segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Académica-Benfica, quartos de final da Taça de Portugal



O Benfica mantém intactas as possibilidades de alcançar os objectivos a que se propôs esta época: ser campeão nacional, vencer a Taça de Portugal, vencer a Taça da Liga e ir o mais longe possível nas competições europeias, que neste momento é a Liga Europa.

Em particular no tocante à Taça, o segundo objectivo da época em termos de importância, há que assinalar que é uma competição em que o Benfica lidera a conquista de troféus, com 24 vitórias, mas que não vence há 9 anos, desde 2004.

Nunca na sua história o Benfica tinha estado tanto tempo sem ganhar a Taça. O máximo tinham sido 8 anos entre 1996 e 2004 e entre 1972 e 1980. Ou seja, entre 1996 e 2012 o Benfica venceu apenas duas Taças, o que é manifestamente pouco.

Na "era" Jorge Jesus, em 2009-2010, o Benfica jogou na primeira eliminatória com o Mosanto (0-6) e foi depois logo eliminado, num jogo de que muitos se lembrarão, com o Guimarães em casa por 0-1. Infelicidade mas também pouca competência. Em 2010-2011, não vale a pena recordar o que se passou com o Porto nas meias finais, pois todos se lembram. E finalmente em 2011-2012, depois de vencer fora o Portimonense (0-2) e a Naval (0-1), o Benfica vai ao Funchal perder por 2-1 com o Marítimo depois de ter estado à frente do marcador. Foi lamentável.

Na era LF Vieira, o Benfica venceu uma Taça em 2004, com Camacho e perdeu uma final em 2005, com Trapattoni. Também aí foi inadmissível ver fugir um troféu para uma equipa mediana, para ser simpático, depois de estar em vantagem cedo no marcador e com o Estádio repleto de benfiquistas.

Por todas estas razões, sem soberbas nem desrespeito pelos adversários, caso consiga vencer este jogo contra a Académica, o Benfica fica muito perto da final, pois as meias-finais serão contra Paços ou Gil Vicente (provavelmente o primeiro, que está a jogar melhor), em duas mãos. Na final estará também uma destas quatro equipas: Guimarães, Braga, Arouca ou Belenenses.

Tudo dito, resulta que o jogo de depois de quinta-feira se reveste de uma importância extrema, sobretudo depois de um jogo para o campeonato que, não tendo comprometido nada, teve ainda assim sabor a desilusão, por não se ter confirmado o favoritismo que o Benfica detinha por jogar em casa e estar aparentemente bem melhor do que o seu adversário. É que o balanço do Benfica-Porto de ontem - e o próprio balanço da época - em muito dependerão do resultado que obtivermos quinta-feira.

Vencendo, o Benfica mostrará que continua na luta, que mantém intactos os seus objectivos, que esta época pode ser de facto uma grande época e que podemos voltar aos títulos maiores do futebol. Mostraremos que o que passou passou e que a equipa não se perdeu nem desconcentrou. Que o que fizemos de bom até agora é para continuar e que existe fibra e estrutura para enfrentar a fase final e decisiva do ano futebolístico.

Há que preparar bem o jogo e encará-lo como ele é: um jogo a eliminar, em que se discute a presença na meia-final da segunda competição nacional mais importante.

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