidades.

Este é o clube do Porto, o clube de Pinto da Costa.

Importa recordar estas coisas não para fazermos os mesmo, não para sermos iguais mas precisamente para enfatizar as diferenças.

Há que ter memória e saber usar essa memória, aí sim, como forma de motivação para conquistar em campo uma vitória LIMPA, sem favores, sem coações, sem violências, sem ódios - apenas pelo Benfica. O Benfica tem rapidamente que repor a normalidade em matéria de jogos com o Porto, sobretudo na Luz. Há que ter memória e que apelar ao Orgulho Benfiquista no Domingo para que aqueles 90 minutos sejam verdadeiramente memoráveis. Mostrando bem que ser benfiquista não se faz à custa de fomentar ódios e inventar inimigos mas de sentimentos verdadeiros de paixão clubística. Como diz o nosso hino, ser benfiquista é ter na alma uma chama imensa. Como também se diz seguidamente, somos um clube que nunca encontrou rival em Portugal. O Porto nunca esteve e nunca estará no patamar do Benfica em termos de paixão e sentimento clubístico, em termos de valores desportivos autênticos e sadios. Isso é que importa recordar e ter presente na hora de receber em nossa casa este adversário. Cabe aos nossos jogadores e a todos os que estaremos a apoiar nas bancadas traduzir isso e dar-lhe expressão no jogo de Domingo às 20.15h.

1 comentário:

  1. Muito bem. Excelente texto.

    Os diferentes, inegável e inequívocamente para melhor, diria muito melhor, somos nós Benfiquistas e o nosso Glorioso Clube.

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