sexta-feira, 25 de abril de 2014

Grande jogo, Benfica em vantagem a meio da eliminatória

Foi um grande jogo este Benfica-Juventus, de intensidade máxima, alta rotação, com golos espectaculares, que o Benfica venceu com justiça e no qual acabou por cima, o que pode ser um factor psicológico importante para a segunda mão.

Todos os jogadores deste plantel são válidos e todos deram o seu melhor e mostraram que se pode contar com eles. No entanto não temos também dúvidas de que Fedja e Gaitán, caso possam estar disponíveis para a segunda mão, poderão tornar a equipa mais forte e dar um contributo importante para o desfecho que todos desejamos, que é, para já, chegar à final. O Benfica começou muito bem a partida, a controlar a posse de bola e a não dar espaços à Juventus, que por outro lado se via em apuros sempre que tentava atacar e o Benfica saía rápido no contra ataque. Luisão e Garay estiveram imperiais na defesa e Siqueira foi um autêntico gigante que muitas vezes parecia um autêntico extremo. Maxi acusou (sem surpresa) algum cansaço (não tem tido descanso desde a lesão de Sílvio) mas ainda assim foi providencial nalgumas ocasiões, nomeadamente num corte espectacular à frente da nossa baliza. A vencer desde o início, o Benfica manietou a Juventus na primeira parte e saiu para o intervalo em vantagem com mérito. O Benfica não entrou porém bem na segunda parte. A Juventus apareceu mais atacante, mais pressionante e deu ideia de poder marcar.
Jorge Jesus percebeu que o Benfica estava a perder o controle do meio campo e lançou André Almeida, derivando André Gomes (que não fez o seu melhor jogo pelo Benfica, mas há que perceber que o adversário era dificílimo e coloca muitos jogadores no meio campo) para a esquerda para ocupar o espaço de Sulejmani, substituído. O sérvio fez uma exibição positiva, esforçada e com bons apontamentos mas acusava já a falta de ritmo e de pernas. Também entrou Lima para o lugar de Cardozo que pouco mais fez do que fixar os centrais adversários e servir de ponto de referência para a equipa. Durante uns minutos a equipa pareceu ter voltado a controlar o jogo mas rapidamente se começou a sentir que o cansaço pesava e que o Benfica recuava perigosamente. Numa bola colocada nas costas de Maxi, no espaço entre o central e o lateral, o penso que Pogba ganha em velocidade e coloca imediatamente, com uma grande visão e qualidade, em Tevez, que simula o remate, passa por três jogadores do Benfica e marca. As coisas pareciam pouco mais do que perdidas, porque se sentia que ao Benfica começavam a faltar forças. Nesta altura Jorge Jesus mexeu de novo - e bem - tirando André Gomes e colocando Ivan Cavaleiro (o único extremo que estava no banco e na verdade o único disponível no plantel). O sinal para forçar e atacar estava dado e o facto de Ivan ser da formação (para além da sua qualidade) penso que pesou para que o Benfica as coisas mudassem e o Benfica voltasse a acreditar. Numa jogada espantosa de futebol, Ivan simula, a bola chega a Lima que, embalado de trás, fuzila Buffon. O Benfica voltava a estar por cima na eliminatória (penso que a Juventus a dada altura acreditou que podia vencer o jogo e quase resolver a eliminatória, tendo visto esse objectivo defraudado) e podia até ter chegado ao 3-1, que porventura seria exagerado face ao que ambas as equipas jogaram.
Aliás, a Juventus podia também ter marcado, havendo que destacar um par de defesas excepcionais de Artur, uma delas já no tempo de descontos, que permitiram que tivéssemos vencido o jogo. Artur é, tal como Cardozo, um dos obreiros da nossa presença nesta fase da Liga Europa, algo que os adeptos deviam recordar quando criticam erros pontuais destes nossos atletas. Aliás em relação a Artur, os espectadores devem-se controlar e ter mais calma quando a bola chega aos pés do nosso guarda-redes pois os assobios e as manifestações de ansiedade em nada ajudam Artur a melhorar este aspecto do seu jogo que já sabemos não ser o seu forte. Tenham confiança nos nossos atletas que tantas alegrias e vitórias nos têm dado. Dos jogadores falta-me apenas falar de Markovic, que fez um grande jogo, mantendo a Juventus em respeito e tendo estado perto do 3-1 já no fim (assim como Cavaleiro que entrou para revolucionar os últimos 10 minutos) e de Rodrigo que acusou alguma fadiga e precisa de descansar para estar em grande em Turim.
O Benfica acabou o jogo a dominar novamente e a dar um bom mote para o jogo de Turim. Naturalmente será um jogo muito difícil, no qual a Juventus tudo fará perante o seu público para dar a volta à eliminatória e estar na final em sua casa, mas o Benfica tem os seus argumentos e tem qualidade para poder chegar à final. A arbitragem foi deplorável, sempre em desfavor do Benfica, como aliás eu tinha a certeza que seria. Há um penalty claríssimo que o árbitro não quis marcar para além de várias faltas e dualidade de critérios nos amarelos. Não podemos porém ficar agarrados a isso porque senão não passamos à final. Temos que continuar a abordar esta eliminatória com humildade e com confiança nas nossas capacidades. Temos que ter muita cabeça e dar tudo em Turim para podermos ser felizes. Nada está ganho, nada está perdido mas o Benfica mostrou hoje que tem futebol para disputar a eliminatória até ao fim.

5 comentários:

  1. Voltou o André Gomes pastelão, sem genica e a passar a bola aos adversários ou passá-la para os lados e para trás. Um gajo com 20 anos...na flor da idade e "corre" como um veterano de 65 anos,. fds. O gajo desequilibrou a equipa toda. Andou toda a malta dentro do campo a tentar tapar os buracos que o gajo abria. Assim não dá para jogar em condições. Estou mesmo irritado.
    Viva o Benfica!

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    1. O lema do Benfica é todos por um, porque ganhamos e perdemos juntos e a equipa vale como um todo. O André é, como diz, um jovem com 20 anos que fez 3 ou 4 jogos este ano. Naquela posição, os jogadores têm normalmente 25, 26 anos e muita experiência. O André jogou pouquíssimo este ano e entrou neste jogo de responsabilidade máxima para enfrentar um esquema da Juventus de 5 médios. Fez o que pode e não se lhe pode exigir mais. Ganhámos e isso é positivo. Temos que ser positivos para a segunda mão.

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  2. em turim 3 a zero pa juve como em 93 vai ser o jogo do descalabro esse ano do benfica preparem-se

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    1. Caro anónimo: gostou do jogo? Volte cá para comentar por favor! Saudações gloriosas

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  3. Pastelão? André Gomes fez três jogos no espaço de oito dias: FCP para a taça, Olhanense para a consagração e Juve para a Europa. Com Fejsa magoado e Amorim a recuperar o ritmo, teve de ser assim, mas não se lhe pode pedir milagres... Tal como Rodrigo, que quanto a mim nos últimos jogos tem acusado desgaste. Ainda bem que descansou para poder atacar a Juve a todo o gás.

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